Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Corrupção: um crime contra a humanidade

O clima de democracia, a liberdade de imprensa e a coragem de denunciar tem estampado em jornais, sites e programas televisivos uma verdadeiro carcinoma de nosso tempo: a corrupção. Prédios públicos inacabados, obras superfaturas ou que nunca saíram do papel, mas que já foram pagas inúmeras vezes, são exemplos de nosso cotidiano jornalístico e já não chamam a atenção tanto quanto deveriam. Por esta razão já não nos indignamos mais e antes mesmo do desfecho já apostamos na impunidade absoluta. Mas é preciso analisar a corrupção em toda a sua complexidade uma vez que a lesão ao patrimônio público se dá forma dupla. Afinal ocorre a apropriação indébita (leia-se roubo) do que não pertence ao sujeito e com isso recursos que poderiam salvar vidas ou alfabetizar crianças não chega a seu destino. Expropria-se o dinheiro público e não se atende às demandas fundamentais da sociedade. Coloca-se em risco a vida e dignidade das pessoas, o que caracteriza um crime contra a humanidade. Assim quando são divulgados os milhões de reais desviados não se dá a devida atenção para a conseqüência que isto impõe. Estes números não são meros dados estatísticos, mas um vergonhoso desrespeito aos direitos humanos de toda a nação. Afinal, certamente com este dinheiro a qualidade da saúde, educação, segurança, lazer, rodovias, etc, poderia ser bem melhor. Um passo importante foi dado recentemente pelo STF ao validar a chamada “Lei da Ficha Limpa”. É uma luz de esperança que se acende no breu dos porões da deplorável prática de alguns políticos brasileiros. A Suprema Corte respondeu a altura, aos clamores e anseio da nação. Assim para concorrer a um cargo público é preciso ter um passado minimamente honrado, o que credencia o eleitor a fazer escolhas menos ruins. Mas obviamente o que se faz necessário e cada vez mais distante é uma ampla reforma política, através da qual a democracia possa se manifestar de forma mais substantiva. Financiamento público de campanha, formação política e capacidade técnica aos que ocupam cargo público, profissionalização da gestão púbica, punição à corruptos e corruptores são alguns passos muito esperados. Embora estes passos ainda sejam utópicos é preciso mobilizar a população mostrando a ela a barbárie cometida contra seu próprio patrimônio. Mas enquanto atenção da nação está voltada para o próximo capítulo da novela das oito ou com as intrigas “da casa mais vigiada do Brasil” torna-se difícil imaginar que os maiores interessados e manter tudo como está, façam alguma coisa. Talvez um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade em favor da corrupção seja exatamente este: incapacitar as pessoas de refletir ou perceber o que é realmente significativo. Assim um pais mergulhado na corrupção é necessariamente alienado, com cidadãos permanentemente alimentados por uma falsa sensação de bem estar, consumindo ilusões e fantasias. Robotiza-se os seres humanos impondo-lhes uma condição de subserviência extrema. Algo excessivamente perverso, humilhante e cruel, que não nos dá o direito de permanecer alheios a história. Em outubro teremos uma excelente oportunidade de completar a obra iniciada pela Suprema Corte. Quem sabe, com o exemplo de bons gestores e legisladores municipais, poderemos partir para uma verdadeira faxina.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Inicio do ano letivo: compromisso e esperança!

Uma das grandes preocupações da escola moderna, especialmente a pública, é estabelecer um contato permanente com a família. Não para delegar a ela funções que cabem a escola, mas para fazê-la parceira, uma vez que a formação de um ser humano (criança) é muito mais complexa que a simples assimilação de conceitos ou conteúdos. Assim é preciso definir funções e compromissos. À escola cabe estabelecer meios de acesso e compreensão ao saber historicamente acumulado e divulgado, bem como estabelecer perspectivas em relação a sua (re)construção. A escola é essencialmente um espaço de formação crítica em relação ao mundo que cerca a criança e o adolescente. De maneira alguma poderá assumir as funções que cabem a família ou então delegar a ela aquilo que lhe cabe. À família cabe a construção de valores e princípios que permitirão à criança e ao adolescente ter discernimento e posturas para saber o que fazer com o saber que lhe é apresentado. É importante lembrar que em se tratando de século XXI a escola não é a primeira e muito menos a única fonte de contato com o saber. Assim estes valores serão imprescindíveis para que não sejam formadas gerações de “alienados”e “bem conduzidos” por toda sorte de tendência. Assim quando uma família “entrega” um filho ou filha à escola, não o está fazendo para que o eduquem, mas para que complementem aquela formação que iniciou em casa. Está apenas estendendo o rol de possibilidades de formação, permitindo a seu filho ou filha, concepção de novos sonhos e esperanças. Sonhos e esperanças que se desenham num cenário em que se pressupõe, já estão postos princípios consistentes e valores humanizantes. Sem esta parceria cria-se um clima de adversidade onde família e escola não lograrão êxito em suas ações, seus objetivos não serão alcançados e crianças e adolescentes serão enganados. Um pai que afirma não saber mais o que fazer com o seu filho anuncia um fracasso tão gigantesco quanto o da escola que não sabe como apresentá-lo com dignidade ao saber. A soma destes fracassos não resulta apenas em uma geração mal formada, mas numa forte ameaça ao futuro de todos. Assim, o início do ano letivo é também o início de uma jornada, a ser vivida com a seriedade comparada a de um pai que recebe um filho após o parto. Afinal, ao inserir seu filho num espaço que se propõe transformar o rumo de sua vida, o está expondo a um novo parto. Passará a conhecer letras, números, conceitos e saberes o que não permite ao conhecedor agir como se não conhecesse. Desta forma o inicio do ano letivo deve também selar o compromisso entre escola e família, no sentido de garantir às crianças e adolescentes a possibilidade de sonhar e ter esperanças. Um compromisso dialógico onde família e escola construirão caminhos seguros para que crianças e adolescentes sejam promovidos e jamais oprimidos pelo saber. Assim família e escola não são faces opostas de uma mesma moeda, mas parte de um cenário onde o espetáculo da vida se renova a cada dia.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.