A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Evolução tecnológica e extinção do saber
O fato de nos depararmos com milhares de pessoas absolutamente alheias a temas de grande relevância social e para a vida de cada sujeito revela o quanto estamos equivocados quando afirmamos que hoje o acesso ao saber é mais fácil e mais rápido. Quanto a rapidez e a facilidade não há o que discutir, mas o que se está acessando é realmente saber? Numa nação em que a maioria das pessoas sabem opinar apenas sobre o seu time de futebol e sobre o comportamento de alguns sujeitos confinados numa casa luxuosa de reality show, há que se pensar sobre o que está sendo apresentado às pessoas.
Se houve e há uma preocupação concreta em elaborar meios físicos e logísticos para divulgar informações de forma rápida e eficiente, não se vê similar preocupação com a qualidade do que se dissemina. Em relação ao expectador, procura-se atingir as chamadas classes populares que teoricamente absorvem mais facilmente esta "massa de informações", por se tratar de algo facilmente compreendido o que se revela extremamente atraente. Mais ainda deturpam-se valores elevando-se à categoria de heróis, sujeitos que se permitem expor de forma imoral e aética, ridicularizando princípios que a maioria das mães e pais (estes sim verdadeiros heróis) buscam transmitir a seus filhos.
Diante disto não há outra conclusão senão a de que a deterioração social e cultural de uma nação se constrói com a ajuda da tecnologia em mãos e mentes mal intencionadas. Trata-se de uma evidente extinção do saber, o qual permite estabelecer e compreender valores, princípios e condutas. Percebe-se, portanto, uma evolução tecnológica diretamente proporcional a uma involução intelectual lançando a grande massa num sistema poderosamente alienante. Esta alienação fere mortalmente qualquer possibilidade de consolidação de uma sociedade atenta e preparada para libertar-se dos modernos modos de opressão e repressão. Se no passado e no presente algumas ditaduras se valem de artifícios como a tortura, as democracias liberais alicerçam-se na alienação irrestrita.
Indivíduos aprovados mas não preparados são lançados para fora da escola, iludidos de que seu saber lhe proporcionará dignidade e segurança. Uma ilusão dupla, pois não estão efetivamente preparados e o que levam não é saber, mas algumas informações sobre as quais são incapazes de refletir ou tecer críticas. Alguns sequer sabem ler, apenas soletram frases e desenham letras. Uma realidade cruel diante dos múltiplos desafios que se apresentam sempre mais complexos, dinâmicos e difusos. A escola (pública e privada) por sua vez se vê refém de políticas públicas inconsistentes e tendências mercadológicas que transformam a educação em mero tema político eleitoreiro ou produto a ser comercializado a qualquer condição.
Indivíduos que conhecem as melhores lojas e fest foods, as músicas mais tocadas do momento (com apenas meia dúzia de frases soltas); mas que sequer imaginam que existem lojas que vendem livros; que ridicularizam artistas que proclamaram sua indignação e a de uma nação pelas suas músicas. O berço não lhe ofereceu condições para compreender que arte e entretenimento podem formar sujeitos melhores, mais atentos, mas críticos e menos oprimidos. Aqui cabe questionar: a quanto tempo não surge em nosso país um grande ícone da arte ou da literatura? Por que nossos grandes autores e pensadores pertencem aos séculos passados? Não há grandes pensadores e artistas no século XXI no Brasil? Não há dúvidas que há, mas a mídia não lhe oferece espaço e mesmo que ofereça os expectadores, em sua maioria não lhe dariam a devida atenção.
As "facilidades" midiáticas, o despreparo da escola e o comodismo familiar, somados às múltiplas "intenções" de um sistema que privilegia o capital em detrimento do social e do cultural, tende a levar o saber a sua extinção. Enquanto pensar for "coisa de intelectual" e ser intelectualizado é ser "chato" continuamos transformando auto-ajuda em filosofia, imoralidade em diversão, elegendo quem nos oprime, trabalhando por menos do que merecemos e sendo menos felizes do que deveríamos.
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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