Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Em busca de uma elite intelectual na escola pública

Ao se discutir a problemática inerente à educação são comuns debates em torno da falta de recursos, de bons salários e de políticas públicas adequadas às demandas emergentes do contexto deste terceiro milênio. Estas são reivindicações legítimas e que devem pautar continuamente as reflexões relativas à educação. Entretanto elas não são suficientes e dificilmente haveremos de promover a grande revolução necessária para que a educação seja efetivamente concretizada no âmbito da educação pública. A grande razão de existir da escola, inclusive e especialmente, pública é promover a inserção de todos, por meio de oportunidades iguais, ao universo do saber. Assim as temáticas dos debates atuais torna-se relevante e impactante na medida em que houver também a preocupação em se formar uma elite intelectual na escola pública. O conceito de elite a que nos referimos não sugere a existência de uma “casta” intocável e arrogante que encarne a supremacia repressiva e opressora sobre uma grande “massa” rasa e incapaz de acender humana, intelectual e socialmente. Entenda-se elite, com um conjunto de pessoas que se postem com humildade e respeito diante de quem está “nascendo” para o mundo através do saber, oportunizando-lhe condições, desafios e espaços para elitizar-se de forma a libertar-se do estado de ignorância e desconhecimento. Esta elite intelectual são os educadores, que além de conhecimentos e conceitos, detém a sensibilidade dos inconformados, a coragem dos desafiadores, a ternura dos solidários e a perseverança dos esperançosos. A elite que se torna necessária na escola pública é a que desafia os educandos a se superarem, que exige deles comprometimento, carisma e humildade. Uma elite ética que não sentencie os ignorantes ao fracasso, apresentando-lhe um mundo ideal, sem competições, obstáculos ou dificuldades, propondo-lhes uma postura passiva diante da agressividade a que o contexto social os submete. A ética da elite intelectual da escola pública propõe que os educadores apresentem aos educandos os mecanismos necessários para garantir o respeito a sua dignidade e a sua diversidade. Desta forma investimentos, novas metodologias, projetos emergenciais e certas tentativas de mascarar uma realidade de miséria intelectual na escola pública, resultam apenas em índices e dados estatísticos que refletem uma realidade ideal. Entretanto, a real é absurdamente vergonhosa com adolescentes incapazes de escrever e interpretar um texto e educadores incapazes de libertar-se dos velhos manuais e cartilhas. Embora existem inúmeras e honrosas exceções será que nos educadores teríamos coragem de dizer aos nossos alunos quantos livros lemos num ano? Teríamos coragem exigir deles alguma leitura? Se estas simples perguntas comprometem muitos de nossos colegas, ousaríamos nos intitular “elite intelectual”? Mas há que se dizer que como é de costume do ser humano agir por imitação e como temos muitos educandos de excelente nível intelectual é porque uma parcela de educadores já caminha para uma elitização. No lastro destes, outros virão e a perseverança dos esperançosos permite sonhar com a formação de uma grande elite intelectual na escola pública. Como sonhar é o primeiro dos passos da longa caminhada, espera-se que os outros (mais recursos, bons salários e políticas públicas adequadas) sejam garantidos a quem é de dever. Espera-se também o comprometimento das famílias, afinal a ela também cabem deveres intransferíveis e irrevogáveis.

Quem sou eu

Minha foto
Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.