Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 26 de outubro de 2014

Opinião pública, opinião popular e democracia

Do ponto de vista estatístico uma eleição é uma consulta à toda a população de um território (cidade, estado ou país) acerca de quem deve comandar seus destinos. Antes disto, os métodos utilizados eram os mais diversos desde a violência física até a simples sucessão hereditária como ainda hoje temos em várias partes do mundo que estão mergulhadas em carnificinas seculares ou povos dominados por dinastias milenares. A Grécia trouxe a experiência de democracia que se aprimorou e se alastrou pelo mundo como o melhor modelo a ser praticado politicamente. Mas a aplicação de um modelo dificilmente obedece o que os moldes lhe propõe. A consulta popular deveria expressar unicamente a opinião livre dos cidadãos sobre o projeto que representa o que há de melhor naquele momento para os interesses da coletividade. É a consagração da opinião pública ao avaliar as condições daquele território, naquele momento diante das possibilidades que se apresentam. Ocorre que a consulta popular é “preparada” de forma a desconstruir sua própria função. Inicialmente é preciso perceber que há poucos projetos originais, autênticos e exequíveis. O que se tem visto, são roteiros empobrecidos pela sistemática tentativa de desprestigiar o adversário sem apresentar um projeto alternativo consistente. Sem contar que a liberdade de escolha encontra-se maculada por propagandas espetaculosas e recheadas de mensagens que buscam a todo o instante, induzir o eleitor à mera avaliação pessoal do candidato e não do eventual projeto. Mas o mais grave em tudo isso é que a opinião pública vem sendo sorrateiramente substituída pela opinião popular. Esta ecoa sobre uma grande massa historicamente manobrada por uma elite que ao longo de séculos lhe concedeu algumas migalhas ou simplesmente a ignorou. Fizeram-na acreditar que a pobreza e a miséria eram fundamentalmente um caminho natural para quem nasceu pobre e miserável. Recentemente viu-se que é possível sair da miséria extrema engrossando as migalhas e oferecendo oportunidades, porém mantendo um clima de constrangimento sutil e velado. Esta grande massa de manobra, geralmente pouco escolarizada se vê finalmente abandonando a margem econômica da sociedade e não quer voltar para lá. A opinião popular desaprova a corrupção por exemplo, mas sua atenção maior está em manter ou melhorar, mesmo que singelamente, sua condição. Não há uma preocupação com o coletivo, com o público. Estão errados? Claro que não. Afinal, podem finalmente sentir-se gente tanto quanto qualquer outro cidadão. E aí está a resposta de uma pergunta recorrente: afinal, se todos querem mudanças por que estão votando nos mesmos? O fato é que desejam uma mudança coletiva, porém sem que isso represente uma perda em relação o que lhe foi dado ou conquistado individualmente. Falta-lhe a liberdade da necessidade, ou seja reconhecem que é preciso mudar mas temem que a mudança lhe ameace a sobrevivência. E enquanto um grande contingente de eleitores veem uma perspectiva real ou imaginária de que sua sobrevivência pode ser ameaçada por um ou outro possível governante de plantão, não há como se imaginar uma democracia plena. Assim, vive-se uma democracia que se movimenta ao sabor da opinião popular, fundamentada na dependência, na opressão e no medo disseminado pelas mais diversas correntes políticas. Vive-se assim uma sequência de projetos de poder pelo poder como se o Estado pudesse ser loteado ou até sorteado. Ideologias cedem lugar à propaganda; pensadores cedem seu espaço à marqueteiros e a democracia converte-se num grande negócio.

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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.