O mundo pós-moderno revela constantemente uma face perversa da humanidade: a intolerância. A intolerância se constitui na incapacidade de aceitar que nenhum ser humano é igual ao outro. O intolerante, por sua vez, revela outra face obscura do ser humano: a ignorância. Esta baseia-se na falta de conhecimento ou discernimento acerca de um determinado tema. Do intolerante ignorante poderá surgir outro sujeito: o arrogante. Mas afinal, qual relação se estabelece entre estes três termos e a diversidade? Explico.
A mídia noticia com certa freqüência fatos ligados a prática de atos de desrespeito e intolerância cometidas por pessoas ou grupos que defendem ideologias ou opiniões já condenadas pela humanidade e pela história. Movimentos nazistas espalhados pelo mundo, defendem a erradicação de certas etnias; outros perseguem adeptos a credos ou seitas religiosas; outros praticam o desrespeito a diversidade política. Há quem se dê ao papel de não saber conviver com a diferença de gostos artísticos, culinários, etc.
Em outros tempos, conviver com a diversidade religiosa, artística e política era considerada uma virtude, mas quando a humanidade percebeu que nenhum ser humano é igual ao outro, países como o Brasil, estabeleceram leis que obrigam as pessoas a conviver respeitosamente com o diferente. Leis como os estatutos da criança e do adolescente, da igualdade racial e do idoso, impõe que estes grupos sejam tratados de forma digna por toda a sociedade. Assim, o intolerante não é apenas uma pessoa de poucas virtudes, mas alguém que destoa da lei e do bom senso que regem nossa sociedade.
A intolerância aos diferentes, não surge espontaneamente. Tem como berço a ignorância absoluta de quem se recusa a perceber que o mundo não se resume a si próprio. Pessoas desprovidas de humildade e bom senso manifestam suas opiniões como sendo verdades absolutas, únicas, contra as quais não aceitam qualquer contraponto. Assim a intolerância nascida em berço esplendido de ignorância, induz a arrogância.
A ignorância, sentimento medíocre que faz o seu portador, emitir opiniões e estimular atitudes preconceituosas, gera sofrimento, dor e até morte. O deplorável papel do sujeito intolerante-ignorante-arrogante caracterizou-se, através da história, por sua violência e profundo desrespeito à vida. Graças a este tipo de sujeito, num passado recente, indígenas foram mortos, judeus massacrados e negros escravizados.
O que se observa, através de manifestações sutis pela mídia, é que ainda convivemos com pessoas incapazes de aceitar o fato de que há quem pense diferente. Ao contrário, consideram os diferentes menores, medíocres, ordinários e até ridículos. Sua arrogância revestida de preconceitos os convence de que seu exemplo representa uma esperança de salvação para o resto da humanidade.
Pregar a tolerância e o convívio respeitoso entre os diferentes não é uma virtude de poucos, mas um dever coletivo. Nenhum ser humano é menor por não pensar conforme a maioria, por pertencer a uma determinada manifestação religiosa, por ser desta ou daquela origem étnica. O que embeleza o convívio e a existência de cada ser humano são as suas peculiaridades, as suas diferenças. Celebrar a diferença e procurar fazer diferente sempre que possível é pois, um ato de humanidade e um exercício de humildade.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
Os endereços de minhas "viagens" mais frequêntes
- Anonymus Gourmet
- Associação Brasileira das Mantenedoras do ES
- Atena Cursos
- Benedito Novo
- Biblioteca Casa Fernando Pessoa
- Biblioteca virtual mundial
- Blog BioVirtual
- CNPQ
- Comitê do Itajaí
- Congresso UNIFEBE
- Culinária Edu Guedes
- Culinária Mais Você
- Culinária Receita Minuto
- Curso Proinfo
- Câmara dos Deputados
- Diário Catarinense
- Domínio Público
- Doutor Pedrinho
- E-PROINFO
- EaD IFSC
- Ead UAB Blumenau
- EaD UAB Indaial
- EaD UFSC
- EEB Frei Lucínio Korte
- Esc. de Admin. Fazendária
- Escola do Legislativo
- Estadão
- FAPI
- Folha de São Paulo
- Formação na Escola FNDE
- Fotolog Prof Nilton
- Fritz Muller
- FUG
- FURB
- Gov Santa Catarina
- Ins Paulo Freire
- Instituto Da Vinci
- Irmãos Frainer
- Jornal de SC
- João Matos
- Leonardo Boff
- Museu Virtual de História da Educação
- Nilton
- O Globo
- OEI Educação
- Plataforma Freire
- PMDB de Doutor Pedrinho
- Portal do Gestor Público Estadual
- Portal do Servidor
- Professor Josimar
- Proinfo Blumenau
- Revista FACED UFBA
- Revista Gestão Universitária
- Rodeio Virtual
- Rádio FLK
- Sandra Tomelin
- Scielo
- SED SC
- Senado Federal
- Slideshare
- Tiago Krieser
- Transparência
- UFPR
- UFSC
- UNIFEBE
- UNIVALI
- Veja
- Veritas
Um comentário:
Olá Professor!
Muito interessante a tua abordagem sobre a diversidade, ignorância e intolerância. Concordo plenamente com tudo o que escreveste.A intolerância de não aceitar as diferenças nos leva a ignorância, que é a falta de conhecimento e por consequência ao preconceito, afinal, procuramos no outro justamente o espelho de nós mesmos, e , quando não encontramos, na maioria das vezes, nos deparamos com o preconceito, temos dificuldade de lidar com o diferente. Mas acredito que é na diversidade que se consegue montar novas relações entre as pessoas.
Abraços,
Mariene H. Freitas
Postar um comentário