Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Educação de crianças e adolescentes

Muitos colegas educadores afirmam que crianças e adolescentes não gostam de educação, não são educados, etc Pessoalmente prefiro não acreditar nisso. Ao contrário, acredito sinceramente que não há educação sem crianças e adolescentes. Mas então o que estará acontecendo com eles? O que lhes causa tanto desprazer? A reflexão sobre o tema é profunda e não se esgota facilmente. Ao contrário, deve ser permanente para que a educação e sua relação com as pessoas se torne sempre mais significativa.

Enquanto a educação formal for apenas um repasse de conteúdos e os educadores, mediadores entre estes conteúdos e os educandos, o ensino será apenas um ritual. E convenhamos, rituais em que cada gesto é previsível, determinado e imutável tornam-se pouco atrativos à quem se vê descobrindo a intensidade e o prazer de estar vivo. Ler ou decorar um conteúdo, fazer exercícios de fixação e responder a uma prova nem sempre intensificam este prazer.

Significa então que não se pode exigir, cobrar e avaliar nossas crianças e adolescentes? Ao contrário, é preciso desafiá-los, expô-los a conflitos, chamá-los a discussão. Mais do que responder perguntas, é preciso que eles saibam compreender e resolver problemas. Para isso é preciso contar com sua criatividade, curiosidade, sinceridade e sensibilidade. Neste sentido a criança e o adolescente se sentem presentes no que ocorre numa sala de aula. Passam de expectadores a atores de um espetáculo que não termina como sinal de encerramento de uma aula.

Mas esta é a educação formal. Precisa ser refletida por profissionais, que estejam atentos e constantemente dispostos a se questionar, se perguntar sobre “Que educação queremos para nossas crianças e adolescentes?”. Ao educadores também cabe o prazer de estar em sala de aula, sentir-se autor de sua história e de sua participação na vida de crianças e adolescentes. um educador autônomo, sensível, ético e comprometido com a valorização da vida. Da sua vida e a de seus alunos.

Mas não podemos nos reportar apenas a educação formal num momento de discussão como esta. Para que a educação formal oferecida pela escola, seja vista como uma necessidade e como um desafio construtor de novos tempos, é preciso que a criança chegue a escola com outra concepção desta instituição. E tudo começa no momento em que os pais decidem inscrever os filhos na educação infantil. Estudiosos afirmam que este período de formação é fundamental para determinar o futuro do sujeito, seus valores, suas convicções e suas posturas.

Para muitos por necessidade ou por conveniência, cabe a educação infantil (creche) acolher a criança para que lá permaneça enquanto seus pais possam trabalham ou desenvolvam outras atividades. Para eles basta que a instituição ofereça cuidado, alimentação e atividades lúdicas. Esta mesma concepção parece continuar ao longo dos outros períodos de formação de crianças e adolescentes.

Desta forma se a família, como ocorre em muitos casos, inserir na formação de seus filhos a importância real da escola, e esta corresponder a esta expectativa crianças e adolescentes verão na educação uma grande fonte de alegria e prazerosidade. Assim estar numa sala de aula não será um sacrifício, um dever, mas um momento esperado, desejado e intensamente vivido. Por isso é sempre importante lembrar que crianças e adolescentes não são apenas alunos e freqüentadores de uma escola, mas filhos pertencentes a uma família.

* Texto publicado na edição de 05 de novembro de 2010 do Jornal de Médio Vale.

Um comentário:

Professor Josimar Tais disse...

Nilton, parabéns por este e pelos demais textos. Nem sempre dá tempo de fazer um comentário, mas tenho acompanhado suas postagens assiduamente. Nós enquanto professores temos como desafio tornar as aulas agradáveis aos olhos dos alunos e, para isso, é necessário diversificá-las, sair do tradicionalismo do quadro e giz e partir para o uso de dinâmicas, uso tecnologias e demais mídias. Até porque a concorrência com os atrativos externos à escola é bastante grande e inovadora. Visto, portanto, que os alunos gostam do novo, é preciso que inovemos os métodos e recursos do ensino para que haja uma aprendizagem com qualidade e prazer.

Quem sou eu

Minha foto
Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.