O terror tem assombrado este início de século de tal forma que há um clima generalizado de desconfiança, ameaças e discursos radicais em favor de teses no mínimo perigosas. Como nada é fruto do acaso, sabe-se que houve uma série de eventos históricos que suscitaram o ódio entre diferentes “civilizações” dividindo o mundo entre “bons” e “maus”. Graças a isso tornou-se possível conceber como natural o fato de alguns poderem e outros não, de alguns comerem e outros não. Enfim, dividiu-se o mundo em fragmentos “legitimamente” caracterizados expondo uma chaga cruel dos chamados tempos “pós-moderno”.
Ocorre que este enquadramento não foi absorvido por todos com a “naturalidade” prevista e se tem percebido uma reinvenção do próprio conceito de guerra. Se antes seria conveniente invadir territórios para tomar as pessoas e as mentes, hoje toma-se a mente das pessoas para depois tomar-lhe os bens, o território, as riquezas. O chamado terror tem tomado não apenas o sossego, mas gerou uma instabilidade emocional coletiva poucas vezes vista na história da humanidade. A morte de Osama Bin Laden, ostentada como um troféu revela apenas uma vingança, nos mesmo moldes das ações cometidas por ele. Parece muito pouco diante da promessa de se fazer justiça e buscar construir um tempo de paz mundial. Como diz Leonardo Boff “se fez vingança, mas não se fez justiça”.
Afinal se o terror representa uma ameaça ao mundo contemporâneo, o que dizer de nações que invadem outras, interferem politicamente em seus vizinhos, estabelecem regras unilateralmente? Afinal a submissão e remota possibilidade de construir uma identidade nacional, a que muitos países foram submetidos ao longo de décadas, lançando-os a miséria, é menos cruel que as ditas práticas terroristas? Afinal, se realmente é possível dividir as nações em eixos do bem e do mal, como serão formados estes eixos? E os povos que compõe estas nações também são do bem e do mal?
Essa prática maniqueísta e manipuladora de líderes insanos tem encharcado nosso chão de sangue, mutilado corpos e almas, gerado milhares de órfãos e refugiados. Não é por acaso que as vitimas da naturalização da miséria e exclusão sejam facilmente manipuladas por oportunistas transformando-os num verdadeiro exército suicida. Neste contexto falar de paz é muito mais do que desarmar. Embora utópico, o conceito de paz está intimamente ligado ao conceito de tolerância e respeito universais, solidariedade e humanidade. O que se percebe é uma necessidade eminente de se promover uma reinvenção do jeito de ser gente.
Partilhar de um mesmo lar (planeta) é também partilhar do tempo e da história. Partilhar nos remete ao conceito de que somos uma grande família onde cada membro contribui com o que dispõe e usufrui do que precisa. Quando deixa de contribuir com sua função e usufrui mais do que precisa gera injustiça, marginalização, exclusão e desigualdade. Diante disto torna-se extremamente difícil sonhar com paz mundial! Ao se fazer justiça, inspirados na solidariedade e no respeito aos diferentes está se escrevendo a primeira página de uma nova história...
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
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É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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Um comentário:
Falar em paz mundial é bastante abrangente e parece utópico. Talvez realmente seja, pois enquanto existirem diferenças, haverão conflitos decorrentes da intolerância. Poré,. os esforços de Gandhi, Jesus Cristo, Madre Teresa, John Lennon, João Paulo II, Martin Luther King e tantos outros líderes não foram, certamente, em vão. O eco de suas vozes ainda será ouvido e, mesmo que seja ainda mais tarde, vai surtir efeito tendo em vista a falta de alternativa para a existência da espécie humana.
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