Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Algumas lições de democracia do futebol para a educação!

Que a escola é um espaço seletivo e, portanto exclusivo não é nenhuma novidade! A começar, pela idade em que as crianças começam a ser educadas. Algumas começam nos berços a ter contato com estímulos, palavras, letras e significados e uma grande maioria somente após os seis anos. Aos seis anos, algumas serão efetivamente estimuladas, orientadas e instigadas a aprender, outras serão apenas treinadas a repetir, copiar e decorar sem saber para que. A grande maioria deixa a escola aos catorze anos e uns poucos seguem.
No futebol os fatos são diferentes com algumas especificidades. A grande maioria dos meninos (e das meninas) tem contato com uma bola, assim que começa a andar. Muitas vezes aprendem a andar para correr atrás da bola. O mais importante, a bola é redonda para todos! Alguns demonstram talento, treinam, aperfeiçoam a técnica e transformam a brincadeira de criança em profissão. Outros continuam brincando, transformando a brincadeira em hobby.
Esta comparação é muito providencial para falarmos de democracia e oferecermos uma boa lição para a educação. Ambas são excludentes uma vez que, assim como nem todo o estudante vira doutor, a grande maioria dos meninos e meninas não se transforma em craque. Mas a exclusão se dá de forma diferente. Na escola a exclusão se dá pelas condições econômicas, de tal forma que para cada tipo de classe econômica há um tipo de escola. No futebol é pelo talento, pela persistência, pela habilidade. Como a grande maioria dos meninos e meninas que tocam numa bola é pobre, a grande maioria dos craques de futebol também emerge desta classe social.
As condições para virar craque são as mesmas! Já para virar doutor o caminho é outro. Se no futebol, todas as bolas são redondas, na educação elas são quadradas, retangulares e até ocultas. Por mais que se tenha talento, persistência, habilidade, a bola não ajuda! Sem contar, em muitos casos, na falta de habilidade da comissão técnica e dos cartolas. Obviamente ninguém pode dizer que deixou de ser feliz por que descobriu que não poderia vir a ser um craque de futebol. Diante disto, trocou de esporte ou de hobby, e tudo bem! Mas o fracasso e a exclusão da escola podem não permitir uma troca tão fácil.
Estar fora da escola, afasta muitas oportunidades, diminui consideravelmente as chances de tudo ficar bem! Portas se fecham, esperanças se esvaem! A democracia do futebol estabelece que as chances sejam as mesmas para todos e todos têm a liberdade de manifestar seu talento. Já a democracia escolar estabelece que quem puder (financiar) poderá manifestar seu talento, porém do contrário, pouco muda ter ou não talento.
Justo seria, se assim como no futebol, outras possibilidades surgissem. Obviamente, independente das condições das escolas, nem todos os meninos e meninas tem talento para aderir as regras e aos rigores dos métodos de ensino, como ocorre no futebol. Então é possível dizer que, assim como o futebol, a universidade não é para todos, por exemplo. Mas seria justo, democrático e ético, que todos pudessem ter o direito a uma vida digna, sem necessariamente precisar transpor todas as etapas seletivas da escola.
Assim com é possível ser feliz sem saber jogar futebol, poderia ser possível ser feliz aprendendo coisas diferentes daquilo que se ensina na escola convencional. Uma educação democrática de verdade não pode apenas impor regras, mas estabelecer critérios para que diferentes habilidades possam aflorar em torno de oportunidades iguais.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Povo brasileiro se alegra em dizer que é o país do futebol, que o futebol emociona, arrepia, já pessoas passando fome e morando nas ruas, políticos corruptos roubando o que daria a gente um país melhor, uma saúde, educação, segurança de qualidade, poucos se arrepiam e emocionam com isto, com esta luta, de qualidade e segurança, não menosprezo o futebol, mais acredito que esta na hora de sermos brasileiros de fato, e deixar esta emoção e arrepio entrar em nosso coração e buscar um país com mais qualidade, e de fato sermos um país de qualidade econômica, um país de primeiro mundo de verdade, vamos nós brasileiros de forma organizada, e justa lutar por uma país igual para todos...
Continuo lendo seu blog com frequência, mais nem sempre é possível deixar um comentário.
ABRAÇOS PROFESSOR.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.