Aparentemente quando nos deparamos com algo proveniente do mal, tomamos um susto e nos encorajamos contra ele. Esta reação instintiva parece perseguir a espécie humana e com isso não precisamos forçar tal reação. Mas isto tem motivado os maus a buscar alternativas para cercear qualquer ameaça de reação. Assim instrumentos como a imprensa e a escola servem para ludibriar e construir opiniões que não seriam concebidas espontaneamente. Tais instrumentos tornam-se alvo dos maus e por eles passam a ser dominados. Mais grave do que isso é o fato de que o ambiente de nova dominação dos maus se ampliou e atingiu entes até então impensados, como por os exemplos citados.
A escola passa a ser o local onde, através da dominação política é possível interferir na vida das pessoas. Hitler dizia que a “educação deve estar sempre dominada pelo Estado” para que este possa fazer da escola um celeiro de adeptos. Esta constatação nos permite dizer que estamos “preparando” as pessoas para acatar o mal como algo natural, contra o qual não é possível fazer muita coisa. O leitor, pode estar neste momento incitado a discordar destes escritos, mas antes de fazê-lo o convido a refletir alguns dados que sustentam nosso ponto de vista. Em recente pesquisa divulgada pela imprensa analisou-se a qualidade de ensino em todo o país. Os melhores índices atingem pontuações em torno 4 pontos numa escala de 0 a 10.
Mesmo assim, os estados que atingem um índice medíocre de pouco mais de 4 pontos ostentam o privilégio de possuir a melhor educação do país. Destaco que nesta pontuação está apenas inserido o resultado quantitativo que em nossa opinião pouco quer dizer. Supomos que se avaliarmos aspectos qualitativos o resultado seria ainda pior. Paralelo a isso, percebemos que a grande maioria das pessoas, inclusive educadores, considera que a escola pública é boa. Mas porque é boa? Talvez por que seja um mini restaurante, por que prepara para o exercício de profissões que não exijam grande capacitação, por que ensine regras de convívio que a família já não consegue transmitir, etc. Tendo a escola atendido estas prerrogativas, então ela é boa.
Enquanto as pessoas se contentam com isto, ideologias de dominação e submissão são impostas como forma de “preparar” as pessoas a conviver com o mal. Quando se fala em combatê-lo nos limitamos a impedir que sejamos parte de uma legião de sujeitos do mal. Apesar da boa intenção percebe-se que não é o suficiente. Não é o suficiente porque não ensinamos a combater o mal. Talvez nem saibamos como fazer, afinal há uma lógica que exige que sejamos apenas bons e ensinemos a conviver com o mal. Quando ensinamos um conceito somos sorrateiramente convidados a transmiti-lo sem discuti-lo. Somos e formamos gerações de pessoas acostumadas e perceber o mundo dividido ente o bem e mal sem questionar a possibilidade de termos um mundo bom.
A fome, a miséria, a violência, a exclusão, a marginalidade são encaradas como resultado de um processo perverso, porém inevitável. Ensinamos que suas vítimas merecem nossa caridade. E afinal, para quem desconhece a fartura as migalhas da caridade são suficientes. E se os que aprendem conosco não forem vítimas da fome, da miséria, da violência, da exclusão e da marginalidade, então cumprimos nosso papel e a escola é boa.
Acredito que precisamos ousar! Não importa a pontuação que isso represente. Acredito numa educação que seja capaz de comover, sensibilizar e mobilizar os seres humanos numa atitude de combate ostensivo ao mal. Todos sabem, por exemplo que com as bombas lançadas sobre o Japão a 62 anos morreram cerca de 300 mil pessoas, mas desconhecem que somente no Rio de Janeiro, em 25 anos morreram cerca 830mil pessoas vítimas da violência; sabemos que os americanos não assinaram o tratado de Kioto mas poucos sabem que um cidadão que vive nos Estados Unidos polui tanto quanto 556 pessoas que vivem no Nepal.
Falar de Bomba Atômica e Tratado de Kioto sem considerar a existência de outros males é transformar aprendizagem em adestramento, treinamento. É desperdiçar a oportunidade de qualificar seres humanos, tornando-os combativos e corajosos. A pobreza intelectual encrustada no fazer educacional é insensível, fria e imóvel. Talvez por isso o mal não assuste e o bem não atraia e ambos convivam de forma tão harmoniosa, para a alegria e felicidade de quem nos domina.
A escola passa a ser o local onde, através da dominação política é possível interferir na vida das pessoas. Hitler dizia que a “educação deve estar sempre dominada pelo Estado” para que este possa fazer da escola um celeiro de adeptos. Esta constatação nos permite dizer que estamos “preparando” as pessoas para acatar o mal como algo natural, contra o qual não é possível fazer muita coisa. O leitor, pode estar neste momento incitado a discordar destes escritos, mas antes de fazê-lo o convido a refletir alguns dados que sustentam nosso ponto de vista. Em recente pesquisa divulgada pela imprensa analisou-se a qualidade de ensino em todo o país. Os melhores índices atingem pontuações em torno 4 pontos numa escala de 0 a 10.
Mesmo assim, os estados que atingem um índice medíocre de pouco mais de 4 pontos ostentam o privilégio de possuir a melhor educação do país. Destaco que nesta pontuação está apenas inserido o resultado quantitativo que em nossa opinião pouco quer dizer. Supomos que se avaliarmos aspectos qualitativos o resultado seria ainda pior. Paralelo a isso, percebemos que a grande maioria das pessoas, inclusive educadores, considera que a escola pública é boa. Mas porque é boa? Talvez por que seja um mini restaurante, por que prepara para o exercício de profissões que não exijam grande capacitação, por que ensine regras de convívio que a família já não consegue transmitir, etc. Tendo a escola atendido estas prerrogativas, então ela é boa.
Enquanto as pessoas se contentam com isto, ideologias de dominação e submissão são impostas como forma de “preparar” as pessoas a conviver com o mal. Quando se fala em combatê-lo nos limitamos a impedir que sejamos parte de uma legião de sujeitos do mal. Apesar da boa intenção percebe-se que não é o suficiente. Não é o suficiente porque não ensinamos a combater o mal. Talvez nem saibamos como fazer, afinal há uma lógica que exige que sejamos apenas bons e ensinemos a conviver com o mal. Quando ensinamos um conceito somos sorrateiramente convidados a transmiti-lo sem discuti-lo. Somos e formamos gerações de pessoas acostumadas e perceber o mundo dividido ente o bem e mal sem questionar a possibilidade de termos um mundo bom.
A fome, a miséria, a violência, a exclusão, a marginalidade são encaradas como resultado de um processo perverso, porém inevitável. Ensinamos que suas vítimas merecem nossa caridade. E afinal, para quem desconhece a fartura as migalhas da caridade são suficientes. E se os que aprendem conosco não forem vítimas da fome, da miséria, da violência, da exclusão e da marginalidade, então cumprimos nosso papel e a escola é boa.
Acredito que precisamos ousar! Não importa a pontuação que isso represente. Acredito numa educação que seja capaz de comover, sensibilizar e mobilizar os seres humanos numa atitude de combate ostensivo ao mal. Todos sabem, por exemplo que com as bombas lançadas sobre o Japão a 62 anos morreram cerca de 300 mil pessoas, mas desconhecem que somente no Rio de Janeiro, em 25 anos morreram cerca 830mil pessoas vítimas da violência; sabemos que os americanos não assinaram o tratado de Kioto mas poucos sabem que um cidadão que vive nos Estados Unidos polui tanto quanto 556 pessoas que vivem no Nepal.
Falar de Bomba Atômica e Tratado de Kioto sem considerar a existência de outros males é transformar aprendizagem em adestramento, treinamento. É desperdiçar a oportunidade de qualificar seres humanos, tornando-os combativos e corajosos. A pobreza intelectual encrustada no fazer educacional é insensível, fria e imóvel. Talvez por isso o mal não assuste e o bem não atraia e ambos convivam de forma tão harmoniosa, para a alegria e felicidade de quem nos domina.
Um comentário:
Oi Nilton!
Concordo com vc qdo diz que precisamos ousar e com certeza, não nos curvarmos ao que nos é imposto muitas vezes.
A reflexão, o debate, a efetiva produção do conhecimento são inerentes ao processo educacional, embora muitas vezes no cotidiano escolar isto ocorra muito pouco. Estou gostando de ver, vc continua alimentando seu blog com excelentes reflexões.
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