Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 31 de agosto de 2008

Caolhos e Banguelas

Há duas formas de se conviver num grupo social. Uma é usando da flexibilidade e da autenticidade, reconhecendo os limites dos outros e os seus. Usando de humildade, carisma, simpatia, empatia, desapego. Trata-se do ser humano em busca de sua própria humanidade. Este ser humano geralmente é compreendido, bem quisto e facilmente perdoado por seus erros, afinal ele mesmo os reconhece, nos outros e em si.Trata-se do sujeito com o qual todos querem conviver.
Mas o dia-a-dia nos depara com uma infinidade de outros sujeitos, tão diferentes quanto o formato das nuvens que podem pairar sobre nós todos os dias. Há os que são exatamente o oposto do que consideramos o bom sujeito. Pessoas inflexíveis, indóceis, carrancudas, insensíveis, antipáticas, intolerantes e incapazes de perceber seus erros. Geralmente, os enxerga nos outros e são implacáveis em suas cobranças. São capazes de destruir qualquer valor ou conceito para impor sua vontade. Se não conseguem, sentem o peso da derrota e o transformam numa monstruosa máquina de punição.
Trata-se da postura do “olho por olho, dente por dente”. Uma prática em que o cordeiro veste a pele do lobo a ponto de ele mesmo se sentir cordeiro. Torna-se algoz de si mesmo. Gandhi, líder pacifista indiano, quando questionado sobre o castigo que se deveria impor ao vencido em uma guerra afirmou que de tanto “olho por olho, dente por dente” vivemos num mundo de caolhos e banguelas. As relações humanas são (ou deveriam ser) essencialmente de negociação, de flexibilização, nunca de retaliação ou imposição.
Porém, este conceito não parece ser unânime. Ao contrário tem sido sorrateiramente ignorado, transgredido. Os banguelas e caolhos se multiplicam!
Se não há dentes sorrisos não há; se não há visão como haver esperança? A intolerância ofuscou muitos sorrisos e sepultou muitas esperanças. Parte da humanidade está morrendo a cada dia pela mais absoluta falta de tolerância. A falta de carisma, de flexibilidade tem feito nações inteiras reféns de geradores de caolhos e banguelas! Neste caso há sim uma forte semelhança entre criatura e criador.
Certamente o leitor perceberá que este tipo de pessoa existe em qualquer lugar. Teme ser esquecido e por isso torna-se sempre mais implacável na sua tarefa de exterminar olhos e dentes. Podem não ser esquecidas, mas certamente, muitos desejam esquece-las mais do que qualquer outra coisa. Quem esquece o seu algoz? Como fazer para não lembrar de que lhe arrancou o sorriso e a esperança? Se temos o dom do perdão, temos a implícita característica da memória, que não nos permite ignorar quem nos arrancou os dentes e perfurou nossos olhos.
O que preocupa é o fato de que muitos seres humanos da primeira categoria, os humildes, perdem a esperança e passam também a arrancar olhos e dentes, numa manifestação tácita da necessidade de sobreviver a qualquer custo. Mas afinal, com quem ficam os dentes e os olhos arrancados? Será um complexo freudiano ainda não completamente descrito? Ou será apenas mais uma característica humana a ser melhor compreendida e oportunamente melhor aproveitada? O tempo dirá...

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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.