Há duas formas de se conviver num grupo social. Uma é usando da flexibilidade e da autenticidade, reconhecendo os limites dos outros e os seus. Usando de humildade, carisma, simpatia, empatia, desapego. Trata-se do ser humano em busca de sua própria humanidade. Este ser humano geralmente é compreendido, bem quisto e facilmente perdoado por seus erros, afinal ele mesmo os reconhece, nos outros e em si.Trata-se do sujeito com o qual todos querem conviver.
Mas o dia-a-dia nos depara com uma infinidade de outros sujeitos, tão diferentes quanto o formato das nuvens que podem pairar sobre nós todos os dias. Há os que são exatamente o oposto do que consideramos o bom sujeito. Pessoas inflexíveis, indóceis, carrancudas, insensíveis, antipáticas, intolerantes e incapazes de perceber seus erros. Geralmente, os enxerga nos outros e são implacáveis em suas cobranças. São capazes de destruir qualquer valor ou conceito para impor sua vontade. Se não conseguem, sentem o peso da derrota e o transformam numa monstruosa máquina de punição.
Trata-se da postura do “olho por olho, dente por dente”. Uma prática em que o cordeiro veste a pele do lobo a ponto de ele mesmo se sentir cordeiro. Torna-se algoz de si mesmo. Gandhi, líder pacifista indiano, quando questionado sobre o castigo que se deveria impor ao vencido em uma guerra afirmou que de tanto “olho por olho, dente por dente” vivemos num mundo de caolhos e banguelas. As relações humanas são (ou deveriam ser) essencialmente de negociação, de flexibilização, nunca de retaliação ou imposição.
Porém, este conceito não parece ser unânime. Ao contrário tem sido sorrateiramente ignorado, transgredido. Os banguelas e caolhos se multiplicam!
Se não há dentes sorrisos não há; se não há visão como haver esperança? A intolerância ofuscou muitos sorrisos e sepultou muitas esperanças. Parte da humanidade está morrendo a cada dia pela mais absoluta falta de tolerância. A falta de carisma, de flexibilidade tem feito nações inteiras reféns de geradores de caolhos e banguelas! Neste caso há sim uma forte semelhança entre criatura e criador.
Certamente o leitor perceberá que este tipo de pessoa existe em qualquer lugar. Teme ser esquecido e por isso torna-se sempre mais implacável na sua tarefa de exterminar olhos e dentes. Podem não ser esquecidas, mas certamente, muitos desejam esquece-las mais do que qualquer outra coisa. Quem esquece o seu algoz? Como fazer para não lembrar de que lhe arrancou o sorriso e a esperança? Se temos o dom do perdão, temos a implícita característica da memória, que não nos permite ignorar quem nos arrancou os dentes e perfurou nossos olhos.
O que preocupa é o fato de que muitos seres humanos da primeira categoria, os humildes, perdem a esperança e passam também a arrancar olhos e dentes, numa manifestação tácita da necessidade de sobreviver a qualquer custo. Mas afinal, com quem ficam os dentes e os olhos arrancados? Será um complexo freudiano ainda não completamente descrito? Ou será apenas mais uma característica humana a ser melhor compreendida e oportunamente melhor aproveitada? O tempo dirá...
Mas o dia-a-dia nos depara com uma infinidade de outros sujeitos, tão diferentes quanto o formato das nuvens que podem pairar sobre nós todos os dias. Há os que são exatamente o oposto do que consideramos o bom sujeito. Pessoas inflexíveis, indóceis, carrancudas, insensíveis, antipáticas, intolerantes e incapazes de perceber seus erros. Geralmente, os enxerga nos outros e são implacáveis em suas cobranças. São capazes de destruir qualquer valor ou conceito para impor sua vontade. Se não conseguem, sentem o peso da derrota e o transformam numa monstruosa máquina de punição.
Trata-se da postura do “olho por olho, dente por dente”. Uma prática em que o cordeiro veste a pele do lobo a ponto de ele mesmo se sentir cordeiro. Torna-se algoz de si mesmo. Gandhi, líder pacifista indiano, quando questionado sobre o castigo que se deveria impor ao vencido em uma guerra afirmou que de tanto “olho por olho, dente por dente” vivemos num mundo de caolhos e banguelas. As relações humanas são (ou deveriam ser) essencialmente de negociação, de flexibilização, nunca de retaliação ou imposição.
Porém, este conceito não parece ser unânime. Ao contrário tem sido sorrateiramente ignorado, transgredido. Os banguelas e caolhos se multiplicam!
Se não há dentes sorrisos não há; se não há visão como haver esperança? A intolerância ofuscou muitos sorrisos e sepultou muitas esperanças. Parte da humanidade está morrendo a cada dia pela mais absoluta falta de tolerância. A falta de carisma, de flexibilidade tem feito nações inteiras reféns de geradores de caolhos e banguelas! Neste caso há sim uma forte semelhança entre criatura e criador.
Certamente o leitor perceberá que este tipo de pessoa existe em qualquer lugar. Teme ser esquecido e por isso torna-se sempre mais implacável na sua tarefa de exterminar olhos e dentes. Podem não ser esquecidas, mas certamente, muitos desejam esquece-las mais do que qualquer outra coisa. Quem esquece o seu algoz? Como fazer para não lembrar de que lhe arrancou o sorriso e a esperança? Se temos o dom do perdão, temos a implícita característica da memória, que não nos permite ignorar quem nos arrancou os dentes e perfurou nossos olhos.
O que preocupa é o fato de que muitos seres humanos da primeira categoria, os humildes, perdem a esperança e passam também a arrancar olhos e dentes, numa manifestação tácita da necessidade de sobreviver a qualquer custo. Mas afinal, com quem ficam os dentes e os olhos arrancados? Será um complexo freudiano ainda não completamente descrito? Ou será apenas mais uma característica humana a ser melhor compreendida e oportunamente melhor aproveitada? O tempo dirá...
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