Desde que me conheço por gente, ouço falar de refugiados. Sempre que isso acontecia se via milhares de pessoas deixando sua terra para se proteger de grandes genocídios provocados por guerras, terror, etc. O resultado disto é que temos nações inteiras desalojadas, culturas dizimadas, identidades destruídas, dignidade perdida. Apesar disto ainda resta uma sinal de esperança de um dia poder voltar à sua pátria ou até mesmo (re)construí-la se for necessário.
Mas os tempos são outros, e como tantas coisas, o modelo de refugiados também é outro. Os novos flagelos humanos são os que vêem sua, sua cidade, sua nação simplesmente desaparecer. A estes, portanto nem a esperança resta. São os refugiados climáticos. Os deserdados ambientais. Literalmente o chão lhe sumiu aos pés! Não há mais para onde voltar. Discutir as causas já não é mais o tônus do debate, mas dúvidas como: o que acontecerá com estas pessoas? Quem os acolherá? Quantos serão?
O exemplo recente do Rio de Janeiro, traz a lembrança tragédias ocorridas também em Pernambuco e Alagoas em 2010 e Santa Catarina em 2008. Milhares de pessoas simplesmente não terão para onde voltar... Embora o quadro se desenhe assustador, não chega a surpreender! É a expressão do esgotamento, da exaustão!
Tuvalu, um arquipélago-nação no meio do Pacífico está condenado a desaparecer em poucos anos e outros paraísos e cidades litorâneas de todo o mundo estão na lista! Sem contar nos milhões de quilômetros de desertos que eclodem em meio a florestas e áreas produtivas. A medida que os tempos passam parece que nos aproximamos de um caos interminável, cruel, indigno e injusto!
A triste sentença que condena a humanidade ao caos vem sendo aplicada a todos. Se a prevenção não foi tomada como necessária, que se tome o remédio como obrigatório. Evidentemente que oferecer uma nova casa, construir uma nova cidade, um novo bairro não devolverá aos refugiados climáticos, a sua dignidade. Ser gente é muito mais do que habitar, sobreviver. Ser gente é ter identidade, história, passado, lugar.
Imagine o leitor e a leitora, se de uma hora para outra fosse preciso se implantar num outro lugar, com novos hábitos, novas condutas; se seu passado simplesmente fosse engolido pelo caos ambiental; se fosse necessário literalmente nascer de novo. Este novo nascer não é como curar-se de uma terrível doença ou de um grave acidente. É morrer e ser obrigado a assistir a própria morte.
O mais surpreendente é que pouco se fala a respeito disso. A imprensa tem tratado modestamente o assunto e quando trata é de forma superficial. A grande mídia prefere ignorar e mostrar a tragédia até fazer dela um fato comum. O tema causa constrangimento a quem tem a obrigação de apontar soluções, mesmo porque são os causadores desta tragédia. Como justificativa há quem afirme tudo isso é fruto do processo de globalização. Vale dizer que seja qual for o processo temos seres humanos em questão.
Se não temos como devolver a dignidade perdida, que não se permita que mais gente a perca. Que se tomem urgentes providências, que a ONU cumpra seu papel, que as igrejas façam valer seu poder, que os governos democratas arrastem pelo exemplo. Enfim que a humanidade seja capaz de oferecer a si mesma a esperança de que o fim não está tão próximo quanto se tem previsto. A menos que estejamos diante de uma espécie kamikaze.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
Os endereços de minhas "viagens" mais frequêntes
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Um comentário:
Grande texto Professor, logo após um desastre, se fala em mudanças climáticas, aquecimento global, e muitas outras coisas, daí vemos varias pessoas aparecerem nos telejornais e fazerem promessas de soluções, outro colocando possíveis soluções e causas, agora lhe pergunto, será que não seria a hora de nós todos habitantes, olharmos em volta e vermos o que esta acontecendo, e começar a preservar um pouco mais o nosso habitat, no meu ponto de vista, o governo deve fazer a parte dele, mas nós habitantes devemos cumprir com o nosso dever de preservação, de EDUCAÇÃO.
Hoje se vê vários desastres acontecendo, varias pessoas dando entrevistas que isto esta sendo feito, aquilo já foi feito, mais não temos solução nenhuma, por isso esta na hora da sociedade fazer a sua parte, e acho que deveria começar pela escola, num projeto desde a educação infantil, mostrar o que realmente esta acontecendo, mostrar como pode ser o futuro destas gerações e como elas devem cuidar do nosso planeta.
Acho que se começarmos a fazer isto teremos muitas chances de mudar um pouco a mentalidade das pessoas, pois hoje em pessoas, adultas, jovens, não vemos uma conscientização, e às vezes escutamos, não sou eu que vou sofrer isto, as próximas gerações que sofram com estes problemas, mais esta pessoas não conseguem enxergar o que esta a frente delas e já sofrem com isto, acho que cada um deve começar a fazer a sua parte como o Professor citou na parte final do texto. E hoje vejo o universo escolar como um dos principais lugares para se fazer isto.
Abraços Professor!!!
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