A convivência pode ser uma virtude ou um problema para o ser humano. Os excessos de convivência podem gerar conflitos, a falta de postura no ato de conviver pode torná-lo inviável. Isso entre vizinhos, parentes distantes, amigos, colegas de trabalho, etc. Mas entre pais e filhos, esposo e esposa a realidade é outra. A convivência é o que há de fundamental para que sintam fortalecidos os laços que os unem. O tempo ocioso (férias, finais de semana) é o espaço entre uma jornada e outra em que o convívio se faz acontecer. É um exercício de humanidade. Somente o ser humano é capaz de fazer do tempo ocioso, um tempo de vida, bem-querer. Um tempo para sentir-se feliz, sentir-se gente. Para analisar este tema utilizo-me de dois ditos populares: “mente ociosa, oficina do diabo” e “o trabalho dignifica o homem”.
O primeiro refere-se ao fato de que é preciso manter a mente das pessoas ocupadas com “coisas úteis” para que não se quede ao mal. Estas coisas úteis são: o trabalho, cursinhos intensivos, participação em grupos sociais, etc. Quem já não recebeu através de seu correio eletrônico, convites para fazer cursinhos ou participar de alguma atividade enquanto está gozando de suas férias ou para as suas horas ociosas? É preciso que as pessoas saiam de suas casas, afastem-se de seus familiares mais próximos. Talvez por isso muitos pais não saibam o que fazer com seus filhos nos períodos de férias ou num dia em que a escola pare para alguma reunião ou num final de semana.
A segunda refere-se ao fato de que o um ser humano será completo se exercer alguma atividade laboral. O trabalho não é apenas uma questão de sobrevivência, mas de garantia de que se pertence a um grupo seleto de pessoas: as dignas. O trabalho dignifica o homem sim, mas quando exercido com dignidade. Ao tornar o homem escravo de uma rotina perversa, que o exclua do convívio da família, transforma-o numa máquina, sem dignidade e sem vida.
O medo do ócio e o perigo por ele gerado tem transformado o ser humano numa “coisa”. Não é gratuita a preocupação de algumas pessoas em ser substituídas por máquinas, afinal fazem de sua vida o que qualquer máquina faria. Muitas vezes esta preocupação tem se confirmado, pois a tecnologia, criada pelo próprio homem, ao contrário de lhe oferecer mais tempo para o convívio, tira-lhe o sustento e a própria dignidade. A geração atual tem ocupado o seu tempo trabalhando e se especializando para garantir seu espaço no mercado de trabalho.
Os filhos são criados por estranhos, os velhos acompanhados por cuidadores! Refeição em família torna-se parte da tradição de Natal. No cotidiano diário não há refeições e muito menos em família. Como imaginar “perder tempo” para almoçar? Teríamos então um terceiro jargão: “tempo é dinheiro”. O mesmo dinheiro usado para custear longos tratamentos médicos de quem durante décadas não cuidou de seu corpo. De quem fez do ócio seu maior inimigo, transformando-o em um verdadeiro demônio.
Ser gente ainda é algo que somente as pessoas sabem fazer. Trabalhar, estudar são invenções que devem ajudar as pessoas a ser mais gente; a ter mais tempo para as outras pessoas. Uma conversa à mesa, uma brincadeira na varanda, uma pescaria, um bom livro são coisas de gente. Gente que faz de seu ócio um tempo de felicidade!
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
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É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
Os endereços de minhas "viagens" mais frequêntes
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- Biblioteca Casa Fernando Pessoa
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Um comentário:
Há quem viva se queixando da falta de tempo durante o ano inteiro. Pode até ser que isso seja verdade, pois os compromissos profissionais são muitos, mas muitas vezes o problema não é a falta de tempo, e sim a falta de organização do mesmo. Todavia, nesse período de férias não há desculpas, basta saber aproveitar o tempo da melhor forma para que, quando elas terminarem, não se olhe para trás e se arrependa de não ter feito nada com tanto tempo. Para complementar o pensamento, cito Dalai Lama que disse: "O que mais me surpreende na humanidade são os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer. E morrem como se nunca tivessem vivido". Abraço Nilton e um bom resto de férias. Tenha um excelente ano.
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