Uma das grandes preocupações de educadores, gestores e estudiosos da educação está na discussão e resolução dos problemas relacionados à dificuldade de aprendizagem de crianças e adolescentes. De fato eles existem e comprometem significativamente o sucesso do processo educativo. Mas um grande equivoco é abordá-los isoladamente como se fossem resultado exclusivo da má vontade em aprender ou de fatores externos, como os genéticos. Como aprender é resultado de um processo que se inicia com o planejamento estratégico e metodológico é preciso afirmar que os problemas de aprendizagem, em sua maioria, derivam de problemas de ensino.
A insistência em considerar a mente das crianças como páginas em branco e enaltecer a supremacia dos saberes historicamente sistematizados pela humanidade ocultou intencionalmente a gravidade da problemática educacional. Transferiram-se e ocultaram-se responsabilidades por comodidade e por insensibilidade, gerando exclusão e distorções incorrigíveis. Não se trata de estabelecer culpados e vítimas, mas de construir uma análise justa e coerente para que se possa construir um novo processo educativo.
Este novo processo deverá considerar a complexidade que envolve a relação entre ensino e aprendizagem partindo da necessidade de se reconhecer o profissionalismo do educador como base para uma verdadeira reinvenção do ato de educar. Os tradicionais discursos que mencionam o educador como mediador, vocacionado e multifuncional deturpam e degeneram sua real dimensão profissional, política, planetária e ética.
Outro aspecto que merece ampla revisão é a avaliação que tem sido mais classificatória, diagnóstica e até punitiva do que transformativa e construtora. A avaliação é assim, destinada à aprendizagem, sem tratar diretamente do ensino, unilateralizando demandas e preocupações. Numa perspectiva transformadora e construtora a avaliação é essencialmente um momento de consolidação de mudanças de estratégias em direção a uma formação efetivamente significativa e relevante. Vista desta forma, a avaliação torna-se instrumento de aperfeiçoamento e desvelo de equívocos, vislumbrando uma nova postura frente a eventuais carências.
Um terceiro aspecto, mas não menos importante, é a metodologia a ser adotada frente a cada realidade e a cada tempo. Não são tecnologias e teorias complexas que revelam a praticidade necessária na formação efetiva de sujeitos cidadãos e sensíveis ao seu próprio contexto. Práticas contextualizadas que revelam um significado singular à realidade de educandos e educadores, dispensam complexas teorias e instrumentos, oportunizando uma educação capaz de associar ensino e aprendizagem, como resultado de um momento de solidariedade e de compaixão.
Educar é, além da soma do ensino e da aprendizagem, uma atitude profissional e atenta a cada momento do processo de formação humana, sem ignora-lhe o seu elevado grau de complexidade e simplicidade. Complexidade por que não há uniformidade, mas uma indescritível diversidade; simplicidade por que educar é fazer do contexto de cada educando, um rico instrumento de humanização e sensibilização. Educar, desta forma é dar significado e esperança à quem não há outra caminho senão iniciar sua vida transformando-a.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
sábado, 12 de março de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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2 comentários:
Hoje as pessoas de um modo geral tem por intuito próprio criticar, estrutura, os educadores, os educandos, os métodos de ensino, e esta critica muitas vezes pode estar certa mais se olharmos pode ter varias interpretações.
Talvez o ensino esteja mesmo devassado no País, e como vivemos em país ontem tudo parece mais difícil de se fazer ou mudar, e olhando deste modo podemos ver que todos estes problemas podem contribuir, por isso hoje a pessoa que tem o papel de educador, deve estar preparada para enfrentar vários problemas e acima de tudo preparada para aprender a cada dia, e não pensar que quando terminou a faculdade esta pronto e não tem mais o que fazer se engana o educador hoje deve passar segurança, humildade, souber ser amigo do aluno, para poder contribuir para o seu aprendizado, para podermos formar um sociedade mais certa e mais justa, com muita dignidade, sabedoria, e acima de tudo um profissional bem sucedido.
Bela atualização professor adoro ler seu blog.
Abraços
Parabéns por mais esta bela criação textual, Nilton. Os problemas de aprendizagem nem sempre são causados por fatores inerentes aos alunos, como você bem mencionou, mas podem ser consequência do despreparo ou da desqualificação de pessoas que pensam que são professores e educadores, porém não passam de meros empregados na escola. O desinteresse ou até mesmo a acomodação destes resulta numa má qualidade de ensino, no desestímulo do aluno com a escola e na desvalorização da profissão. O ensino não pode ser concebido como uma esmola ou um ato de caridade, mas sim como um ato de orientação, de instrução, de conscientização, de construção e transformação de vidas humanas, e esse processo não pode ser feito com desleixo. É preciso que pessoas comprometidas se engajem nessa missão de ser educador. A sociedade carece de verdadeiros educadores e, consequentemente, de gente educada. Abraço!
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