Um dos grandes desafios do século XXI é garantir o acesso à educação a todos os cidadãos. Esta garantia não se resume apenas a gestão, mas principalmente ao que diz respeito ao planejamento estratégico e metodológico do processo educativo. Se em tempos idos o grande desafio era universalizar o acesso físico de crianças e adolescentes ao ensino fundamental este é o momento de se refletir e agir em favor da universalização da qualidade do ato educativo.
Se crianças e adolescentes possuem vaga garantida em salas de aula, este é o momento de se questionar o impacto social, humano, ecológico e econômico deste avanço. Se a prerrogativa da quantidade está praticamente garantida, agora é preciso estender esta garantia à qualidade. Inúmeras discussões lançam-se ao desafio de conceituar epistemologicamente o termo “qualidade de ensino” a fim de propor uma prática educativa comprometida em transformar estatísticas em dignidade, qualidade de vida e bem-estar social.
Esta transformação em que quantidade e qualidade tornam-se parceiros indissociáveis de um complexo processo de intensa sensibilidade exige uma postura ética de todo o conjunto da sociedade, especialmente de educadores e gestores. O primeiro passo para aliar qualidade e quantidade em favor de uma nova proposta estratégica e metodológica de ensino, é romper com a indiferença gerada por números e estatísticas.
O simples aumento em índices avaliativos como o IDEB não reflete a desejada evolução qualitativa, que permanece à margem das grandes preocupações quando se discute políticas públicas de ensino. Ostentar índices e alardear números sem a devida atenção à qualidade é postura antiética e desumana, mascarando um processo de degradação da essência do ato educativo. Esta essência está em oferecer esperança e instrumentos de (trans)formação para a vida daqueles a quem é negado o direito de partilhar e contribuir na construção da riqueza do país.
O elevando índice de pessoas egressas do ensino fundamental incapazes de interpretar um texto ou desenvolver um raciocínio lógico elementar, evidenciam a gravidade da preocupação com a qualidade do ato educativo. A indiferença em relação aos chamados analfabetos funcionais, é uma atitude de desumanidade, visto que mascarra uma grave carência humana, que impede a idealização de sonhos e projetos de vida.
Estes sonhos e projetos de vida, por sua vez necessitam de uma “alfabetização planetária”, através da qual sejam inseridos numa perspectiva de formação de sujeitos auto-críticos, sensíveis, éticos e comprometidos com tudo o que existe e vive sobre o planeta. Ler e escrever passam a ser atos menos mecânico e previsível, para se transformar em momentos de (re)construção e dinamicidade. Mais do que interpretar códigos e executar processos repetitivos, saber ler e escrever significa inserir o sujeito num qualificado projeto de autoria, garantido-lhe a possibilidade de trilhar seu caminho e estabelecer suas próprias perspectivas.
Esta (trans)formação não será alcançada por decretos, mas por um comprometimento de educadores, gestores e famílias no sentido de oferecer uma formação capaz de intervir na vida das pessoas. Esta intervenção será estruturada a partir da compreensão da realidade temporal e do contexto em que o processo educativo ocorre. É esta relação que determinará qualidade ao processo educativo, fazendo-o significativo e relevante.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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