Poucas são as pessoas que não tiveram contato com pelo menos um professor ou professora. Quem é professor(educador) sabe e já deve ter se dado conta da sua participação e até influência na vida das pessoas. A profundidade dessa participação e dessa influência merece ser considerada, pois é a partir dela que se estabelecem todas as relações entre o educador e a sociedade.
O que tem comprometido a qualidade destas relações é a distorção da real função do educador no atual contexto. A “ imposição” da condição de segunda família à escola, a transforma num local onde o exercício da profissão de educador se torna um desafio cada vez menos atingível. Como ministrar conceitos científicos num ambiente onde é necessário executar tarefas essencialmente da família? O que fazer diante de famílias que assumidamente não sabem o que fazer com seus filhos? Como tratar de valores com os filhos de quem apenas procura por culpados de seus próprios erros?
Embora estejamos falando de uma minoria não estamos falando de exceções. A cada dia se percebe crescente, a absoluta renúncia familiar à condição de formadora de valores e atitudes como respeito, tolerância, responsabilidade e comprometimento. O que chama a atenção neste sentido é que esta minoria tem crescido constantemente pela comodidade das famílias e pelo conformismo dos educadores.
O trabalho, a mídia e o excessivo assistencialismo contribuem para acomodar ainda mais a família justificando inclusive sua renuncia a condição de provedora econômica e moral das próximas gerações. Transfere-se esta tarefa ao Estado e à escola, e por conseguinte a maternidade e a paternidade ao educador e à educadora. Estes por conformismo e por opção histórica, assumem-se vocacionados à tarefa. Une-se assim, o “útil ao agradável”.
Esta condição faz do educador um profissional sem uma identidade clara. Impõe-se sobre ele a formação acadêmica, intelectual, moral, social, política e religiosa de crianças e adolescentes. A família limita-se a função de culpar a escola e os educadores por aquilo que ela própria deixou de fazer. Estabelece-se uma relação adversa onde a cada geração, percebem-se fenômenos como a fragilização da autoridade do educador e a desarticulação da estrutura familiar.
Sem referências e sem compreender os limites da liberdade, cada geração dificultará ainda mais o exercício da profissão de educador. A esperança que resta, é que ainda estamos falando de uma minoria. Não há dúvidas de que a grande parceira da escola é a família. Pais e educadores sintonizados podem garantir uma formação ampla, digna e completa às futuras gerações. Esta sintonia se traduz pelo respeito mútuo e pela identificação de funções que cada um deve exercer.
Assim, os verdadeiros e únicos “amigos da escola” são as famílias e sua maior homenagem aos educadores será o de cumprir sua função. Desta forma o educador poderá exercer a sua função e todos saberão o quanto vale uma família e um educador. Desta forma, celebrar o dia do educador é também celebrar a sensibilização de que este é um profissional que necessita de condições morais para exercer seu trabalho.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
domingo, 9 de outubro de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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