Os escândalos envolvendo agentes públicos em atos de corrupção tem sido uma constante em nosso país. Estes tornam-se públicos graças a democracia e a imprensa livre, que são uma grande conquista do povo brasileiro. Equivocam-se os que afirmam que em tempos passados, especialmente nos períodos de ditadura, não havia nada disso. A falta de democracia e de liberdade obscureceram a história e iludiram gerações que hoje se veem perplexas diante do que se revela nos bastidores do poder. Se hoje ainda escolhem-se mal os que nos governam é importe que se ressalve que é preferível que seja assim, a não se ter a oportunidade de fazê-lo.
Mas seria a corrupção, o elevado preço a ser pago pela democracia e pela liberdade que se consolida diariamente em nosso país? Seria a corrupção um mal necessário? É preciso dizer que corrupto e corruptor são seres humanos, dotados de valores e por isso a corrupção é essencialmente um ato humano, uma opção. Efetivamente não há como regular o caráter de alguém e convertê-lo por decretos ou dispositivos legais. Mas isso não permite que se considere a corrupção como algo inerente à democracia e à liberdade.
Ao contrário, a consolidação da democracia e da liberdade incidem diretamente sobre o estabelecimento de leis que façam frente a corrupção em dois aspectos: que impeça corrupto e corruptor de agirem e que puna os que pratiquem a corrupção. E isto não fere a democracia e a liberdade, mas ao contrário estabelece um alicerce moral e ético que lhe dá ainda maior estabilidade. Afinal os recursos que escorrem do tesouro público pertencem a cada cidadão que transfere percentuais significativos de sua renda ao Estado. Caberia a estes recursos financiar educação, saúde, bem-estar social e qualidade de vida a toda a população.
Se hoje temos milhares de analfabetos e famintos é porque a contribuição de cada cidadão não está chegando a seu destino. Da mesma forma a violência, a mortalidade infantil, a falta de moradia são frutos do mau uso do que pertence a todos. Por tudo isso, é possível afirmar que a corrupção é um crime contra a humanidade e que precisa ser impedido e punido com o máximo de rigor possível. Mas para isso, efetivamente é fundamental que se promovam mudanças na legislação para que a justiça possa ser feita. Mas como muitos dos que se sustentam pela corrupção são alguns dos que deveriam mudar a legislação, nossas esperanças se reduzem e se sustentam na expectativa de que a própria democracia e liberdade façam com que o eleitorado escolha melhor.
Mudar a legislação e tornar a justiça mais célere é o que pode reduzir este mal que está longe de ser necessário. Um mal que deveria ser punido com maiores e mais rigorosas penas, visto que compromete a vida e a dignidade de toda uma nação. Tanto compromete que faz os cidadãos terem dúvida do valor da democracia e da liberdade e da importância de seu voto. A medida em que 2012 se aproxima e o pleito municipal se anuncia vemos interesses partidários e individuais se camuflarem em propostas coletivas que ultrapassam a utopia e atingem o inaceitável.
Obras públicas e investimentos são anunciados como se partissem do bolso de alguns personagens conhecidos e são decoradas com faixas e cartazes que iludem e mascaram a verdade. Usar dinheiro público para promoção pessoal também se caracteriza com ato de corrupção. Mas graças à democracia e a liberdade, temos a possibilidade de tecer este tipo de crítica e ainda ter a esperança de que o futuro possa ser diferente. Assim, se o mal da corrupção ainda persiste, que ele não seja visto como necessário, mas como algo execrável, combatido e publicado, para que não seja mais preciso pagar por ele com analfabetos, doente, famintos e mortos.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
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É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
terça-feira, 1 de novembro de 2011
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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