Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 14 de setembro de 2008

As muitas cores “verde e amarelo”

A semana da pátria foi marcada por inúmeras homenagens, desfiles e discursos enaltecendo um espírito patriota que certamente há em cada cidadão neste país. Isto é relativamente positivo, mas não suficiente. É um bom começo para a construção de uma nação de verdade, mas não é o caminho como um todo. Há valores tão significativos quanto o patriotismo e que parecem ofuscados no dia-a-dia de nossa pátria nação. Acolhida, solidariedade, partilha, unidade e perseverança não estão tendo o lugar que merecem na edificação de nossa nação.

O verde e amarelo do civismo não é tão visível quanto o destes valores. Mas nem sempre foi assim. A história conta e os milhões de rostos que compõe nosso povo, denunciam que somos uma nação de muitas cores. Certamente nenhuma nação do mundo acolheu ou acolhe tantos povos quanto o Brasil. Esta diversidade é sinal de que fomos e somos uma nação acolhedora. Enquanto nações criam barreiras físicas e legais para impedir a entrada de estrangeiros o Brasil não manifesta nenhuma preocupação neste sentido. É um sinal de que efetivamente somos diferentes.

O que preocupa é que mesmo com esta diferença ainda há muito por se fazer em relação a alguns rostos que são vistos, mas não enxergados. Os povos indígenas, nativos e primeiros a povoar nosso território foram reduzidos de 6 milhões em 1500, para menos de meio milhão em 2008. Pouco do “verde amarelo” lhe sobrou. Outro grupo que ainda não encontrou seu espaço no “verde e amarelo” que tanto orgulha a nação são os afro-descendentes. Seus ancestrais foram trazidos vítimas da mais cruel forma de migração e libertados de forma ultrajante. Afinal libertaram-se os escravos e não lhe foi dada qualquer condição de sobrevivência.

E o que falar dos desaparecidos políticos da ditadura militar. Como pode uma nação vestir-se de verde e amarelo sabendo que dezenas de pessoas simplesmente desapareceram por se oporem a um regime. O que dizer às suas famílias? Chamá-los de mártires é o reconhecimento merecido? Certamente há outros exemplos que podem ilustrar a necessidade que temos de avançar muito em direção a uma nação ainda mais acolhedora.

Mas como estamos e sempre estaremos em construção certamente fatos como os descritos não se repetirão e há vontade e necessidade de se “concertar” estas tropeços históricos. Também caminhamos para reconhecer que todos têm direito a um mesmo “verde e amarelo”. Mas reconhecer não significa garantir este direito. Esta garantia é possível pela organização de instituições fortes, cidadãos nutridos, educados e saudáveis, crianças respeitadas, idosos valorizados. Seremos então uma nação de muitas cores contidas num “verde e amarelo” que pertença a todos.

Quanto as cores de nossos rostos, servirão apenas para embelezá-los e não haverá mais minorias ou grupos isolados. Seremos uma nação, maior que os limites de nossas fronteiras, mais acolhedora, solidária, generosa e perseverante. Mas isto é um desafio que ainda consumirá algum tempo e talvez algumas gerações. Este é o caminho que historicamente escolhemos para construir a “verde e amarela” nação de todos os brasileiros.

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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.