Segundo nosso calendário adentramos a Primavera. Estação que antecede o verão, temperaturas amenas, árvores lançado seu charme através de suas flores, cores e odores seduzem insetos e pequenos animais, a natureza está em festa. Mas parece que nos demos conta de que estamos na primavera, mais pelo calendário do que pela expressão festiva da natureza. Efetivamente não somos capazes de reconhecer a estação do ano em que nos encontramos apenas pelo que nos diz a natureza.
Mas o que está de fato acontecendo? Para refletir sobre isso rememoro um ditado que ouvi a muitos anos que dizia: “Deus perdoa sempre, o Homem às vezes e a Natureza nunca”. A princípio confesso que até acreditei, figurando a Natureza como vingativa considerei correta a atitude de nós humanos destruí-la. Pior do que isto, parece que não estive só e muitos seres humanos empunharam armas e deflagraram uma verdadeira guerra. Como em toda a guerra houve baixas... Espécies extintas, florestas ao chão, cores e odores conservadas apenas em algumas memórias ou então edificadas a imaginação de uns poucos, ar irrespirável, rios fétidos, solos cancerosos, etc.
Como toda a guerra tem um custo, esta não é diferente. Milhões de seres humanos doentes, famintos, estressados, depressivos, ensandecidos. Mas, e a primavera? Ainda insiste em se revelar, em sussurrar gritos roucos quase imperceptíveis de socorro. Ela que apenas nos lembrar que ela ainda existe e nos quer currar, alimentar, alegrar... Mas parece que o murmurinho primaveril está cada vez menos audível. Um silêncio ensurdecedor, triste, cruel, frio, feio, fétido. Um silêncio anunciado em 1962, quando Rachel Carson publicou o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa), que teve enorme repercussão na opinião pública e que expunha os perigos de um inseticida, o DDT.
A principio esta obra foi ridicularizada, ferozmente criticada, através de inúmeras tentativas de desacreditar um pedido de socorro de um planeta moribundo. O silêncio da primavera não é apenas o fim de uma estação, é um anúncio de que a guerra está por se acabar. Um dos adversários finalmente tombou. Como em toda a guerra há sempre uma pitada de bestialidade, nesta não seria diferente. Aqui está no fato de que o adversário é a própria casa do vitorioso. Como não supor que se você põe abaixo a tua própria casa, ela não lhe cairá na própria cabeça? E ainda dizem que a Natureza é vingativa, não perdoa...
E a primavera chegou... Em silêncio, com menos cores, menos odores. Menos exuberante, mais tímida, mas chegou. Mesmo assim, com um pouco de sensibilidade ainda é possível encontrá-la, e por enquanto sem precisar imaginar, apenas bastando olhar paisagens próximas...Ainda há tempo, antes que se vá o último suspiro, a última flor, o derradeiro perfume. Ainda há tempo de fazermos as pazes com nossa capacidade
Mas o que está de fato acontecendo? Para refletir sobre isso rememoro um ditado que ouvi a muitos anos que dizia: “Deus perdoa sempre, o Homem às vezes e a Natureza nunca”. A princípio confesso que até acreditei, figurando a Natureza como vingativa considerei correta a atitude de nós humanos destruí-la. Pior do que isto, parece que não estive só e muitos seres humanos empunharam armas e deflagraram uma verdadeira guerra. Como em toda a guerra houve baixas... Espécies extintas, florestas ao chão, cores e odores conservadas apenas em algumas memórias ou então edificadas a imaginação de uns poucos, ar irrespirável, rios fétidos, solos cancerosos, etc.
Como toda a guerra tem um custo, esta não é diferente. Milhões de seres humanos doentes, famintos, estressados, depressivos, ensandecidos. Mas, e a primavera? Ainda insiste em se revelar, em sussurrar gritos roucos quase imperceptíveis de socorro. Ela que apenas nos lembrar que ela ainda existe e nos quer currar, alimentar, alegrar... Mas parece que o murmurinho primaveril está cada vez menos audível. Um silêncio ensurdecedor, triste, cruel, frio, feio, fétido. Um silêncio anunciado em 1962, quando Rachel Carson publicou o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa), que teve enorme repercussão na opinião pública e que expunha os perigos de um inseticida, o DDT.
A principio esta obra foi ridicularizada, ferozmente criticada, através de inúmeras tentativas de desacreditar um pedido de socorro de um planeta moribundo. O silêncio da primavera não é apenas o fim de uma estação, é um anúncio de que a guerra está por se acabar. Um dos adversários finalmente tombou. Como em toda a guerra há sempre uma pitada de bestialidade, nesta não seria diferente. Aqui está no fato de que o adversário é a própria casa do vitorioso. Como não supor que se você põe abaixo a tua própria casa, ela não lhe cairá na própria cabeça? E ainda dizem que a Natureza é vingativa, não perdoa...
E a primavera chegou... Em silêncio, com menos cores, menos odores. Menos exuberante, mais tímida, mas chegou. Mesmo assim, com um pouco de sensibilidade ainda é possível encontrá-la, e por enquanto sem precisar imaginar, apenas bastando olhar paisagens próximas...Ainda há tempo, antes que se vá o último suspiro, a última flor, o derradeiro perfume. Ainda há tempo de fazermos as pazes com nossa capacidade
Um comentário:
Nilton!
Aqui estou novamente lendo suas reflexões. Desde já faço o convite para vc participar do prêmio Educadores Inovadores na Categoria Educador (categoria livre), penso que vc será um vencedor. De qqer forma participar já é uma grande aprendizagem. Poderias sentar comigo e com a Stela algum dia que tiveres tempo e aí a gente te explica o que é necessário.
Boa semana
Marisa
Postar um comentário