A COMPLEXIDADE HUMANA NO USO DO COMPUTADOR
O processo de construção do conhecimento nas diferente áreas é altamente dinâmico nos mais diferentes campos. No das mídias não poderia ser diferente. Ao contrário as mídias são geradoras de progressos jamais vistos na história da humanidade. Certamente nenhum outro campo do conhecimento tenha passado por tantas mudanças quanto o da informática.
O surgimento o computador exigiu um agregado de outras estruturas lógicas para operá-lo e adaptá-lo as necessidades efetivas que se passou a ter. mais do que funcionar adequadamente era preciso que se torna-se rápido, efeciente, etc. assim surgem as plataformas que permite congregar uma série de comandos num único ambiente facilitando o processo de operacionalização do computador e de todas as suas potencialidades.
Do ponto de vista econômico o uso das máquinas e de seus aplicativos, pode-se dizer que tem gerado economia de materiais, tempo e tornado muito prática a comunicação entre as pessoas. É um mérito a ser considerado e que justifica qualquer investimento no sentido de tornar o computador um equipamento tão comum quanto TV, fogão e mesa na casa das pessoas.
Eis o grande desafio: universalizar a aquisição do computador para que o uso seja igualmente universal. Pois se não for assim, ele próprio se torna instrumento de exclusão. Percebe-se isso nitidamente entre educadores que por várias razões não utilizam este instrumento. É uma realidade verdadeiramente complexa que exige diferentes habilidades por parte de quem se propõe educar. Assim, num curso de capacitação é preciso fazer com que os educadores e educadoras percebam a necessidade de se compreender o contexto espacial e histórico que evolve a formação de seres humanos.
Muitos resistem a sua utilização por comodismo ou falta de motivação para tal. Até possuem o recurso mas ainda não se sensibilizaram para o potencial disponível nestas máquinas. Cria-se um verdadeiro pré-conceito em relação às mídias como se estas pudessem substituir as pessoas naquilo que é essencialmente humano. Estes pré-conceitos necessitam ser rompidos gradualmente, porém jamais ignorados.
Neste sentido SANTOS (1989, p.39) “os preconceitos são constitutivos do nosso ser e da nossa historicidade e, por isso, não podem ser levianamente considerados cegos, infundados ou negativos. São eles que nos capacitam a agir e nos abrem à experiência e, por isso, a compreensão do nosso estar no mundo não pode de modo nenhum dispensá-los”. Este é um desafio a ser encampado pelas instituições de ensino de forma a aproximar todos os seres humanos a um patamar próximo, que lhe garanta condições de lutar por seu espaço de forma digna e humana. Evidentemente há quem não o possua recursos para adquirir seu computador e então será necessárias políticas publicas que permitam esta acessibilidade.
Mas a discussão que propomos estabelece uma relação direta entre o ser humano e a possibilidade de conhecer. Neste sentido é preciso construir projeto pedagógicos que contemple a realidade local e inserir nela as novas perspectivas tecnológicas. Neste sentido FREIRE (1992, p. 86) “o respeito ao saber popular implica necessariamente o respeito ao contexto cultural. A localidade dos educandos é o ponto de partida para o conhecimento que eles vão criando do mundo”. Assim, por exemplo, utilizando a Plataforma LINUX, foi possível em 2007, realizar um trabalho de iniciação à alfabetização com crianças e adolescentes de 5ª série na EEB Teófilo Nolasco de Almeida em Benedito Novo. Foi possível pela identificação do contexto, perceber que a utilização das tecnologias, pode servir para sanar problemas considerados instransponíveis por métodos convencionais de ação pedagógica.
No sentido de ampliar as possibilidades é possível identificar a INTERNET como instrumento de socialização de saberes. Aqui novamente é necessário destacar a necessidade de universalizar o acesso a este mecanismo de distribuição de conhecimentos.
Assim, neste curso de formação de educadores é imprescindível um apelo a inclusão de valores para que o uso da INTERNET não seja apenas um instrumento de inclusão de poucos em detrimento a exclusão da maioria. Trata-se portanto, de um apelo a uma abordagem ética no trato de políticas de inclusão digital, como forma de inclusão de seres humanos num tempo de resgate da dignidade humana. Assim MORIN (2005, p. 51) lembra que “a ética da compreensão humana constitui, sem dúvida, uma exigência chave de nossos tempos de incompreensão generalizada: vivemos em um mundo de incompreensão entre estranhos, mas também entre membros de um casal, entre filhos e pais”. Assim, os que dominam determinadas tecnologias e métodos não podem ser a exceção, mas a regra, de tal forma que seja possível garantir a todos os seres humanos, as condições mínimas de convívio com os recursos e tecnologias criados pelo próprio homem.
Assim, é preciso compreender que a complexidade que envolve o uso de computador e de seus recursos deve ser tão discutida quanto as políticas públicas de universalização de seu acesso ou das metodologias possíveis. Neste sentido é preciso compreender que as tecnologias podem ser um fator de promoção de seres humanos e construtor de uma sociedade mais humana e solidária.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1992.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução: Eloá Jacobina – 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
SANTOS, Boaventura de Souza. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
O processo de construção do conhecimento nas diferente áreas é altamente dinâmico nos mais diferentes campos. No das mídias não poderia ser diferente. Ao contrário as mídias são geradoras de progressos jamais vistos na história da humanidade. Certamente nenhum outro campo do conhecimento tenha passado por tantas mudanças quanto o da informática.
O surgimento o computador exigiu um agregado de outras estruturas lógicas para operá-lo e adaptá-lo as necessidades efetivas que se passou a ter. mais do que funcionar adequadamente era preciso que se torna-se rápido, efeciente, etc. assim surgem as plataformas que permite congregar uma série de comandos num único ambiente facilitando o processo de operacionalização do computador e de todas as suas potencialidades.
Do ponto de vista econômico o uso das máquinas e de seus aplicativos, pode-se dizer que tem gerado economia de materiais, tempo e tornado muito prática a comunicação entre as pessoas. É um mérito a ser considerado e que justifica qualquer investimento no sentido de tornar o computador um equipamento tão comum quanto TV, fogão e mesa na casa das pessoas.
Eis o grande desafio: universalizar a aquisição do computador para que o uso seja igualmente universal. Pois se não for assim, ele próprio se torna instrumento de exclusão. Percebe-se isso nitidamente entre educadores que por várias razões não utilizam este instrumento. É uma realidade verdadeiramente complexa que exige diferentes habilidades por parte de quem se propõe educar. Assim, num curso de capacitação é preciso fazer com que os educadores e educadoras percebam a necessidade de se compreender o contexto espacial e histórico que evolve a formação de seres humanos.
Muitos resistem a sua utilização por comodismo ou falta de motivação para tal. Até possuem o recurso mas ainda não se sensibilizaram para o potencial disponível nestas máquinas. Cria-se um verdadeiro pré-conceito em relação às mídias como se estas pudessem substituir as pessoas naquilo que é essencialmente humano. Estes pré-conceitos necessitam ser rompidos gradualmente, porém jamais ignorados.
Neste sentido SANTOS (1989, p.39) “os preconceitos são constitutivos do nosso ser e da nossa historicidade e, por isso, não podem ser levianamente considerados cegos, infundados ou negativos. São eles que nos capacitam a agir e nos abrem à experiência e, por isso, a compreensão do nosso estar no mundo não pode de modo nenhum dispensá-los”. Este é um desafio a ser encampado pelas instituições de ensino de forma a aproximar todos os seres humanos a um patamar próximo, que lhe garanta condições de lutar por seu espaço de forma digna e humana. Evidentemente há quem não o possua recursos para adquirir seu computador e então será necessárias políticas publicas que permitam esta acessibilidade.
Mas a discussão que propomos estabelece uma relação direta entre o ser humano e a possibilidade de conhecer. Neste sentido é preciso construir projeto pedagógicos que contemple a realidade local e inserir nela as novas perspectivas tecnológicas. Neste sentido FREIRE (1992, p. 86) “o respeito ao saber popular implica necessariamente o respeito ao contexto cultural. A localidade dos educandos é o ponto de partida para o conhecimento que eles vão criando do mundo”. Assim, por exemplo, utilizando a Plataforma LINUX, foi possível em 2007, realizar um trabalho de iniciação à alfabetização com crianças e adolescentes de 5ª série na EEB Teófilo Nolasco de Almeida em Benedito Novo. Foi possível pela identificação do contexto, perceber que a utilização das tecnologias, pode servir para sanar problemas considerados instransponíveis por métodos convencionais de ação pedagógica.
No sentido de ampliar as possibilidades é possível identificar a INTERNET como instrumento de socialização de saberes. Aqui novamente é necessário destacar a necessidade de universalizar o acesso a este mecanismo de distribuição de conhecimentos.
Assim, neste curso de formação de educadores é imprescindível um apelo a inclusão de valores para que o uso da INTERNET não seja apenas um instrumento de inclusão de poucos em detrimento a exclusão da maioria. Trata-se portanto, de um apelo a uma abordagem ética no trato de políticas de inclusão digital, como forma de inclusão de seres humanos num tempo de resgate da dignidade humana. Assim MORIN (2005, p. 51) lembra que “a ética da compreensão humana constitui, sem dúvida, uma exigência chave de nossos tempos de incompreensão generalizada: vivemos em um mundo de incompreensão entre estranhos, mas também entre membros de um casal, entre filhos e pais”. Assim, os que dominam determinadas tecnologias e métodos não podem ser a exceção, mas a regra, de tal forma que seja possível garantir a todos os seres humanos, as condições mínimas de convívio com os recursos e tecnologias criados pelo próprio homem.
Assim, é preciso compreender que a complexidade que envolve o uso de computador e de seus recursos deve ser tão discutida quanto as políticas públicas de universalização de seu acesso ou das metodologias possíveis. Neste sentido é preciso compreender que as tecnologias podem ser um fator de promoção de seres humanos e construtor de uma sociedade mais humana e solidária.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1992.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução: Eloá Jacobina – 11ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
SANTOS, Boaventura de Souza. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
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