Muitos colegas educadores afirmam que crianças e adolescentes não gostam de educação, não são educados, etc Pessoalmente prefiro não acreditar nisso. Ao contrário, acredito sinceramente que não há educação sem crianças e adolescentes. Mas então o que estará acontecendo com eles? O que lhes causa tanto desprazer? A reflexão sobre o tema é profunda e não se esgota facilmente. Ao contrário, deve ser permanente para que a educação e sua relação com as pessoas se torne sempre mais significativa.
Enquanto a educação formal for apenas um repasse de conteúdos e os educadores, mediadores entre estes conteúdos e os educandos, o ensino será apenas um ritual. E convenhamos, rituais em que cada gesto é previsível, determinado e imutável tornam-se pouco atrativos à quem se vê descobrindo a intensidade e o prazer de estar vivo. Ler ou decorar um conteúdo, fazer exercícios de fixação e responder a uma prova nem sempre intensificam este prazer.
Significa então que não se pode exigir, cobrar e avaliar nossas crianças e adolescentes? Ao contrário, é preciso desafiá-los, expô-los a conflitos, chamá-los a discussão. Mais do que responder perguntas, é preciso que eles saibam compreender e resolver problemas. Para isso é preciso contar com sua criatividade, curiosidade, sinceridade e sensibilidade. Neste sentido a criança e o adolescente se sentem presentes no que ocorre numa sala de aula. Passam de expectadores a atores de um espetáculo que não termina como sinal de encerramento de uma aula.
Mas esta é a educação formal. Precisa ser refletida por profissionais, que estejam atentos e constantemente dispostos a se questionar, se perguntar sobre “Que educação queremos para nossas crianças e adolescentes?”. Ao educadores também cabe o prazer de estar em sala de aula, sentir-se autor de sua história e de sua participação na vida de crianças e adolescentes. um educador autônomo, sensível, ético e comprometido com a valorização da vida. Da sua vida e a de seus alunos.
Mas não podemos nos reportar apenas a educação formal num momento de discussão como esta. Para que a educação formal oferecida pela escola, seja vista como uma necessidade e como um desafio construtor de novos tempos, é preciso que a criança chegue a escola com outra concepção desta instituição. E tudo começa no momento em que os pais decidem inscrever os filhos na educação infantil. Estudiosos afirmam que este período de formação é fundamental para determinar o futuro do sujeito, seus valores, suas convicções e suas posturas.
Para muitos por necessidade ou por conveniência, cabe a educação infantil (creche) acolher a criança para que lá permaneça enquanto seus pais possam trabalham ou desenvolvam outras atividades. Para eles basta que a instituição ofereça cuidado, alimentação e atividades lúdicas. Esta mesma concepção parece continuar ao longo dos outros períodos de formação de crianças e adolescentes.
Desta forma se a família, como ocorre em muitos casos, inserir na formação de seus filhos a importância real da escola, e esta corresponder a esta expectativa crianças e adolescentes verão na educação uma grande fonte de alegria e prazerosidade. Assim estar numa sala de aula não será um sacrifício, um dever, mas um momento esperado, desejado e intensamente vivido. Por isso é sempre importante lembrar que crianças e adolescentes não são apenas alunos e freqüentadores de uma escola, mas filhos pertencentes a uma família.
* Texto publicado na edição de 05 de novembro de 2010 do Jornal de Médio Vale.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Analfabetismo e democracia
Um dos dramas mais vergonhosos que acomete parte da população brasileira é o fato de não saber ler ou escrever o próprio nome. O analfabetismo atinge a cifra dos 14 milhões de pessoas acima de 15 anos de idade. Outros 34 milhões de brasileiros sabem soletrar e desenhar algumas palavras mas não conhecem seu significado, caracterizando-se como analfabetos funcionais. Somados são cerca de 48 milhões brasileiros vivendo num outro mundo, sombrio, misterioso.
Se considerarmos o fato de que estes brasileiros estão na faixa etária em que é permitido votar, conclui-se que correspondem a cerca de 35,5% do eleitorado brasileiro. Assim mais de um terço dos votos está nas mãos de quem não conseguirá discutir com profundidade a melhor opção para o seu futuro num momento decisivo como ocorre em tempos de eleição.
Mais grave do que isso, são pessoas incapazes de se comunicar e de se fazer ouvir. Permanecem num silêncio ensurdecedor e são por isso, facilmente manipulados por estratégias de propaganda que os transformam em meros bonecos de ventríloquos. Preocupa o fato de que diante desta constatação não se vislumbram políticas públicas que acabem definitivamente com este problema.
Antes de questionar os motivos reais por que ninguém se compromete efetivamente na resolução deste problema vamos apresentar alguns números. Segundo o professor e senador Cristóvam Buarque, se adotássemos o Método Paulo Freire de alfabetização, cada pessoa poderia ser alfabetizada em cerca de 45 dias. Em relação a isso é preciso dizer que este método já foi elaborado e aprovado nos anos de 1960, mas foi abortado com a Revolução de 1964.
Segundo o professor Cristóvam cada aluno, para ser alfabetizado, custaria cerca de R$ 300,00. Considerando os 48 milhões de brasileiros que deveriam dispor do direito de serem alfabetizados seriam necessários R$ 10,2 bilhões. Parece um valor exorbitante, mas veremos que não é bem assim. Segundo a revista Exame, o governo federal arrecadou em 2009, cerca de R$ 698 bilhões. Assim, o valor necessário para erradicar o analfabetismo no Brasil corresponde a 1,46% do que é arrecadado num único ano (isto apenas na esfera federal).
Além disso, é preciso dizer que este gasto acorrerá apenas uma vez e em etapas. Assim, por exemplo, se um presidente da república quiser poderá utilizar cerca 0,4% da arrecadação anual ao longo de seu mandato e poderá entregar uma nação com toda a sua população lendo e escrevendo. Diante disto é preciso analisar com mais profundidade o problema. Manter esta legião de alienados serve aos interesses de quem? Será que há quem acredite que existem pessoas que não desejam ou não são capazes de aprender a ler e escrever? Usando e velha metáfora, por que nossos dirigentes preferem prometer o peixe pronto a se comprometer a ensinar as pessoas a pescar?
Enfim, a democracia será construída partindo de princípios e garantias elementares. Ler, escrever, comer, vestir e conviver em paz, são direitos inquestionáveis mas que foram negados ao longo de séculos de história. Assim como grandes tragédias comovem, a tragédia do analfabetismo deveria sensibilizar a nação. Os números mostram que reivindicar a erradicação do analfabetismo, não representa desejar o impossível. É apenas exigir que a nação do futuro seja construída sobre alicerces seguros e sólidos.
Enquanto algo elementar como saber ler e escrever for um sonho, uma utopia, não temos o direito de projetar o futuro. por mais aprazível que seja sonhar e por mais confortável que seja o “berço esplêndido” em que nos encontramos, é preciso acordar! Os séculos de dormência nos conduziram a um perigoso estado de passividade sobre o qual construímos nossa democracia. É preciso uma grande revolução.
A grande revolução democrática não comporta golpes políticos, perseguições ou imolações. Trata-se de uma revolução contra o conformismo, a estagnação e a aceitação passiva da negação de direitos. Se a matemática prova que acabar com o analfabetismo representa um investimento ínfimo, é preciso que sensibilidade, coragem e vontade política se juntem pela dignidade de todos os brasileiros e brasileiras.
*Publicado na edição de 29.10.10 do Jornal do Médio Vale
Se considerarmos o fato de que estes brasileiros estão na faixa etária em que é permitido votar, conclui-se que correspondem a cerca de 35,5% do eleitorado brasileiro. Assim mais de um terço dos votos está nas mãos de quem não conseguirá discutir com profundidade a melhor opção para o seu futuro num momento decisivo como ocorre em tempos de eleição.
Mais grave do que isso, são pessoas incapazes de se comunicar e de se fazer ouvir. Permanecem num silêncio ensurdecedor e são por isso, facilmente manipulados por estratégias de propaganda que os transformam em meros bonecos de ventríloquos. Preocupa o fato de que diante desta constatação não se vislumbram políticas públicas que acabem definitivamente com este problema.
Antes de questionar os motivos reais por que ninguém se compromete efetivamente na resolução deste problema vamos apresentar alguns números. Segundo o professor e senador Cristóvam Buarque, se adotássemos o Método Paulo Freire de alfabetização, cada pessoa poderia ser alfabetizada em cerca de 45 dias. Em relação a isso é preciso dizer que este método já foi elaborado e aprovado nos anos de 1960, mas foi abortado com a Revolução de 1964.
Segundo o professor Cristóvam cada aluno, para ser alfabetizado, custaria cerca de R$ 300,00. Considerando os 48 milhões de brasileiros que deveriam dispor do direito de serem alfabetizados seriam necessários R$ 10,2 bilhões. Parece um valor exorbitante, mas veremos que não é bem assim. Segundo a revista Exame, o governo federal arrecadou em 2009, cerca de R$ 698 bilhões. Assim, o valor necessário para erradicar o analfabetismo no Brasil corresponde a 1,46% do que é arrecadado num único ano (isto apenas na esfera federal).
Além disso, é preciso dizer que este gasto acorrerá apenas uma vez e em etapas. Assim, por exemplo, se um presidente da república quiser poderá utilizar cerca 0,4% da arrecadação anual ao longo de seu mandato e poderá entregar uma nação com toda a sua população lendo e escrevendo. Diante disto é preciso analisar com mais profundidade o problema. Manter esta legião de alienados serve aos interesses de quem? Será que há quem acredite que existem pessoas que não desejam ou não são capazes de aprender a ler e escrever? Usando e velha metáfora, por que nossos dirigentes preferem prometer o peixe pronto a se comprometer a ensinar as pessoas a pescar?
Enfim, a democracia será construída partindo de princípios e garantias elementares. Ler, escrever, comer, vestir e conviver em paz, são direitos inquestionáveis mas que foram negados ao longo de séculos de história. Assim como grandes tragédias comovem, a tragédia do analfabetismo deveria sensibilizar a nação. Os números mostram que reivindicar a erradicação do analfabetismo, não representa desejar o impossível. É apenas exigir que a nação do futuro seja construída sobre alicerces seguros e sólidos.
Enquanto algo elementar como saber ler e escrever for um sonho, uma utopia, não temos o direito de projetar o futuro. por mais aprazível que seja sonhar e por mais confortável que seja o “berço esplêndido” em que nos encontramos, é preciso acordar! Os séculos de dormência nos conduziram a um perigoso estado de passividade sobre o qual construímos nossa democracia. É preciso uma grande revolução.
A grande revolução democrática não comporta golpes políticos, perseguições ou imolações. Trata-se de uma revolução contra o conformismo, a estagnação e a aceitação passiva da negação de direitos. Se a matemática prova que acabar com o analfabetismo representa um investimento ínfimo, é preciso que sensibilidade, coragem e vontade política se juntem pela dignidade de todos os brasileiros e brasileiras.
*Publicado na edição de 29.10.10 do Jornal do Médio Vale
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Por um educador...
O 15 de outubro celebra formalmente o dia do professor. Não é de se estranhar, que o magistério tenha um dia para homenagear seus profissionais. Uma formalidade! Algo que se assemelha a tantas outras datas em que alguns oportunistas nos dizem que somos esperança, força e que fazemos a diferença. Algumas famílias que renunciaram a sua condição e dever de contribuir na formação de crianças e adolescentes apostam no profissional da educação, como um vocacionado a assumir a paternidade e a maternidade de seus filhos.
Em hipótese alguma poderemos assumir a condição de segunda família de qualquer ser humano. Família é uma só. Se ela não existir, não há quem a substitua. Pai e mãe são únicos e insubstituíveis. Esta sim é uma vocação intransferível. Cumpre-nos neste sentido o dever de fortalecer valores e princípios, para que nossos alunos sejam capazes de lutar para construir suas próprias famílias.
Mas é preciso dizer que o exercício desta profissão traz grandes experiências de vida. Experiências únicas. Ver uma criança desenhar as primeiras letras, identificar e compreender as primeiras frases. Contextualizar saberes, refletir sobre os sabres que a humanidade acumulou e participar da construção de outros. Enfim, experiências que se vivenciam participando ativamente de novas descobertas. Ao educador não cabe apenas o papel de mediador, mas de autor de uma nova forma de dar esperança às futuras gerações.
Mas dar esperança não é o suficiente. É preciso fazer com que os cidadãos que formamos se sintam capazes lutar por ela. Como dizia Paulo Freire, é preciso “esperançar”, ou seja, construir esperanças e fazer o que for possível para que estas se tornem uma realidade e fomentem outras.
O contato com centenas, e até milhares de pessoas, faz de nós educadores pessoas que necessitam assumir compromissos permanentes. Um compromisso com valores éticos, humanos e solidários para formar seres humanos sensíveis e indignados com o mal, com o erro e com o injusto. Afinal não podemos esquecer que mercenários, corruptos, ditadores e facínoras passaram por educadores, escolas e estes apresentaram saberes sem lhe dar uma formação completa. Por outro lado a escola e os educadores podem e tem feito do saber, instrumento de libertação da miséria e da violência, reconstruindo vidas.
Assim, o simbólico dia do professor, poderá servir para importantes reflexões sobre a real importância do educador contemporâneo. Um momento em que a sociedade, através de suas lideranças e seus pensadores poderá nos oferecer novas esperanças. Esperanças de dignidade e respeito. Congratulações aos colegas educadores!
*Publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 15.10.10
Em hipótese alguma poderemos assumir a condição de segunda família de qualquer ser humano. Família é uma só. Se ela não existir, não há quem a substitua. Pai e mãe são únicos e insubstituíveis. Esta sim é uma vocação intransferível. Cumpre-nos neste sentido o dever de fortalecer valores e princípios, para que nossos alunos sejam capazes de lutar para construir suas próprias famílias.
Mas é preciso dizer que o exercício desta profissão traz grandes experiências de vida. Experiências únicas. Ver uma criança desenhar as primeiras letras, identificar e compreender as primeiras frases. Contextualizar saberes, refletir sobre os sabres que a humanidade acumulou e participar da construção de outros. Enfim, experiências que se vivenciam participando ativamente de novas descobertas. Ao educador não cabe apenas o papel de mediador, mas de autor de uma nova forma de dar esperança às futuras gerações.
Mas dar esperança não é o suficiente. É preciso fazer com que os cidadãos que formamos se sintam capazes lutar por ela. Como dizia Paulo Freire, é preciso “esperançar”, ou seja, construir esperanças e fazer o que for possível para que estas se tornem uma realidade e fomentem outras.
O contato com centenas, e até milhares de pessoas, faz de nós educadores pessoas que necessitam assumir compromissos permanentes. Um compromisso com valores éticos, humanos e solidários para formar seres humanos sensíveis e indignados com o mal, com o erro e com o injusto. Afinal não podemos esquecer que mercenários, corruptos, ditadores e facínoras passaram por educadores, escolas e estes apresentaram saberes sem lhe dar uma formação completa. Por outro lado a escola e os educadores podem e tem feito do saber, instrumento de libertação da miséria e da violência, reconstruindo vidas.
Assim, o simbólico dia do professor, poderá servir para importantes reflexões sobre a real importância do educador contemporâneo. Um momento em que a sociedade, através de suas lideranças e seus pensadores poderá nos oferecer novas esperanças. Esperanças de dignidade e respeito. Congratulações aos colegas educadores!
*Publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 15.10.10
sábado, 9 de outubro de 2010
Entre palhaços, ditadores e facínoras
A eleição do último dia 03 revelou, além dos resultados já esperados e descritos por pesquisas, algumas viradas surpreendentes, vitórias esmagadoras e um amadurecimento democrático privilegiado. Privilegiado por que estamos diante de um processo de consolidação democrática que nos faz melhores não apenas como eleitores mas como cidadãos. Dito isto é preciso dizer que um dos fatos de maior repercussão nacional e internacional acerca desta eleição foi a eleição do palhaço Tiririca.
De fato não me parece que este cidadão tenha conquistado uma legião de eleitores pelos seus feitos patrióticos, pelo seu passado político ou por ter apresentado propostas inovadoras e diferenciadas em relação aos demais candidatos. Não se pode dizer se foi um voto de protesto, de deboche ou de pura falta de opção por parte do eleitor paulista. Há quem o acuse de ter fraudado um documento que comprova sua capacidade de ler e escrever e se isto aconteceu, espera-se que justiça seja feita. Afinal falsificação de documentos é um crime seja qual for o motivo.
Mas sinceramente não vejo a eleição de um palhaço como um problema grave de nossa democracia. Em primeiro lugar por que a profissão de palhaço exercida eticamente é tão digna quanto qualquer outra. Em segundo lugar se há palhaços de quem devemos desconfiar, há também profissionais nas mais diferentes áreas manchando suas biografias. Prova disso é o resultado da tentativa de aplicação da “Lei da Ficha Limpa”.
Por falar nisso, o que leva legiões de eleitores a escolher pessoas já condenadas para ocupar cargos públicos? Será que ninguém disse a eles que a Lei da Ficha Limpa destina-se a barrar candidaturas de pessoas que estão em débito com a nação? Afinal, o que explica aceitar que uma pessoa legalmente impedida, possa assumir um elevado cargo público com o aval de milhares de outras pessoas? É preciso dizer, a título de informação, que se o amigo leitor desejar disputar um concurso público para qualquer função exige-se dele idoneidade e nenhum débito com a justiça, o que é absolutamente correto e justo.
O que surpreende também, é a tentativa internacional de desmoralizar a democracia brasileira quando surgem manchetes como: “Brasileiros vão às urnas eleger um palhaço”. Teriam moral para falar da eleição de um palhaço, quando recentemente elegeram alguns dos piores ditadores e facínoras dos nossos tempos? Ou se esquecem que algumas das mais sangrentas guerras de nossos tempos são comandadas por líderes eleitos pelo voto popular de muitas democracias mundo a fora? Sinceramente não acredito que a maioria dos homens e mulheres que vivem nestas democracias desejem a guerra, a violência e o terror. Portanto, penso que cometeram equívocos que o amadurecimento democrático haverá de ajudá-los a concertar.
A respeito da eleição do palhaço, não gostaria de afirmar que foi um equívoco ou uma precipitação, mas é bom que se diga, que apesar desta discussão, nossa democracia não apenas sobrevive, como se fortalece. Testemunhamos a vitória de muitas pessoas de bem, pessoas que de fato farão a diferença nos próximos anos e quem nos cabe cobrar ações que promovam qualidade de vida em nossas cidades. E se ainda cometemos erros, que nos permitam cometê-los, pois muito pior seria se não nos deixassem tentar acertar.
Quanto a aplicação da “Lei da Ficha Limpa”, espera-se que seja aplicada de forma correta, sem atropelos e com a devida observância dos mais refinados princípios legais para que não sejam cometidas injustiças. Espera-se dos tribunais superiores a retidão e a coerência costumeiras, para que a democracia e o exercício pleno da cidadania se consolidem a cada dia em nossa nação.
Confiante na justiça e na legalidade, acredito que nós eleitores merecemos respeito pelo que fizemos e atenção pela confiança que depositamos em homens e mulheres eleitos e na democracia de nosso país. Certamente muitos que nos criticam mundo a fora o fazem por que se recusam a aprender conosco.
De fato não me parece que este cidadão tenha conquistado uma legião de eleitores pelos seus feitos patrióticos, pelo seu passado político ou por ter apresentado propostas inovadoras e diferenciadas em relação aos demais candidatos. Não se pode dizer se foi um voto de protesto, de deboche ou de pura falta de opção por parte do eleitor paulista. Há quem o acuse de ter fraudado um documento que comprova sua capacidade de ler e escrever e se isto aconteceu, espera-se que justiça seja feita. Afinal falsificação de documentos é um crime seja qual for o motivo.
Mas sinceramente não vejo a eleição de um palhaço como um problema grave de nossa democracia. Em primeiro lugar por que a profissão de palhaço exercida eticamente é tão digna quanto qualquer outra. Em segundo lugar se há palhaços de quem devemos desconfiar, há também profissionais nas mais diferentes áreas manchando suas biografias. Prova disso é o resultado da tentativa de aplicação da “Lei da Ficha Limpa”.
Por falar nisso, o que leva legiões de eleitores a escolher pessoas já condenadas para ocupar cargos públicos? Será que ninguém disse a eles que a Lei da Ficha Limpa destina-se a barrar candidaturas de pessoas que estão em débito com a nação? Afinal, o que explica aceitar que uma pessoa legalmente impedida, possa assumir um elevado cargo público com o aval de milhares de outras pessoas? É preciso dizer, a título de informação, que se o amigo leitor desejar disputar um concurso público para qualquer função exige-se dele idoneidade e nenhum débito com a justiça, o que é absolutamente correto e justo.
O que surpreende também, é a tentativa internacional de desmoralizar a democracia brasileira quando surgem manchetes como: “Brasileiros vão às urnas eleger um palhaço”. Teriam moral para falar da eleição de um palhaço, quando recentemente elegeram alguns dos piores ditadores e facínoras dos nossos tempos? Ou se esquecem que algumas das mais sangrentas guerras de nossos tempos são comandadas por líderes eleitos pelo voto popular de muitas democracias mundo a fora? Sinceramente não acredito que a maioria dos homens e mulheres que vivem nestas democracias desejem a guerra, a violência e o terror. Portanto, penso que cometeram equívocos que o amadurecimento democrático haverá de ajudá-los a concertar.
A respeito da eleição do palhaço, não gostaria de afirmar que foi um equívoco ou uma precipitação, mas é bom que se diga, que apesar desta discussão, nossa democracia não apenas sobrevive, como se fortalece. Testemunhamos a vitória de muitas pessoas de bem, pessoas que de fato farão a diferença nos próximos anos e quem nos cabe cobrar ações que promovam qualidade de vida em nossas cidades. E se ainda cometemos erros, que nos permitam cometê-los, pois muito pior seria se não nos deixassem tentar acertar.
Quanto a aplicação da “Lei da Ficha Limpa”, espera-se que seja aplicada de forma correta, sem atropelos e com a devida observância dos mais refinados princípios legais para que não sejam cometidas injustiças. Espera-se dos tribunais superiores a retidão e a coerência costumeiras, para que a democracia e o exercício pleno da cidadania se consolidem a cada dia em nossa nação.
Confiante na justiça e na legalidade, acredito que nós eleitores merecemos respeito pelo que fizemos e atenção pela confiança que depositamos em homens e mulheres eleitos e na democracia de nosso país. Certamente muitos que nos criticam mundo a fora o fazem por que se recusam a aprender conosco.
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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