Caro leitor e estimada leitora. Imagine algumas situações. O médico reclamando das pessoas porque estas o procuram apenas quando estão doentes; o advogado se queixa, pois seus clientes lhe trazem apenas problemas; o mecânico indignado, pois só o procuram quando o automóvel não funciona. Parece pitoresco, mas há profissionais que em suas áreas assumem esta postura. “Eu não aguento mais”, dizem.
É um discurso que merece reflexões, pois parece ser fruto de inúmeras carências. Carências de formação, carência de prazer no fazer, carência de estímulos, etc. Imagino algo semelhante no contexto do magistério. Educadores queixando-se da falta de conhecimento de seus alunos, da sua falta de interesse em relação a certos conteúdos, etc. Ora, assim como o médico se prepara profissional e pessoalmente para atender pessoas debilitadas, advogados para sanar problemas legais e mecânicos para concertar veículos, educadores existem para fomentar o saber e despertar o interesse em relação a conceitos.
Mas qual o problema? Certamente muitos: formação limitada, pouco recompensa pessoal e profissional, etc. Tudo isto é real e não pode ser descartado. Não há o sujeito homem e mulher e o sujeito educador e educadora dissociados. Ambos estão no mesmo ser. Mas é preciso que se saiba que se não houver enfermidade a ser curada ou prevenida, lei a ser cumprida ou veículo a concertar não precisaríamos de médicos, advogados e mecânicos.
Se todo o ser humano fosse autodidata não haveria necessidade de haver alguém para fazê-lo aprender. Logo os educadores seriam dispensáveis e viveríamos num primitivo universo de apreensão empírica de saberes. Se há educadores e educadoras é por que estes têm por função social e humana, promover condições para que o saber e os seres humanos se encontrem e se completem. Não teria sentido ensinar a quem já sabe e aprende sozinho.
Esta conduta tem feito vítimas entre os seres humanos. Tem causado frustração, medo, etc. Vidas mal vividas, tempo perdido, lutas diárias travadas contra aquilo que é a razão de ser de cada ser humano: o bem-estar do outro. A prática da solidariedade tão ostentada e elogiada assenta-se confortavelmente em discursos, mas não adere a prática. Uma atitude de solidariedade ou de duelo são faces de uma mesma moeda. Há a opção de encorajar e estimular a aprender àquele que não quer aprender ou simplesmente opta-se por quem quer aprender ignorando os demais.
A mesma mão que se estende para afagar pode ser estendida para esbofetear, e a decisão não cabe a mão. Os resultados de um afago certamente serão diferentes de um bofete. Disto não há dúvidas. Assim, se nos propomos a desempenhar uma função entre nossos pares, é preciso assumi-la como atitude solidária, afago. Trata-se de viver melhor, ser mais feliz e mais útil a si e aos outros. Deliciar-se com a vida, saboreá-la na partilha, na reconstrução. Preparar-se para ajudar o enfermo, o desorientado e o proprietário de veículo.
Preparar-se para apresentar ao ignorante o encantamento de aprender; o prazer do ver-se fazendo aquilo que até então não fazia. Isto é a boniteza da vida, como dizia Paulo Freire! Do contrário fica difícil se fazer aguentar e aguentar-se.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
CONTROLAR PARA EDUCAR? O poder como forma de construção de sujeitos na perspectiva da relação dominante-dominado
Nilton Bruno Tomelin
Rosane Nardi Melz
Resumo
Este estudo refere-se à análise da sujeição presente historicamente na educação. Propõe refletir sobre o papel da educação associada as diferentes concepções de poder, a relação deste com o saber, com a construção do sujeito e sua instituição no sistema educacional. Um dos aspectos a discutir será a relação estabelecida entre o ato educativo e o controle, o qual determina comportamentos e atitudes de educandos e educadores. Deseja-se questionar modelos tidos como naturais que apesar da “modernização” continuam formando sujeitos dóceis e disciplinados.
Palavras chaves: Educação, concepções de poder, controle, sujeitos dóceis e disciplinados.
CONTROL TO EDUCATE? The power as form of construction of citizens in the perspective of the dominant-dominated relation
Abstract
This study refers to the analysis of the subjection historically present on education. Its goal is to think on education’s role associate to different conceptions of power, its relation with knowledge, with customer’s construction and its institution on the educational system. One of the aspects to be discussed will be the established relation between the educative act and the control, what determines behaviors and attitudes from the one who educates and the one who is educated. It’s our will to question the examples given as natural or common because, besides modernization, have been building up kind and disciplined customers.
Key-Words: Education, power conceptions, control, kind and disciplined customers.
Introdução
A vida humana tal qual conhecemos e concebemos encontra-se enredada num contexto repleto de poder e por conseqüência tecida pelas malhas do controle. Desta forma, não há como dissolver a relação estabelecida entre os seres humanos, pautada no poder e resguardada pelo controle. A história nos relata os diferentes meios pelos quais o poder e seu vigoroso instrumento de consolidação, o controle, tem se expressado de forma diferenciada. Estruturam-se verdadeiros paradigmas, permitindo assim uma análise histórico-social do fenômeno, sem buscar aprofundamentos maiores nos campos da psicologia, da antropologia ou da mística. Isto, para ilustrar a complexidade e a mobilidade do tema.
Há que se dizer, entretanto, que não há qualquer ação humana que não demande poder, ao contrário, este é um dos fundamentos do fazer e do devir humano. Assumir uma postura política é manifestar uma opção que, em última instância, é determinada pela definição do papel do poder num determinado contexto. Autores como Foucault, tratam do poder como algo expressamente presente em tudo o que diz respeito ao humano.
Por se tratar de uma ação humana, a educação não está imune às ações do poder expressas pelo controle. Ao contrário, poderá servir ao poder e ao controle, de tal forma que, servirá como instrumento de sua consolidação. Isto significa que a educação deve, manter-se distante da cômoda atitude da inércia ou da covarde postura de submissão. A educação não pode ser refém e/ou algoz de seres humanos aprisionados pelos perversos laços do poder ou pelo potencial desumanizador do controle.
A história da educação denuncia constantemente a relação entre o conhecimento e o poder, no que se refere à escola, transformando a escola em ente normatizador deste fenômeno. A normatização imprime um caráter de aceitabilidade, seja por ignorância ou imposição de situações inaceitáveis em condições comuns. Em nome disto, gerações têm sido rechaçadas em detrimento de interesses que parecem circunstancialmente velados, muitas vezes perversos, desumanos e imorais. É em nome destas gerações, que segundo D’AMBRÓSIO (1999, p.14) “é importante lembrar que a ação do professor e dos sistemas educacionais em geral mostrará seus efeitos somente no futuro. Um futuro que ninguém conhece. Um futuro no qual estarão agindo as crianças que hoje confia a nós, os educadores”. Trata-se de uma opção por valores e princípios e não de interesses. Isto sem considerar a inobservância de princípios éticos, que apesar de amplas discussões costumam não se inserir num processo de construção humana tanto quanto deveriam estar.
A ausência de princípios humanos e a necessidade de conquistas fizeram do poder uma das grandes metas a alcançar, independentemente do meio. Assim questões como intolerância religiosa e étnica, guerras civis não declaradas, progresso exclusivo, questões sociais mal resolvidas, recursos tecnológicos disponíveis a poucos, são temas que não se discutem na escola, como também determinam sua formatação. Historicamente, nos deparamos com inúmeros dilemas a respeito da escola como instituição pública que ainda não determinou o verdadeiro grau de sua publicidade, uma vez que, nos deparamos diuturnamente com índices de exclusão, evasão, repetência e formação absolutamente desqualificada, sob os mais variados aspectos.
A relação da escola com o poder é algo temível, pois em determinadas situações a própria escola, quando não é genitora, é disseminadora destas mazelas em nome da sua relação com parte da sociedade. Tal relação atinge os horrendos extremos da medíocre submissão, em face de necessidade aparente que tem de se adequar ao que deseja tal fragmento social. Mas de que parte se faz referência? A parte que conquista o poder, seja pela via (pseudo)democrática ou por outras que utilizam a educação, como instrumento de consolidação de ideologias. A escola, então assume então uma postura de submissão e subserviência, demonstrando que ainda não se atingiu um patamar de maturidade ética-institucional e solidária-humana capaz de fazer da educação um campo de redenção do ser humano enquanto sujeito capaz de sua própria (trans)formação.
O poder como fenômeno social
Numa discussão de relativa profundidade, surgem questionamentos que traduzem o cotidiano social e histórico em que se insere a instituição escolar. Analisando comportamentos sustentados pelo senso comum percebe-se que é acusada por uns de reprimir e por outros por ser liberal demais; para alguns cumpre sua função social e para outros não alcança os patamares mínimos de eficácia, eficiência e efetividade. Como derivação desta dicotômica realidade, a instituição escolar afirma seu interesse de auto-re-humanização quando aponta como necessário um estudo do homem como ser histórico, biológico, psíquico, social e transcendente. Assumindo que tende a escola a ultrapassar os limites da docência tradicional derivada do Liceu, de Aristóteles.
Desta maneira, ainda se conservam as discussões meramente no maniqueísmo (repressão x liberalismo), o que se deve a falta de uma identidade teórica, metodológica e conceitual. Isto faz com que ocorra uma migração de poderes sobre a educação, subordinando-a a tudo e a todos. Tornou-se a instituição escolar, co-responsável pelos sucessos e fracassos da sociedade como um todo. Disto decorre um perigo avassalador: pode-se estar imergindo num modelo de submissão ao poder de práticas e conceitos criados por ela e que se disseminam pela sociedade, através de poderosos mecanismos de controle. Assim por exemplo, uma instituição escolar eleva seu conceito de acordo com o número de aprovados em vestibulares entre seus egressos.
Costuma-se dizer que a educação tem, a princípio, por finalidade operacionalizar mudanças que promovam o desenvolvimento do homem e da sociedade. Para tanto, necessita-se que atinja a coletividade nos mais diferentes níveis, buscando ampliar os horizontes pessoais, inserindo o sujeito no contexto social e vice-versa. A prática da democracia solidária é um exercício capaz de compreender este caráter. Através dela se percebe o grande risco das generalizações e relativizações instituídas mediante o uso clássico de práticas seletivas (ideológicas e pessoais), em que a opção de uma maioria (por vezes enganada e alienada) se sobrepõe à lucidez de uma minoria.
Analisando historicamente nota-se o poder que a mídia, por exemplo, exerce sobre uma grande maioria alienada, o que tem feito uma minoria pensante, reflexiva e ativa, ser ignorada. Esta realidade tem permitido identificar poderes e controles absolutos, sem utilizar de força física, ameaças e retaliações. A submissão se dá de forma muito mais subliminar e sutil, porém, não menos traumática e ostensiva. Neste contexto, a educação também sofre uma espécie de modelação (formatação) no sentido de ratificar esta prática considerando-a até mesmo natural e necessária.
Para dar sustentação ao poder e legitimar o controle sem a utilização da força física, é preciso instrumentalizar os agentes detentores do poder com algo tão poderoso quanto à força: o conhecimento. Pode-se dizer que o conhecimento é o pensamento que resulta da relação do sujeito que conhece e do objeto a ser conhecido. É nessa associação que o saber é produzido e acumulado pelo homem ao longo de sua existência. Saber passa a ser economicamente interessante.
O que se percebe, entretanto, é que no ritmo em que a humanidade produz conhecimento, especialmente ao longo do século XX e início do século XXI, torna-se praticamente impossível deter saber que se sustente válido por algum tempo significativo. Até então os que detinham a chamada “base sólida do saber” teriam as condições elementares para dominar os demais. Segundo MEIS (2002, p.71-2) “uma das principais características dessa educação era a sua imutabilidade. Os conhecimentos adquiridos na mocidade permaneciam válidos ao longo de toda a sua vida, uma vez que, até o início do século XX, o crescimento do saber era muito lento e, em paralelo a ele, a variação dos costumes sociais estabelecidos era também bem lenta”. Desta forma, deter poder pela contenção de saberes já não é uma garantia como era outrora. Ao contrário, a deterioração do saber, aparentemente o obriga a aceitar sua condição de interminável ou associa-se a formas de poder que lhe garantam determinado status de auto-sustentabilidade.
Mas o inverso é cruelmente verdadeiro. Quem não detém saber (sistematizado) algum, não exerce qualquer poder, mas ao contrário, sofrerá todas as privações e violências que emanam da relação entre opressor e oprimido. De acordo com FOUCAULT (1997, p. 35) “Nos "excessos" dos suplícios, se investe toda a economia do poder”. Assim, o suplício do não saber, não se restringe ao fato de ignorar, mas as implicações que isto representa para quem não sabe. Quem não sabe é sumariamente excluído(a) da condição essencialmente humana.
Vale lembrar também que muito do conhecimento acumulado pela humanidade pauta-se em equívocos, dogmas e axiomas. Tais elementos podem distorcer a concepção que se possa construir de ciência através de verdades absolutas. Graças à experiência histórica vivida, concebe-se de forma sensível a idéia de que estamos numa (re)construção permanente do saber. Para FOUCAULT (2000, p. 110)
O saber não é uma soma de conhecimentos – pois destes sempre se deve poder dizer se são verdadeiros ou falsos, exatos ou não, aproximativos ou definidos, contraditórios ou coerentes; nenhuma dessas distinções é pertinente para descrever o saber, que é o conjunto dos elementos (objetos, tipos de formulações, conceitos e escolhas teóricas) formados a partir de uma só e mesma positividade, no campo de uma formação discursiva unitária.
A sensibilidade, que não é a mera consciência dos fatos, nos permite elaborar um conhecimento mais flexível, menos dominador e mais libertador. Cientificidade e liberdade parecem dividir o mesmo palco no ato de (re)conceituar o poder do ato educativo sobre as pessoas. Não se pode omitir, no entanto, a capacidade que a ciência tem de intervir na vida das pessoas, porém, uma educação sensível a não neutralidade da ciência, será capaz de transformar esta intervenção numa ação edificadora de uma formação ética, solidária e humana.
Tal educação não poderá ser exclusiva e taxonômica. Desta maneira, há que se pensar na face obscura do acesso limitado, que ronda o conhecimento e, por conseguinte, sua efetiva aplicação em favor da maioria ou da totalidade das pessoas. Se, por um lado, existe uma necessidade histórica de se promover um conhecimento liberto dos grilhões do poder maçante, por outro, o poder se manifesta através da sua exclusividade. Se o conhecimento deriva de interações sócio-históricas há que se pensar e agir para incluir o máximo de pessoas neste processo. A limitação a acessibilidades é a manifestação mais cruel do poder de controle social que se conhece hoje. Seres humanos são estratificados considerando os mais diversos critérios: etnia, sexo, classe social, poder econômico, etc.
A estratificação compartimentaliza diferentes categorias de seres humanos, tendo cada qual uma função definida. Dessa forma, tendo como meio a educação, os sujeitos podem ser produzidos como objetos do conhecimento, tanto estando preparados para serem dominados, quanto para dominar. Esta postura de dominante e dominado é cômoda e torna o sujeito, seu dependente. Renunciar a ela, ou desfazer-se dela, requer coragem e determinação suficientes para sacrificar-se...
Um novo homem e uma nova mulher se evidenciam neste novo contexto. Reconhecidamente o conhecimento é percebido de forma não neutra, tomado por valores que transcendem os limites de métodos sistematizadores. As relações estabelecidas entre conhecimento e poder não são apenas linhas e elos de contato, mas valores que permeiam, penetram e interagem com ambos. Esta forma de relação faz com que o conhecimento seja constantemente (trans)formado e o poder concebido das mais variadas formas. Graças a isso, há uma constante alteração da própria relação estabelecida e do exercício do poder.
Sabe-se que para alcançar este nível de convívio entre homem, conhecimento e poder, faz-se necessária uma permanente flexibilização entre eles, permeada por valores éticos e solidários. O que se tem percebido é que o ser humano constitui a si e ao outro numa relação de duplo sentido: dominante e dominado, poder e saber. Este maniqueísmo parece ter se naturalizado, representando um desafio de alta complexidade, sobre a qual não nos debruçaremos por ora. O fato é que não podemos refletir sobre a liberdade sem antes fazer com que os cativos percebam que ela é possível. Desmistificar a máxima do “antes pouco que nada” será algo a ser construído de forma gradual. Contentar-se com as migalhas das mesas fartas tem sido a condição primordial de sobrevivência e mantida por moralismos consolidados na relação dominante x dominado.
O poder pelo poder não representa outra coisa, senão apenas poder acumulado. Mas as relações construídas a partir dele impõe uma efetiva (trans)formação de paradigmas, o que tem feito de cada sujeito uma célula dependente de outra construindo o que chamamos de tecido social, que no modelo humano significa uma total dependência intra-específica. Nesta perspectiva surge um novo ator do processo: a autoridade.
A autoridade guardiã e refém de sua prática na perspectiva da dicotomia dominante-dominado
Uma organização social, familiar ou um outro grupo qualquer, necessita de certa organização determinada pela sistematização forma hierárquica peculiar. Nela se estabelecem funções, atribuições, obrigações, direitos e deveres universais que preservam características e determinam mudanças no referido grupo. Uma das responsáveis por isto é a autoridade, determinada e associada ao poder. É ela quem toma para si a responsabilidade de guarnecer o poder e perpetua-lo através de práticas diversas dentre as quais o controle.
Não nos ateremos a detalhar o processo de evolução que conduz historicamente a compreender os diferentes perfis de autoridade. Apenas valeremo-nos de alguns destes perfis, para que possamos compreender que o poder e o próprio controle não são, por si, sinônimo de dominação, exclusão e repressão.
O que se tem percebido nos tempos atuais é uma despersonalização da autoridade. Prova disto é que ditadores são cada vez mais raros e monarquias tem perdido sistematicamente o poder onde ainda persistem. A autoridade agora é impessoal, ideológica e institucional. Assim, por exemplo, a sociedade moderna tem na comunicação uma das formas de poder mais evidente, pois determina normas disciplinares (comportamentais, de consumo) que são capazes de manter a coesão de um grupo social, influenciando assim, atitudes e opiniões. Trata-se de um discurso ideologicamente autoritário e de grande influência.
Os sistemas de comunicação cuidam para que sua autoridade não se perca e ao mesmo tempo não saberiam sobreviver sem ela. Neste sentido a autoridade possui duplo sentido: o de guardiã e refém. Uma outra diferença que se percebe é a forma como a nova autoridade se expressa. Ao longo de muitos anos a autoridade utilizou-se da força física, violência e humilhação pública para se estabelecer. Agora a autoridade utiliza-se da persuasão, do acordo e da negociação para se estabelecer. Porém, é identificado também um rol de outros meios menos ortodoxos em que a autoridade se estabelece: imposição pela punição prévia, repressão moral, chantagem entre outros. Em todas as formas de expressão da autoridade percebe-se uma presença inconteste do poder. Seja pela punição física, pela negociação ou pela repressão velada, o poder há que se manifestar sempre. O que se diferencia é a maneira pela qual o poder é utilizado. Esta diferenciação é determinada pelos valores que permeiam a relação entre homem, saber e poder.
Nas instituições de ensino o apelo é mais institucional: a disciplina. Disciplinado, o sistema educacional utiliza-se de práticas fundadas na vigilância constante que classifica, registra, através de boletins de avaliação, o sucesso ou insucesso do educando. Não há uma pessoa, uma ideologia, mas instituições (escola, família) que torna o exercício do poder uma prática legítima, temida e sustentável. Sem contar que futuras seleções (vestibulares, concursos) utilizam-se dos eventuais resultados obtidos do crivo escolar. Não podemos imaginar que isto seja involuntário ou fruto de uma submissão ingênua. Segundo GUARESCHI (1999, p. 99) “quando essa escola não executar a política e os interesses do grupo no poder, ela é censurada, mudada, reformada, e até mesmo fechada”. Novamente se pode dizer que a expressão do poder e da autoridade não se dá por meio de negociações mas pela potencialidade de expressar a dominação e imposição de métodos convencionados.
Há também a autoridade semi-subliminar que determina economicamente quem pode (domina) e quem obedece (dominado). Os excluídos e analfabetos (funcionais e digitais), por exemplo, passam então a encampar um lamentável exército de sujeitos de segunda classe, objetos de freqüentes pesquisas que, por sua vez, os incluem no que se pode chamar de ‘fenômeno natural’ da ‘modernidade’. Esta é outra face do poder e do controle. Poder que determinada quem pertence a cada estrato social ou cultural e controle para saber quem são e o que faz cada sujeito em cada categoria. A educação exerce papel preponderante na função de ‘naturalizar’ a exclusão e a diferenciação de seres humanos, sendo muitas vezes a primeira seletora. Anualmente sonhos e desejos são sepultados em nome da qualidade exigida pelo mercado que, por sua vez, expressa a autoridade e o poder de quem domina econômica e politicamente o contexto social.
Este é um quadro que efetivamente está sendo revisto, pois, além de se buscar uma ocultação maior dos horrores do passado, há correntes no meio educacional, que buscam novas formas de exercer o poder. Assim, supostamente mais humanos, suavizamos os limites para que educandos, educadores e educadoras tenham uma relação mais amistosa, chegando até a afetividade (aparente). Nós esquecemos, porém que, esta “evolução” nos ligou a outras amarras, mais brandas, sutis. Porém, tal sutileza desaparece quando imaginamos que até mesmo uma refeição é negada a uma grande parcela da população mundial.
A sujeição do educador e da educadora ao sistema indica a escola como espaço contraditório, uma vez que, como anteriormente citado, tem por finalidade operacionalizar mudanças que possibilitem o desenvolvimento do homem. O educador e a educadora ao aceitarem a sua condição de reprodução das relações de poder (dominado) não ensina a questionar o próprio sistema (dominante). Um discurso camuflado sob forma de educação. Uma educação que retoma o primórdio conceito de pedagogo (sujeito que conduz) que nada pode fazer, senão reproduzir e repassar o que lhe disseram. Fazer educação torna-se uma espécie de exercício de formatação, adaptação, enquadramento, a exemplo do Liceu de Aristóteles, conforme já citamos.
Entretanto, ao se compreender a educação como sujeição, torna-se possível justificar e lamentar que esta já não cumpra seu papel, devendo ser repensada e reinventada. O questionamento de antigos paradoxos, como a neutralidade da escola e do conhecimento escolar, e a definição de currículos e métodos de ensino e sua forma de avaliação são apenas alguns critérios a serem repensados. Trata-se de estabelecer uma ampla redimensão de valores e princípios que norteiam a função social, política, humana, filosófica, ética e planetária da Terra. Isto é que podemos chamar de ‘escola que queremos’.
Mas a escola que temos ainda está longe da que queremos. Certamente nunca se poderá expressar a equação real=ideal. Torna-se necessário perceber então que esta grande máquina de disciplinar (escola) tem grande utilidade econômica e política, uma vez que, colabora na produção de sujeitos auto-governados (filas, carteiras, turmas, salas, espaços,...) onde aprendem desde cedo seus limites, controlando e vigiando reciprocamente uns aos outros. Mais grave do que isso, não saberiam o que fazer se não houvesse mais filas, carteiras, turmas, salas, espaços. Atinge-se assim o ápice da negação humana: o oprimido não consegue sobreviver sem o jugo do opressor. Assim em FREIRE (1999, p. 30) “a desumanização que não se verifica apenas nos que tem sua humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam, é distorção da vocação do ser mais”. Por isso, há por parte do dominante, um pseudo ser mais, que se transforma numa vontade coletiva e direcionada a universalidade, impondo poder que se consolida por meios pouco ortodoxos de controle. Estabelece-se então um poderoso contexto de autoritarismo.
Uma educação libertária deverá se preocupar em formar gerações capazes de se auto-direcionar ou a optar por autoridades ideológicas e institucionais que lhe sejam benéficas. Se precisamos de educadores e educadoras menos autoritários, então precisamos fazer com que as crianças creditem sua ação disciplinada a outra entidade e com outro perfil. Que seja uma disciplina pautada no respeito, na tolerância e na conviviabilidade e que seja flexível o suficiente para promover o bem comum. Uma autoridade ética, sem vítimas e sem algozes.
Trata-se de uma autoridade legitimada pela diferença que sua presença representa na vida das pessoas. Conforme FREIRE (1996, p. 104) “a autoridade coerentemente democrática está convicta de que a disciplina verdadeira não existe na estagnação, no silêncio, mas no alvoroço dos inquietos, na dúvida que instiga, na esperança que desperta”. A disciplina então é determinada pela determinação de prioridades de interesse e impacto coletivo.
Um novo conceito de autoridade, uma nova concepção de poder e novos instrumentos para legitimá-lo. A complexidade do tema exige longas discussões e reflexões que nos impõem perceber as freqüentes ilusões de que somos vítimas e das possibilidades que ainda temos.
Conclusões: o poder e a perspectiva dicotômica dominante-dominado no contexto escolar
A complexidade da discussão nos limita a admitir que o tema está repleto de ilusões e incompreensões. Se o educador e a educadora se vêem poderosos (dominantes) diante de seus educandos (dominados), são tão submissos quanto estes quando se submetem ao que chamamos de sistema. Este, por sua vez, se encolhe diante dos interesses que o financiam. O fato é que o poder instiga a imaginação e ambição de muitos e, ao que parece, a combinação destes dois itens resulta em grande ilusão.
Educar torna-se uma espécie de adestramento, em que após um período de vigilância os que se submetem a menos punições para compreender a ordem das coisas, são aprovados e recomendados. Os outros que os PPPs chamam de alunos críticos e cidadãos, ao contrário do que está no papel, tendem a aprovações restritas, reprovações ou em muitos casos são convidados a se retirar. Costuma-se dizer que a escola da vida os ensinará.
As proposições que temos são simples: desvelar a verdadeira face da autoridade sobre o educador e a educadora, para que sejam mais honestos consigo e com seus educandos; pautar o ato educativo em valores que não necessitem do rigor absoluto do controle para que sejam respeitados; identificar a escola, como espaço de maturação humana, exercício da cidadania, da democracia, da solidariedade e da ética.
Referências Bibliográficas
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Organização e seleção de textos: Manoel Barros da Motta; Tradução: Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. (Coleção ditos e escritos II).
__________. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução: Lígia M. Pondé Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1977.
GUARESCHI, Pedrinho.Sociologia crítica: alternativas de mudança. 46ª edição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15ª edição. São Paulo, SP: Paz e Terra. 1996. (Coleção Leitura)
MEIS, Leopoldo de. Ciência, educação e o conflito humano-tecnológico. 2ª edição. São Paulo: Editora SENAC, 2002.
Publicado na Revista da FACED, edição de fevereiro de 2009.
Rosane Nardi Melz
Resumo
Este estudo refere-se à análise da sujeição presente historicamente na educação. Propõe refletir sobre o papel da educação associada as diferentes concepções de poder, a relação deste com o saber, com a construção do sujeito e sua instituição no sistema educacional. Um dos aspectos a discutir será a relação estabelecida entre o ato educativo e o controle, o qual determina comportamentos e atitudes de educandos e educadores. Deseja-se questionar modelos tidos como naturais que apesar da “modernização” continuam formando sujeitos dóceis e disciplinados.
Palavras chaves: Educação, concepções de poder, controle, sujeitos dóceis e disciplinados.
CONTROL TO EDUCATE? The power as form of construction of citizens in the perspective of the dominant-dominated relation
Abstract
This study refers to the analysis of the subjection historically present on education. Its goal is to think on education’s role associate to different conceptions of power, its relation with knowledge, with customer’s construction and its institution on the educational system. One of the aspects to be discussed will be the established relation between the educative act and the control, what determines behaviors and attitudes from the one who educates and the one who is educated. It’s our will to question the examples given as natural or common because, besides modernization, have been building up kind and disciplined customers.
Key-Words: Education, power conceptions, control, kind and disciplined customers.
Introdução
A vida humana tal qual conhecemos e concebemos encontra-se enredada num contexto repleto de poder e por conseqüência tecida pelas malhas do controle. Desta forma, não há como dissolver a relação estabelecida entre os seres humanos, pautada no poder e resguardada pelo controle. A história nos relata os diferentes meios pelos quais o poder e seu vigoroso instrumento de consolidação, o controle, tem se expressado de forma diferenciada. Estruturam-se verdadeiros paradigmas, permitindo assim uma análise histórico-social do fenômeno, sem buscar aprofundamentos maiores nos campos da psicologia, da antropologia ou da mística. Isto, para ilustrar a complexidade e a mobilidade do tema.
Há que se dizer, entretanto, que não há qualquer ação humana que não demande poder, ao contrário, este é um dos fundamentos do fazer e do devir humano. Assumir uma postura política é manifestar uma opção que, em última instância, é determinada pela definição do papel do poder num determinado contexto. Autores como Foucault, tratam do poder como algo expressamente presente em tudo o que diz respeito ao humano.
Por se tratar de uma ação humana, a educação não está imune às ações do poder expressas pelo controle. Ao contrário, poderá servir ao poder e ao controle, de tal forma que, servirá como instrumento de sua consolidação. Isto significa que a educação deve, manter-se distante da cômoda atitude da inércia ou da covarde postura de submissão. A educação não pode ser refém e/ou algoz de seres humanos aprisionados pelos perversos laços do poder ou pelo potencial desumanizador do controle.
A história da educação denuncia constantemente a relação entre o conhecimento e o poder, no que se refere à escola, transformando a escola em ente normatizador deste fenômeno. A normatização imprime um caráter de aceitabilidade, seja por ignorância ou imposição de situações inaceitáveis em condições comuns. Em nome disto, gerações têm sido rechaçadas em detrimento de interesses que parecem circunstancialmente velados, muitas vezes perversos, desumanos e imorais. É em nome destas gerações, que segundo D’AMBRÓSIO (1999, p.14) “é importante lembrar que a ação do professor e dos sistemas educacionais em geral mostrará seus efeitos somente no futuro. Um futuro que ninguém conhece. Um futuro no qual estarão agindo as crianças que hoje confia a nós, os educadores”. Trata-se de uma opção por valores e princípios e não de interesses. Isto sem considerar a inobservância de princípios éticos, que apesar de amplas discussões costumam não se inserir num processo de construção humana tanto quanto deveriam estar.
A ausência de princípios humanos e a necessidade de conquistas fizeram do poder uma das grandes metas a alcançar, independentemente do meio. Assim questões como intolerância religiosa e étnica, guerras civis não declaradas, progresso exclusivo, questões sociais mal resolvidas, recursos tecnológicos disponíveis a poucos, são temas que não se discutem na escola, como também determinam sua formatação. Historicamente, nos deparamos com inúmeros dilemas a respeito da escola como instituição pública que ainda não determinou o verdadeiro grau de sua publicidade, uma vez que, nos deparamos diuturnamente com índices de exclusão, evasão, repetência e formação absolutamente desqualificada, sob os mais variados aspectos.
A relação da escola com o poder é algo temível, pois em determinadas situações a própria escola, quando não é genitora, é disseminadora destas mazelas em nome da sua relação com parte da sociedade. Tal relação atinge os horrendos extremos da medíocre submissão, em face de necessidade aparente que tem de se adequar ao que deseja tal fragmento social. Mas de que parte se faz referência? A parte que conquista o poder, seja pela via (pseudo)democrática ou por outras que utilizam a educação, como instrumento de consolidação de ideologias. A escola, então assume então uma postura de submissão e subserviência, demonstrando que ainda não se atingiu um patamar de maturidade ética-institucional e solidária-humana capaz de fazer da educação um campo de redenção do ser humano enquanto sujeito capaz de sua própria (trans)formação.
O poder como fenômeno social
Numa discussão de relativa profundidade, surgem questionamentos que traduzem o cotidiano social e histórico em que se insere a instituição escolar. Analisando comportamentos sustentados pelo senso comum percebe-se que é acusada por uns de reprimir e por outros por ser liberal demais; para alguns cumpre sua função social e para outros não alcança os patamares mínimos de eficácia, eficiência e efetividade. Como derivação desta dicotômica realidade, a instituição escolar afirma seu interesse de auto-re-humanização quando aponta como necessário um estudo do homem como ser histórico, biológico, psíquico, social e transcendente. Assumindo que tende a escola a ultrapassar os limites da docência tradicional derivada do Liceu, de Aristóteles.
Desta maneira, ainda se conservam as discussões meramente no maniqueísmo (repressão x liberalismo), o que se deve a falta de uma identidade teórica, metodológica e conceitual. Isto faz com que ocorra uma migração de poderes sobre a educação, subordinando-a a tudo e a todos. Tornou-se a instituição escolar, co-responsável pelos sucessos e fracassos da sociedade como um todo. Disto decorre um perigo avassalador: pode-se estar imergindo num modelo de submissão ao poder de práticas e conceitos criados por ela e que se disseminam pela sociedade, através de poderosos mecanismos de controle. Assim por exemplo, uma instituição escolar eleva seu conceito de acordo com o número de aprovados em vestibulares entre seus egressos.
Costuma-se dizer que a educação tem, a princípio, por finalidade operacionalizar mudanças que promovam o desenvolvimento do homem e da sociedade. Para tanto, necessita-se que atinja a coletividade nos mais diferentes níveis, buscando ampliar os horizontes pessoais, inserindo o sujeito no contexto social e vice-versa. A prática da democracia solidária é um exercício capaz de compreender este caráter. Através dela se percebe o grande risco das generalizações e relativizações instituídas mediante o uso clássico de práticas seletivas (ideológicas e pessoais), em que a opção de uma maioria (por vezes enganada e alienada) se sobrepõe à lucidez de uma minoria.
Analisando historicamente nota-se o poder que a mídia, por exemplo, exerce sobre uma grande maioria alienada, o que tem feito uma minoria pensante, reflexiva e ativa, ser ignorada. Esta realidade tem permitido identificar poderes e controles absolutos, sem utilizar de força física, ameaças e retaliações. A submissão se dá de forma muito mais subliminar e sutil, porém, não menos traumática e ostensiva. Neste contexto, a educação também sofre uma espécie de modelação (formatação) no sentido de ratificar esta prática considerando-a até mesmo natural e necessária.
Para dar sustentação ao poder e legitimar o controle sem a utilização da força física, é preciso instrumentalizar os agentes detentores do poder com algo tão poderoso quanto à força: o conhecimento. Pode-se dizer que o conhecimento é o pensamento que resulta da relação do sujeito que conhece e do objeto a ser conhecido. É nessa associação que o saber é produzido e acumulado pelo homem ao longo de sua existência. Saber passa a ser economicamente interessante.
O que se percebe, entretanto, é que no ritmo em que a humanidade produz conhecimento, especialmente ao longo do século XX e início do século XXI, torna-se praticamente impossível deter saber que se sustente válido por algum tempo significativo. Até então os que detinham a chamada “base sólida do saber” teriam as condições elementares para dominar os demais. Segundo MEIS (2002, p.71-2) “uma das principais características dessa educação era a sua imutabilidade. Os conhecimentos adquiridos na mocidade permaneciam válidos ao longo de toda a sua vida, uma vez que, até o início do século XX, o crescimento do saber era muito lento e, em paralelo a ele, a variação dos costumes sociais estabelecidos era também bem lenta”. Desta forma, deter poder pela contenção de saberes já não é uma garantia como era outrora. Ao contrário, a deterioração do saber, aparentemente o obriga a aceitar sua condição de interminável ou associa-se a formas de poder que lhe garantam determinado status de auto-sustentabilidade.
Mas o inverso é cruelmente verdadeiro. Quem não detém saber (sistematizado) algum, não exerce qualquer poder, mas ao contrário, sofrerá todas as privações e violências que emanam da relação entre opressor e oprimido. De acordo com FOUCAULT (1997, p. 35) “Nos "excessos" dos suplícios, se investe toda a economia do poder”. Assim, o suplício do não saber, não se restringe ao fato de ignorar, mas as implicações que isto representa para quem não sabe. Quem não sabe é sumariamente excluído(a) da condição essencialmente humana.
Vale lembrar também que muito do conhecimento acumulado pela humanidade pauta-se em equívocos, dogmas e axiomas. Tais elementos podem distorcer a concepção que se possa construir de ciência através de verdades absolutas. Graças à experiência histórica vivida, concebe-se de forma sensível a idéia de que estamos numa (re)construção permanente do saber. Para FOUCAULT (2000, p. 110)
O saber não é uma soma de conhecimentos – pois destes sempre se deve poder dizer se são verdadeiros ou falsos, exatos ou não, aproximativos ou definidos, contraditórios ou coerentes; nenhuma dessas distinções é pertinente para descrever o saber, que é o conjunto dos elementos (objetos, tipos de formulações, conceitos e escolhas teóricas) formados a partir de uma só e mesma positividade, no campo de uma formação discursiva unitária.
A sensibilidade, que não é a mera consciência dos fatos, nos permite elaborar um conhecimento mais flexível, menos dominador e mais libertador. Cientificidade e liberdade parecem dividir o mesmo palco no ato de (re)conceituar o poder do ato educativo sobre as pessoas. Não se pode omitir, no entanto, a capacidade que a ciência tem de intervir na vida das pessoas, porém, uma educação sensível a não neutralidade da ciência, será capaz de transformar esta intervenção numa ação edificadora de uma formação ética, solidária e humana.
Tal educação não poderá ser exclusiva e taxonômica. Desta maneira, há que se pensar na face obscura do acesso limitado, que ronda o conhecimento e, por conseguinte, sua efetiva aplicação em favor da maioria ou da totalidade das pessoas. Se, por um lado, existe uma necessidade histórica de se promover um conhecimento liberto dos grilhões do poder maçante, por outro, o poder se manifesta através da sua exclusividade. Se o conhecimento deriva de interações sócio-históricas há que se pensar e agir para incluir o máximo de pessoas neste processo. A limitação a acessibilidades é a manifestação mais cruel do poder de controle social que se conhece hoje. Seres humanos são estratificados considerando os mais diversos critérios: etnia, sexo, classe social, poder econômico, etc.
A estratificação compartimentaliza diferentes categorias de seres humanos, tendo cada qual uma função definida. Dessa forma, tendo como meio a educação, os sujeitos podem ser produzidos como objetos do conhecimento, tanto estando preparados para serem dominados, quanto para dominar. Esta postura de dominante e dominado é cômoda e torna o sujeito, seu dependente. Renunciar a ela, ou desfazer-se dela, requer coragem e determinação suficientes para sacrificar-se...
Um novo homem e uma nova mulher se evidenciam neste novo contexto. Reconhecidamente o conhecimento é percebido de forma não neutra, tomado por valores que transcendem os limites de métodos sistematizadores. As relações estabelecidas entre conhecimento e poder não são apenas linhas e elos de contato, mas valores que permeiam, penetram e interagem com ambos. Esta forma de relação faz com que o conhecimento seja constantemente (trans)formado e o poder concebido das mais variadas formas. Graças a isso, há uma constante alteração da própria relação estabelecida e do exercício do poder.
Sabe-se que para alcançar este nível de convívio entre homem, conhecimento e poder, faz-se necessária uma permanente flexibilização entre eles, permeada por valores éticos e solidários. O que se tem percebido é que o ser humano constitui a si e ao outro numa relação de duplo sentido: dominante e dominado, poder e saber. Este maniqueísmo parece ter se naturalizado, representando um desafio de alta complexidade, sobre a qual não nos debruçaremos por ora. O fato é que não podemos refletir sobre a liberdade sem antes fazer com que os cativos percebam que ela é possível. Desmistificar a máxima do “antes pouco que nada” será algo a ser construído de forma gradual. Contentar-se com as migalhas das mesas fartas tem sido a condição primordial de sobrevivência e mantida por moralismos consolidados na relação dominante x dominado.
O poder pelo poder não representa outra coisa, senão apenas poder acumulado. Mas as relações construídas a partir dele impõe uma efetiva (trans)formação de paradigmas, o que tem feito de cada sujeito uma célula dependente de outra construindo o que chamamos de tecido social, que no modelo humano significa uma total dependência intra-específica. Nesta perspectiva surge um novo ator do processo: a autoridade.
A autoridade guardiã e refém de sua prática na perspectiva da dicotomia dominante-dominado
Uma organização social, familiar ou um outro grupo qualquer, necessita de certa organização determinada pela sistematização forma hierárquica peculiar. Nela se estabelecem funções, atribuições, obrigações, direitos e deveres universais que preservam características e determinam mudanças no referido grupo. Uma das responsáveis por isto é a autoridade, determinada e associada ao poder. É ela quem toma para si a responsabilidade de guarnecer o poder e perpetua-lo através de práticas diversas dentre as quais o controle.
Não nos ateremos a detalhar o processo de evolução que conduz historicamente a compreender os diferentes perfis de autoridade. Apenas valeremo-nos de alguns destes perfis, para que possamos compreender que o poder e o próprio controle não são, por si, sinônimo de dominação, exclusão e repressão.
O que se tem percebido nos tempos atuais é uma despersonalização da autoridade. Prova disto é que ditadores são cada vez mais raros e monarquias tem perdido sistematicamente o poder onde ainda persistem. A autoridade agora é impessoal, ideológica e institucional. Assim, por exemplo, a sociedade moderna tem na comunicação uma das formas de poder mais evidente, pois determina normas disciplinares (comportamentais, de consumo) que são capazes de manter a coesão de um grupo social, influenciando assim, atitudes e opiniões. Trata-se de um discurso ideologicamente autoritário e de grande influência.
Os sistemas de comunicação cuidam para que sua autoridade não se perca e ao mesmo tempo não saberiam sobreviver sem ela. Neste sentido a autoridade possui duplo sentido: o de guardiã e refém. Uma outra diferença que se percebe é a forma como a nova autoridade se expressa. Ao longo de muitos anos a autoridade utilizou-se da força física, violência e humilhação pública para se estabelecer. Agora a autoridade utiliza-se da persuasão, do acordo e da negociação para se estabelecer. Porém, é identificado também um rol de outros meios menos ortodoxos em que a autoridade se estabelece: imposição pela punição prévia, repressão moral, chantagem entre outros. Em todas as formas de expressão da autoridade percebe-se uma presença inconteste do poder. Seja pela punição física, pela negociação ou pela repressão velada, o poder há que se manifestar sempre. O que se diferencia é a maneira pela qual o poder é utilizado. Esta diferenciação é determinada pelos valores que permeiam a relação entre homem, saber e poder.
Nas instituições de ensino o apelo é mais institucional: a disciplina. Disciplinado, o sistema educacional utiliza-se de práticas fundadas na vigilância constante que classifica, registra, através de boletins de avaliação, o sucesso ou insucesso do educando. Não há uma pessoa, uma ideologia, mas instituições (escola, família) que torna o exercício do poder uma prática legítima, temida e sustentável. Sem contar que futuras seleções (vestibulares, concursos) utilizam-se dos eventuais resultados obtidos do crivo escolar. Não podemos imaginar que isto seja involuntário ou fruto de uma submissão ingênua. Segundo GUARESCHI (1999, p. 99) “quando essa escola não executar a política e os interesses do grupo no poder, ela é censurada, mudada, reformada, e até mesmo fechada”. Novamente se pode dizer que a expressão do poder e da autoridade não se dá por meio de negociações mas pela potencialidade de expressar a dominação e imposição de métodos convencionados.
Há também a autoridade semi-subliminar que determina economicamente quem pode (domina) e quem obedece (dominado). Os excluídos e analfabetos (funcionais e digitais), por exemplo, passam então a encampar um lamentável exército de sujeitos de segunda classe, objetos de freqüentes pesquisas que, por sua vez, os incluem no que se pode chamar de ‘fenômeno natural’ da ‘modernidade’. Esta é outra face do poder e do controle. Poder que determinada quem pertence a cada estrato social ou cultural e controle para saber quem são e o que faz cada sujeito em cada categoria. A educação exerce papel preponderante na função de ‘naturalizar’ a exclusão e a diferenciação de seres humanos, sendo muitas vezes a primeira seletora. Anualmente sonhos e desejos são sepultados em nome da qualidade exigida pelo mercado que, por sua vez, expressa a autoridade e o poder de quem domina econômica e politicamente o contexto social.
Este é um quadro que efetivamente está sendo revisto, pois, além de se buscar uma ocultação maior dos horrores do passado, há correntes no meio educacional, que buscam novas formas de exercer o poder. Assim, supostamente mais humanos, suavizamos os limites para que educandos, educadores e educadoras tenham uma relação mais amistosa, chegando até a afetividade (aparente). Nós esquecemos, porém que, esta “evolução” nos ligou a outras amarras, mais brandas, sutis. Porém, tal sutileza desaparece quando imaginamos que até mesmo uma refeição é negada a uma grande parcela da população mundial.
A sujeição do educador e da educadora ao sistema indica a escola como espaço contraditório, uma vez que, como anteriormente citado, tem por finalidade operacionalizar mudanças que possibilitem o desenvolvimento do homem. O educador e a educadora ao aceitarem a sua condição de reprodução das relações de poder (dominado) não ensina a questionar o próprio sistema (dominante). Um discurso camuflado sob forma de educação. Uma educação que retoma o primórdio conceito de pedagogo (sujeito que conduz) que nada pode fazer, senão reproduzir e repassar o que lhe disseram. Fazer educação torna-se uma espécie de exercício de formatação, adaptação, enquadramento, a exemplo do Liceu de Aristóteles, conforme já citamos.
Entretanto, ao se compreender a educação como sujeição, torna-se possível justificar e lamentar que esta já não cumpra seu papel, devendo ser repensada e reinventada. O questionamento de antigos paradoxos, como a neutralidade da escola e do conhecimento escolar, e a definição de currículos e métodos de ensino e sua forma de avaliação são apenas alguns critérios a serem repensados. Trata-se de estabelecer uma ampla redimensão de valores e princípios que norteiam a função social, política, humana, filosófica, ética e planetária da Terra. Isto é que podemos chamar de ‘escola que queremos’.
Mas a escola que temos ainda está longe da que queremos. Certamente nunca se poderá expressar a equação real=ideal. Torna-se necessário perceber então que esta grande máquina de disciplinar (escola) tem grande utilidade econômica e política, uma vez que, colabora na produção de sujeitos auto-governados (filas, carteiras, turmas, salas, espaços,...) onde aprendem desde cedo seus limites, controlando e vigiando reciprocamente uns aos outros. Mais grave do que isso, não saberiam o que fazer se não houvesse mais filas, carteiras, turmas, salas, espaços. Atinge-se assim o ápice da negação humana: o oprimido não consegue sobreviver sem o jugo do opressor. Assim em FREIRE (1999, p. 30) “a desumanização que não se verifica apenas nos que tem sua humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam, é distorção da vocação do ser mais”. Por isso, há por parte do dominante, um pseudo ser mais, que se transforma numa vontade coletiva e direcionada a universalidade, impondo poder que se consolida por meios pouco ortodoxos de controle. Estabelece-se então um poderoso contexto de autoritarismo.
Uma educação libertária deverá se preocupar em formar gerações capazes de se auto-direcionar ou a optar por autoridades ideológicas e institucionais que lhe sejam benéficas. Se precisamos de educadores e educadoras menos autoritários, então precisamos fazer com que as crianças creditem sua ação disciplinada a outra entidade e com outro perfil. Que seja uma disciplina pautada no respeito, na tolerância e na conviviabilidade e que seja flexível o suficiente para promover o bem comum. Uma autoridade ética, sem vítimas e sem algozes.
Trata-se de uma autoridade legitimada pela diferença que sua presença representa na vida das pessoas. Conforme FREIRE (1996, p. 104) “a autoridade coerentemente democrática está convicta de que a disciplina verdadeira não existe na estagnação, no silêncio, mas no alvoroço dos inquietos, na dúvida que instiga, na esperança que desperta”. A disciplina então é determinada pela determinação de prioridades de interesse e impacto coletivo.
Um novo conceito de autoridade, uma nova concepção de poder e novos instrumentos para legitimá-lo. A complexidade do tema exige longas discussões e reflexões que nos impõem perceber as freqüentes ilusões de que somos vítimas e das possibilidades que ainda temos.
Conclusões: o poder e a perspectiva dicotômica dominante-dominado no contexto escolar
A complexidade da discussão nos limita a admitir que o tema está repleto de ilusões e incompreensões. Se o educador e a educadora se vêem poderosos (dominantes) diante de seus educandos (dominados), são tão submissos quanto estes quando se submetem ao que chamamos de sistema. Este, por sua vez, se encolhe diante dos interesses que o financiam. O fato é que o poder instiga a imaginação e ambição de muitos e, ao que parece, a combinação destes dois itens resulta em grande ilusão.
Educar torna-se uma espécie de adestramento, em que após um período de vigilância os que se submetem a menos punições para compreender a ordem das coisas, são aprovados e recomendados. Os outros que os PPPs chamam de alunos críticos e cidadãos, ao contrário do que está no papel, tendem a aprovações restritas, reprovações ou em muitos casos são convidados a se retirar. Costuma-se dizer que a escola da vida os ensinará.
As proposições que temos são simples: desvelar a verdadeira face da autoridade sobre o educador e a educadora, para que sejam mais honestos consigo e com seus educandos; pautar o ato educativo em valores que não necessitem do rigor absoluto do controle para que sejam respeitados; identificar a escola, como espaço de maturação humana, exercício da cidadania, da democracia, da solidariedade e da ética.
Referências Bibliográficas
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Organização e seleção de textos: Manoel Barros da Motta; Tradução: Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. (Coleção ditos e escritos II).
__________. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução: Lígia M. Pondé Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1977.
GUARESCHI, Pedrinho.Sociologia crítica: alternativas de mudança. 46ª edição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15ª edição. São Paulo, SP: Paz e Terra. 1996. (Coleção Leitura)
MEIS, Leopoldo de. Ciência, educação e o conflito humano-tecnológico. 2ª edição. São Paulo: Editora SENAC, 2002.
Publicado na Revista da FACED, edição de fevereiro de 2009.
Os (des)caminhos sociais e ambientais contemporâneos: historicidade e eticidade da miséria humana e planetária
Resumo
As freqüentes análises da condição humana contemporânea remetem a discussões que permitem abstrair diferentes entendimentos acerca de prováveis causas do crescente nível de miserabilidade humana e planetária. Os caminhos percorridos pela humanidade denunciam uma certa acomodação nestes estratos, reduzindo-os a meras categorias de pessoas que aceitam passivamente suas diferenciações. A grande maioria de seres humanos que se encontra em condições de miséria, foi democraticamente segmentada pela liberdade de expressar suas vontades e particularidades. Assim a miséria humana e planetária será compreendida a partir do entendimento histórico do comportamento humano, especialmente no período pós-revolução industrial. O objetivo deste escrito é reconhecer a miséria (humana e planetária) como resultado de um processo histórico construído socialmente partindo da brutal relação entre a humanidade e o meio ambiente.
Palavras-chave: condição humana, miséria humana e planetária, meio ambiente.
Breve contextualização
A discussão da condição humana na contemporaneidade torna fundamental compreender a construção histórica que a gerou. As grandes utopias mundiais contemporâneas alicerçam-se em princípios históricos que primaram pela exploração incondicional dos recursos naturais, pela mercantilização do trabalho e pela redução do ser humano em peça de uma poderosa máquina chamada mercado. Grandes mazelas se revelam como genitoras de um processo mortal de miserabilidade humana quais sejam: escravidão, fome, tortura e destruição dos alicerces da vida. Nesta perspectiva este projeto de trabalho enquadra-se na linha de pesquisa Sociedade e Meio Ambiente, pois busca discutir histórica e eticamente a relação estabelecida entre o ser humano e a natureza e suas implicações.
A disputa incessante por novos mercados e por novas formas de consumo, com a utilização de recursos da mídia e da própria formação das pessoas, tem feito da miséria uma realidade permanente entre a grande maioria dos seres humanos. A produção de artigos e materiais direcionados as classes média e rica tem deteriorado a maioria das fontes de recursos naturais e condenado os miseráveis a marginalidade submetendo-os a condições desumanas de existência. Os Estados-Nação são apenas lembranças de um passado sepultado pela globalização, pelas democracias liberais, pelas elites insensíveis e pelas maiorias oprimidas dissipadas em minorias.
A natureza, geradora da vida e do ser humano, transformou-se em mera fonte de recursos e empecilho para a consolidação do progresso. A floresta deveria ceder lugar às pastagens, os rios desviados para produzir energia. Esta lógica não é fruto do acaso, mas um amplo processo histórico que se consolidou ao longo dos anos. Percebe-se que a Revolução Industrial, as teorias e modelos econômicos e de produção se traduziram em uma busca incondicional por novas formas de explorar e utilizar tudo o que fosse possível. Tenta-se de forma utópica arquitetar uma série de propostas que ostentam um possível desenvolvimento sustentável.
As faces utópica e patética do chamado desenvolvimento sustentável decorrem de alguns equívocos historicamente consolidados: processo de industrialização sem uma reforma agrária que garanta empregabilidade àqueles que a buscam desarticuladamente nos grandes centros urbanos; desarticulação entre infra-estrutura econômica e infra-estrutura social que tornam a vida urbana insalubre e caótica; priorização às exportações explorando exaustivamente as fontes de materiais e energia, gerando sub-empregos; concentração de renda e formação de grandes bolsões de pobreza, desnutrição e marginalidade.
A tragédia ambiental que se anuncia e se manifesta, é uma amostra da grande catástrofe que já ocorre a muito tempo mas que poucos tinham notado. Mesmo assim temos dificuldade em perceber que enquanto investimos em Internet ultra-rápida convivemos com milhares de analfabetos e analfabetos funcionais. Aplaudimos os estrondosos avanços da medicina que permite transplantar órgãos. A mesma medicina ainda permite que se morra de ascaridíase. Nos deslumbramos com modernas e onerosas técnicas de arquitetura e decoração mas não nos comovemos com os que sequer tem um lar. Comemoramos safras recordes a cada ano e contamos uma das maiores legiões de desnutridos do mundo. O país dos famintos é também um dos maiores produtores e consumidores de remédios de emagrecimento.
A percepção destas dicotomias é possível às grandes massas de miseráveis por um sistema de educação que seja realmente capaz de oferecer aos seres humanos, um espaço de compreensão sensível da realidade que os rodeia. Tal compreensão transcende os limites cartesianos da lógica convencional e exige um entendimento diferenciado de fenômenos multifaciais tais como os ambientais. Estes serão os mais debatidos nesta discussão tendo em vista a sua relevância no que diz respeito a compreensão da miséria como fenômeno histórico e social. Partindo deles (os fenômenos ambientais) e de sua conseqüência humana mais perversa (a miséria) é cabível tratar da globalização como fenômeno da coletivização dos riscos e prejuízos e da individualização da riqueza e da renda e identificar desafios referentes a consolidação da democracia e da autonomia governamental de países que vêem globalizada a sua riqueza e nacionalizadas as suas mazelas.
Em decorrência destas duas faces da questão, ecoa como utopia a possibilidade de se prover contemporaneamente de qualidade a vida de todos os seres vivos. O reconhecimento desta utopia requer muito mais que saberes ecológicos sistematicamente organizados, mas um amplo e significativo entendimento ético sobre as implicações econômicas, sociais e políticas contemporâneas. A transformação desta utopia em projeto de futuro, partindo do presente, por sua vez, exige coragem, ousadia e comprometimento em favor de ações pontuais, porém, convergentes no sentido de combater a miséria nas suas mais diversas formas de manifestação.
Com este propósito haverá de se empreender a discussão de outras utopias como o de se estabelecer um modelo de desenvolvimento sustentável. Oferecer propostas para um amplo estudo de impactos ambientais e como conseqüência um planejamento ambiental voltado a erradicação da miséria humana. Isto é algo que se espera de um estudo que considera a vida como maior razão de qualquer ciência..
Algumas perspectivas
Tratar da miséria humana é também um importante exercício de análise cientifica do processo de discussão de suas múltiplas problemáticas e neste caso com especial interrese, a ambiental. Diante disto, diferentes autores, se manifestarão para que seja possível abarcar diferentes compreensões acerca de problemáticas comuns.
Contemporaneamente se identifica uma moral consolidada por práticas de sobrevivência coletiva que priorizam a dominação da natureza pela humanidade convertendo-a em mero recurso. Neste sentido DIAS (2006, p. 06) afirma que “a industrialização trouxe vários problemas ambientais, como: alta concentração populacional, devido à urbanização acelerada; consumo excessivo de recursos naturais, sendo que alguns não renováveis (petróleo e carvão mineral, por exemplo); contaminação do ar, do solo, das águas; desflorestamento, entre outros”. Ocorre que pela tendência de analisar cada problema de forma dissociada, não se tem compreendido a complexidade que envolve a totalidade da questão.
A compreensão das problemáticas diversas que tangenciam a condição humana contemporânea remete a humanidade a associar interdisciplinarmente diferentes saberes (ciências). Ao tratar de ecodesenvolvimento MONTIBELLER FILHO (2004, p. 47) pressupõe “uma solidariedade sincrônica com os povos atuais, na medida em que desloca o enfoque da lógica da produção para a ótica das necessidades fundamentais da população; e uma solidariedade diacrônica , expressa na economia de recursos naturais e na perspectiva ecológica para garantir possibilidade de qualidade de vida às próximas gerações”. Assim, a complexidade humana se traduz também na complexa relação estabelecida entre saberes como os da ecologia, da economia, da piscologia da sociologia e da antropologia.
Similar a este conceito temos o de desenvolvimento sustentável que mescla diferentes e complexos campos da ciência para definir formas de se promover o crescimento econômico com garantias de sustentabilidade da vida na Terra. Neste sentido LEIS ( p. 103) afirma que “a literatura surgida em torno do conceito de desenvolvimento sustentável permite deduzir que grande parte da diversidade de interpretações desse conceito se deriva da tensão introduzida pela ética no campo da economia e da política”. Em seguida afirma que “a sustentabilidade social do desenvolvimento refere-se à qualidade de vida das populações”. Conforme o título de sua obra sugere parece utópico supor que a humanidade possa se modernizar de forma sustentável, daí o conflito ético citado.
O desafio que se apresenta diante do atual contexto histórico é transformar desenvolvimento econômico em desenvolvimento social, onde todos possam partilhar de forma justa daquilo é de todos. A não observância deste princípio gera um abismo entre classes humanas, condenando uma maioria segmentada a um estado de miséria absoluta. Miséria que se configura pela absoluta submissão de seres humanos a condições marginais de vida, excluída do processo de partilha das riquezas, da lógica da distribuição equânime de renda, do gozo dos direitos humanos básicos, dentre os quais o de viver com dignidade.
Neste sentido BOFF (1996, p. 27) afirma que “o modelo do crescimento ilimitado vem habitado por um demônio: ele se constrói sobre a exploração das classes trabalhadoras, sobre o subdesenvolvimento das nações dependentes e sobre depredação da natureza. O resultado final é este: o desenvolvimento social. Ao contrário, ele é feito à custa do desenvolvimento social”. Desta forma o modelo a que se submete a perspectiva de futuro humano e planetário, gera preocupações diante do fato de que se está exterminando o que garante as mínimas condições de sobrevivência.
Em relação ao Brasil, o modelo de desenvolvimento econômico não correspondeu a um processo de desenvolvimento social pelo fato de que historicamente importaram-se modelos de outros contextos. Assim de acordo com BUARQUE (p. 29) “o Brasil tentou saltar etapas, pela importação direta de técnicas disponíveis no exterior, sem sintonia com as necessidades da população, nem com as realidades natural, social, econômica e cultural do país”. Emergem equívocos como a utilização de transporte rodoviário dependente de petróleo em detrimento de transporte hidroviário e ferroviário; o transporte urbano coletivo pouco foi estimulado em favor do transporte particular no intuito de sustentar a indústria automobilística; isolamento econômico das pequenas cidades favorecendo a formação de grandes metrópoles e tantos outros.
Estas opções políticas derivam do entendimento dos gestores públicos e da sociedade como um todo ao admitir que o importante é pensar e planejar o imediato, o instante presente. Grupos tomam o poder em suas mãos para direcionar os destinos da maioria segmentada em grupos não aptos ao diálogo inter-setorial. Neste sentido são altamente pertinentes as palavras do poeta e crítico francês Paul Valéry: “A política é a arte de impedir as pessoas de participar de assuntos que, propriamente, lhes dizem respeito”. Conservando a grande massa como mera espectadora é um dos objetivos da democracia liberal, a qual limita-se a transferir o poder de um grande contingente humano a um grupo que o representa.
Percebe-se assim, que a questão da consolidação da miséria humana não se restringe a um campo do saber, mas ao conjunto do entendimento que a humanidade tem de si e do seu entorno. Emerge uma carência de discussões interdiciplinares, o que permite compreender uma temática como parte de um conjunto complexo de relações. O próprio conceito de interdisciplinaridade admite e assume um caráter complexo através do qual será possível contemplar de forma ampla e diversa a discussão em torno de uma determinada problemática. Esta compreensão é valida para qualquer área: educacional, ambiental, econômica, política, humana etc. Neste sentido LENOIR e HASNI (2004) afirmam que
“la palabra interdisciplinaridad ha atravesado las fronteras y ha dado la vuelta al planeta. Se utiliza tanto en la francofonía como en los países germano-escandinavos, en los países anglosajones y en los de lengua española y portuguesa. De Nueva Zelanda a Brasil, de Portugal a Noruega, de Chile a Canadá, la palabra es hoy en día de uso común. Podríamos pensar a primera vista, y sin duda de forma un poco ingenua, que la palabra está cargada de un significado socialmente compartido por la totalidad de sus usuarios, y que se caracteriza por algunas perspectivas comunes en el plano de la investigación en educación, así como en el de la formación. Ahora bien, tal aprensión corre el riesgo de dar lugar a malas interpretaciones. En efecto, presentamos la existencia de tres concepciones profundamente diferentes, pero que, pensándolo bien, no sólo aparecen como complementarias sino como indispensables las unas de las otras. Por lo tanto, apelamos a una metáfora inspirada en el ser humano para caracterizar estas tres lógicas: la razón que analiza y que reflexiona, la mano que actúa y que realiza, y el corazón que expresa el cariño y los sentimientos”.
Noutra perspectiva LEIS (2005, p. 05) afirma que “num sentido profundo, a interdisciplinaridade é sempre uma reação alternativa à abordagem disciplinar normalizada (seja no ensino ou na pesquisa) dos diversos objetos de estudo”. É pois muito superior a soma das partes de um saber, refletindo também as relações, pressupostos e perceptivas que as partes emanam ao se conectar. Evidentemente há diferentes concepções de interdisciplinaridade, mas pode-se afirmar que todos se opõe ao caráter homogeneizador dos modelos tradicionais de ciência. Assim através de uma postura ética no contato entre o ser humano e natureza através da ciência os múltiplos enfoques da problemática ambiental merecerão um destaque único de acordo com seu potencial de significação.
Assim a análise da questão ambiental demanda um entendimento múltiplo pois o conhecimento se torna fundamental para identificar histórica, cultural e contextualmente os motivos e (des)caminhos que conduziram a humanidade por séculos. Da mesma forma é altamente relevante compreende como se instituem os processos produtivos, suas lógicas, modelos e formatos, para que se possa tratar de questões altamente pertinentes como as relativas a uma produção mais limpa, a redução de desperdícios de materiais e energia. Outra face desta questão é também a que trata de valores não-monetários através dos quais é possível reconhecer importâncias não-mensuráveis de atitudes genuinamente humanas, tomadas como forma de garantir a sobrevivência e a sobre-vivência, esta última compreendida como forma de produzir excedentes que devem ser consumidos mesmo que não sejam essenciais.
Este novo contexto se traduz numa nova agenda de discussões, pois a produção de grandes excedentes numa realidade econômica que prima pela competitividade, alicerça-se na deteriorização da natureza. Derivam disto discussões de grande envergadura como as relacionadas ao comportamento do clima no planeta, culminando inclusive com o Prêmio Nobel da Paz de 2007 sendo divido entre o grupo responsável pelo Painel Internacional sobre a Mudança do Clima e o ex-vice-presidente norte-americano All Gore pela produção de documentário referente ao tema.
A medida que a humanidade debate esta nova agenda a ciência passa a ser questionada. Não mais pela sua fidelidade a modelos ou paradigmas, mas pelo que representa em relação a orientação que oferece na busca de caminhos alternativos para a brutal relação entre a humanidade e a natureza. Assim GIDDES (1999, p. 109) afirma que
“a ciência perdeu boa parte da aura de autoridade que um dia possuiu. De certa forma, isso provavelmente é resultado da desilusão com os benefícios que, associados à tecnologia, ela alega ter trazido para a humanidade. Duas guerras mundiais, a invenção de armas de guerra terrivelmente destrutivas, a crise ecológica global e outros desenvolvimentos do presente século poderiam esfriar o ardor até dos mais otimistas defensores do progresso por meio da investigação científica desenfreada”.
Assim, a ciência haverá de ser um ente de promoção da vida, qualificando-a e oferecendo-lhe condições para o ser humano possa efetivamente rever sua condição moderna e planetária. A questão ecológica permeia diferentes discussões nas mais variadas formas: exatas, naturais, políticas, sociais, etc. Mas é possível dizer que a temática ecológica está inserida na complexidade da construção humana.
Considerações finais
O debate relacionado ao tema não se extingue pela apresentação de pontos de vista, mas se estende pela complexidade e diversidade de concepções que tangenciam e penetram no contexto da discussão ambiental. O reconhecimento dos equívocos históricos cometidos e as razões concretas que os estabeleceram podem servir de parâmetro para a reconstrução de propostas de futuro.
Se o século XX pode ser chamada de período “tecnozóico” o século XXI se configura como o período denominado “Ecozóico”. Um período em que não apenas as discussões, mas principalmente as ações serão direcionadas a este tema. Tais discussões e ações não podem se resumir apenas a tratar dos cuidados com a natureza, mas da preservação do planeta e da vida.
A qualidade de vida para todos os seres que habitam o planeta é um desafio que se apresenta num contexto em que há uma busca constante de crescimento e desenvolvimento econômico. Certamente não há atividade humana que não imponha certo impacto, porém é possível e necessário reduzi-lo. Qualquer ser vivo causa impacto por sua existência, porém nos ambientes que não contam com a ação antrópica, este impacto, que é lento e reduzido, é igualmente previsto e controlado por meio de processos como a evolução.
Há no mínimo três soluções possíveis para toda a problemática ambiental: a) deixar tudo como está e ver a vida se extinguir gradativamente; b) tirar o homem do planeta para que este se recupere. Uma simples pergunta o inviabiliza: mandá-lo para onde? e c) reduzir radicalmente o impacto através de políticas públicas e científicas parar garantir o máximo possível de qualidade de vida.
A terceira opção parece a mais adequada e a que tem ocupado a comunidade acadêmica. Os caminhos para se alcançar êxito neste propósito são muitos. Seja qual for o que se escolher há que se considerar valores humanos como solidariedade, respeito, dignidade. Sem eles qualquer caminho escolhido poderá ser mais uma ameaça ao planeta e a vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
GIDDENS, Anthony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização Reflexiva: Política, Tradição e Estética na Ordem Social Moderna. São Carlos: UNESP, 1999.
LEIS, Héctor Ricardo. Sobre o conceito de interdisciplinaridade. In: CADERNOS DE PESQUISA INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS HUMANAS , No. 74, PPGICH/CFH/UFSC, Florianópolis, agosto de 2005. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~dich/TextoCaderno74.pdf. Acesso: 04/09/08
¬¬_________. A modernidade insustentável: As críticas do ambientalismo à sociedade contemporânea. 2ª edição. Montevidéu, Coscoroba Ediciones, 2004
LENOIR, Yves, HASNI, Abdelkrim. "La interdisciplinaridad: por un matrimonio abierto de la razón, de la mano y del corazón". Revista Iberoamericana de Educación. Organización de Estados Iberoamericanos (OEI). n. 35, mayo-agosto 2004. Acessível em http://www.rieoei.org/rie35a09.htm
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
Publicado na Revista Gestão Universitária na edição de 11.02.09
As freqüentes análises da condição humana contemporânea remetem a discussões que permitem abstrair diferentes entendimentos acerca de prováveis causas do crescente nível de miserabilidade humana e planetária. Os caminhos percorridos pela humanidade denunciam uma certa acomodação nestes estratos, reduzindo-os a meras categorias de pessoas que aceitam passivamente suas diferenciações. A grande maioria de seres humanos que se encontra em condições de miséria, foi democraticamente segmentada pela liberdade de expressar suas vontades e particularidades. Assim a miséria humana e planetária será compreendida a partir do entendimento histórico do comportamento humano, especialmente no período pós-revolução industrial. O objetivo deste escrito é reconhecer a miséria (humana e planetária) como resultado de um processo histórico construído socialmente partindo da brutal relação entre a humanidade e o meio ambiente.
Palavras-chave: condição humana, miséria humana e planetária, meio ambiente.
Breve contextualização
A discussão da condição humana na contemporaneidade torna fundamental compreender a construção histórica que a gerou. As grandes utopias mundiais contemporâneas alicerçam-se em princípios históricos que primaram pela exploração incondicional dos recursos naturais, pela mercantilização do trabalho e pela redução do ser humano em peça de uma poderosa máquina chamada mercado. Grandes mazelas se revelam como genitoras de um processo mortal de miserabilidade humana quais sejam: escravidão, fome, tortura e destruição dos alicerces da vida. Nesta perspectiva este projeto de trabalho enquadra-se na linha de pesquisa Sociedade e Meio Ambiente, pois busca discutir histórica e eticamente a relação estabelecida entre o ser humano e a natureza e suas implicações.
A disputa incessante por novos mercados e por novas formas de consumo, com a utilização de recursos da mídia e da própria formação das pessoas, tem feito da miséria uma realidade permanente entre a grande maioria dos seres humanos. A produção de artigos e materiais direcionados as classes média e rica tem deteriorado a maioria das fontes de recursos naturais e condenado os miseráveis a marginalidade submetendo-os a condições desumanas de existência. Os Estados-Nação são apenas lembranças de um passado sepultado pela globalização, pelas democracias liberais, pelas elites insensíveis e pelas maiorias oprimidas dissipadas em minorias.
A natureza, geradora da vida e do ser humano, transformou-se em mera fonte de recursos e empecilho para a consolidação do progresso. A floresta deveria ceder lugar às pastagens, os rios desviados para produzir energia. Esta lógica não é fruto do acaso, mas um amplo processo histórico que se consolidou ao longo dos anos. Percebe-se que a Revolução Industrial, as teorias e modelos econômicos e de produção se traduziram em uma busca incondicional por novas formas de explorar e utilizar tudo o que fosse possível. Tenta-se de forma utópica arquitetar uma série de propostas que ostentam um possível desenvolvimento sustentável.
As faces utópica e patética do chamado desenvolvimento sustentável decorrem de alguns equívocos historicamente consolidados: processo de industrialização sem uma reforma agrária que garanta empregabilidade àqueles que a buscam desarticuladamente nos grandes centros urbanos; desarticulação entre infra-estrutura econômica e infra-estrutura social que tornam a vida urbana insalubre e caótica; priorização às exportações explorando exaustivamente as fontes de materiais e energia, gerando sub-empregos; concentração de renda e formação de grandes bolsões de pobreza, desnutrição e marginalidade.
A tragédia ambiental que se anuncia e se manifesta, é uma amostra da grande catástrofe que já ocorre a muito tempo mas que poucos tinham notado. Mesmo assim temos dificuldade em perceber que enquanto investimos em Internet ultra-rápida convivemos com milhares de analfabetos e analfabetos funcionais. Aplaudimos os estrondosos avanços da medicina que permite transplantar órgãos. A mesma medicina ainda permite que se morra de ascaridíase. Nos deslumbramos com modernas e onerosas técnicas de arquitetura e decoração mas não nos comovemos com os que sequer tem um lar. Comemoramos safras recordes a cada ano e contamos uma das maiores legiões de desnutridos do mundo. O país dos famintos é também um dos maiores produtores e consumidores de remédios de emagrecimento.
A percepção destas dicotomias é possível às grandes massas de miseráveis por um sistema de educação que seja realmente capaz de oferecer aos seres humanos, um espaço de compreensão sensível da realidade que os rodeia. Tal compreensão transcende os limites cartesianos da lógica convencional e exige um entendimento diferenciado de fenômenos multifaciais tais como os ambientais. Estes serão os mais debatidos nesta discussão tendo em vista a sua relevância no que diz respeito a compreensão da miséria como fenômeno histórico e social. Partindo deles (os fenômenos ambientais) e de sua conseqüência humana mais perversa (a miséria) é cabível tratar da globalização como fenômeno da coletivização dos riscos e prejuízos e da individualização da riqueza e da renda e identificar desafios referentes a consolidação da democracia e da autonomia governamental de países que vêem globalizada a sua riqueza e nacionalizadas as suas mazelas.
Em decorrência destas duas faces da questão, ecoa como utopia a possibilidade de se prover contemporaneamente de qualidade a vida de todos os seres vivos. O reconhecimento desta utopia requer muito mais que saberes ecológicos sistematicamente organizados, mas um amplo e significativo entendimento ético sobre as implicações econômicas, sociais e políticas contemporâneas. A transformação desta utopia em projeto de futuro, partindo do presente, por sua vez, exige coragem, ousadia e comprometimento em favor de ações pontuais, porém, convergentes no sentido de combater a miséria nas suas mais diversas formas de manifestação.
Com este propósito haverá de se empreender a discussão de outras utopias como o de se estabelecer um modelo de desenvolvimento sustentável. Oferecer propostas para um amplo estudo de impactos ambientais e como conseqüência um planejamento ambiental voltado a erradicação da miséria humana. Isto é algo que se espera de um estudo que considera a vida como maior razão de qualquer ciência..
Algumas perspectivas
Tratar da miséria humana é também um importante exercício de análise cientifica do processo de discussão de suas múltiplas problemáticas e neste caso com especial interrese, a ambiental. Diante disto, diferentes autores, se manifestarão para que seja possível abarcar diferentes compreensões acerca de problemáticas comuns.
Contemporaneamente se identifica uma moral consolidada por práticas de sobrevivência coletiva que priorizam a dominação da natureza pela humanidade convertendo-a em mero recurso. Neste sentido DIAS (2006, p. 06) afirma que “a industrialização trouxe vários problemas ambientais, como: alta concentração populacional, devido à urbanização acelerada; consumo excessivo de recursos naturais, sendo que alguns não renováveis (petróleo e carvão mineral, por exemplo); contaminação do ar, do solo, das águas; desflorestamento, entre outros”. Ocorre que pela tendência de analisar cada problema de forma dissociada, não se tem compreendido a complexidade que envolve a totalidade da questão.
A compreensão das problemáticas diversas que tangenciam a condição humana contemporânea remete a humanidade a associar interdisciplinarmente diferentes saberes (ciências). Ao tratar de ecodesenvolvimento MONTIBELLER FILHO (2004, p. 47) pressupõe “uma solidariedade sincrônica com os povos atuais, na medida em que desloca o enfoque da lógica da produção para a ótica das necessidades fundamentais da população; e uma solidariedade diacrônica , expressa na economia de recursos naturais e na perspectiva ecológica para garantir possibilidade de qualidade de vida às próximas gerações”. Assim, a complexidade humana se traduz também na complexa relação estabelecida entre saberes como os da ecologia, da economia, da piscologia da sociologia e da antropologia.
Similar a este conceito temos o de desenvolvimento sustentável que mescla diferentes e complexos campos da ciência para definir formas de se promover o crescimento econômico com garantias de sustentabilidade da vida na Terra. Neste sentido LEIS ( p. 103) afirma que “a literatura surgida em torno do conceito de desenvolvimento sustentável permite deduzir que grande parte da diversidade de interpretações desse conceito se deriva da tensão introduzida pela ética no campo da economia e da política”. Em seguida afirma que “a sustentabilidade social do desenvolvimento refere-se à qualidade de vida das populações”. Conforme o título de sua obra sugere parece utópico supor que a humanidade possa se modernizar de forma sustentável, daí o conflito ético citado.
O desafio que se apresenta diante do atual contexto histórico é transformar desenvolvimento econômico em desenvolvimento social, onde todos possam partilhar de forma justa daquilo é de todos. A não observância deste princípio gera um abismo entre classes humanas, condenando uma maioria segmentada a um estado de miséria absoluta. Miséria que se configura pela absoluta submissão de seres humanos a condições marginais de vida, excluída do processo de partilha das riquezas, da lógica da distribuição equânime de renda, do gozo dos direitos humanos básicos, dentre os quais o de viver com dignidade.
Neste sentido BOFF (1996, p. 27) afirma que “o modelo do crescimento ilimitado vem habitado por um demônio: ele se constrói sobre a exploração das classes trabalhadoras, sobre o subdesenvolvimento das nações dependentes e sobre depredação da natureza. O resultado final é este: o desenvolvimento social. Ao contrário, ele é feito à custa do desenvolvimento social”. Desta forma o modelo a que se submete a perspectiva de futuro humano e planetário, gera preocupações diante do fato de que se está exterminando o que garante as mínimas condições de sobrevivência.
Em relação ao Brasil, o modelo de desenvolvimento econômico não correspondeu a um processo de desenvolvimento social pelo fato de que historicamente importaram-se modelos de outros contextos. Assim de acordo com BUARQUE (p. 29) “o Brasil tentou saltar etapas, pela importação direta de técnicas disponíveis no exterior, sem sintonia com as necessidades da população, nem com as realidades natural, social, econômica e cultural do país”. Emergem equívocos como a utilização de transporte rodoviário dependente de petróleo em detrimento de transporte hidroviário e ferroviário; o transporte urbano coletivo pouco foi estimulado em favor do transporte particular no intuito de sustentar a indústria automobilística; isolamento econômico das pequenas cidades favorecendo a formação de grandes metrópoles e tantos outros.
Estas opções políticas derivam do entendimento dos gestores públicos e da sociedade como um todo ao admitir que o importante é pensar e planejar o imediato, o instante presente. Grupos tomam o poder em suas mãos para direcionar os destinos da maioria segmentada em grupos não aptos ao diálogo inter-setorial. Neste sentido são altamente pertinentes as palavras do poeta e crítico francês Paul Valéry: “A política é a arte de impedir as pessoas de participar de assuntos que, propriamente, lhes dizem respeito”. Conservando a grande massa como mera espectadora é um dos objetivos da democracia liberal, a qual limita-se a transferir o poder de um grande contingente humano a um grupo que o representa.
Percebe-se assim, que a questão da consolidação da miséria humana não se restringe a um campo do saber, mas ao conjunto do entendimento que a humanidade tem de si e do seu entorno. Emerge uma carência de discussões interdiciplinares, o que permite compreender uma temática como parte de um conjunto complexo de relações. O próprio conceito de interdisciplinaridade admite e assume um caráter complexo através do qual será possível contemplar de forma ampla e diversa a discussão em torno de uma determinada problemática. Esta compreensão é valida para qualquer área: educacional, ambiental, econômica, política, humana etc. Neste sentido LENOIR e HASNI (2004) afirmam que
“la palabra interdisciplinaridad ha atravesado las fronteras y ha dado la vuelta al planeta. Se utiliza tanto en la francofonía como en los países germano-escandinavos, en los países anglosajones y en los de lengua española y portuguesa. De Nueva Zelanda a Brasil, de Portugal a Noruega, de Chile a Canadá, la palabra es hoy en día de uso común. Podríamos pensar a primera vista, y sin duda de forma un poco ingenua, que la palabra está cargada de un significado socialmente compartido por la totalidad de sus usuarios, y que se caracteriza por algunas perspectivas comunes en el plano de la investigación en educación, así como en el de la formación. Ahora bien, tal aprensión corre el riesgo de dar lugar a malas interpretaciones. En efecto, presentamos la existencia de tres concepciones profundamente diferentes, pero que, pensándolo bien, no sólo aparecen como complementarias sino como indispensables las unas de las otras. Por lo tanto, apelamos a una metáfora inspirada en el ser humano para caracterizar estas tres lógicas: la razón que analiza y que reflexiona, la mano que actúa y que realiza, y el corazón que expresa el cariño y los sentimientos”.
Noutra perspectiva LEIS (2005, p. 05) afirma que “num sentido profundo, a interdisciplinaridade é sempre uma reação alternativa à abordagem disciplinar normalizada (seja no ensino ou na pesquisa) dos diversos objetos de estudo”. É pois muito superior a soma das partes de um saber, refletindo também as relações, pressupostos e perceptivas que as partes emanam ao se conectar. Evidentemente há diferentes concepções de interdisciplinaridade, mas pode-se afirmar que todos se opõe ao caráter homogeneizador dos modelos tradicionais de ciência. Assim através de uma postura ética no contato entre o ser humano e natureza através da ciência os múltiplos enfoques da problemática ambiental merecerão um destaque único de acordo com seu potencial de significação.
Assim a análise da questão ambiental demanda um entendimento múltiplo pois o conhecimento se torna fundamental para identificar histórica, cultural e contextualmente os motivos e (des)caminhos que conduziram a humanidade por séculos. Da mesma forma é altamente relevante compreende como se instituem os processos produtivos, suas lógicas, modelos e formatos, para que se possa tratar de questões altamente pertinentes como as relativas a uma produção mais limpa, a redução de desperdícios de materiais e energia. Outra face desta questão é também a que trata de valores não-monetários através dos quais é possível reconhecer importâncias não-mensuráveis de atitudes genuinamente humanas, tomadas como forma de garantir a sobrevivência e a sobre-vivência, esta última compreendida como forma de produzir excedentes que devem ser consumidos mesmo que não sejam essenciais.
Este novo contexto se traduz numa nova agenda de discussões, pois a produção de grandes excedentes numa realidade econômica que prima pela competitividade, alicerça-se na deteriorização da natureza. Derivam disto discussões de grande envergadura como as relacionadas ao comportamento do clima no planeta, culminando inclusive com o Prêmio Nobel da Paz de 2007 sendo divido entre o grupo responsável pelo Painel Internacional sobre a Mudança do Clima e o ex-vice-presidente norte-americano All Gore pela produção de documentário referente ao tema.
A medida que a humanidade debate esta nova agenda a ciência passa a ser questionada. Não mais pela sua fidelidade a modelos ou paradigmas, mas pelo que representa em relação a orientação que oferece na busca de caminhos alternativos para a brutal relação entre a humanidade e a natureza. Assim GIDDES (1999, p. 109) afirma que
“a ciência perdeu boa parte da aura de autoridade que um dia possuiu. De certa forma, isso provavelmente é resultado da desilusão com os benefícios que, associados à tecnologia, ela alega ter trazido para a humanidade. Duas guerras mundiais, a invenção de armas de guerra terrivelmente destrutivas, a crise ecológica global e outros desenvolvimentos do presente século poderiam esfriar o ardor até dos mais otimistas defensores do progresso por meio da investigação científica desenfreada”.
Assim, a ciência haverá de ser um ente de promoção da vida, qualificando-a e oferecendo-lhe condições para o ser humano possa efetivamente rever sua condição moderna e planetária. A questão ecológica permeia diferentes discussões nas mais variadas formas: exatas, naturais, políticas, sociais, etc. Mas é possível dizer que a temática ecológica está inserida na complexidade da construção humana.
Considerações finais
O debate relacionado ao tema não se extingue pela apresentação de pontos de vista, mas se estende pela complexidade e diversidade de concepções que tangenciam e penetram no contexto da discussão ambiental. O reconhecimento dos equívocos históricos cometidos e as razões concretas que os estabeleceram podem servir de parâmetro para a reconstrução de propostas de futuro.
Se o século XX pode ser chamada de período “tecnozóico” o século XXI se configura como o período denominado “Ecozóico”. Um período em que não apenas as discussões, mas principalmente as ações serão direcionadas a este tema. Tais discussões e ações não podem se resumir apenas a tratar dos cuidados com a natureza, mas da preservação do planeta e da vida.
A qualidade de vida para todos os seres que habitam o planeta é um desafio que se apresenta num contexto em que há uma busca constante de crescimento e desenvolvimento econômico. Certamente não há atividade humana que não imponha certo impacto, porém é possível e necessário reduzi-lo. Qualquer ser vivo causa impacto por sua existência, porém nos ambientes que não contam com a ação antrópica, este impacto, que é lento e reduzido, é igualmente previsto e controlado por meio de processos como a evolução.
Há no mínimo três soluções possíveis para toda a problemática ambiental: a) deixar tudo como está e ver a vida se extinguir gradativamente; b) tirar o homem do planeta para que este se recupere. Uma simples pergunta o inviabiliza: mandá-lo para onde? e c) reduzir radicalmente o impacto através de políticas públicas e científicas parar garantir o máximo possível de qualidade de vida.
A terceira opção parece a mais adequada e a que tem ocupado a comunidade acadêmica. Os caminhos para se alcançar êxito neste propósito são muitos. Seja qual for o que se escolher há que se considerar valores humanos como solidariedade, respeito, dignidade. Sem eles qualquer caminho escolhido poderá ser mais uma ameaça ao planeta e a vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
GIDDENS, Anthony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização Reflexiva: Política, Tradição e Estética na Ordem Social Moderna. São Carlos: UNESP, 1999.
LEIS, Héctor Ricardo. Sobre o conceito de interdisciplinaridade. In: CADERNOS DE PESQUISA INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS HUMANAS , No. 74, PPGICH/CFH/UFSC, Florianópolis, agosto de 2005. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~dich/TextoCaderno74.pdf. Acesso: 04/09/08
¬¬_________. A modernidade insustentável: As críticas do ambientalismo à sociedade contemporânea. 2ª edição. Montevidéu, Coscoroba Ediciones, 2004
LENOIR, Yves, HASNI, Abdelkrim. "La interdisciplinaridad: por un matrimonio abierto de la razón, de la mano y del corazón". Revista Iberoamericana de Educación. Organización de Estados Iberoamericanos (OEI). n. 35, mayo-agosto 2004. Acessível em http://www.rieoei.org/rie35a09.htm
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
Publicado na Revista Gestão Universitária na edição de 11.02.09
domingo, 15 de fevereiro de 2009
O uso solidário das tecnologias no espaço escolar
Diferentes concepções historicamente consolidadas permeiam a compreensão da função do espaço escolar. Há quem o conceba como espaço de operacionalização mecânica metodologias e estratégias de ensino que visam à assimilação de saberes historicamente elaborados e sistematizados. Entretanto esta concepção tem abarcado um número cada vez mais reduzido de adeptos. Há uma forte tendência em compreender o espaço escolar como locus de redenção de seres humanos, pela consolidação de práticas solidárias que busquem democratizar o acesso ao saber e à sua elaboração.
Para tal há diferentes formas de estruturar o espaço escolar, através de materiais, equipamentos estratégias de ação pedagógica. Neste contexto, tem se revelado significativa, a inserção das tecnologias como mecanismos de disseminação de saberes. Este papel, sem dúvida, é desempenhado com grande propriedade, porém é necessário que se estabeleçam políticas que universalizem o seu acesso e métodos que promovam a qualificação da relação entre os seres humanos e o conhecimento.
Esta postura impõe aos educadores e educadoras uma conduta flexível frente a inovação introduzida pelas tecnologias no contexto escolar. Isto não é adquirido por capacitações, mas pela inserção de valores humanos a aplicação de tecnologias à prática pedagógica. Um passo importante a dar nesta direção é universalizar o acesso às tecnologias com o devido auxilio e comprometimento de educadores e educadoras. Se este acesso ocorrer de forma restrita servirá para ampliar ainda mais a legião de excluídos do processo de redenção cidadã.
Pode-se dizer que o acesso ao digital e ao virtual se constitui num direito humano, daí o caráter humanista a ser assumido pela educação voltada a inserção das tecnologias no processo de formação de educandos e educandas. Assim em nível fundamental é médio a educação necessita oferecer universalmente a possibilidade de interação entre o virtual e o presencial de forma equilibrada. Este equilíbrio se percebe através de uma atitude sensível e solidária do educador e da educadora frente a diversidade de seres humanos que adentram ao ambiente escolar. Surge então um novo paradigma: a tecnologia construindo seres humanos pela prática educativa solidária.
O uso da sensibilidade na percepção deste novo paradigma educacional faz a diferença em ralação educação conteudista constituída de currículos engessados onde se privilegia a informação em detrimento da (trans)formação. O acesso a informação é tarefa de tecnologias, mas a sua compreensão e otimização é função exclusiva de seres humanos. Tecnologias estão impregnadas de programas e sistemas, seres humanos de valores, sentimentos, desejos, necessidades e carências. Se as tecnologias cumprirem universalmente a sua função haverá mais tempo para os seres humanos se dedicarem àquilo que é sua função exclusiva.
Algumas habilidades podem ser desenvolvidas através do treinamento para o uso de determinada tecnologia, porém, adequar estas habilidades à realidade de cada aluno, à seu contexto e à sua historicidade é atribuição essencialmente humana. Para tal é necessária uma postura ética das instituições escolares e dos educadores e educadoras. Ética vista como prática radical do respeito à diversidade e à especificidade. Não é possível estabelecer um ambiente solidário de aprendizagem sem um engajamento ético por parte dos que usam tecnologias educacionais. Do contrário a tela do computador será tão útil quanto a velha combinação quadro-giz, o uso de um DVD será apenas assistir TV e INTERNET será apenas uma enciclopédia com atualização em tempo real.
Através de experiências diversas na utilização de tecnologias no espaço educativo foi possível perceber a complexidade que envolve a questão. Há crianças que sequer conhecem um computador, outras o manipulam mas desconhecem as suas potencialidades e outros, mesmo conhecendo as potencialidades apresentam dificuldades em articulá-las ao seu contexto e a dinâmica de sua realidade. Diante disto se percebe que é preciso transcender ao simples contato entre o ser humano e a máquina.
Se estamos diante de um novo paradigma, o de construir uma proposta educativa solidário através das tecnologias, então é preciso qualificar o encontro do ser humano com esta nova possibilidade. Esta qualificação pressupõe um comprometimento síncrono entre o que se apresenta ao educando e à educanda e àquilo que é fundamental para sua vida. Em última instância é preciso fazer com cada ser humano perceba a possibilidade de construir sua própria história e seus próprios saberes.
A educação não pode funcionar apenas como uma mera prestação de serviços munida de tecnologias que apressam o processo. É uma ação libertadora que não admite a dicotomia opressor-oprimido e que se consolida como espaço de redenção humana. É tecnologia é neste contexto, uma nova possibilidade que, quando impregnada de solidariedade e afetividade, pode representar uma otimização de tempo. O ato educativo não está mais alinhado a métodos de se ensinar geralmente subsidiado pelo monólogo docente, mas a estratégias de aprender e na postura dialética frente a diversidade de saberes e conceitos.
Dentre estas estratégias que fomentam a dialética está o uso de tecnologias. Estas agilizam o acesso a informações e apresentam ao educando e à educando uma grande diversidade de formas de entendimento e opiniões em relação a um mesmo conceito. Noutra perspectiva é mister afirmar que a grande variedade e volume de informações possíveis de acessar por meios eletrônicos pode representar um grande perigo. Como saber se uma determinada informação é confiável? Qual a intenção de quem a produziu e a divulgou na grande rede?
Responder a estas perguntas é um desafio permanente, praticamente intransponível. O educador que se lança o novo paradigma citado haverá de dispor da habilidade de questionar, duvidar e criticar. Outra habilidade significativa é a de conviver com a incerteza e com o movimento permanente do conhecimento. Estas habilidades, obviamente, não podem ser exclusivas dos educadores e das educadores, mas de todos os seres humanos.
A instituição escolar, promotora da formação de seres humanos, é o espaço ideal e específico para que estas habilidades sejam efetivamente desenvolvidas. Deve ser o espaço em que os seres humanos ofereçam o que tem e descubram o que precisam, para fazer de sua vida um permanente exercício de solidariedade. Uma educação para a solidariedade não prega a passividade, a inércia e a submissão, mas condutas claras, sustentadas em argumentos e em conhecimento.
Tudo isto pode ser alcançado de forma mais eficiente, eficaz e efetiva através da tecnologia, de educadores e educadoras sensíveis a seus compromissos e atentos a complexidade aderida à diversidade do ambiente escolar. Estamos portanto, diante de um caminho sem volta, que nos propõe fazer do ato educativo, um permanente exercício de (re)humanização do homem e da mulher tornando-os mais solidários.
Para tal há diferentes formas de estruturar o espaço escolar, através de materiais, equipamentos estratégias de ação pedagógica. Neste contexto, tem se revelado significativa, a inserção das tecnologias como mecanismos de disseminação de saberes. Este papel, sem dúvida, é desempenhado com grande propriedade, porém é necessário que se estabeleçam políticas que universalizem o seu acesso e métodos que promovam a qualificação da relação entre os seres humanos e o conhecimento.
Esta postura impõe aos educadores e educadoras uma conduta flexível frente a inovação introduzida pelas tecnologias no contexto escolar. Isto não é adquirido por capacitações, mas pela inserção de valores humanos a aplicação de tecnologias à prática pedagógica. Um passo importante a dar nesta direção é universalizar o acesso às tecnologias com o devido auxilio e comprometimento de educadores e educadoras. Se este acesso ocorrer de forma restrita servirá para ampliar ainda mais a legião de excluídos do processo de redenção cidadã.
Pode-se dizer que o acesso ao digital e ao virtual se constitui num direito humano, daí o caráter humanista a ser assumido pela educação voltada a inserção das tecnologias no processo de formação de educandos e educandas. Assim em nível fundamental é médio a educação necessita oferecer universalmente a possibilidade de interação entre o virtual e o presencial de forma equilibrada. Este equilíbrio se percebe através de uma atitude sensível e solidária do educador e da educadora frente a diversidade de seres humanos que adentram ao ambiente escolar. Surge então um novo paradigma: a tecnologia construindo seres humanos pela prática educativa solidária.
O uso da sensibilidade na percepção deste novo paradigma educacional faz a diferença em ralação educação conteudista constituída de currículos engessados onde se privilegia a informação em detrimento da (trans)formação. O acesso a informação é tarefa de tecnologias, mas a sua compreensão e otimização é função exclusiva de seres humanos. Tecnologias estão impregnadas de programas e sistemas, seres humanos de valores, sentimentos, desejos, necessidades e carências. Se as tecnologias cumprirem universalmente a sua função haverá mais tempo para os seres humanos se dedicarem àquilo que é sua função exclusiva.
Algumas habilidades podem ser desenvolvidas através do treinamento para o uso de determinada tecnologia, porém, adequar estas habilidades à realidade de cada aluno, à seu contexto e à sua historicidade é atribuição essencialmente humana. Para tal é necessária uma postura ética das instituições escolares e dos educadores e educadoras. Ética vista como prática radical do respeito à diversidade e à especificidade. Não é possível estabelecer um ambiente solidário de aprendizagem sem um engajamento ético por parte dos que usam tecnologias educacionais. Do contrário a tela do computador será tão útil quanto a velha combinação quadro-giz, o uso de um DVD será apenas assistir TV e INTERNET será apenas uma enciclopédia com atualização em tempo real.
Através de experiências diversas na utilização de tecnologias no espaço educativo foi possível perceber a complexidade que envolve a questão. Há crianças que sequer conhecem um computador, outras o manipulam mas desconhecem as suas potencialidades e outros, mesmo conhecendo as potencialidades apresentam dificuldades em articulá-las ao seu contexto e a dinâmica de sua realidade. Diante disto se percebe que é preciso transcender ao simples contato entre o ser humano e a máquina.
Se estamos diante de um novo paradigma, o de construir uma proposta educativa solidário através das tecnologias, então é preciso qualificar o encontro do ser humano com esta nova possibilidade. Esta qualificação pressupõe um comprometimento síncrono entre o que se apresenta ao educando e à educanda e àquilo que é fundamental para sua vida. Em última instância é preciso fazer com cada ser humano perceba a possibilidade de construir sua própria história e seus próprios saberes.
A educação não pode funcionar apenas como uma mera prestação de serviços munida de tecnologias que apressam o processo. É uma ação libertadora que não admite a dicotomia opressor-oprimido e que se consolida como espaço de redenção humana. É tecnologia é neste contexto, uma nova possibilidade que, quando impregnada de solidariedade e afetividade, pode representar uma otimização de tempo. O ato educativo não está mais alinhado a métodos de se ensinar geralmente subsidiado pelo monólogo docente, mas a estratégias de aprender e na postura dialética frente a diversidade de saberes e conceitos.
Dentre estas estratégias que fomentam a dialética está o uso de tecnologias. Estas agilizam o acesso a informações e apresentam ao educando e à educando uma grande diversidade de formas de entendimento e opiniões em relação a um mesmo conceito. Noutra perspectiva é mister afirmar que a grande variedade e volume de informações possíveis de acessar por meios eletrônicos pode representar um grande perigo. Como saber se uma determinada informação é confiável? Qual a intenção de quem a produziu e a divulgou na grande rede?
Responder a estas perguntas é um desafio permanente, praticamente intransponível. O educador que se lança o novo paradigma citado haverá de dispor da habilidade de questionar, duvidar e criticar. Outra habilidade significativa é a de conviver com a incerteza e com o movimento permanente do conhecimento. Estas habilidades, obviamente, não podem ser exclusivas dos educadores e das educadores, mas de todos os seres humanos.
A instituição escolar, promotora da formação de seres humanos, é o espaço ideal e específico para que estas habilidades sejam efetivamente desenvolvidas. Deve ser o espaço em que os seres humanos ofereçam o que tem e descubram o que precisam, para fazer de sua vida um permanente exercício de solidariedade. Uma educação para a solidariedade não prega a passividade, a inércia e a submissão, mas condutas claras, sustentadas em argumentos e em conhecimento.
Tudo isto pode ser alcançado de forma mais eficiente, eficaz e efetiva através da tecnologia, de educadores e educadoras sensíveis a seus compromissos e atentos a complexidade aderida à diversidade do ambiente escolar. Estamos portanto, diante de um caminho sem volta, que nos propõe fazer do ato educativo, um permanente exercício de (re)humanização do homem e da mulher tornando-os mais solidários.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Imutabilidade
Mudar é sempre um grande desafio e dificilmente se dá de forma espontânea, gratuita. Haverá sempre um forte motivo: experiências mal-sucedidas, descoberta de novos métodos de se fazer a mesma coisa, consolidação de alguma crise, etc. Mas mesmo diante de qualquer dos diversos motivos há quem possa efetivamente manter-se imóvel. Jamais se render a mudança, a inovação. Nos tempos atuais vivemos uma crise que é sem dúvida, algo que pede mudança. É preciso economizar mais, lucrar menos, evitar esbanjamento, sobreviver.
Alguns mais criativos já assimilaram a mudança como processo natural de nosso tempo e quando a crise chegou o impacto foi pequeno. Outros, avessos a rotina de mudança e transformação se vêem as portas de uma crise e não se percebem capazes de criar algo que possa amenizar os efeitos da tal crise. Daí surgem dramas como falências, desemprego em massa, etc.
As modernas teorias, e principalmente práticas, de gestão incluem no rol das qualidades necessárias a um bom gestor a versatilidade e habilidade em conviver com ambientes turbulentos. É nestes momentos que se precisa de soluções originais, corajosas, ousadas e virtuosas.
Saber utilizar a crise e as soluções construídas a partir dela pode ser um diferencial em relação a instituições que adotam modelos convencionais, únicos, lineares, é uma virtude. Mas isto não se reduz as empresas que dependam de mercados. Instituições de diferentes campos também são convidadas (convocadas) a mudança. Algumas aceitam outras não. As que aceitam, passam por dificuldades e as superam, (des)constroem e se revitalizam. Notam a crise e preparam os seus para a sua superação e a de outras que virão.
Na educação por exemplo é possível estagnar-se afinal toda a criança é obrigada a sentar num banco escolar por 11 ou 12 anos. Se for uma realidade imutável, engessada, retrograda, autoritária ou se for transformadora, flexível, progressista e solidária pouca diferença vai fazer. Todos precisam estar nela. Porém o que se leva dela é totalmente diferente. Da escola imutável se levam informações, notas e um certificado. Da mutável, se leva sabedoria, valores, esperança e sensibilidade um mundo que pode ser mudado. Desta se sai mais feliz por que se aprende a ser gente, a conviver ao contrário da primeira em que se aprende a ser um “bom trabalhador” potencialmente capaz de “sobreviver”.
E a crise. Não é preciso discutir muito para se imaginar os efeitos sobre cada uma. A escola convencional simplesmente ignora a crise e estabelece que ela só existe e vai abater quem não se prepara para o trabalho. Perde o emprego, que não tem competência, é preguiçoso, etc. Na perspectiva mutável as pessoas são preparadas para o inesperado, para o incerto. Por serem sensíveis percebem o que ocorre e se flexibilizam.
E por que relacionar crise e escola? Certamente as mentes criativas que sugerem soluções adequadas para a crise são as que foram preparados por escolas abertas a mudança. Não lhe deram acesso a conteúdos apenas, mas lhe proporcionaram compreensão e sensibilidade diante deles. Elas próprias assumem a mutabilidade como característica institucional. São as que geram vida, proporcionam o novo. Formam gente que são além de bons trabalhadores, seres humanos íntegros e éticos.
Alguns mais criativos já assimilaram a mudança como processo natural de nosso tempo e quando a crise chegou o impacto foi pequeno. Outros, avessos a rotina de mudança e transformação se vêem as portas de uma crise e não se percebem capazes de criar algo que possa amenizar os efeitos da tal crise. Daí surgem dramas como falências, desemprego em massa, etc.
As modernas teorias, e principalmente práticas, de gestão incluem no rol das qualidades necessárias a um bom gestor a versatilidade e habilidade em conviver com ambientes turbulentos. É nestes momentos que se precisa de soluções originais, corajosas, ousadas e virtuosas.
Saber utilizar a crise e as soluções construídas a partir dela pode ser um diferencial em relação a instituições que adotam modelos convencionais, únicos, lineares, é uma virtude. Mas isto não se reduz as empresas que dependam de mercados. Instituições de diferentes campos também são convidadas (convocadas) a mudança. Algumas aceitam outras não. As que aceitam, passam por dificuldades e as superam, (des)constroem e se revitalizam. Notam a crise e preparam os seus para a sua superação e a de outras que virão.
Na educação por exemplo é possível estagnar-se afinal toda a criança é obrigada a sentar num banco escolar por 11 ou 12 anos. Se for uma realidade imutável, engessada, retrograda, autoritária ou se for transformadora, flexível, progressista e solidária pouca diferença vai fazer. Todos precisam estar nela. Porém o que se leva dela é totalmente diferente. Da escola imutável se levam informações, notas e um certificado. Da mutável, se leva sabedoria, valores, esperança e sensibilidade um mundo que pode ser mudado. Desta se sai mais feliz por que se aprende a ser gente, a conviver ao contrário da primeira em que se aprende a ser um “bom trabalhador” potencialmente capaz de “sobreviver”.
E a crise. Não é preciso discutir muito para se imaginar os efeitos sobre cada uma. A escola convencional simplesmente ignora a crise e estabelece que ela só existe e vai abater quem não se prepara para o trabalho. Perde o emprego, que não tem competência, é preguiçoso, etc. Na perspectiva mutável as pessoas são preparadas para o inesperado, para o incerto. Por serem sensíveis percebem o que ocorre e se flexibilizam.
E por que relacionar crise e escola? Certamente as mentes criativas que sugerem soluções adequadas para a crise são as que foram preparados por escolas abertas a mudança. Não lhe deram acesso a conteúdos apenas, mas lhe proporcionaram compreensão e sensibilidade diante deles. Elas próprias assumem a mutabilidade como característica institucional. São as que geram vida, proporcionam o novo. Formam gente que são além de bons trabalhadores, seres humanos íntegros e éticos.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Elaboração de projetos de sustentabilidade eco-planetária
1. Caracterização do Curso
1.1. Período de Realização
Início: 02/2009
Duração: ano letivo de 2009
1.2. Resumo
O tema Elaboração de projetos de sustentabilidade eco-planetária deseja oferecer oportunidades à comunidade, condições teóricas e metodológicas no sentido de elaborar e executar projetos de cunho ecológico aplicáveis ao cotidiano do educando e de sua família. Partindo de sua realidade pessoal, profissional e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família. Para tanto serão definidos e aplicados os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento econômico, sob as diferentes concepções: social, política, humana e ética. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade, a elaborar um projeto baseado em alguma situação-problema de seu cotidiano e executá-lo.
1.3. Objetivos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Organização de projeto ambiental considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e de gestão empresarial;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Aplicar projetos ambientais que solucionem total ou parcialmente determinada situação-problema.
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
3.3 Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas a sustentabilidade, reaproveitamento de materiais, utilização de materiais e energias alternativos e qualidade de vida. Partindo deste debate parte-se para a elaboração de projetos objetivos, aplicáveis e de boa resolutividade. Entretanto, o mais importante é a aplicação efetiva do projeto e análise dos resultados alcançados. Assim o curso de extensão Elaboração de projetos de sustentabilidade eco-planetária pretende elaborar, executar e avaliar projetos que oportunizem aliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
3.4 Conteúdo:
- Etapas de elaboração do projeto ambiental.
- Construção teórica da situação-problema apresentada pelo curista.
- Potencialização de estratégias de uso de recursos e fontes de matéria-prima e energia.
- Planejamento de ações sustentáveis em no cotidiano pessoal e profissional do cursista.
- Execução de projeto ambiental em empresas ou organizações.
- Avaliação de resultados obtidos pela aplicação do projeto elaborado pelo cursista.
3.5 Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de projeto ambiental.
- aplicabilidade e resolutividade do projeto apresentado.
- resultados alcançados a partir da aplicação efetiva do projeto de trabalho.
1.1. Período de Realização
Início: 02/2009
Duração: ano letivo de 2009
1.2. Resumo
O tema Elaboração de projetos de sustentabilidade eco-planetária deseja oferecer oportunidades à comunidade, condições teóricas e metodológicas no sentido de elaborar e executar projetos de cunho ecológico aplicáveis ao cotidiano do educando e de sua família. Partindo de sua realidade pessoal, profissional e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família. Para tanto serão definidos e aplicados os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento econômico, sob as diferentes concepções: social, política, humana e ética. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade, a elaborar um projeto baseado em alguma situação-problema de seu cotidiano e executá-lo.
1.3. Objetivos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Organização de projeto ambiental considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e de gestão empresarial;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Aplicar projetos ambientais que solucionem total ou parcialmente determinada situação-problema.
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
3.3 Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas a sustentabilidade, reaproveitamento de materiais, utilização de materiais e energias alternativos e qualidade de vida. Partindo deste debate parte-se para a elaboração de projetos objetivos, aplicáveis e de boa resolutividade. Entretanto, o mais importante é a aplicação efetiva do projeto e análise dos resultados alcançados. Assim o curso de extensão Elaboração de projetos de sustentabilidade eco-planetária pretende elaborar, executar e avaliar projetos que oportunizem aliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
3.4 Conteúdo:
- Etapas de elaboração do projeto ambiental.
- Construção teórica da situação-problema apresentada pelo curista.
- Potencialização de estratégias de uso de recursos e fontes de matéria-prima e energia.
- Planejamento de ações sustentáveis em no cotidiano pessoal e profissional do cursista.
- Execução de projeto ambiental em empresas ou organizações.
- Avaliação de resultados obtidos pela aplicação do projeto elaborado pelo cursista.
3.5 Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de projeto ambiental.
- aplicabilidade e resolutividade do projeto apresentado.
- resultados alcançados a partir da aplicação efetiva do projeto de trabalho.
Plano de Curso de Biologia 2009
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS E METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO
Costuma-se imaginar a ciência como um conhecimento técnico, estático, produzido por mentes privilegiadas. De fato é um conhecimento técnico, porém o que lhe confere maior credibilidade histórica é o fato de ser flexível e emanar de cada sujeito. Imaginação, criatividade e curiosidade são expressões vivas do sujeito autor de sua própria formação Para tal não há privilégios, senão a inserção do sujeito no universo dos conceitos, dos saberes e da dinâmica de sua (re)construção. Ao longo do ano de 2007 percebeu-se a necessidade de educandos e educandas de se inserirem neste meio. Ao contrario do que se possa imaginar, nosso público não recebe grandes quantidades de saberes dos universos externo a escola (TV, jornais, Internet). Estes veículos lhe conferem informações, despidas de historicidade, contextualidade, vida. A escola deverá cumprir o papel de fazer o jovem perceber que cada fato tem uma razão de ser, uma lógica e uma dinâmica histórica, temporal.
Eis um dos grandes desafios da educação: fazer com que educandos(as) e educadores(as) revelem suas necessidades por saberes significativos, históricos, temporais, humanos e vivos. Assim, a educação, como eixo norteador da (trans)formação de um ser cidadão exige dos envolvidos no processo de sua execução laborativa, um comprometimento com o novo e desafiador. Neste contexto a disciplina de Biologia desempenha um papel de grande relevância, podendo contribuir sobremaneira na formação científica, tecnológica e crítica do indivíduo. Mais do que simplesmente oferecer conhecimentos é fundamental empreender no aluno condições para que este saiba o alcance destes. Uma análise de cunho epistemológico permite identificar ideologias e intenções que se cunham no cenário de processo educativo.
O Ensino de Biologia no ensino médio não deve ser encarado como um complemento do que se trata na disciplina de ciências no ensino fundamental, mas como uma nova etapa em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Perceber a vida como valor coletivo, planetário e essencial.
A disciplina de Biologia, assim como as demais do curso inevitavelmente também pode e deve oferecer subsídios para que o aluno possa dispor de conhecimentos que lhe permitam disputar vagas em diversos concursos, porém, que o faça de forma proveitosa, construtiva, humana e solidária.
Um aspecto importante é contemplar ou pelo menos buscar a trasndisciplinaridade que segundo D’Ambrósio (1999:32) é “um enfoque holístico ao conhecimento que procura levar a essa conseqüências e se apóia na recuperação de várias dimensões do ser humano para a compreensão do mundo na usa integralidade”. Assim, ao contrário do que se encontra nos livros didáticos, os conhecimentos são complexos saberes que fazem sentido e se expressam, na essência humana, como expressões de solidariedade, planetariedade e eticidade.
O desenvolver de um conteúdo proposto, deve acima de tudo despertar o interesse do aluno, inserindo o referido conteúdo no seu cotidiano, valendo-se de experiências vivenciadas pelos próprios alunos. Não se trata de cientificizar qualquer conhecimento ou informação. Mas com base neste tipo de trabalho desejamos iniciar um processo de aprendizagem em que o aluno construa seus próprios conceitos e leve para a sua realidade diária. Neste sentido a ciência permite que o cotidiano se torne mais compreendido e que ela mesma se torne mais acessível.
Como parte de um universo em constante mutação a educação e aqui de modo particular o ensino de Biologia, se alicerça na unidade entre os conteúdos trabalhados, dentro da própria disciplina e também com as outras do currículo. Na visão de D’Ambrósio a interdisciplinaridade é colocar diversos pássaros (disciplinas) numa mesma gaiola (currículo) e a transdisciplinaridade é soltar estes pássaros para que tomem os rumos que lhe são mais construtivos. Não podemos encarcerar o conhecimento por uma mera grade curricular, mas por um projeto que permita navegar e experimentar o novo.
O presente plano tem como propósito a busca constante da aproximação com outras áreas do conhecimento, alimentando-se de conceitos nelas encontrados, e a elas oferecer subsídios para que continuem sua caminhada rumo a um desenvolvimento científico dinâmico e contínuo. Neste sentido parafraseio Freire (2000) o qual afirma que a educação da resposta não ajuda em nada a curiosidade indispensável ao processo cognitivo. Ao contrário, ela enfatiza a memorização mecânica dos conteúdos, que não revela nenhum significado. É necessário estar sempre à espera de que um novo conhecimento surja, superando outro, que já tenha sido novo, envelheceu. Assim prender-se ao conteúdo livresco corre-se o risco de fazer o aluno redescobrir a roda.
As atividades de cunho transdisciplinar merecem um destaque especial no sentido de que elas devem servir de elo entre os conhecimentos e suas aplicações cotidianas. Assim, a Biologia não será apenas a disciplina que trata de assuntos referentes a natureza, mas também a ciência que em consórcio com um verdadeiro universo de produção do saber, passa a fomentar discussões de cunho social, econômico e político.
As discussões acima propostas exigem uma mudança de paradigmas, onde a escola não será apenas a repassadora de conteúdos prontos e acabados, mas a responsável direta por um enriquecimento contínuo do potencial de criatividade, curiosidade e criticidade.
O plano ora exposto fundamenta-se no que propõe a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com as experiências vividas, bem como nas informações angariadas em cursos de aperfeiçoamento recentemente realizados.
O desenvolvimento de atividades sócio-interativas, como viagens de estudos, feiras integradas, palestras e outros correspondem a algumas das atividades que seguramente nos permitem alcançar resultados mais promissores e que se adequam ao que propusemos.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
1a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Conhecer historicamente a biologia;
2. Entender o homem como ser biológico;
3. Identificar as principais aplicações do conhecimento em biologia;
4. Perceber ideologias e intenções no trato de determinados assuntos no livro didático;
5. Perceber a presença da biologia nas diversas áreas do conhecimento;
6. Identificar a presença de conhecimentos de outras áreas inseridos nos conteúdos de Biologia;
7. Compreender os diversos níveis de organização dos seres vivos;
8. Saber que os seres vivos podem ser classificados de acordo com muitos critérios;
9. Reconhecer a célula como uma estrutura de vida semi-independente;
10. Perceber a interação entre os diversos seres vivos e a contribuição disto na evolução.
11. Diferenciar os seres vivos pelo seu grau de complexidade;
12. Identificar os principais componentes químicos das células;
13. Conhecer os principais compostos que constituem um ser vivo;
14. Compreender as principais funções dos componentes químicos de uma célula e os mecanismos enzimáticos envolvidos;
15. Compreender as principais estruturas dos ácidos nucléicos;
16. Identificar a importância dos genes para a existência da vida no planeta;
17. Conhecer o mecanismo da fotossíntese;
18. Perceber a importância da produção energética durante a fotossíntese;
19. Compreender o mecanismo da respiração celular;
20. Identificar os principais meios de respiração encontrados entre os seres;
21. Perceber a célula como uma grande estrutura auto-organizativa;
22. Reconhecer a presença da membrana plasmática na célula;
23. Conhecer os mecanismos microscópicos de observação celular;
24. Diferenciar os principais tipos de membranas;
25. Determinar os principais componentes químicos das membranas celulares;
26. Compreender os principais mecanismos de transporte nas membranas;
27. Conhecer os mecanismos de pinocitose e fagocitose;
28. Identificar os seguintes organelas celulares: mitocôndrias, lisossomos, complexo golgiense, retículos endoplasmáticos, ribossomos, centríolos, cílios e flagelos, peroxissomos, hialoplasma, carioteca, nucleoplasma, nucléolo e cromatina, entre outras estruturas;
29. Compreender as principais funções metabólicas desempenhadas pelos elementos do item anterior;
30. Conhecer a importância da divisão celular nos principais tipos de organismos vivos;
31. Perceber o comportamento da célula durante a divisão celular;
32. Reconhecer as principais etapas da divisão celular;
33. Diferenciar mitose de meiose;
34. Conhecer o processo de duplicação cromossômica;
35. Determinar as características da meiose e os fenômenos de mutação e permutação que nela podem ocorrer;
36. Compreender a importância da variabilidade genética;
37. Identificar os principais tipos de tecidos do corpo humano;
38. Conhecer as principais características do câncer;
39. Compreender que o câncer é uma doença que apesar de genética pode ser evitada e ainda curada.
40. Identificar os principais órgãos reprodutores masculino e feminino;
41. Reconhecer o papel das gônadas nos indivíduos adultos;
42. Perceber a constante interação entre os diversos tipos de organelas e tecidos;
43. Caracterizar as principais síndromes e anomalias decorrentes de distúrbios gênicos em humanos.
1a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO – CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE • Conceituação de Biologia;
• Divisões de Biologia;
• Contribuições da Biologia em outras ciências;
• Insersão de conhecimentos de outras áreas na Biologia;
• Níveis de organização dos seres vivos;
• Noções preliminares de célula;
• Substâncias orgânicas e inorgânicas que constituem uma célula;
• Os principais componentes das células:
Carbono;
Hidrogênio;
Oxigênio;
Nitrogênio.
• Os principais compostos que constituem as células:
Protídios:
Enzimas;
Hormônios;
Outros.
Glicídios;
Lipídios;
SEGUNDO
BIMESTRE • Ácidos nucléicos;
• A descoberta dos gens;
• Mecanismo de produção de energia pela fotossíntese;
• Mecanismo de respiração celular;
• Os diferentes tipos de respiração celular;
• O desenvolvimento de estruturas orgânicas para a respiração celular;
• A interação entre os diversos mecanismos celulares;
• O comportamento da célula frente a implicações psicológicos;
• A capacidade organizativa da célula.
• Membrana plasmática;
• Os tipos de membrana presentes na célula;
• Funções da membrana plasmática na célula;
• Transporte ativo e transporte passivo;
• Fagocitose e pinocitose.
TERCEIRO
BIMESTRE • Funções dos seguintes organelas celulares:
Mitocôndria;
Complexo golgiense;
Lisossomos;
Retículos endoplasmáticos;
Ribossomos;
Peroxissomos;
Centríolos;
Cílios e Flagelos;
Hialoplasma;
Carioteca;
Cariolinfa;
Nucléolos;
Cromatina.
• Mecanismo das principais funções metabólicas;
• Divisão celular nos seres vivos;
• Características e etapas da mitose.
QUARTO
BIMESTRE • Os principais tipos de tecidos presentes no organismo humano;
• O fenômeno do câncer;
• Atitudes que podem evitar a doença
• Características da meiose;
• Definição de:
Síndrome da Down;
Síndrome de Turner;
Síndrome de Klineffelter;
• Aparelhos reprodutores masculino e feminino;
• As funções das gônadas;
• As etapas de uma gestação;
• Aborto espontâneo e provocado;
• Métodos contra-aceptivos;
• Aspectos éticos e morais do aborto e da contra-acepção.
2a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Reconhecer a diversidade de seres vivos;
2. Perceber as principais interações entre os seres vivos;
3. Saber que podem existir diversas maneiras de se classificar os seres vivos;
4. Conhecer o atual sistema de classificação de seres vivos (sistema de Linneu);
5. Identificar os principais táxons;
6. Perceber o sentido evolutivo da sistemática classificatória;
7. Identificar os principais reinos;
8. Conhecer as características de um vírus;
9. Abordar as principais doenças causadas por vírus;
10. Compreender as principais características de um monera;
11. Caracterizar os elementos do reino protista;
12. Perceber a presença dos fungos no meio biótico;
13. Diferenciar evolutivamente os seguintes grupos vegetais:
• Algas;
• Briófitos;
• Pteridófitos;
• Gimnospermas;
• Angiospermas.
14. Perceber a função ecológica de cada grupo estudado;
15. Identificar aspectos evolutivos que marcaram a grande diversidade destes indivíduos;
16. Compreender a lógica da sucessão ecológica;
17. Identificar as principais utilidades econômicas dos grupos acima citados;
18. Conhecer as principais estratégias para a exploração das matas, mares, rios e lagos e as implicações ideológicas envolvidas;
19. Reconhecer as relações estabelecidas com o reino animal;
20. Rever o processo de fotossíntese;
21. Compreender que num mesmo ser vivo inúmeros processos ocorrem simultaneamente e se tornam dependentes entre si;
22. Identificar os principais tipos de vegetais de nossa região e do Brasil;
23. Perceber a relação entre o tipo de vegetação e o tipo de solo;
24. Conhecer a exploração que se encarna na intenção de tornar a natureza útil ao homem.
25. Compreender a função decompositora dos fungos e bactérias;
26. Perceber a indispensabilidade de cada ser vivo no meio biótico;
27. Conhecer a ideologia que “justifica” o plantio dos transgênicos;
28. Identificar a real intenção da aceitação dos transgênicos.
29. Caracterizar o reino Animmalia;
30. Identificar os principais grupos de animais;
31. Reconhecer os principais grupos de invertebrados;
32. Perceber entre os invertebrados, aspectos evolutivos que os fizeram atingir a categoria dos vertebrados;
33. Compreender as principais relações ecológicas estabelecidas entre os grupos de invertebrados;
34. Perceber as características que diferenciam e assemelham os grandes grupos de invertebrados;
35. Justificar o grande número de alguns gêneros de invertebrados;
36. Identificar doenças causadas por alguns invertebrados;
37. Reconhecer alguns invertebrados de grande utilidade econômica;
38. Determinar o elo de ligação entre os vertebrados e os invertebrados;
39. Diferenciar os principais grupos de vertebrados;
40. Caracterizar cada grupo de vertebrados;
41. Identificar diferenças e semelhanças entre os grupos de vertebrados;
42. Reconhecer o homem como vertebrado;
43. Conhecer as principais utilidades ecológicas e econômicas dos vertebrados;
44. Perceber características evolutivas entre os principais vertebrados;
45. Determinar as principais relações estabelecidas entre os vertebrados e os demais grupos de seres vivos;
46. Compreender a distribuição dos animais na biosfera;
47. Conhecer a distribuição geográfica dos principais grupos de animais;
48. Perceber a manipulação humana sobre os outros animais;
49. Identificar algumas espécies de animais de nossa região;
50. Reconhecer alguns animais em extinção;
51. Compreender a lógica na linha de extinção natural.
2a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE
• Classificação dos seres vivos segundo Linneu;
• Os principais táxons;
• Características dos principais reinos;
• Identificação biológica de um vírus;
• As principais viroses;
• Características do reino monera;
• Doenças causadas por bactérias;
• Características dos protistas;
• Principais tipos de “algas” protistas;
• Principais grupos de protozoários;
• Doenças causadas por protozoários;
• Características dos fungos;
• A ação decompositora dos fungos e das bactérias;
• Mecanismos reprodutivos dos grupos estudados;
SEGUNDO
BIMESTRE
• Características dos seguintes grupos de vegetais:
Algas;
Briófitas;
Pteridófitas;
Gimnospermas;
Angiospermas.
• Utilidades econômicas e ecológicas de cada grupo;
• Aspectos evolutivos dos grupos;
• Relações estabelecidas entre os grupos;
• Importância de cada grupo na manutenção do equilíbrio ecológico;
• Relação entre estes grupos e os tipos de solo de cada região do Brasil;
• Os principais tipos de vegetais e fungos encontrados no nossa região;
• Características dos principais tipos de doenças causados por vírus, protozoários, bactérias e fungos.
• As relações entre o poder político e a exploração do meio ambiente;
• A massificação e o monopólio criado pelos transgênicos.
TERCEIRO
BIMESTRE
• Características gerais dos animais;
• Características dos seguintes grupos:
Poríferos;
Cnidários;
Platelmintos;
Nematelmintos;
Anelídeos;
Moluscos;
Artrópodes;
Equinodermes;
• Utilidades econômicas e ecológicas dos invertebrados;
• Doenças causadas por alguns invertebrados;
• Os invertebrados mais numerosos;
• Características dos seguintes grupos:
Protocordados;
Urocordados;
Cefalocordados;
• O elo de ligação entre os invertebrados e os vertebrados;
QUARTO
BIMESTRE • Características dos principais grupos de vertebrados:
Peixes: condríctes e osteíctes;
Anfíbios: ápodes, anuros e urudelos;
Répteis: ofídios, crocodilianos e quelônios;
Aves: ratitas e carinatas;
Mamíferos: monotrêmatos, marsupiais, cirênios, quirópteros, carnívoros, artiodátilos, pecilodáctilos, roedores, edentados, proboscídeos e mamíferos;
• Identificação de características evolutivas em cada grupo;
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vertebrados;
• Relações estabelecidas entre os principais elementos vertebrados.
3a SERIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Rever os principais conceitos relacionados a reprodução;
2. Identificar os principais mecanismos de reprodução sexuada;
3. Compreender a gametogênese masculina e feminina;
4. Rever os processos de mitose e meiose;
5. Diferenciar células diplóides de células haplóides;
6. Conhecer as principais estruturas componentes do material genético;
7. Compreender a lógica dos trabalhos de Mendel;
8. Identificar as características dos trabalhos de Mendel;
9. Caracterizar a primeira lei de Mendel;
10. Conceituar genótipo e fenótipo;
11. Conhecer a segunda lei de Mendel;
12. Identificar dominância incompleta e co-dominância;
13. Perceber a teoria de alelos múltiplos associada ao sistema ABO;
14. Compreender as interações alélicas e não-alélicas;
15. Identificar gens dominantes de recessivos;
16. Reconhecer alguns dos mais importantes tipos de relações gênicas presentes no ser humano;
17. Conhecer a teoria cromossômica da herança;
18. Identificar a importância do “crossing-over”;
19. Compreender os mecanismos de permutação;
20. Construir mapas gênicos;
21. Identificar os cromossomos sexuais;
22. Conhecer a teoria da cromatina sexual;
23. Compreender as principais síndromes e aberrações cromossômicas;
24. Caracterizar a engenharia genética como uma ciência presente no nosso cotidiano;
25. Perceber a importância do cultivo de colônias de bactérias e vírus para a descoberta de inúmeras propriedades genéticas dos seres vivos;
26. Conhecer o mecanismo de clonagem de moléculas e células;
27. Compreender a teoria dos transgênicos;
28. Conhecer as principais teorias da origem da vida;
29. Compreender as leis da evolução da vida;
30. Identificar os trabalhos de Lamarck e Darwin;
31. Compreender o sistema de identificação de fósseis;
32. Perceber os conceitos de anatomia comparada;
33. Conhecer os principais fatores evolutivos;
34. Identificar a ação da evolução nas espécies;
35. Perceber a ação evolutiva na espécie humana;
36. Conceituar adaptação;
37. Compreender os mecanismos de seleção natural;
38. Identificar o mecanismo de especiação;
39. Conhecer as influências dos diversos tipos de isolamento sobre a evolução das espécies;
40. Caracterizar o surgimento dos grandes grupos de seres vivos;
41. Compreender a teoria dos elos perdidos;
42. Perceber o caminho evolutivo humano;
43. Identificar as características que marcam o homem moderno;
44. Conhecer os caminhos do homem para chegar a América.
45. Conceituar ecologia;
46. Inserir o ser humano no contexto ecológico;
47. Identificar os níveis de organização ecológica;
48. Conceituar: população, comunidade, ecossistema e biosfera;
49. Diferenciar cadeia de teia alimentar;
50. Conceituar energia e seu fluxo;
51. Ciclos dos principais elementos constituintes dos seres vivos;
52. Compreender a teoria da dinâmica das populações;
53. Conceituar simbiose, comensalismo e parasitismo;
54. Diferenciar relações intra e interespecíficas;
55. Conceituar sucessão ecológica;
56. Conhecer os grandes biomas terrestres e brasileiros;
57. Identificar os principais biomas aquáticos;
58. Conhecer as principais ações humanas na biosfera;
3a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE • Principais tipos de reprodução;
• Reprodução humana;
• Idéias sobre hereditariedade;
• Composição química dos cromossomos;
• Mecanismos de duplicação cromossômica;
• Processos de divisão celular:
Mitose: formação de células diplóides – somáticas;
Meiose: formação de células haplóides – reprodutoras;
• História da genética;
• Trabalhos de Mendel;
• Definição de primeira lei de Mendel;
• Determinação de gens recessivos e de gens dominantes;
• Definição de genótipo e fenótipo;
• Conceituação de hibridismo;
• Noções de probabilidade;
• Definição de segunda lei de Mendel;
• Conceituação de segregação independente;
• Casos de dominância, dominância incompleta e co-dominância;
• Definição de alelos múltiplos;
• Sistema ABO;
• Interações gênicas;
• Teoria cromossômica da herança;
• Ligação gênica;
• Recombinação e permutação gênica;
• Mapeamento genético;
• Determinação cromossômica do sexo;
• Os diversos tipos de cromossomos sexuais;
• Características de:
Síndrome de Down;
Síndrome de Turner;
Síndrome de Klinefelter;
• Engenharia genética;
• Uso de bactérias e vírus em experimentos gênicos;
• Teoria da clonagem molecular e celular;
• Teoria dos tansgênicos;
SEGUNDO
BIMESTRE • Teorias da origem da vida:
Criacionismo ou fixismo;
Abiogênese ou geração espontânea;
Biogênese;
• Lei de Lamarck;
• Lei de Darwin;
• Comprovação da lei de Darwin pelos fósseis e pela anatomia comparada;
• Fatores evolutivos;
• Adaptação individual ou da espécie;
• Seleção natural;
• Especiação;
• Isolamentos e suas implicações evolutivas;
• A origem dos seguintes grupos de seres vivos:
Vírus e bactérias;
Plantas;
Animais invertebrados;
Animais vertebrados;
Tetrápodes: anfíbios, répteis, aves e mamíferos;
Evolução em primatas;
TERCEIRO
BIMESTRE
• O surgimento do Homo sapiens;
• Características do homem moderno;
• A chegada do homem a América;
• Conceito de ecologia;
• Conceituação de população, comunidade, ecossistema e biosfera;
• Teias e cadeias alimentares;
• Produção e fluxo de energia;
• Os principais ciclos da matéria;
• Fenômenos relacionados a populações;
• Simbiose;
• Relações e intraespecíficas: colônias e sociedade (harmônicas) e competição (desarmônica);
• Relações interespecíficas: protocooperação, inquilinismo, comensalismo e mutualismo (harmônicas) e amensalismo, herbivorismo, predatismo e parasitismo (desarmônicas);
• Sucessão ecológica;
QUARTO
BIMESTRE • Biomas terrestres:
Tundra;
Taigas;
Florestas temperadas;
Florestas pluviais tropicais;
Campos;
Desertos;
• Biomas brasileiros:
Floresta amazônica;
Mata atlântica;
Mata das araucárias;
Cerrado;
Campos;
Caatinga;
Mata dos cocais;
Pantanal mato-grossense;
• Biomas aquáticos;
• Ação humana na biosfera.
• Conceito de ecologia;
• Conceituação de população, comunidade, ecossistema e biosfera;
• Teias e cadeias alimentares;
• Produção e fluxo de energia;
• Os principais ciclos da matéria;
• Fenômenos relacionados a populações;
• Simbiose;
• Relações e intraespecíficas: colônias e sociedade (harmônicas) e competição (desarmônica);
• Relações interespecíficas: protocooperação, inquilinismo, comensalismo e mutualismo (harmônicas) e amensalismo, herbivorismo, predatismo e parasitismo (desarmônicas);
• Sucessão ecológica;
• Biomas terrestres:
Tundra;
Taigas;
Florestas temperadas;
Florestas pluviais tropicais;
Campos;
Desertos;
• Biomas brasileiros:
Floresta amazônica;
Mata atlântica;
Mata das araucárias;
Cerrado;
Campos;
Caatinga;
Mata dos cocais;
Pantanal mato-grossense;
• Biomas aquáticos;
• Ação humana na biosfera.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador um vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma Dias Sobrinho (2000:80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Biologia, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. 3ª ed. São Paulo: Olho d’água. 2000.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
SOBRINHO, José Dias. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MEIS, Leopoldo de. Ciência, educação e o conflito humano-tecnológico. 2ª edição. São Paulo: Editora SENAC, 2002.
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
SILVA, Vera Lúcia de Souza e. Estudo do vivo: saber, ser e viver na sala de aula. Blumenau: Nova letra, 2000.
Costuma-se imaginar a ciência como um conhecimento técnico, estático, produzido por mentes privilegiadas. De fato é um conhecimento técnico, porém o que lhe confere maior credibilidade histórica é o fato de ser flexível e emanar de cada sujeito. Imaginação, criatividade e curiosidade são expressões vivas do sujeito autor de sua própria formação Para tal não há privilégios, senão a inserção do sujeito no universo dos conceitos, dos saberes e da dinâmica de sua (re)construção. Ao longo do ano de 2007 percebeu-se a necessidade de educandos e educandas de se inserirem neste meio. Ao contrario do que se possa imaginar, nosso público não recebe grandes quantidades de saberes dos universos externo a escola (TV, jornais, Internet). Estes veículos lhe conferem informações, despidas de historicidade, contextualidade, vida. A escola deverá cumprir o papel de fazer o jovem perceber que cada fato tem uma razão de ser, uma lógica e uma dinâmica histórica, temporal.
Eis um dos grandes desafios da educação: fazer com que educandos(as) e educadores(as) revelem suas necessidades por saberes significativos, históricos, temporais, humanos e vivos. Assim, a educação, como eixo norteador da (trans)formação de um ser cidadão exige dos envolvidos no processo de sua execução laborativa, um comprometimento com o novo e desafiador. Neste contexto a disciplina de Biologia desempenha um papel de grande relevância, podendo contribuir sobremaneira na formação científica, tecnológica e crítica do indivíduo. Mais do que simplesmente oferecer conhecimentos é fundamental empreender no aluno condições para que este saiba o alcance destes. Uma análise de cunho epistemológico permite identificar ideologias e intenções que se cunham no cenário de processo educativo.
O Ensino de Biologia no ensino médio não deve ser encarado como um complemento do que se trata na disciplina de ciências no ensino fundamental, mas como uma nova etapa em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Perceber a vida como valor coletivo, planetário e essencial.
A disciplina de Biologia, assim como as demais do curso inevitavelmente também pode e deve oferecer subsídios para que o aluno possa dispor de conhecimentos que lhe permitam disputar vagas em diversos concursos, porém, que o faça de forma proveitosa, construtiva, humana e solidária.
Um aspecto importante é contemplar ou pelo menos buscar a trasndisciplinaridade que segundo D’Ambrósio (1999:32) é “um enfoque holístico ao conhecimento que procura levar a essa conseqüências e se apóia na recuperação de várias dimensões do ser humano para a compreensão do mundo na usa integralidade”. Assim, ao contrário do que se encontra nos livros didáticos, os conhecimentos são complexos saberes que fazem sentido e se expressam, na essência humana, como expressões de solidariedade, planetariedade e eticidade.
O desenvolver de um conteúdo proposto, deve acima de tudo despertar o interesse do aluno, inserindo o referido conteúdo no seu cotidiano, valendo-se de experiências vivenciadas pelos próprios alunos. Não se trata de cientificizar qualquer conhecimento ou informação. Mas com base neste tipo de trabalho desejamos iniciar um processo de aprendizagem em que o aluno construa seus próprios conceitos e leve para a sua realidade diária. Neste sentido a ciência permite que o cotidiano se torne mais compreendido e que ela mesma se torne mais acessível.
Como parte de um universo em constante mutação a educação e aqui de modo particular o ensino de Biologia, se alicerça na unidade entre os conteúdos trabalhados, dentro da própria disciplina e também com as outras do currículo. Na visão de D’Ambrósio a interdisciplinaridade é colocar diversos pássaros (disciplinas) numa mesma gaiola (currículo) e a transdisciplinaridade é soltar estes pássaros para que tomem os rumos que lhe são mais construtivos. Não podemos encarcerar o conhecimento por uma mera grade curricular, mas por um projeto que permita navegar e experimentar o novo.
O presente plano tem como propósito a busca constante da aproximação com outras áreas do conhecimento, alimentando-se de conceitos nelas encontrados, e a elas oferecer subsídios para que continuem sua caminhada rumo a um desenvolvimento científico dinâmico e contínuo. Neste sentido parafraseio Freire (2000) o qual afirma que a educação da resposta não ajuda em nada a curiosidade indispensável ao processo cognitivo. Ao contrário, ela enfatiza a memorização mecânica dos conteúdos, que não revela nenhum significado. É necessário estar sempre à espera de que um novo conhecimento surja, superando outro, que já tenha sido novo, envelheceu. Assim prender-se ao conteúdo livresco corre-se o risco de fazer o aluno redescobrir a roda.
As atividades de cunho transdisciplinar merecem um destaque especial no sentido de que elas devem servir de elo entre os conhecimentos e suas aplicações cotidianas. Assim, a Biologia não será apenas a disciplina que trata de assuntos referentes a natureza, mas também a ciência que em consórcio com um verdadeiro universo de produção do saber, passa a fomentar discussões de cunho social, econômico e político.
As discussões acima propostas exigem uma mudança de paradigmas, onde a escola não será apenas a repassadora de conteúdos prontos e acabados, mas a responsável direta por um enriquecimento contínuo do potencial de criatividade, curiosidade e criticidade.
O plano ora exposto fundamenta-se no que propõe a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e com as experiências vividas, bem como nas informações angariadas em cursos de aperfeiçoamento recentemente realizados.
O desenvolvimento de atividades sócio-interativas, como viagens de estudos, feiras integradas, palestras e outros correspondem a algumas das atividades que seguramente nos permitem alcançar resultados mais promissores e que se adequam ao que propusemos.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
1a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Conhecer historicamente a biologia;
2. Entender o homem como ser biológico;
3. Identificar as principais aplicações do conhecimento em biologia;
4. Perceber ideologias e intenções no trato de determinados assuntos no livro didático;
5. Perceber a presença da biologia nas diversas áreas do conhecimento;
6. Identificar a presença de conhecimentos de outras áreas inseridos nos conteúdos de Biologia;
7. Compreender os diversos níveis de organização dos seres vivos;
8. Saber que os seres vivos podem ser classificados de acordo com muitos critérios;
9. Reconhecer a célula como uma estrutura de vida semi-independente;
10. Perceber a interação entre os diversos seres vivos e a contribuição disto na evolução.
11. Diferenciar os seres vivos pelo seu grau de complexidade;
12. Identificar os principais componentes químicos das células;
13. Conhecer os principais compostos que constituem um ser vivo;
14. Compreender as principais funções dos componentes químicos de uma célula e os mecanismos enzimáticos envolvidos;
15. Compreender as principais estruturas dos ácidos nucléicos;
16. Identificar a importância dos genes para a existência da vida no planeta;
17. Conhecer o mecanismo da fotossíntese;
18. Perceber a importância da produção energética durante a fotossíntese;
19. Compreender o mecanismo da respiração celular;
20. Identificar os principais meios de respiração encontrados entre os seres;
21. Perceber a célula como uma grande estrutura auto-organizativa;
22. Reconhecer a presença da membrana plasmática na célula;
23. Conhecer os mecanismos microscópicos de observação celular;
24. Diferenciar os principais tipos de membranas;
25. Determinar os principais componentes químicos das membranas celulares;
26. Compreender os principais mecanismos de transporte nas membranas;
27. Conhecer os mecanismos de pinocitose e fagocitose;
28. Identificar os seguintes organelas celulares: mitocôndrias, lisossomos, complexo golgiense, retículos endoplasmáticos, ribossomos, centríolos, cílios e flagelos, peroxissomos, hialoplasma, carioteca, nucleoplasma, nucléolo e cromatina, entre outras estruturas;
29. Compreender as principais funções metabólicas desempenhadas pelos elementos do item anterior;
30. Conhecer a importância da divisão celular nos principais tipos de organismos vivos;
31. Perceber o comportamento da célula durante a divisão celular;
32. Reconhecer as principais etapas da divisão celular;
33. Diferenciar mitose de meiose;
34. Conhecer o processo de duplicação cromossômica;
35. Determinar as características da meiose e os fenômenos de mutação e permutação que nela podem ocorrer;
36. Compreender a importância da variabilidade genética;
37. Identificar os principais tipos de tecidos do corpo humano;
38. Conhecer as principais características do câncer;
39. Compreender que o câncer é uma doença que apesar de genética pode ser evitada e ainda curada.
40. Identificar os principais órgãos reprodutores masculino e feminino;
41. Reconhecer o papel das gônadas nos indivíduos adultos;
42. Perceber a constante interação entre os diversos tipos de organelas e tecidos;
43. Caracterizar as principais síndromes e anomalias decorrentes de distúrbios gênicos em humanos.
1a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO – CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE • Conceituação de Biologia;
• Divisões de Biologia;
• Contribuições da Biologia em outras ciências;
• Insersão de conhecimentos de outras áreas na Biologia;
• Níveis de organização dos seres vivos;
• Noções preliminares de célula;
• Substâncias orgânicas e inorgânicas que constituem uma célula;
• Os principais componentes das células:
Carbono;
Hidrogênio;
Oxigênio;
Nitrogênio.
• Os principais compostos que constituem as células:
Protídios:
Enzimas;
Hormônios;
Outros.
Glicídios;
Lipídios;
SEGUNDO
BIMESTRE • Ácidos nucléicos;
• A descoberta dos gens;
• Mecanismo de produção de energia pela fotossíntese;
• Mecanismo de respiração celular;
• Os diferentes tipos de respiração celular;
• O desenvolvimento de estruturas orgânicas para a respiração celular;
• A interação entre os diversos mecanismos celulares;
• O comportamento da célula frente a implicações psicológicos;
• A capacidade organizativa da célula.
• Membrana plasmática;
• Os tipos de membrana presentes na célula;
• Funções da membrana plasmática na célula;
• Transporte ativo e transporte passivo;
• Fagocitose e pinocitose.
TERCEIRO
BIMESTRE • Funções dos seguintes organelas celulares:
Mitocôndria;
Complexo golgiense;
Lisossomos;
Retículos endoplasmáticos;
Ribossomos;
Peroxissomos;
Centríolos;
Cílios e Flagelos;
Hialoplasma;
Carioteca;
Cariolinfa;
Nucléolos;
Cromatina.
• Mecanismo das principais funções metabólicas;
• Divisão celular nos seres vivos;
• Características e etapas da mitose.
QUARTO
BIMESTRE • Os principais tipos de tecidos presentes no organismo humano;
• O fenômeno do câncer;
• Atitudes que podem evitar a doença
• Características da meiose;
• Definição de:
Síndrome da Down;
Síndrome de Turner;
Síndrome de Klineffelter;
• Aparelhos reprodutores masculino e feminino;
• As funções das gônadas;
• As etapas de uma gestação;
• Aborto espontâneo e provocado;
• Métodos contra-aceptivos;
• Aspectos éticos e morais do aborto e da contra-acepção.
2a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Reconhecer a diversidade de seres vivos;
2. Perceber as principais interações entre os seres vivos;
3. Saber que podem existir diversas maneiras de se classificar os seres vivos;
4. Conhecer o atual sistema de classificação de seres vivos (sistema de Linneu);
5. Identificar os principais táxons;
6. Perceber o sentido evolutivo da sistemática classificatória;
7. Identificar os principais reinos;
8. Conhecer as características de um vírus;
9. Abordar as principais doenças causadas por vírus;
10. Compreender as principais características de um monera;
11. Caracterizar os elementos do reino protista;
12. Perceber a presença dos fungos no meio biótico;
13. Diferenciar evolutivamente os seguintes grupos vegetais:
• Algas;
• Briófitos;
• Pteridófitos;
• Gimnospermas;
• Angiospermas.
14. Perceber a função ecológica de cada grupo estudado;
15. Identificar aspectos evolutivos que marcaram a grande diversidade destes indivíduos;
16. Compreender a lógica da sucessão ecológica;
17. Identificar as principais utilidades econômicas dos grupos acima citados;
18. Conhecer as principais estratégias para a exploração das matas, mares, rios e lagos e as implicações ideológicas envolvidas;
19. Reconhecer as relações estabelecidas com o reino animal;
20. Rever o processo de fotossíntese;
21. Compreender que num mesmo ser vivo inúmeros processos ocorrem simultaneamente e se tornam dependentes entre si;
22. Identificar os principais tipos de vegetais de nossa região e do Brasil;
23. Perceber a relação entre o tipo de vegetação e o tipo de solo;
24. Conhecer a exploração que se encarna na intenção de tornar a natureza útil ao homem.
25. Compreender a função decompositora dos fungos e bactérias;
26. Perceber a indispensabilidade de cada ser vivo no meio biótico;
27. Conhecer a ideologia que “justifica” o plantio dos transgênicos;
28. Identificar a real intenção da aceitação dos transgênicos.
29. Caracterizar o reino Animmalia;
30. Identificar os principais grupos de animais;
31. Reconhecer os principais grupos de invertebrados;
32. Perceber entre os invertebrados, aspectos evolutivos que os fizeram atingir a categoria dos vertebrados;
33. Compreender as principais relações ecológicas estabelecidas entre os grupos de invertebrados;
34. Perceber as características que diferenciam e assemelham os grandes grupos de invertebrados;
35. Justificar o grande número de alguns gêneros de invertebrados;
36. Identificar doenças causadas por alguns invertebrados;
37. Reconhecer alguns invertebrados de grande utilidade econômica;
38. Determinar o elo de ligação entre os vertebrados e os invertebrados;
39. Diferenciar os principais grupos de vertebrados;
40. Caracterizar cada grupo de vertebrados;
41. Identificar diferenças e semelhanças entre os grupos de vertebrados;
42. Reconhecer o homem como vertebrado;
43. Conhecer as principais utilidades ecológicas e econômicas dos vertebrados;
44. Perceber características evolutivas entre os principais vertebrados;
45. Determinar as principais relações estabelecidas entre os vertebrados e os demais grupos de seres vivos;
46. Compreender a distribuição dos animais na biosfera;
47. Conhecer a distribuição geográfica dos principais grupos de animais;
48. Perceber a manipulação humana sobre os outros animais;
49. Identificar algumas espécies de animais de nossa região;
50. Reconhecer alguns animais em extinção;
51. Compreender a lógica na linha de extinção natural.
2a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE
• Classificação dos seres vivos segundo Linneu;
• Os principais táxons;
• Características dos principais reinos;
• Identificação biológica de um vírus;
• As principais viroses;
• Características do reino monera;
• Doenças causadas por bactérias;
• Características dos protistas;
• Principais tipos de “algas” protistas;
• Principais grupos de protozoários;
• Doenças causadas por protozoários;
• Características dos fungos;
• A ação decompositora dos fungos e das bactérias;
• Mecanismos reprodutivos dos grupos estudados;
SEGUNDO
BIMESTRE
• Características dos seguintes grupos de vegetais:
Algas;
Briófitas;
Pteridófitas;
Gimnospermas;
Angiospermas.
• Utilidades econômicas e ecológicas de cada grupo;
• Aspectos evolutivos dos grupos;
• Relações estabelecidas entre os grupos;
• Importância de cada grupo na manutenção do equilíbrio ecológico;
• Relação entre estes grupos e os tipos de solo de cada região do Brasil;
• Os principais tipos de vegetais e fungos encontrados no nossa região;
• Características dos principais tipos de doenças causados por vírus, protozoários, bactérias e fungos.
• As relações entre o poder político e a exploração do meio ambiente;
• A massificação e o monopólio criado pelos transgênicos.
TERCEIRO
BIMESTRE
• Características gerais dos animais;
• Características dos seguintes grupos:
Poríferos;
Cnidários;
Platelmintos;
Nematelmintos;
Anelídeos;
Moluscos;
Artrópodes;
Equinodermes;
• Utilidades econômicas e ecológicas dos invertebrados;
• Doenças causadas por alguns invertebrados;
• Os invertebrados mais numerosos;
• Características dos seguintes grupos:
Protocordados;
Urocordados;
Cefalocordados;
• O elo de ligação entre os invertebrados e os vertebrados;
QUARTO
BIMESTRE • Características dos principais grupos de vertebrados:
Peixes: condríctes e osteíctes;
Anfíbios: ápodes, anuros e urudelos;
Répteis: ofídios, crocodilianos e quelônios;
Aves: ratitas e carinatas;
Mamíferos: monotrêmatos, marsupiais, cirênios, quirópteros, carnívoros, artiodátilos, pecilodáctilos, roedores, edentados, proboscídeos e mamíferos;
• Identificação de características evolutivas em cada grupo;
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vertebrados;
• Relações estabelecidas entre os principais elementos vertebrados.
3a SERIE DO ENSINO MÉDIO
OBJETIVOS
1. Rever os principais conceitos relacionados a reprodução;
2. Identificar os principais mecanismos de reprodução sexuada;
3. Compreender a gametogênese masculina e feminina;
4. Rever os processos de mitose e meiose;
5. Diferenciar células diplóides de células haplóides;
6. Conhecer as principais estruturas componentes do material genético;
7. Compreender a lógica dos trabalhos de Mendel;
8. Identificar as características dos trabalhos de Mendel;
9. Caracterizar a primeira lei de Mendel;
10. Conceituar genótipo e fenótipo;
11. Conhecer a segunda lei de Mendel;
12. Identificar dominância incompleta e co-dominância;
13. Perceber a teoria de alelos múltiplos associada ao sistema ABO;
14. Compreender as interações alélicas e não-alélicas;
15. Identificar gens dominantes de recessivos;
16. Reconhecer alguns dos mais importantes tipos de relações gênicas presentes no ser humano;
17. Conhecer a teoria cromossômica da herança;
18. Identificar a importância do “crossing-over”;
19. Compreender os mecanismos de permutação;
20. Construir mapas gênicos;
21. Identificar os cromossomos sexuais;
22. Conhecer a teoria da cromatina sexual;
23. Compreender as principais síndromes e aberrações cromossômicas;
24. Caracterizar a engenharia genética como uma ciência presente no nosso cotidiano;
25. Perceber a importância do cultivo de colônias de bactérias e vírus para a descoberta de inúmeras propriedades genéticas dos seres vivos;
26. Conhecer o mecanismo de clonagem de moléculas e células;
27. Compreender a teoria dos transgênicos;
28. Conhecer as principais teorias da origem da vida;
29. Compreender as leis da evolução da vida;
30. Identificar os trabalhos de Lamarck e Darwin;
31. Compreender o sistema de identificação de fósseis;
32. Perceber os conceitos de anatomia comparada;
33. Conhecer os principais fatores evolutivos;
34. Identificar a ação da evolução nas espécies;
35. Perceber a ação evolutiva na espécie humana;
36. Conceituar adaptação;
37. Compreender os mecanismos de seleção natural;
38. Identificar o mecanismo de especiação;
39. Conhecer as influências dos diversos tipos de isolamento sobre a evolução das espécies;
40. Caracterizar o surgimento dos grandes grupos de seres vivos;
41. Compreender a teoria dos elos perdidos;
42. Perceber o caminho evolutivo humano;
43. Identificar as características que marcam o homem moderno;
44. Conhecer os caminhos do homem para chegar a América.
45. Conceituar ecologia;
46. Inserir o ser humano no contexto ecológico;
47. Identificar os níveis de organização ecológica;
48. Conceituar: população, comunidade, ecossistema e biosfera;
49. Diferenciar cadeia de teia alimentar;
50. Conceituar energia e seu fluxo;
51. Ciclos dos principais elementos constituintes dos seres vivos;
52. Compreender a teoria da dinâmica das populações;
53. Conceituar simbiose, comensalismo e parasitismo;
54. Diferenciar relações intra e interespecíficas;
55. Conceituar sucessão ecológica;
56. Conhecer os grandes biomas terrestres e brasileiros;
57. Identificar os principais biomas aquáticos;
58. Conhecer as principais ações humanas na biosfera;
3a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDOS
PRIMEIRO
BIMESTRE • Principais tipos de reprodução;
• Reprodução humana;
• Idéias sobre hereditariedade;
• Composição química dos cromossomos;
• Mecanismos de duplicação cromossômica;
• Processos de divisão celular:
Mitose: formação de células diplóides – somáticas;
Meiose: formação de células haplóides – reprodutoras;
• História da genética;
• Trabalhos de Mendel;
• Definição de primeira lei de Mendel;
• Determinação de gens recessivos e de gens dominantes;
• Definição de genótipo e fenótipo;
• Conceituação de hibridismo;
• Noções de probabilidade;
• Definição de segunda lei de Mendel;
• Conceituação de segregação independente;
• Casos de dominância, dominância incompleta e co-dominância;
• Definição de alelos múltiplos;
• Sistema ABO;
• Interações gênicas;
• Teoria cromossômica da herança;
• Ligação gênica;
• Recombinação e permutação gênica;
• Mapeamento genético;
• Determinação cromossômica do sexo;
• Os diversos tipos de cromossomos sexuais;
• Características de:
Síndrome de Down;
Síndrome de Turner;
Síndrome de Klinefelter;
• Engenharia genética;
• Uso de bactérias e vírus em experimentos gênicos;
• Teoria da clonagem molecular e celular;
• Teoria dos tansgênicos;
SEGUNDO
BIMESTRE • Teorias da origem da vida:
Criacionismo ou fixismo;
Abiogênese ou geração espontânea;
Biogênese;
• Lei de Lamarck;
• Lei de Darwin;
• Comprovação da lei de Darwin pelos fósseis e pela anatomia comparada;
• Fatores evolutivos;
• Adaptação individual ou da espécie;
• Seleção natural;
• Especiação;
• Isolamentos e suas implicações evolutivas;
• A origem dos seguintes grupos de seres vivos:
Vírus e bactérias;
Plantas;
Animais invertebrados;
Animais vertebrados;
Tetrápodes: anfíbios, répteis, aves e mamíferos;
Evolução em primatas;
TERCEIRO
BIMESTRE
• O surgimento do Homo sapiens;
• Características do homem moderno;
• A chegada do homem a América;
• Conceito de ecologia;
• Conceituação de população, comunidade, ecossistema e biosfera;
• Teias e cadeias alimentares;
• Produção e fluxo de energia;
• Os principais ciclos da matéria;
• Fenômenos relacionados a populações;
• Simbiose;
• Relações e intraespecíficas: colônias e sociedade (harmônicas) e competição (desarmônica);
• Relações interespecíficas: protocooperação, inquilinismo, comensalismo e mutualismo (harmônicas) e amensalismo, herbivorismo, predatismo e parasitismo (desarmônicas);
• Sucessão ecológica;
QUARTO
BIMESTRE • Biomas terrestres:
Tundra;
Taigas;
Florestas temperadas;
Florestas pluviais tropicais;
Campos;
Desertos;
• Biomas brasileiros:
Floresta amazônica;
Mata atlântica;
Mata das araucárias;
Cerrado;
Campos;
Caatinga;
Mata dos cocais;
Pantanal mato-grossense;
• Biomas aquáticos;
• Ação humana na biosfera.
• Conceito de ecologia;
• Conceituação de população, comunidade, ecossistema e biosfera;
• Teias e cadeias alimentares;
• Produção e fluxo de energia;
• Os principais ciclos da matéria;
• Fenômenos relacionados a populações;
• Simbiose;
• Relações e intraespecíficas: colônias e sociedade (harmônicas) e competição (desarmônica);
• Relações interespecíficas: protocooperação, inquilinismo, comensalismo e mutualismo (harmônicas) e amensalismo, herbivorismo, predatismo e parasitismo (desarmônicas);
• Sucessão ecológica;
• Biomas terrestres:
Tundra;
Taigas;
Florestas temperadas;
Florestas pluviais tropicais;
Campos;
Desertos;
• Biomas brasileiros:
Floresta amazônica;
Mata atlântica;
Mata das araucárias;
Cerrado;
Campos;
Caatinga;
Mata dos cocais;
Pantanal mato-grossense;
• Biomas aquáticos;
• Ação humana na biosfera.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador um vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma Dias Sobrinho (2000:80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Biologia, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. 3ª ed. São Paulo: Olho d’água. 2000.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
SOBRINHO, José Dias. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MEIS, Leopoldo de. Ciência, educação e o conflito humano-tecnológico. 2ª edição. São Paulo: Editora SENAC, 2002.
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
SILVA, Vera Lúcia de Souza e. Estudo do vivo: saber, ser e viver na sala de aula. Blumenau: Nova letra, 2000.
Plano de Curso de Ciências 2009
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
O ensino como um todo traduz uma potencialidade criativa de promover uma ação efetiva em favor de uma (trans)formação antropo-social. Este propósito se torna ainda mais eminente no processo de discussão dos temas e conceitos relativos à disciplina de ciências. Esta disciplina caracteriza-se por despertar uma certa curiosidade “natural” derivada de conhecimentos do senso comum.
Há uma tendência em se imaginar popularmente que a ciência (disciplina) tem por “obrigação” explicar fenômenos. Isto facilita o processo por um aspecto, pois já há uma tendência a se buscar este conhecimento, e por outro aspecto gera uma responsabilidade ainda maior, pelo fato de tratar de tópicos, fenômenos e conceitos muito próximos da realidade cotidiana. As afirmativas anteriores, não tendem a supor que as outras áreas do saber não tenha as mesmas características citadas. O que se pretende é afirmar que tem-se um contexto muito particular, com o qual deve-se contar. Cabe ao educador e a educadora permitir que o saber seja tratado de forma próxima ao cotidiano do educando e da educanda. De acordo com FROTA-PESSOA, GEVERTZ e SILVA (1979, p. 62)
“Outro vicio das aulas tradicionais de ciências é que o professor se interpõe entre a natureza e o aluno, cuidando servir de interprete; mas consegue apenas funcionar como barreira que oculta ou deforma a realidade”.
Dito isto, cumpre-nos dizer que o ensino de ciências (assim como o ensino em geral) é por excelência uma atitude de comprometimento e reflexão sobre a condição do homem e da mulher no planeta. Não se trata meramente do trato de fenômenos naturais, de fundo ambientalista, mas numa compreensão ecológica da realidade em que vivemos. Esta tendência carrega consigo discussões de ordem social, política, econômica e antropológica, uma vez que estudos atuais vem percebendo que os problemas ambientais são amplamente multidisciplinares. Não cabe mais uma discussão compartimentalizada, mas um estudo transdisciplinar, envolvendo a complexidade e a ética do saber numa profundidade necessária e essencial a este propósito.
O Ensino de ciências no ensino fundamental não deve ser encarado como um complemento do que se trata em outras disciplinas, mas como uma proposta, em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais, antropológicas e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Assim contempla-se uma série de necessidades de toda a comunidade escolar. De acordo com D’AMBRÓSIO (1999, p. 15)
“... o professor deve subordinar sua disciplina, em particular os conteúdos, aos objetivos da educação e não subordinar a educação aos objetivos, à transmissão e aos avanços de sua disciplina. O aprendiz deve ser, como indivíduo, o determinante do conhecimento que lhe é transmitido”.
Isto não deve implicar, no entanto, numa renúncia à função da educadora e do educador, mas ao contrário, deve representar um passo decisivo em favor de uma educação impactante e comprometida. Uma outra expectativa criada diz respeito à necessidade de executar atividades experimentais no sentido de comprovar, testar e experimentar conceitos. Mas a experimentação não representa a compreensão de tal conceito, apenas permite uma fixação e conhecimento mais conforme afirma GURGEL (2000, p.20-1) quando diz que
“...não basta a aplicação de mecanismos mais amplos e completos para mudar e/ou inovar as práticas laboratoriais. É necessário ir além, sobretudo, com apoio das referências filosóficas e históricas da ciência, para entendermos o que se quer pesquisar,como, porque e, ainda, para que servirão os resultados da investigação. Esta dimensão vai possibilitar uma visão complexa, global (ou holística) dos problemas e ainda, uma ampliação da percepção critica sobre o método científico de alunos e professores frente às práticas experimentais da Física, porque o conhecimento cientifico não se constrói a partir do nada, ao contrário, ele apresenta um caráter social e histórico que deve ser levado em conta no processo ensino-aprendizagem”.
O resgate histórico de diferentes conceitos permitirá que se alcance um determinado grau de complexidade, que permite identificar razões para compreender o conhecimento tal qual temos hoje.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
5ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Identificação dos conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos;
• Conhecimento popular e conhecimento científico;
• O conhecimento científico como fruto de um processo histórico;
• Implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
• Identificação dos elementos transformadores de novos conceitos;
• Os seres vivos e o meio ambiente:
Relações de dependência;
Inter-relações e sobrevivência;
Intervenções ambientais;
• A terra e a vida:
Conceituação de vida;
Implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
Intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
Ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
Ecossistema: onde a vida acontece;
Ecossistema: um espaço de interação e transformação orgânica;
• Cadeias alimentares: a transferência de materia e energia num ambiente.
• As relações entre os seres vivos – Harmônicas e Desarmônicas .
2º Bimestre
• Alterações do ambiente:
Intervenção antrópica;
Fenômenos ecológicos “naturais”;
Processos de “acomodação” ambiental.
• Estudo do ar:
Poluição e suas modalidades;
Aplicações à física e à execução de atividades humanas;
Elemento fundamental para a respiração humana.
• Importância do solo
Utilização agrícola do solo;
Elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
A necessidades de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
Formas de proteção do solo e preservação de recursos.
• Importância da água:
Inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
Formas de poluição;
Principais fontes e locais de armazenamento;
Fenômenos climáticos relacionados à água.
• Reino das plantas:
Características exclusivas dos vegetais;
Diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
Relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
• Os grandes grupos vegetais:
Algas pluricelulares;
Briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
Gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
• Estudo da raiz:
Estruturas principais de uma raiz;
Diferentes tipos de raízes;
Utilidades fisiológicas das raízes;
Utilidades econômicas das raízes;
Utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo do caule:
Estruturas principais de um caule;
Diferentes tipos de caules;
Utilidades fisiológicas dos caules;
Importância da seiva para o vegetais;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da folha:
Estruturas principais de uma folha;
Diferentes tipos de folhas;
Utilidades fisiológicas das folhas;
Importância da fotossíntese para os vegetais;
Importância da fotossíntese para a vida no planeta;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da flor:
Estruturas principais de uma flor;
Diferentes tipos de flores;
Utilidades fisiológicas folhas;
Processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
Importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
Utilidades econômicas das flores;
• Estudo do fruto:
Estruturas principais de um fruto;
Diferentes tipos de frutos;
Utilidades fisiológicas dos frutos;
Formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
O fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
• Estudo da semente:
Estruturas principais de uma semente;
Diferentes tipos de sementes;
Utilidades fisiológicas sementes;
Utilidades econômicas das sementes;
Valores alimentares das sementes;
• Germinação como processo de formação de um novo vegetal;
• Os vegetais e o homem
• A distribuição da vida na biosfera
• Preservação da fauna e da flora
5ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Identificar os conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos dos próprios alunos;
- Diferenciar conhecimento popular e conhecimento científico;
- Compreender o conhecimento científico como fruto de um processo histórico de construção múltipla;
- Perceber as implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
- Identificar os elementos transformadores de novos conceitos;
- Determinar as relações entre os seres vivos e o meio ambiente;
- Identificar as relações de dependência entre os seres vivos;
- Perceber as inter-relações e sobrevivência;
- Reconhecer as principais intervenções ambientais;
- Compreender as relações entre a terra e a vida;
- Conceituar vida;
- Determinar as implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
- Reconhecer as intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
- Perceber a ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
- Reconhecer um ecossistema como sendo o local onde a vida acontece;
- Identificar um ecossistema como um espaço de interação e transformação orgânica;
- Compreender os fenômenos de cadeias alimentares: transferência de materia e energia num ambiente;
- Diferenciar as relações entre os seres vivos em harmônicas e desarmônicas;
2º Bimestre
- Perceber as principais alterações do ambiente:
- Reconhecer as principais formas de intervenção antrópica;
- Compreender os fenômenos ecológicos “naturais”;
- Reconhecer os processos de “acomodação” ambiental.
- Aprimorar o estudo do ar;
- Reconhecer as causas de poluição e suas modalidades;
- Perceber as aplicações à física e à execução de atividades humanas;
- Compreender o ar como elemento fundamental para a respiração humana.
- Identificar a importância do solo;
- Apontar a utilização agrícola do solo;
- Identificar os elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
- Esclarecer a necessidade de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
- Apontar as formas de proteção do solo e preservação de recursos.
- Reconhecer a importância da água;
- compreender a inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
- Identificar as mais variadas formas de poluição;
- Reconhecer as principais fontes e locais de armazenamento;
- Descrever os fenômenos climáticos relacionados à água.
- Conceituar reino das plantas;
- Enumerar as características exclusivas dos vegetais;
- Apontar as diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
- Descrever a relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
- Diferenciar os grandes grupos vegetais;
- Caracterizar algas pluricelulares;
- Compreender briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
- Diferenciar gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
- Caracterizar raiz;
- Identificar as estruturas principais de uma raiz;
- Diferenciar os tipos de raízes;
- Compreender as utilidades fisiológicas das raízes;
- Perceber as utilidades econômicas das raízes;
- Enunciar a utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa;
- Descrever o estudo do caule;
- Identificar as estruturas principais de um caule;
- Reconhecer os diferentes tipos de caules;
- Compreender as utilidades fisiológicas dos caules;
- Descrever a importância da seiva para o vegetais;
- Enumerar as utilidades econômicas dos caules;
- Compreender a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Enunciar o estudo da folha;
- Diferenciar as estruturas principais de uma folha;
- Reconhecer os diferentes tipos de folhas;
- Compreender as utilidades fisiológicas das folhas;
- Perceber a importância da fotossíntese para os vegetais;
- Compreender a importância da fotossíntese para a vida no planeta;
- Reconhecer as utilidades econômicas dos caules;
- Estabelecer a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Estabelecer o estudo da flor:
- Diferenciar as estruturas principais de uma flor;
- Diferenciar os tipos de flores;
- Reconhecer as utilidades fisiológicas folhas;
- Compreender os processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
- Identificar a importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
- Enunciar as utilidades econômicas das flores;
- Aprofundar o estudo do fruto;
- Reconhecer as estruturas principais de um fruto;
- Diferenciar os tipos de frutos;
- Estudar as utilidades fisiológicas dos frutos;
- Estabelecer a formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
- Compreender o fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
- Estabelecer o estudo da semente;
- Reconhecer as estruturas principais de uma semente;
- Identificar os diferentes tipos de sementes;
- Apontar as utilidades fisiológicas sementes;
- Enumerar as utilidades econômicas das sementes;
- Compreender os valores alimentares das sementes;
- Reconhecer a germinação como processo de formação de um novo vegetal;
- Estabelecer as relações entre os vegetais e o homem;
- Compreender a distribuição da vida na biosfera;
- Reconhecer as formas de preservação da fauna e da flora
6ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Conhecendo a diversidade da vida
• O papel do meio ambiente na diferenciação das espécies
• A integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies
• Reconhecer um ser vivo
• Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
• Características dos seres vivos
• A origem da vida
• Teorias e explicações sobre a possível origem da vida
• A evolução dos seres vivos
• Classificação dos seres vivos
2º Bimestre
• Os vírus, estrutura e características
• Doenças causadas por vírus
• Moneras, estrutura e características
• Doenças causadas por bactérias
• Utilidades econômicas das bactérias
• Protistas estrutura e características
• Doenças causadas por protozoários
• Fungos estrutura e características
• Doenças causadas por fungos
• Utilidades econômicas dos fungos
• Os invertebrados
• As principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva
• Poríferos – cnidários ou celenterados
• Características e estruturas dos poríferos, celenterados
• Vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos)
• Principais doenças causadas por vermes
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
• Moluscos, estruturas e características básicas
• Utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos
• Artrópodes – o maior grupo de seres vivos
• Principais grupos de artrópodes:
Insetos: características, estruturas e doenças causadas por insetos
Aracnídeos: características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos
Crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas
Miriápodes: características, estruturas.
• Equinodermos: características, estruturas
• Grupo dos Vertebrados: características, semelhanças e diferenças
• Peixes:
Condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
4º Bimestre
• Anfíbios:
Anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
• Répteis:
Crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras
Quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
Ofídios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos.
• Aves e suas características
• Aves – classificação:
Ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
Carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
• Mamíferos e suas características gerais
• Mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
6ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Conhecer a diversidade da vida;
- Compreender o papel do meio ambiente na diferenciação das espécies;
- Estabelecer a integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies;
- Reconhecer um ser vivo pelas suas características elementares;
- Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
- Identificar as características dos seres vivos;
- Conhecer as teorias sobre a origem da vida;
- Identificar as teorias e explicações sobre a possível origem da vida
- Compreender o processo de evolução dos seres vivos;
- Conhecer a forma e classificação dos seres vivos;
2º Bimestre
- Reconhecer os vírus pela estrutura e características;
- Identificar as doenças causadas por vírus;
- Conhecer os moneras pela estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por bactérias;
- Enumerar as utilidades econômicas das bactérias;
- Reconhecer os protistas pela estrutura e características;
- Caracterizar as doenças causadas por protozoários;
- Identificar os fungos, suas estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por fungos;
- Conhecer as utilidades econômicas dos fungos;
- Identificar o reino dos invertebrados;
- Reconhecer as principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva;
- Reconhecer os poríferos – cnidários ou celenterados;
- Perceber as características e estruturas dos poríferos, celenterados;
- Definir vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos);
- Compreender as principais doenças causadas por vermes;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
- Identificar os moluscos, suas estruturas e características básicas;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos;
- Caracterizar os artrópodes – o maior grupo de seres vivos;
- Identificar as principais grupos de artrópodes;
- Compreender os insetos, suas características, estruturas e doenças causadas por insetos;
- Reconhecer Aracnídeos por suas características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos;
- Identificar crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas;
- Conhecer os miriápodes: características, estruturas;
- Compreender os equinodermos: características, estruturas;
- Diferenciar o grupo dos vertebrados: características, semelhanças e diferenças;
- Caracterizar o grupo dos peixes:;
- Identificar condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Conhecer osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
4º Bimestre
- Caracterizar anfíbios;
- Identificar anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Compreender ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Perceber urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Caracterizar répteis;
- Identificar crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras;
- Reconhecer quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
- Diferenciar ofídios quanto a estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos;
- Identificar as aves e suas características;
- Classificar as aves;
- Identificar as ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Compreender carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Conhecer os mamíferos e suas características gerais;
- Caracterizar os mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
7ª SÉRIE – CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Origem da vida segundo teorias científicas
• Formação do corpo na fase embrionária
• Fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital
• Divisão geral do corpo humano
• Constituição anatômica do nosso organismo
• As células e os tecidos
• Célula, sua constituição e funções vitais
• Estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções
• O microscópio
• Importância dos alimentos
2º Bimestre
• Digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
• Os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas
• Aparelho respiratório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
• Órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas
• Hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc
• Aparelho circulatório: coração, veias e artérias.
• Sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas
• Doenças do sistema circulatório
• Defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS
• Aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo.
3º Bimestre
• Funções de relação com o ambiente
• Os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente
• Locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção.
• Sistema muscular e seu papel na locomoção.
• Órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato.
• O sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos.
• Funções do cérebro, cerebelo e bulbo.
• Medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos.
• O sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos.
• Ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano.
• Hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários.
4º Bimestre
• Reprodução como fator de perpetuação da espécie
• Mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo
• O sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento
• Fecundação e desenvolvimento embrionário
• Desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar
• Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Métodos contraceptivos
• Síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação
• Doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
7ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Compreender a origem da vida segundo teorias científicas;
- Identificar a formação do corpo na fase embrionária;
- Conhecer as fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital;
- Estabelecer a divisão geral do corpo humano;
- Reconhecer a constituição anatômica do nosso organismo;
- Diferenciar as células e os tecidos;
- Estudar a célula, sua constituição e funções vitais;
- Identificar as estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções;
- Identificar a importância dos alimentos para a estruturação de células e tecidos;
2º Bimestre
- Conhecer a digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
- Caracterizar os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas;
- Compreender as estruturas do aparelho digestório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus;
- Identificar as funções dos órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas;
- Caracterizar hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc;
- Compreender os órgãos do aparelho circulatório: coração, veias e artérias;
- Caracterizar os elementos estruturantes do sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas;
- Identificar as doenças do sistema circulatório;
- Compreender as formas de defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS;
- Caracterizar o aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo;
3º Bimestre
- Conhecer as funções de relação com o ambiente;
- Identificar os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente;
- Reconhecer os meios de locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção;
- Identificar o sistema muscular e seu papel na locomoção;
- Compreender as características do órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato;
- Descrever o sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos;
- Conhecer as funções do cérebro, cerebelo e bulbo;
- Caracterizar a medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos;
- Compreender o sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos;
- Identificar a ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano;
- Caracterizar hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários;
4º Bimestre
- Perceber a reprodução como fator de perpetuação da espécie;
- Identificar mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo;
- Compreender sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento;
- Identificar a fecundação e desenvolvimento embrionário;
- Caracterizar o desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar;
- Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais;
- Identificar doenças sexualmente transmissíveis;
- Reconhecer métodos contraceptivos;
- Identificar síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação;
- Caracterizar doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
8ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• A matéria como elemento constituinte da matéria
• As propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas
• A origem do universo como forma de distribuição da matéria
• As transformações físicas e químicas da matéria
• Misturas e combinações da matéria
• Elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos.
• O átomo sua estrutura e sua identificação
• Modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling
• Históricos da tabela periódica dos elementos químicos
• Os elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres
2º Bimestre
• As ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos
• Ligação covalentes: normal e dativa
• Ligação iônica
• Formação das substâncias
• Distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling
• Casos especiais de ligações químicas
• Os processos de fracionamento de misturas
• Misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias
• As diferentes substâncias em nossa vida
• Fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem
3º Bimestre
• Estudo da física – histórico
• Implicações da física no cotidiano das pessoas
• Conceitos básicos da cinemática
• O movimento como forma de aplicação de conceitos físicos
• As modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica
• A velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos
• Cálculo da velocidade
• A aceleração como variante da velocidade
• Estudo do movimento
• Estudo das forças e suas unidades de medida
• Leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento
4º Bimestre
• Energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos
• Trabalho como resultado da aplicação das forças
• Potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes
• O calor como forma de energia
• Elementos transmissores e isolantes do calor
• O calor e sua aplicação no cotidiano humano
• O som como forma de aplicação da energia
• O som e sua aplicação no cotidiano
• A transmissão do som por meio de ondas
• A eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica.
• Formas de transmissão de eletricidade
• Materiais isolantes elétricos
• O magnetismo e sua importância para a vida na terra.
• A lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar
8ª SÉRIE – OBJETIVOS
1º Bimestre
- Caracterizar a matéria como elemento constituinte da matéria;
- Identificar as propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas;
- Compreender a origem do universo como forma de distribuição da matéria;
- Diferenciar as transformações físicas e químicas da matéria;
- Caracterizar misturas e combinações da matéria;
- Identificar os elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos;
- Reconhecer átomo sua estrutura e sua identificação;
- Diferenciar modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling;
- Compreender históricos da tabela periódica dos elementos químicos;
- Caracterizar elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres;
2º Bimestre
- Compreender as ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos;
- Caracterização de ligação covalente: normal e dativa;
- Conhecer ligação iônica;
- Reconhecer o processo de formação das substâncias;
- Compreender a distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling;
- Identificar casos especiais de ligações químicas;
- Reconhecer os processos de fracionamento de misturas;
- Diferenciar misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias;
- Compreender a função das diferentes substâncias em nossa vida;
- Compreender fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem;
3º Bimestre
- Enunciar o estudo da física – histórico;
- Compreender as implicações da física no cotidiano das pessoas;
- Identificar os conceitos básicos da cinemática;
- Compreender o movimento como forma de aplicação de conceitos físicos;
- Reconhecer as modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica ;
- Caracterizar a velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos;
- Compreender o cálculo da velocidade;
- Reconhecer a aceleração como variante da velocidade;
- Caracterização do movimento;
- Compreender as forças e suas unidades de medida;
- Identificar as leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento;
4º Bimestre
- Identificar a energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos;
- Compreender trabalho como resultado da aplicação das forças;
- Estabelecer a potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes;
- Compreender o calor como forma de energia;
- Diferenciar elementos transmissores e isolantes do calor;
- Reconhecer o calor e sua aplicação no cotidiano humano;
- Identificar o som como forma de aplicação da energia;
- Caracterizar som e sua aplicação no cotidiano;
- Identificar formas de transmissão do som por meio de ondas;
- Compreender a eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica;
- Conhecer formas de transmissão de eletricidade;
- Identificar materiais isolantes elétricos;
- Caracterizar p magnetismo e sua importância para a vida na terra;
- Compreender a lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar;
OBJETIVOS DOS CONTEÚDOS TRATADOS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Os conteúdos acima nomeados e distribuídos nas diferentes séries finais do Ensino Fundamental traduzem uma série de objetivos comuns que passaremos a relacionar:
1. Sensibilizar o educando e a educanda para a necessidade de se situar no ambiente como parte integrante deste;
2. Fazer do ensino de ciências, uma prática de defesa de valores éticos e planetários;
3. Identificar as implicações econômicas e ecológicas das diferentes ações do homem sobre os recursos provenientes da natureza;
4. Perceber a necessidade de se compreender conceitualmente os fenômenos inerentes aos processos e fenômenos naturais;
5. Fazer do conhecimento científico um instrumento de preservação da vida;
6. Compreender a ciência como uma das formas de conhecer e compreender os processos ocorridas na natureza;
7. Comprometer-se com a necessidade de promover ações em favor da preservação e conservação de seres vivos, fontes de matéria-prima e energia, como forma de garantir a sobrevivência da humanidade;
8. Identificar a diversidade como grande riqueza e garantia da perpetuação da vida no planeta;
9. Inserir o ser humano no contexto ambiental, não como mero usuário, mas como dependente e parte de um ciclo de vida dinâmico e contínuo;
10. Identificar possibilidades para que cada sujeito seja responsável pela vida nas mais diversas formas de manifestação;
11. Respeitar a biodiversidade e a dinâmica dos processos naturais;
12. Dinamizar discussões éticas, sociais e políticas que possam garantir à humanidade condições mínimas de adoção de novas estratégias para a utilização de recurso e fontes de recursos materiais e energéticos;
13. Compreender a multiplicidade de aplicações de conceitos e suas inter-relações possíveis no sentido de fazer da ciência um instrumento de (re)construção de paradigmas;
14. Identificar o processo educativo, como uma ação transdisciplinar, dinâmica, não-linear, ética e humana;
15. Conhecer mecanismos de mudança no perfil da vida como a evolução (biológica) e a dialética (filosófica), capazes de transformar conceitos e aplicações.
Há uma grande quantidade de outros objetivos, implicando na definição de certos conceitos e metodologias, porém, deseja-se esclarecer que os supra citados se aplicam de forma genérica a todos os conceitos relacionados bimestralmente para cada série.
Desta forma as circunstâncias, os fatos e as necessidades serão os ditames para a reformulação permanente e sensível deste planejamento, assim como dos aspectos avaliativas que discutiremos a seguir.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma DIAS SOBRINHO (2000 p. 80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
O ensino como um todo traduz uma potencialidade criativa de promover uma ação efetiva em favor de uma (trans)formação antropo-social. Este propósito se torna ainda mais eminente no processo de discussão dos temas e conceitos relativos à disciplina de ciências. Esta disciplina caracteriza-se por despertar uma certa curiosidade “natural” derivada de conhecimentos do senso comum.
Há uma tendência em se imaginar popularmente que a ciência (disciplina) tem por “obrigação” explicar fenômenos. Isto facilita o processo por um aspecto, pois já há uma tendência a se buscar este conhecimento, e por outro aspecto gera uma responsabilidade ainda maior, pelo fato de tratar de tópicos, fenômenos e conceitos muito próximos da realidade cotidiana. As afirmativas anteriores, não tendem a supor que as outras áreas do saber não tenha as mesmas características citadas. O que se pretende é afirmar que tem-se um contexto muito particular, com o qual deve-se contar. Cabe ao educador e a educadora permitir que o saber seja tratado de forma próxima ao cotidiano do educando e da educanda. De acordo com FROTA-PESSOA, GEVERTZ e SILVA (1979, p. 62)
“Outro vicio das aulas tradicionais de ciências é que o professor se interpõe entre a natureza e o aluno, cuidando servir de interprete; mas consegue apenas funcionar como barreira que oculta ou deforma a realidade”.
Dito isto, cumpre-nos dizer que o ensino de ciências (assim como o ensino em geral) é por excelência uma atitude de comprometimento e reflexão sobre a condição do homem e da mulher no planeta. Não se trata meramente do trato de fenômenos naturais, de fundo ambientalista, mas numa compreensão ecológica da realidade em que vivemos. Esta tendência carrega consigo discussões de ordem social, política, econômica e antropológica, uma vez que estudos atuais vem percebendo que os problemas ambientais são amplamente multidisciplinares. Não cabe mais uma discussão compartimentalizada, mas um estudo transdisciplinar, envolvendo a complexidade e a ética do saber numa profundidade necessária e essencial a este propósito.
O Ensino de ciências no ensino fundamental não deve ser encarado como um complemento do que se trata em outras disciplinas, mas como uma proposta, em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais, antropológicas e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Assim contempla-se uma série de necessidades de toda a comunidade escolar. De acordo com D’AMBRÓSIO (1999, p. 15)
“... o professor deve subordinar sua disciplina, em particular os conteúdos, aos objetivos da educação e não subordinar a educação aos objetivos, à transmissão e aos avanços de sua disciplina. O aprendiz deve ser, como indivíduo, o determinante do conhecimento que lhe é transmitido”.
Isto não deve implicar, no entanto, numa renúncia à função da educadora e do educador, mas ao contrário, deve representar um passo decisivo em favor de uma educação impactante e comprometida. Uma outra expectativa criada diz respeito à necessidade de executar atividades experimentais no sentido de comprovar, testar e experimentar conceitos. Mas a experimentação não representa a compreensão de tal conceito, apenas permite uma fixação e conhecimento mais conforme afirma GURGEL (2000, p.20-1) quando diz que
“...não basta a aplicação de mecanismos mais amplos e completos para mudar e/ou inovar as práticas laboratoriais. É necessário ir além, sobretudo, com apoio das referências filosóficas e históricas da ciência, para entendermos o que se quer pesquisar,como, porque e, ainda, para que servirão os resultados da investigação. Esta dimensão vai possibilitar uma visão complexa, global (ou holística) dos problemas e ainda, uma ampliação da percepção critica sobre o método científico de alunos e professores frente às práticas experimentais da Física, porque o conhecimento cientifico não se constrói a partir do nada, ao contrário, ele apresenta um caráter social e histórico que deve ser levado em conta no processo ensino-aprendizagem”.
O resgate histórico de diferentes conceitos permitirá que se alcance um determinado grau de complexidade, que permite identificar razões para compreender o conhecimento tal qual temos hoje.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
5ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Identificação dos conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos;
• Conhecimento popular e conhecimento científico;
• O conhecimento científico como fruto de um processo histórico;
• Implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
• Identificação dos elementos transformadores de novos conceitos;
• Os seres vivos e o meio ambiente:
Relações de dependência;
Inter-relações e sobrevivência;
Intervenções ambientais;
• A terra e a vida:
Conceituação de vida;
Implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
Intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
Ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
Ecossistema: onde a vida acontece;
Ecossistema: um espaço de interação e transformação orgânica;
• Cadeias alimentares: a transferência de materia e energia num ambiente.
• As relações entre os seres vivos – Harmônicas e Desarmônicas .
2º Bimestre
• Alterações do ambiente:
Intervenção antrópica;
Fenômenos ecológicos “naturais”;
Processos de “acomodação” ambiental.
• Estudo do ar:
Poluição e suas modalidades;
Aplicações à física e à execução de atividades humanas;
Elemento fundamental para a respiração humana.
• Importância do solo
Utilização agrícola do solo;
Elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
A necessidades de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
Formas de proteção do solo e preservação de recursos.
• Importância da água:
Inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
Formas de poluição;
Principais fontes e locais de armazenamento;
Fenômenos climáticos relacionados à água.
• Reino das plantas:
Características exclusivas dos vegetais;
Diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
Relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
• Os grandes grupos vegetais:
Algas pluricelulares;
Briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
Gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
• Estudo da raiz:
Estruturas principais de uma raiz;
Diferentes tipos de raízes;
Utilidades fisiológicas das raízes;
Utilidades econômicas das raízes;
Utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo do caule:
Estruturas principais de um caule;
Diferentes tipos de caules;
Utilidades fisiológicas dos caules;
Importância da seiva para o vegetais;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da folha:
Estruturas principais de uma folha;
Diferentes tipos de folhas;
Utilidades fisiológicas das folhas;
Importância da fotossíntese para os vegetais;
Importância da fotossíntese para a vida no planeta;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da flor:
Estruturas principais de uma flor;
Diferentes tipos de flores;
Utilidades fisiológicas folhas;
Processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
Importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
Utilidades econômicas das flores;
• Estudo do fruto:
Estruturas principais de um fruto;
Diferentes tipos de frutos;
Utilidades fisiológicas dos frutos;
Formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
O fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
• Estudo da semente:
Estruturas principais de uma semente;
Diferentes tipos de sementes;
Utilidades fisiológicas sementes;
Utilidades econômicas das sementes;
Valores alimentares das sementes;
• Germinação como processo de formação de um novo vegetal;
• Os vegetais e o homem
• A distribuição da vida na biosfera
• Preservação da fauna e da flora
5ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Identificar os conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos dos próprios alunos;
- Diferenciar conhecimento popular e conhecimento científico;
- Compreender o conhecimento científico como fruto de um processo histórico de construção múltipla;
- Perceber as implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
- Identificar os elementos transformadores de novos conceitos;
- Determinar as relações entre os seres vivos e o meio ambiente;
- Identificar as relações de dependência entre os seres vivos;
- Perceber as inter-relações e sobrevivência;
- Reconhecer as principais intervenções ambientais;
- Compreender as relações entre a terra e a vida;
- Conceituar vida;
- Determinar as implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
- Reconhecer as intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
- Perceber a ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
- Reconhecer um ecossistema como sendo o local onde a vida acontece;
- Identificar um ecossistema como um espaço de interação e transformação orgânica;
- Compreender os fenômenos de cadeias alimentares: transferência de materia e energia num ambiente;
- Diferenciar as relações entre os seres vivos em harmônicas e desarmônicas;
2º Bimestre
- Perceber as principais alterações do ambiente:
- Reconhecer as principais formas de intervenção antrópica;
- Compreender os fenômenos ecológicos “naturais”;
- Reconhecer os processos de “acomodação” ambiental.
- Aprimorar o estudo do ar;
- Reconhecer as causas de poluição e suas modalidades;
- Perceber as aplicações à física e à execução de atividades humanas;
- Compreender o ar como elemento fundamental para a respiração humana.
- Identificar a importância do solo;
- Apontar a utilização agrícola do solo;
- Identificar os elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
- Esclarecer a necessidade de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
- Apontar as formas de proteção do solo e preservação de recursos.
- Reconhecer a importância da água;
- compreender a inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
- Identificar as mais variadas formas de poluição;
- Reconhecer as principais fontes e locais de armazenamento;
- Descrever os fenômenos climáticos relacionados à água.
- Conceituar reino das plantas;
- Enumerar as características exclusivas dos vegetais;
- Apontar as diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
- Descrever a relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
- Diferenciar os grandes grupos vegetais;
- Caracterizar algas pluricelulares;
- Compreender briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
- Diferenciar gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
- Caracterizar raiz;
- Identificar as estruturas principais de uma raiz;
- Diferenciar os tipos de raízes;
- Compreender as utilidades fisiológicas das raízes;
- Perceber as utilidades econômicas das raízes;
- Enunciar a utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa;
- Descrever o estudo do caule;
- Identificar as estruturas principais de um caule;
- Reconhecer os diferentes tipos de caules;
- Compreender as utilidades fisiológicas dos caules;
- Descrever a importância da seiva para o vegetais;
- Enumerar as utilidades econômicas dos caules;
- Compreender a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Enunciar o estudo da folha;
- Diferenciar as estruturas principais de uma folha;
- Reconhecer os diferentes tipos de folhas;
- Compreender as utilidades fisiológicas das folhas;
- Perceber a importância da fotossíntese para os vegetais;
- Compreender a importância da fotossíntese para a vida no planeta;
- Reconhecer as utilidades econômicas dos caules;
- Estabelecer a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Estabelecer o estudo da flor:
- Diferenciar as estruturas principais de uma flor;
- Diferenciar os tipos de flores;
- Reconhecer as utilidades fisiológicas folhas;
- Compreender os processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
- Identificar a importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
- Enunciar as utilidades econômicas das flores;
- Aprofundar o estudo do fruto;
- Reconhecer as estruturas principais de um fruto;
- Diferenciar os tipos de frutos;
- Estudar as utilidades fisiológicas dos frutos;
- Estabelecer a formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
- Compreender o fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
- Estabelecer o estudo da semente;
- Reconhecer as estruturas principais de uma semente;
- Identificar os diferentes tipos de sementes;
- Apontar as utilidades fisiológicas sementes;
- Enumerar as utilidades econômicas das sementes;
- Compreender os valores alimentares das sementes;
- Reconhecer a germinação como processo de formação de um novo vegetal;
- Estabelecer as relações entre os vegetais e o homem;
- Compreender a distribuição da vida na biosfera;
- Reconhecer as formas de preservação da fauna e da flora
6ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Conhecendo a diversidade da vida
• O papel do meio ambiente na diferenciação das espécies
• A integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies
• Reconhecer um ser vivo
• Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
• Características dos seres vivos
• A origem da vida
• Teorias e explicações sobre a possível origem da vida
• A evolução dos seres vivos
• Classificação dos seres vivos
2º Bimestre
• Os vírus, estrutura e características
• Doenças causadas por vírus
• Moneras, estrutura e características
• Doenças causadas por bactérias
• Utilidades econômicas das bactérias
• Protistas estrutura e características
• Doenças causadas por protozoários
• Fungos estrutura e características
• Doenças causadas por fungos
• Utilidades econômicas dos fungos
• Os invertebrados
• As principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva
• Poríferos – cnidários ou celenterados
• Características e estruturas dos poríferos, celenterados
• Vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos)
• Principais doenças causadas por vermes
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
• Moluscos, estruturas e características básicas
• Utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos
• Artrópodes – o maior grupo de seres vivos
• Principais grupos de artrópodes:
Insetos: características, estruturas e doenças causadas por insetos
Aracnídeos: características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos
Crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas
Miriápodes: características, estruturas.
• Equinodermos: características, estruturas
• Grupo dos Vertebrados: características, semelhanças e diferenças
• Peixes:
Condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
4º Bimestre
• Anfíbios:
Anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
• Répteis:
Crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras
Quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
Ofídios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos.
• Aves e suas características
• Aves – classificação:
Ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
Carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
• Mamíferos e suas características gerais
• Mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
6ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Conhecer a diversidade da vida;
- Compreender o papel do meio ambiente na diferenciação das espécies;
- Estabelecer a integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies;
- Reconhecer um ser vivo pelas suas características elementares;
- Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
- Identificar as características dos seres vivos;
- Conhecer as teorias sobre a origem da vida;
- Identificar as teorias e explicações sobre a possível origem da vida
- Compreender o processo de evolução dos seres vivos;
- Conhecer a forma e classificação dos seres vivos;
2º Bimestre
- Reconhecer os vírus pela estrutura e características;
- Identificar as doenças causadas por vírus;
- Conhecer os moneras pela estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por bactérias;
- Enumerar as utilidades econômicas das bactérias;
- Reconhecer os protistas pela estrutura e características;
- Caracterizar as doenças causadas por protozoários;
- Identificar os fungos, suas estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por fungos;
- Conhecer as utilidades econômicas dos fungos;
- Identificar o reino dos invertebrados;
- Reconhecer as principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva;
- Reconhecer os poríferos – cnidários ou celenterados;
- Perceber as características e estruturas dos poríferos, celenterados;
- Definir vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos);
- Compreender as principais doenças causadas por vermes;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
- Identificar os moluscos, suas estruturas e características básicas;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos;
- Caracterizar os artrópodes – o maior grupo de seres vivos;
- Identificar as principais grupos de artrópodes;
- Compreender os insetos, suas características, estruturas e doenças causadas por insetos;
- Reconhecer Aracnídeos por suas características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos;
- Identificar crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas;
- Conhecer os miriápodes: características, estruturas;
- Compreender os equinodermos: características, estruturas;
- Diferenciar o grupo dos vertebrados: características, semelhanças e diferenças;
- Caracterizar o grupo dos peixes:;
- Identificar condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Conhecer osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
4º Bimestre
- Caracterizar anfíbios;
- Identificar anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Compreender ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Perceber urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Caracterizar répteis;
- Identificar crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras;
- Reconhecer quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
- Diferenciar ofídios quanto a estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos;
- Identificar as aves e suas características;
- Classificar as aves;
- Identificar as ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Compreender carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Conhecer os mamíferos e suas características gerais;
- Caracterizar os mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
7ª SÉRIE – CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Origem da vida segundo teorias científicas
• Formação do corpo na fase embrionária
• Fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital
• Divisão geral do corpo humano
• Constituição anatômica do nosso organismo
• As células e os tecidos
• Célula, sua constituição e funções vitais
• Estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções
• O microscópio
• Importância dos alimentos
2º Bimestre
• Digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
• Os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas
• Aparelho respiratório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
• Órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas
• Hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc
• Aparelho circulatório: coração, veias e artérias.
• Sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas
• Doenças do sistema circulatório
• Defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS
• Aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo.
3º Bimestre
• Funções de relação com o ambiente
• Os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente
• Locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção.
• Sistema muscular e seu papel na locomoção.
• Órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato.
• O sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos.
• Funções do cérebro, cerebelo e bulbo.
• Medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos.
• O sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos.
• Ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano.
• Hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários.
4º Bimestre
• Reprodução como fator de perpetuação da espécie
• Mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo
• O sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento
• Fecundação e desenvolvimento embrionário
• Desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar
• Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Métodos contraceptivos
• Síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação
• Doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
7ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Compreender a origem da vida segundo teorias científicas;
- Identificar a formação do corpo na fase embrionária;
- Conhecer as fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital;
- Estabelecer a divisão geral do corpo humano;
- Reconhecer a constituição anatômica do nosso organismo;
- Diferenciar as células e os tecidos;
- Estudar a célula, sua constituição e funções vitais;
- Identificar as estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções;
- Identificar a importância dos alimentos para a estruturação de células e tecidos;
2º Bimestre
- Conhecer a digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
- Caracterizar os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas;
- Compreender as estruturas do aparelho digestório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus;
- Identificar as funções dos órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas;
- Caracterizar hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc;
- Compreender os órgãos do aparelho circulatório: coração, veias e artérias;
- Caracterizar os elementos estruturantes do sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas;
- Identificar as doenças do sistema circulatório;
- Compreender as formas de defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS;
- Caracterizar o aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo;
3º Bimestre
- Conhecer as funções de relação com o ambiente;
- Identificar os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente;
- Reconhecer os meios de locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção;
- Identificar o sistema muscular e seu papel na locomoção;
- Compreender as características do órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato;
- Descrever o sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos;
- Conhecer as funções do cérebro, cerebelo e bulbo;
- Caracterizar a medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos;
- Compreender o sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos;
- Identificar a ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano;
- Caracterizar hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários;
4º Bimestre
- Perceber a reprodução como fator de perpetuação da espécie;
- Identificar mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo;
- Compreender sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento;
- Identificar a fecundação e desenvolvimento embrionário;
- Caracterizar o desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar;
- Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais;
- Identificar doenças sexualmente transmissíveis;
- Reconhecer métodos contraceptivos;
- Identificar síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação;
- Caracterizar doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
8ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• A matéria como elemento constituinte da matéria
• As propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas
• A origem do universo como forma de distribuição da matéria
• As transformações físicas e químicas da matéria
• Misturas e combinações da matéria
• Elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos.
• O átomo sua estrutura e sua identificação
• Modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling
• Históricos da tabela periódica dos elementos químicos
• Os elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres
2º Bimestre
• As ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos
• Ligação covalentes: normal e dativa
• Ligação iônica
• Formação das substâncias
• Distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling
• Casos especiais de ligações químicas
• Os processos de fracionamento de misturas
• Misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias
• As diferentes substâncias em nossa vida
• Fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem
3º Bimestre
• Estudo da física – histórico
• Implicações da física no cotidiano das pessoas
• Conceitos básicos da cinemática
• O movimento como forma de aplicação de conceitos físicos
• As modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica
• A velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos
• Cálculo da velocidade
• A aceleração como variante da velocidade
• Estudo do movimento
• Estudo das forças e suas unidades de medida
• Leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento
4º Bimestre
• Energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos
• Trabalho como resultado da aplicação das forças
• Potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes
• O calor como forma de energia
• Elementos transmissores e isolantes do calor
• O calor e sua aplicação no cotidiano humano
• O som como forma de aplicação da energia
• O som e sua aplicação no cotidiano
• A transmissão do som por meio de ondas
• A eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica.
• Formas de transmissão de eletricidade
• Materiais isolantes elétricos
• O magnetismo e sua importância para a vida na terra.
• A lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar
8ª SÉRIE – OBJETIVOS
1º Bimestre
- Caracterizar a matéria como elemento constituinte da matéria;
- Identificar as propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas;
- Compreender a origem do universo como forma de distribuição da matéria;
- Diferenciar as transformações físicas e químicas da matéria;
- Caracterizar misturas e combinações da matéria;
- Identificar os elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos;
- Reconhecer átomo sua estrutura e sua identificação;
- Diferenciar modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling;
- Compreender históricos da tabela periódica dos elementos químicos;
- Caracterizar elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres;
2º Bimestre
- Compreender as ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos;
- Caracterização de ligação covalente: normal e dativa;
- Conhecer ligação iônica;
- Reconhecer o processo de formação das substâncias;
- Compreender a distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling;
- Identificar casos especiais de ligações químicas;
- Reconhecer os processos de fracionamento de misturas;
- Diferenciar misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias;
- Compreender a função das diferentes substâncias em nossa vida;
- Compreender fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem;
3º Bimestre
- Enunciar o estudo da física – histórico;
- Compreender as implicações da física no cotidiano das pessoas;
- Identificar os conceitos básicos da cinemática;
- Compreender o movimento como forma de aplicação de conceitos físicos;
- Reconhecer as modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica ;
- Caracterizar a velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos;
- Compreender o cálculo da velocidade;
- Reconhecer a aceleração como variante da velocidade;
- Caracterização do movimento;
- Compreender as forças e suas unidades de medida;
- Identificar as leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento;
4º Bimestre
- Identificar a energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos;
- Compreender trabalho como resultado da aplicação das forças;
- Estabelecer a potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes;
- Compreender o calor como forma de energia;
- Diferenciar elementos transmissores e isolantes do calor;
- Reconhecer o calor e sua aplicação no cotidiano humano;
- Identificar o som como forma de aplicação da energia;
- Caracterizar som e sua aplicação no cotidiano;
- Identificar formas de transmissão do som por meio de ondas;
- Compreender a eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica;
- Conhecer formas de transmissão de eletricidade;
- Identificar materiais isolantes elétricos;
- Caracterizar p magnetismo e sua importância para a vida na terra;
- Compreender a lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar;
OBJETIVOS DOS CONTEÚDOS TRATADOS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Os conteúdos acima nomeados e distribuídos nas diferentes séries finais do Ensino Fundamental traduzem uma série de objetivos comuns que passaremos a relacionar:
1. Sensibilizar o educando e a educanda para a necessidade de se situar no ambiente como parte integrante deste;
2. Fazer do ensino de ciências, uma prática de defesa de valores éticos e planetários;
3. Identificar as implicações econômicas e ecológicas das diferentes ações do homem sobre os recursos provenientes da natureza;
4. Perceber a necessidade de se compreender conceitualmente os fenômenos inerentes aos processos e fenômenos naturais;
5. Fazer do conhecimento científico um instrumento de preservação da vida;
6. Compreender a ciência como uma das formas de conhecer e compreender os processos ocorridas na natureza;
7. Comprometer-se com a necessidade de promover ações em favor da preservação e conservação de seres vivos, fontes de matéria-prima e energia, como forma de garantir a sobrevivência da humanidade;
8. Identificar a diversidade como grande riqueza e garantia da perpetuação da vida no planeta;
9. Inserir o ser humano no contexto ambiental, não como mero usuário, mas como dependente e parte de um ciclo de vida dinâmico e contínuo;
10. Identificar possibilidades para que cada sujeito seja responsável pela vida nas mais diversas formas de manifestação;
11. Respeitar a biodiversidade e a dinâmica dos processos naturais;
12. Dinamizar discussões éticas, sociais e políticas que possam garantir à humanidade condições mínimas de adoção de novas estratégias para a utilização de recurso e fontes de recursos materiais e energéticos;
13. Compreender a multiplicidade de aplicações de conceitos e suas inter-relações possíveis no sentido de fazer da ciência um instrumento de (re)construção de paradigmas;
14. Identificar o processo educativo, como uma ação transdisciplinar, dinâmica, não-linear, ética e humana;
15. Conhecer mecanismos de mudança no perfil da vida como a evolução (biológica) e a dialética (filosófica), capazes de transformar conceitos e aplicações.
Há uma grande quantidade de outros objetivos, implicando na definição de certos conceitos e metodologias, porém, deseja-se esclarecer que os supra citados se aplicam de forma genérica a todos os conceitos relacionados bimestralmente para cada série.
Desta forma as circunstâncias, os fatos e as necessidades serão os ditames para a reformulação permanente e sensível deste planejamento, assim como dos aspectos avaliativas que discutiremos a seguir.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma DIAS SOBRINHO (2000 p. 80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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