Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Eu não aguento mais...

Caro leitor e estimada leitora. Imagine algumas situações. O médico reclamando das pessoas porque estas o procuram apenas quando estão doentes; o advogado se queixa, pois seus clientes lhe trazem apenas problemas; o mecânico indignado, pois só o procuram quando o automóvel não funciona. Parece pitoresco, mas há profissionais que em suas áreas assumem esta postura. “Eu não aguento mais”, dizem.

É um discurso que merece reflexões, pois parece ser fruto de inúmeras carências. Carências de formação, carência de prazer no fazer, carência de estímulos, etc. Imagino algo semelhante no contexto do magistério. Educadores queixando-se da falta de conhecimento de seus alunos, da sua falta de interesse em relação a certos conteúdos, etc. Ora, assim como o médico se prepara profissional e pessoalmente para atender pessoas debilitadas, advogados para sanar problemas legais e mecânicos para concertar veículos, educadores existem para fomentar o saber e despertar o interesse em relação a conceitos.

Mas qual o problema? Certamente muitos: formação limitada, pouco recompensa pessoal e profissional, etc. Tudo isto é real e não pode ser descartado. Não há o sujeito homem e mulher e o sujeito educador e educadora dissociados. Ambos estão no mesmo ser. Mas é preciso que se saiba que se não houver enfermidade a ser curada ou prevenida, lei a ser cumprida ou veículo a concertar não precisaríamos de médicos, advogados e mecânicos.

Se todo o ser humano fosse autodidata não haveria necessidade de haver alguém para fazê-lo aprender. Logo os educadores seriam dispensáveis e viveríamos num primitivo universo de apreensão empírica de saberes. Se há educadores e educadoras é por que estes têm por função social e humana, promover condições para que o saber e os seres humanos se encontrem e se completem. Não teria sentido ensinar a quem já sabe e aprende sozinho.

Esta conduta tem feito vítimas entre os seres humanos. Tem causado frustração, medo, etc. Vidas mal vividas, tempo perdido, lutas diárias travadas contra aquilo que é a razão de ser de cada ser humano: o bem-estar do outro. A prática da solidariedade tão ostentada e elogiada assenta-se confortavelmente em discursos, mas não adere a prática. Uma atitude de solidariedade ou de duelo são faces de uma mesma moeda. Há a opção de encorajar e estimular a aprender àquele que não quer aprender ou simplesmente opta-se por quem quer aprender ignorando os demais.

A mesma mão que se estende para afagar pode ser estendida para esbofetear, e a decisão não cabe a mão. Os resultados de um afago certamente serão diferentes de um bofete. Disto não há dúvidas. Assim, se nos propomos a desempenhar uma função entre nossos pares, é preciso assumi-la como atitude solidária, afago. Trata-se de viver melhor, ser mais feliz e mais útil a si e aos outros. Deliciar-se com a vida, saboreá-la na partilha, na reconstrução. Preparar-se para ajudar o enfermo, o desorientado e o proprietário de veículo.

Preparar-se para apresentar ao ignorante o encantamento de aprender; o prazer do ver-se fazendo aquilo que até então não fazia. Isto é a boniteza da vida, como dizia Paulo Freire! Do contrário fica difícil se fazer aguentar e aguentar-se.

Um comentário:

Unknown disse...

É Nilton, trazer o encantamento do aprender, talvez esta seja uma das maiores aprendizagens que podemos proporcionar aos nossos alunos. Aprender por toda vida pois há múltiplos conhecimentos para serem descortinados.
Abraços e bom recomeço.
Marisa

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.