A celebração do Natal é sempre um tempo especial. Religiosidade, consumo, tradição, luzes, ceia, são alvo da atenção das pessoas. É comum também encontrar quem queira reinventar o Natal, relembrando o chamado “verdadeiro sentido” da data. Um discurso repetitivo e de pouco impacto, visto que tudo o que se critica num ano se repete no outro. Afinal qual o problema? Imagino que seja o fato de que alguns se julgam capazes de descrever este “verdadeiro sentido”. O fato é que cada ser humano é capaz de construir em si e por si este “verdadeiro sentido”.
Certamente não se constrói um “verdadeiro sentido”, para o Natal ou para qualquer coisa, de uma hora para outra. Sentimentos, valores e sentidos tornam-se importantes a partir do momento em que são experimentados. Ora, se a história de uma pessoa e de uma sociedade é um caminho sem volta não há como reconduzi-los a um “verdadeiro sentido” para o Natal. É preciso então construir um novo sentido para o Natal, que seja adequado ao século XXI. Um século que ainda insiste em preservar a perversidade dos outros passados.
Fome, miséria, violência, corrupção, desperdício, analfabetismo estão presentes nos repetitivos discursos proferidos pelos quatro cantos do planeta. Esta repetição é um sinal claro de que estes temas nunca foram prioridade e desta forma torna-se difícil de acreditar que agora, finalmente sejam. Então, é preciso perguntar: Há realmente sinceridade nestes discursos sobre Natal e sobre as prioridades em relação ao futuro? Enquanto estes discursos forem motivados puramente pela emoção e por marqueteiros seria leviano alimentar expectativas. Enquanto a solidariedade entre as pessoas se limitar a campanhas de arrecadação de alimentos, brinquedos e roupas para distribuir por ocasião do Natal, continuaremos a ter miseráveis, famintos e flagelados pelos séculos.
Estas iniciativas são louváveis e merecem aplausos e reconhecimento pelo esforço e caridade de pessoas que se sensibilizam com a miséria alheia. Mas é preciso mais! A compreensão do “verdadeiro sentido” do Natal e da solidariedade passa pelo entendimento de que é preciso construir uma nação que dê oportunidade a todos. Nada mais digno para um pai ou mãe de família, ver sua mesa repleta de alimentos, justiça e esperança. Assim, esmola e caridade não serão mais necessárias e em seu lugar celebraremos a partilha, onde todos tenham a dar e a receber.
Enquanto o Natal for apenas uma vez por ano e para algumas pessoas seu “verdadeiro sentido” jamais será compreendido. A celebração do Natal diário só será possível quando os tiros cederam lugar aos abraços, as guerras ao encontros, a fome à fartura, o flagelo ao bem-viver, a morte à vida. Então haverá mais tempo para a criança brincar, para pais e mães dialogarem, vovôs e vovós orgulhosos contarem sua caminhada! Haverá um lugar em cada coração e em cada família, para o Menino nascer a cada dia.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
domingo, 19 de dezembro de 2010
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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