Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

À Liberdade (In memoriam)

O dia 13 de maio celebra os 127 anos da assinatura de uma lei que iniciou uma conquista histórica que jamais se completou em nosso país. Ao contrário mascarou a solução de uma grave violência que jamais cessou. Ao contrário a agravou e serviu como subterfúgio para simplesmente sepultar viva, uma esperança de justiça. A liberdade que os escravos conquistaram os aprisionou à uma condição de humilhação e descarte, tão cruel quanto as chibatadas de outrora. Assim o dia 13 maio pode ser uma homenagem à liberdade (in memoriam) que todo o ser humano tem direito, mas negada à milhares. Em 1888 por razões diversas concluiu-se que seria mais razoável determinar a soltura de milhares de seres humanos mantidos encarcerados como animais na condição de propriedade de fazendeiros brasileiros. Seres humanos que ao longo de mais de trezentos anos foram comercializados como “carne humana”, nos dizeres de Eduardo Galeano, transformando-se numa das maiores fontes de circulação de dinheiro da história do comércio internacional. Ao se decretar o fim da escravidão, o Brasil o fez por último na América, a liberdade pouco serviu aos alforriados. Afinal, sem escolaridade e sem qualquer recurso financeiro ou ajuda estatal, não haveria o que fazer senão ocupar periferias das cidades e da sociedade, convivendo em verdadeiros cinturões de pobreza e miséria. Estes cinturões persistem até hoje, flagrando o caráter natimorto da liberdade promulgada em 1888. Apesar de decretar o fim da escravidão a chamada “Lei Áurea”, assim como a do “Ventre Livre” (que libertou os filhos recém-nascidos de escravos) e a do “Sexagenário” (que libertou os maiores de 60 anos de idade) simplesmente mascararam a crueldade de um país insensível que transformou vidas em negócios. Afinal o que faria uma criança recém-nascida liberta, sem poder conviver com sua família e sem meios de sobrevivência? O que restará a um ser humano escravizado durante toda a vida, se por um acaso sobreviver por 60 anos, fazer com sua liberdade? Há quem diga que os custos de criar uma criança até poder torna-la produtiva como escravo ou de manter um escravo idoso e pouco produtivo poderia significar um grande prejuízo. Pelo mesmo motivo afirmam que teria sido mais rentável pagar pelo serviço prestado por imigrantes por exemplo, do que comprar e manter um escravo. Segundo estas afirmações pode-se dizer que a liberdade foi concedida por mera conveniência econômica. Reforça esta concepção, a omissão histórica absoluta do Estado brasileiro em relação aos libertos e seus descendentes que padecem até hoje. Os menores salários ainda são deles, a maioria das vítimas de violência está entre eles, a maioria da população carcerária é composta por eles e uma série de outros índices denuncia a fragilidade social e humana a que são submetidos. Por esta razão, no 13 maio pode-se celebrar a liberdade como uma utopia, mas não como conquista consolidada.

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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.