Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Em busca da qualidade

- Professor, para que estamos estudando isso?
- Por enquanto não adianta eu te explicar mas, mais tarde você vai ver como vai ser útil.
Um diálogo não tão incomum quanto se imagina, reflete um drama humano perverso. Em nome da qualidade de ensino lança-se sobre crianças e jovens uma avalanche de “saberes” que alimentam um clima hostil entre o ser humano e o conhecimento.
Em primeiro lugar, se alguém que está, supostamente, aprendendo lança esta pergunta, é por que, não está aprendendo de fato. Afinal, quando se orienta alguém a andar de bicicleta, aquele que está aprendendo sabe onde se chagará. A resposta de quem ensina revela que não há, de fato, um compromisso entre ele, ser humano, e o conhecimento que pretende ensinar. Esta dramática realidade, engessada por “currículos” e pela enfurecida necessidade de se “conteudizar” o ensino tem revelado um desprazer em buscar o saber.
Milhares de jovens se vêem diante de um prato indigesto, recheado de conteúdos frios, acinzentados e insossos. Muitos se recusam a “comê-lo” e desistem de sentar-se a mesa. Alguns o saboreiam por que lhe dizem que é bom, pois mais tarde, lhe fará bem. A isso, alguns chamam de qualidade, afinal apenas os bons sabem saborear o “insaboreável” e, adiam o uso do que, supostamente, aprenderam. Os maus elementos, estes querem tudo para agora, não tem paciência para esperar, são rebeldes, inconvenientes e até mal-educados.
Qualidade então é sinônimo de capacidade de adiar a vida. Sacrificar-se gratuitamente como numa espécie de ritual para a santificação daqueles que suportam a arrogância e a prepotência dos “donos da verdade”. Aqueles que se submetem a este ritual estéril e moribundo sacrificam-se agora para alcançar o “Nirvana” (felicidade plena, paraíso). Felizmente, os que se conformam e se submetem a isso, são cada vez menos freqüentes.
Há uma grande legião de “rebeldes” que, felizmente, tem desacomodado sistematicamente um poderoso sistema deformador de seres humanos. São seres humanos que buscam uma amplitude maior e desejam vislumbrar o saber, com prazerosidade, alegria e contentamento. Admitem se submeter a metodologias e práticas que lhes ensinem algo que seja pertinente e relevante, que os transforme a cada dia em seres humanos melhores, mais felizes e mais autênticos. Eis a grande sacada: qualidade já não é mais o silêncio, mas o “inconveniente” burbulhar das discussões temperadas de temas capazes de mudar a vida e o destino dos seres humanos.
Qualidade também é tratar cada ser humano como único, exclusivo, capaz ou não de gostar de algo. Os princípios da unicidade e da individualidade nos impõe o reconhecimento de que todos somos diferentes, porém, não desiguais. Assim, um conceito deve ser apresentado a todos, porém, cada sujeito o compreenderá e o utilizará a sua maneira. A não padronização das formas de entendimento respeita o direito humano de cada pessoa ser diferente e única.
Qualidade então, é oferecer a cada ser humano, saberes que sejam pertinentes e relevantes e que possam ser assimilados de forma individualizada e única. É fazer o homem e a mulher sentirem-se feliz e auto-transformador. Esta qualidade, há que ser conquistada a cada dia, a cada momento, de forma persistente e paciente. É um exercício intenso de celebração da vida, feita de forma ética, amorosa e solidária.

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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.