Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 13 de julho de 2008

Parênteses

Os tempos atuais nos impõe a necessidade de sermos um tanto imediatistas. Fatos que num passado recente aconteciam a cada década podem acontecer a cada ano, a cada mês, a cada dia. Assim faz com que seja praticamente impossível planejar para meses, anos ou décadas futuras. O que se nota é que as pessoas não estão familiarizadas com esta dinâmica dos tempos. Há uma dificuldade das pessoas se situarem e perceberem que houve um passado e que há um futuro.

Assim o teórico John Naisbitt afirma que “Vivemos na era do parênteses, uma época entre duas eras. É como se nós tivéssemos metido entre parênteses o presente, separando-o do passado e do futuro, porque não estamos nem aqui em lá”. Equivicadamente pouco aproveitamos do que já vivemos, ignoramos o que não deu certo e superestimamos os acertos. Em relação ao futuro, simplesmente o dispensamos. Prova disto é tratamento que oferecemos ao meio ambiente. A traumática experiência de não poder mais respirar ou tomar um copo d’água poderá ser a única forma de romper o parênteses em que nos encontramos. Mas como evitar passar por este trauma que pode inclusive, ser irreversível?

Parece ser hora de rompermos o parênteses em direção ao passado. Conhecer a história do que somos e fazemos pode ser um meio de (re)construir o presente e planejar o futuro de forma humana e responsável. Não se trata de agir de forma saudosista, mas de valorizar o que contribuiu para o que somos. Em relação ao futuro, não se trata de um projeto minucioso e metódico, mas de uma preparação para a flexibilização e a inovação. Trata-se de imprimir coragem e ousadia e ao mesmo tempo reconhecer de que é preciso sensibilidade para perceber que o mundo não existe por que nós existimos, mas contrário, nós existimos por que o mundo existe. Este é outro parênteses importante a ser rompido. Falamos do contexto de nosso planeta como se estivéssemos fora, ou se estivéssemos dentro dele sem, no entanto assumi-lo.

Lançamo-nos em tempo de rupturas o que requer conhecimento, afinal o empirismo não permite compreender a força e a profundidade que os parênteses exercem sobre cada ser humano. Além de conhecimento é preciso também de pessoas tomadas por valores humanos que permitam ao conhecimento, gerar comprometimento. Ninguém se compromete com o que o desafia se não o conhece.

Hoje sabemos que se caminharmos no ritmo alucinante atual, o futuro se encurtará cada vez mais, e então se rompermos o parênteses que também nos espremerá cada vez mais, cairemos num grande abismo. Num abismo sem ar, se água e sem vida. Mas há fatos que ultrapassam os limites dos parênteses e acendem esperanças como, por exemplo, a produção de energia alternativa através de fontes renováveis. Esta simples mudança pode representar a diferença entre ter ou não perspectivas de futuro. Mas a mudança não é tão simples quanto parece. Envolve interesses econômicos e históricos importantes que inflamam discursos e nos remetem a reflexões acerca das novidades que surgem.

Novamente entram em cena o conhecimento e os valores, que necessitam oferecer instrumentos e argumentos em favor de uma discussão significativa e comprometida. Assim, ao que parece a solução está na capacidade que a humanidade tem de exercer sua mais simples e complexa função: ser humana. O ritmo alucinante das máquinas e do mercado arquitetados pelo próprio homem, o fizeram incapaz de se reconhecer responsável por seus próprios atos o distanciou de sua história, limitando-se ao imediatismo do presente.

Libertar-nos dos grilhões presente e dos parênteses é pois um exercício diário de cidadania e liberdade, sem o que seremos meros espectadores de um espetáculo trágico, desumano, cruel e morta. Renunciar a condição de agente construtor da história, redundo nossa existência a apenas um pequeno parênteses da história é uma indignidade cometida contra nós, contra os que estiveram aqui antes de nós e contra os que ainda não nasceram.

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Nilton!
Ao ler o seu texto, voltou uma reflexão que fiz ontem ao observar várias construções belíssimas derrubadas como num passe de mágica para dar lugar a mais um arranha-céu em B Camboriú.Mais uma vez o poder econômico dando as regras, independente de cultura, tradição, história.
Abraços

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.