O direito a propriedade, que é algo imprescindível à realidade capitalista neoliberal, que se consolida diuturnamente após o advento da globalização, tem transformado tudo em mercadoria. Terras, seres humanos, florestas, água e tantas outras coisas parecem convertidas em cifras. Isto graças à ajuda da educação, desde a criação das universidades, que surgem para formar a elite para dominar e a plebe para se submeter a esta elite.
Noutros tempos, a ambição capitalista se debruçou sobre a posse de terras, ocasionando guerras e conflitos nunca resolvidos. Com a revolução industrial, século XVI, a disputa passa a ser pela mão-de-obra e pela capacidade de trabalho. Mais recentemente, com o ciber-universo, criado pelo advento e consolidação do conhecimento digital, percebe-se que o conhecimento é o grande patrimônio a ser conquistado.
Mas, ao contrário das terras e da mão-de-obra, o conhecimento é algo que não pode ser controlado, guardado, comprado e estocado. O conhecimento é dinâmico, auto-degenerativo e auto-regenerativo. Se ao adquirir o direito de propriedade sobre terras, garante-se que haverá um acréscimo no valor daquele patrimônio, o mesmo não ocorre com o conhecimento. O que se sabe hoje é infinitamente superior e mais significativo do que se sabia ontem e amanhã se saberá muito mais e melhor do que hoje. Esta dinâmica nos impõe uma nova ordem em relação ao saber: ele é e deve ser público para não se mediocrizar.
A resistência a esta dimensão assumida pelo conhecimento torna os seus “proprietários” arrogantes, prepotentes, hostis e desumanos. Os convence de algo que efetivamente não são: donos do saber. Esta atitude pode gerar pelo menos três tipos de seres humanos: 1 – aqueles(as) que realmente acreditam que detém e dominam o saber e ignoram sua dinâmica; 2 – aqueles(as) que sabem que não detém coisa alguma, mas não permitem que alguém saiba disso; 3 – aqueles(as) que se flagram e se reconhecem como humildes seres humanos em construção e que por isso desejam compartilhar, (re)construir e humanizar o saber.
As duas primeiras categorias são responsáveis (in)diretas pelas maiores tragédias humanas visíveis e invisíveis: fome, guerras, aquecimento global, epidemias, opressão, escravidão, violência, etc. Por muito tempo, foram responsáveis pela consolidação da idéia de que poucos possuem dons e talentos que possam lhe garantir condições de aprender e dominar o saber. A grande maioria é condicionada ao coadjuvante papel de submissos, oprimidos e desvalidos.
A terceira categoria é a que realmente tem feito à diferença. Uma postura ética, solidária e humana em que o conhecimento é visto como instrumento de promoção da vida. Não apenas reconhecem o caráter público do conhecimento, mas lutam pela democratização ao seu acesso. Nesta perspectiva, todos os seres humanos são convidados ao grande banquete do saber, não apenas para saciar suas necessidades, mas para compartilhar sua vivência, sua percepção das coisas, sua condição planetária.
Um(a) empresário, um(a) professor(a), um(a) engenheiro(a) incapazes de assumir sua humilde condição de agentes em construção serão apenas um(a) empresário, um(a) professor(a), um(a) engenheiro(a). Ao perceberem sua condição de incompletos, de diferentes não-desiguais, serão então cidadãos, militantes solidários por um planeta acolhedor, governado por valores e concepções superiores a qualquer ser humano.
O saber, como patrimônio público é, pois, a garantia da continuidade da existência da vida na terra. É a possibilidade de se ter esperança, de se acreditar que há ainda com o que se sonhar.
Noutros tempos, a ambição capitalista se debruçou sobre a posse de terras, ocasionando guerras e conflitos nunca resolvidos. Com a revolução industrial, século XVI, a disputa passa a ser pela mão-de-obra e pela capacidade de trabalho. Mais recentemente, com o ciber-universo, criado pelo advento e consolidação do conhecimento digital, percebe-se que o conhecimento é o grande patrimônio a ser conquistado.
Mas, ao contrário das terras e da mão-de-obra, o conhecimento é algo que não pode ser controlado, guardado, comprado e estocado. O conhecimento é dinâmico, auto-degenerativo e auto-regenerativo. Se ao adquirir o direito de propriedade sobre terras, garante-se que haverá um acréscimo no valor daquele patrimônio, o mesmo não ocorre com o conhecimento. O que se sabe hoje é infinitamente superior e mais significativo do que se sabia ontem e amanhã se saberá muito mais e melhor do que hoje. Esta dinâmica nos impõe uma nova ordem em relação ao saber: ele é e deve ser público para não se mediocrizar.
A resistência a esta dimensão assumida pelo conhecimento torna os seus “proprietários” arrogantes, prepotentes, hostis e desumanos. Os convence de algo que efetivamente não são: donos do saber. Esta atitude pode gerar pelo menos três tipos de seres humanos: 1 – aqueles(as) que realmente acreditam que detém e dominam o saber e ignoram sua dinâmica; 2 – aqueles(as) que sabem que não detém coisa alguma, mas não permitem que alguém saiba disso; 3 – aqueles(as) que se flagram e se reconhecem como humildes seres humanos em construção e que por isso desejam compartilhar, (re)construir e humanizar o saber.
As duas primeiras categorias são responsáveis (in)diretas pelas maiores tragédias humanas visíveis e invisíveis: fome, guerras, aquecimento global, epidemias, opressão, escravidão, violência, etc. Por muito tempo, foram responsáveis pela consolidação da idéia de que poucos possuem dons e talentos que possam lhe garantir condições de aprender e dominar o saber. A grande maioria é condicionada ao coadjuvante papel de submissos, oprimidos e desvalidos.
A terceira categoria é a que realmente tem feito à diferença. Uma postura ética, solidária e humana em que o conhecimento é visto como instrumento de promoção da vida. Não apenas reconhecem o caráter público do conhecimento, mas lutam pela democratização ao seu acesso. Nesta perspectiva, todos os seres humanos são convidados ao grande banquete do saber, não apenas para saciar suas necessidades, mas para compartilhar sua vivência, sua percepção das coisas, sua condição planetária.
Um(a) empresário, um(a) professor(a), um(a) engenheiro(a) incapazes de assumir sua humilde condição de agentes em construção serão apenas um(a) empresário, um(a) professor(a), um(a) engenheiro(a). Ao perceberem sua condição de incompletos, de diferentes não-desiguais, serão então cidadãos, militantes solidários por um planeta acolhedor, governado por valores e concepções superiores a qualquer ser humano.
O saber, como patrimônio público é, pois, a garantia da continuidade da existência da vida na terra. É a possibilidade de se ter esperança, de se acreditar que há ainda com o que se sonhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário