Chega-se ao final da primeira década do século XXI e do terceiro Milênio com a consciência e a certeza de que é preciso fazer uma nova história. Se o século XX foi marcado pela violência, depredação ambiental e pelo distanciamento entre pobres e ricos, no século XXI há uma busca pela paz, pela preservação ambiental e pela redistribuição das riquezas. Se o século XX foi marcado pela constante inovação tecnológica, pelo surgimento das grandes redes de informação o século XXI, em sua primeira década, vê a ecologia e a espiritualidade dominarem não apenas a literatura, mas também o cotidiano das pessoas. Pode-se dizer que estamos num novo tempo.
Obviamente estamos ainda vivendo uma fase embrionária desta profunda transformação, mas é assim que se começa. Novos valores e novas perspectivas surgem diante da constatação da inviabilidade do modelo construído ao longo do tempo, especialmente no século XX. A humanidade se percebeu ameaçada, e notou que a ameaça vem dela própria. A dominação, o controle e o apoderamento cedem lugar ao cuidado e a compaixão. Não o cuidado e a compaixão do mais forte para o mais fraco, mas de todos os seres humanos, uns para com os outros.
Um cuidado que leva em consideração a necessidade de que todos sejam tratados com igualdade. Um cuidado planetário, através do qual seja garantida vida digna a tudo o que habita o planeta. Percebeu-se finalmente que o capital e o poder perdem totalmente a sua importância se não houver garantias básicas à vida. Assim a ecologia não é apenas uma ciência que trata de questões ligadas ao meio ambiente, mas a vida, a dignidade e a possibilidade de futuro para o planeta. É preciso por isso além de cuidar de nossas florestas e rios, é preciso atenção especial à saúde, saneamento básico, segurança, etc.
Outra tendência é a retomada da condição espiritual, que caracteriza o ser humano, como sujeito de transcendência. O ser humano não se vê apenas como um corpo, mas como um ser privilegiado, que dispõe de um espaço único no planeta. Descobriu, depois de séculos, que sua vida e a do planeta estão ameaçados por ele mesmo. Essa nova condição, exige um novo homem e uma nova mulher! Não há como imaginar um novo tempo, repetindo erros e insistindo nas mesmas atitudes.
Neste sentido em 2011 é preciso avançar! Poluir menos, cuidar melhor do lixo, caminhar mais, alimentar-se melhor, disseminar e viver a paz, conviver mais e melhor! Não basta desejar as melhores coisas para o ano que virá, mas comprometer-se efetivamente em promovê-las. Do contrário, ao final de 2011 estaremos desejando as mesmas coisas para 2012. Enquanto desejarmos aos outros e não construirmos para nós e com os outros, tudo não passará de mera formalidade.
A consciência do mundo, que viabiliza a consciência de mim, inviabiliza a imutabilidade do mundo. "Paulo Freire"
Que bom que você está aqui!
É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!
Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!
Fraterno abraço!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
O “Verdadeiro sentido” do Natal
A celebração do Natal é sempre um tempo especial. Religiosidade, consumo, tradição, luzes, ceia, são alvo da atenção das pessoas. É comum também encontrar quem queira reinventar o Natal, relembrando o chamado “verdadeiro sentido” da data. Um discurso repetitivo e de pouco impacto, visto que tudo o que se critica num ano se repete no outro. Afinal qual o problema? Imagino que seja o fato de que alguns se julgam capazes de descrever este “verdadeiro sentido”. O fato é que cada ser humano é capaz de construir em si e por si este “verdadeiro sentido”.
Certamente não se constrói um “verdadeiro sentido”, para o Natal ou para qualquer coisa, de uma hora para outra. Sentimentos, valores e sentidos tornam-se importantes a partir do momento em que são experimentados. Ora, se a história de uma pessoa e de uma sociedade é um caminho sem volta não há como reconduzi-los a um “verdadeiro sentido” para o Natal. É preciso então construir um novo sentido para o Natal, que seja adequado ao século XXI. Um século que ainda insiste em preservar a perversidade dos outros passados.
Fome, miséria, violência, corrupção, desperdício, analfabetismo estão presentes nos repetitivos discursos proferidos pelos quatro cantos do planeta. Esta repetição é um sinal claro de que estes temas nunca foram prioridade e desta forma torna-se difícil de acreditar que agora, finalmente sejam. Então, é preciso perguntar: Há realmente sinceridade nestes discursos sobre Natal e sobre as prioridades em relação ao futuro? Enquanto estes discursos forem motivados puramente pela emoção e por marqueteiros seria leviano alimentar expectativas. Enquanto a solidariedade entre as pessoas se limitar a campanhas de arrecadação de alimentos, brinquedos e roupas para distribuir por ocasião do Natal, continuaremos a ter miseráveis, famintos e flagelados pelos séculos.
Estas iniciativas são louváveis e merecem aplausos e reconhecimento pelo esforço e caridade de pessoas que se sensibilizam com a miséria alheia. Mas é preciso mais! A compreensão do “verdadeiro sentido” do Natal e da solidariedade passa pelo entendimento de que é preciso construir uma nação que dê oportunidade a todos. Nada mais digno para um pai ou mãe de família, ver sua mesa repleta de alimentos, justiça e esperança. Assim, esmola e caridade não serão mais necessárias e em seu lugar celebraremos a partilha, onde todos tenham a dar e a receber.
Enquanto o Natal for apenas uma vez por ano e para algumas pessoas seu “verdadeiro sentido” jamais será compreendido. A celebração do Natal diário só será possível quando os tiros cederam lugar aos abraços, as guerras ao encontros, a fome à fartura, o flagelo ao bem-viver, a morte à vida. Então haverá mais tempo para a criança brincar, para pais e mães dialogarem, vovôs e vovós orgulhosos contarem sua caminhada! Haverá um lugar em cada coração e em cada família, para o Menino nascer a cada dia.
Certamente não se constrói um “verdadeiro sentido”, para o Natal ou para qualquer coisa, de uma hora para outra. Sentimentos, valores e sentidos tornam-se importantes a partir do momento em que são experimentados. Ora, se a história de uma pessoa e de uma sociedade é um caminho sem volta não há como reconduzi-los a um “verdadeiro sentido” para o Natal. É preciso então construir um novo sentido para o Natal, que seja adequado ao século XXI. Um século que ainda insiste em preservar a perversidade dos outros passados.
Fome, miséria, violência, corrupção, desperdício, analfabetismo estão presentes nos repetitivos discursos proferidos pelos quatro cantos do planeta. Esta repetição é um sinal claro de que estes temas nunca foram prioridade e desta forma torna-se difícil de acreditar que agora, finalmente sejam. Então, é preciso perguntar: Há realmente sinceridade nestes discursos sobre Natal e sobre as prioridades em relação ao futuro? Enquanto estes discursos forem motivados puramente pela emoção e por marqueteiros seria leviano alimentar expectativas. Enquanto a solidariedade entre as pessoas se limitar a campanhas de arrecadação de alimentos, brinquedos e roupas para distribuir por ocasião do Natal, continuaremos a ter miseráveis, famintos e flagelados pelos séculos.
Estas iniciativas são louváveis e merecem aplausos e reconhecimento pelo esforço e caridade de pessoas que se sensibilizam com a miséria alheia. Mas é preciso mais! A compreensão do “verdadeiro sentido” do Natal e da solidariedade passa pelo entendimento de que é preciso construir uma nação que dê oportunidade a todos. Nada mais digno para um pai ou mãe de família, ver sua mesa repleta de alimentos, justiça e esperança. Assim, esmola e caridade não serão mais necessárias e em seu lugar celebraremos a partilha, onde todos tenham a dar e a receber.
Enquanto o Natal for apenas uma vez por ano e para algumas pessoas seu “verdadeiro sentido” jamais será compreendido. A celebração do Natal diário só será possível quando os tiros cederam lugar aos abraços, as guerras ao encontros, a fome à fartura, o flagelo ao bem-viver, a morte à vida. Então haverá mais tempo para a criança brincar, para pais e mães dialogarem, vovôs e vovós orgulhosos contarem sua caminhada! Haverá um lugar em cada coração e em cada família, para o Menino nascer a cada dia.
Educação para a Paz!
Os episódios ocorridos no Rio de Janeiro remetem a sociedade a inúmeras discussões. Discussões de ordem política, social, humana e também educacional. Após as ocupações policiais dos morros cariocas pelo Estado é preciso estabelecer estratégias para que esta ocupação seja também uma ocupação cidadã. Antes disso é preciso dizer que a criação de um verdadeiro Estado paralelo, comandado por traficantes, assassinos e outras categorias de criminosos, não é fruto do acaso.
Este comandantes são fruto da omissão, da subserviência e da incompetência do poder público que falhou primeiramente na educação e seguiu impotente em áreas como saúde, lazer e segurança. Portanto, para evitar que novos “Complexos do Alemão” surjam pelo país, já temos uma lição ensinada pelo silêncio de inocentes e pelo sangue derramado pelo martírio de cidadãos historicamente esquecidos pelo Estado.
A falta de uma educação estruturada em valores e princípios de defesa da vida, portanto éticos, se traduz em fatos abomináveis. Os fatos do Rio de Janeiro são um exemplo de absurdos que se constroem lentamente por um longo período de ausência de lei. Mas tudo isso inicia-se pela formação que se oferece a crianças e jovens. Até o momento nenhum estudo genético foi capaz de provar que qualquer ser humano nasce criminoso. Ao contrário, o que se sabe é que o ambiente e o convívio forjam o caráter e a conduta de cada ser humano.
A educação, seja ela familiar ou escolar, constitui um dos espaços privilegiados de condicionamento de posturas. Uma educação para a paz será essencialmente uma educação a favor da vida, uma educação ética. Para isso não basta apresentar à criança e ao adolescente, os fenômenos bioquímicos que permitem a uma pessoa sobreviver. Ao contrário, a complexidade que envolve o conceito de vida, exige a percepção de valores como tolerância, respeito, partilha e solidariedade. Um conceito a ser construído, portanto, como um exercício de aprendizagem em que cada ser humano compreenda que não há melhores ou piores, apenas diferentes.
Enquanto a cor da pele, a opção sexual, os gostos musicais, o tamanho da silhueta, servirem de instrumento de classificação de seres humanos seremos coniventes com tudo o que gera toda a sorte de violência. A tolerância ao intolerável faz surgir uma verdadeira legião de marginais que agridem pais e professores, torturam colegas, traficam drogas e exterminam pessoas. Além do ocorrido no Rio de Janeiro, fatos ditos isolados, ocorrem por todo o país.
A relação selvagem entre seres humanos, merece atenção nos momentos de se discutir educação e formação humanas. E uma das formas de diluir a selvageria presente e crescente em nosso contexto é apostar e principalmente investir numa nova forma de educar as pessoas. A pacificação pela educação será sempre mais segura e mais consistente. Promover a paz não significa estabelecer que cessem as divergências, os conflitos e as diferenças. Significa pura e simplesmente fazer cessar a violência manifestada através de atitudes preconceituosas, autoritárias, arrogantes e desumanas.
Afastando a violência das relações humanas é possível pensar em solidariedade, respeito, liberdade e democracia. Valores fundamentais para que se possa viver em paz. Uma paz social e planetária. Construir esta paz, pela educação é por sua vez um compromisso político e ético. Um compromisso com o futuro!
* Texto publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 17.12.10
Este comandantes são fruto da omissão, da subserviência e da incompetência do poder público que falhou primeiramente na educação e seguiu impotente em áreas como saúde, lazer e segurança. Portanto, para evitar que novos “Complexos do Alemão” surjam pelo país, já temos uma lição ensinada pelo silêncio de inocentes e pelo sangue derramado pelo martírio de cidadãos historicamente esquecidos pelo Estado.
A falta de uma educação estruturada em valores e princípios de defesa da vida, portanto éticos, se traduz em fatos abomináveis. Os fatos do Rio de Janeiro são um exemplo de absurdos que se constroem lentamente por um longo período de ausência de lei. Mas tudo isso inicia-se pela formação que se oferece a crianças e jovens. Até o momento nenhum estudo genético foi capaz de provar que qualquer ser humano nasce criminoso. Ao contrário, o que se sabe é que o ambiente e o convívio forjam o caráter e a conduta de cada ser humano.
A educação, seja ela familiar ou escolar, constitui um dos espaços privilegiados de condicionamento de posturas. Uma educação para a paz será essencialmente uma educação a favor da vida, uma educação ética. Para isso não basta apresentar à criança e ao adolescente, os fenômenos bioquímicos que permitem a uma pessoa sobreviver. Ao contrário, a complexidade que envolve o conceito de vida, exige a percepção de valores como tolerância, respeito, partilha e solidariedade. Um conceito a ser construído, portanto, como um exercício de aprendizagem em que cada ser humano compreenda que não há melhores ou piores, apenas diferentes.
Enquanto a cor da pele, a opção sexual, os gostos musicais, o tamanho da silhueta, servirem de instrumento de classificação de seres humanos seremos coniventes com tudo o que gera toda a sorte de violência. A tolerância ao intolerável faz surgir uma verdadeira legião de marginais que agridem pais e professores, torturam colegas, traficam drogas e exterminam pessoas. Além do ocorrido no Rio de Janeiro, fatos ditos isolados, ocorrem por todo o país.
A relação selvagem entre seres humanos, merece atenção nos momentos de se discutir educação e formação humanas. E uma das formas de diluir a selvageria presente e crescente em nosso contexto é apostar e principalmente investir numa nova forma de educar as pessoas. A pacificação pela educação será sempre mais segura e mais consistente. Promover a paz não significa estabelecer que cessem as divergências, os conflitos e as diferenças. Significa pura e simplesmente fazer cessar a violência manifestada através de atitudes preconceituosas, autoritárias, arrogantes e desumanas.
Afastando a violência das relações humanas é possível pensar em solidariedade, respeito, liberdade e democracia. Valores fundamentais para que se possa viver em paz. Uma paz social e planetária. Construir esta paz, pela educação é por sua vez um compromisso político e ético. Um compromisso com o futuro!
* Texto publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 17.12.10
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Educação Libertadora: esforço, mérito e punição
Uma das funções mais belas e humanas da educação é a promoção da libertação de seres humanos. Esta libertação é quase um batismo. Na tradição católica costuma-se dizer que o batismo liberta do pecado original. Torna o sujeito membro de uma comunidade e por ela deverá viver! A educação libertadora surge com o propósito de romper com os grilhões que prendem o ser humano a sua bestialidade. Por bestialidade humana entende-se o caráter competitivo, agressivo, voraz e cruel que herdou-se dos instintos do passado.
O final do ano letivo para muitas crianças e adolescentes, é o momento de ganhar aquele brinquedo, fazer aquela viagem como recompensa pelo êxito de seu “esforço” nas rotinas de todo um ano, ou então de esparramar incontáveis justificativas pelo insucesso, apesar do “esforço”. Aos contemplados com a “punição” do insucesso a preocupação em justificar. Educadores, famílias e adolescentes, buscando elementos diversos para expressar culpas. Elementos de ordem médica, psicológica, mística surgem para justificar o óbvio. Não houve sintonia entre o que se ensinou, o que se aprendeu e o que realmente deve ser ensinado e aprendido.
O que se ensinou, em verdade se constitui numa repetição de enunciados que já eram conhecidos de nossos avós, com honrosas exceções. Pouco se problematiza, questiona e debate no contexto escolar. É preciso vencer conteúdos! E é bom que se diga que os educadores são induzidos a cometer este erro, por que por mais que se cobre uma educação inovadora, sabe-se que a aprovação em concursos, vestibulares, por exemplo, se dá principalmente pelo domínio dos tais enunciados.
O que se aprendeu, passa a ser materializado através de boletins, relatórios e sente-se que pretendem determinar a qualidade intelectual de crianças e adolescentes. As famílias não imaginam que seus filhos deveriam estar preparados para transformar a sociedade em que vivem, tornando-a includente e cooperativa. Em lugar de enunciados e conteúdos, valores e virtudes poderiam contribuir para a formação de sujeitos para esta nova sociedade. A maioria das crianças e adolescentes, até acreditam que seja possível e necessária esta transformação. Mas como nós educadores e pais também já tivemos este sonho, e este foi reprimido, acreditamos que devemos agir da mesma forma com eles.
Assim, o dito “esforço” corresponde a uma espécie de enquadramento, é “cair na real” como dizem. Diversidade, identidade, solidariedade e compaixão são considerados valores que enfraquecem o potencial competitivo do sujeito. E enfraquecem mesmo, pois estão diretamente ligados a cooperação, jamais a competição. O grande mérito está em ser competitivo, o melhor entre muitos. Haverá, naturalmente, um premiado e muitos punidos! O que assusta é exatamente isso: é natural que haja um vencedor e muitos derrotados!
O mérito está em ser o maior, e não o melhor! Ser o melhor não exclui, evidentemente a possibilidade de ser também o maior. Mas desta forma, para ser o melhor ( e o maior), é preciso saber partilhar, conviver, acolher e cooperar. É dar oportunidades iguais a quem é diferente. Em tempos em que a grande preocupação é com a sobrevivência do próprio planeta, incutir o espírito competitivo a aprová-los por isso, me parece a maior punição para eles e para o futuro.
O grande e verdadeiro esforço que nos resta empreender é o de libertar as futuras gerações daquilo que poderá aniquilá-las: a competição. A competição a que nos referimos, trata de um esforço em dominar a natureza, devastando florestas, solos e águas e cometendo verdadeiros genocídio contra índios, judeus e negros, para citar alguns exemplos.
Mas o que deve ser ensinado e aprendido? Há dúvidas quanto ao ensinar. Soa como se alguém pudesse transferir o que sabe. Mais do que isso, como se este saber, pudesse assumir a condição de verdade absoluta e que deva ser ensinado e aprendido sem qualquer mudança ou transformação. Em relação a aprender, é possível dizer que é um exercício que transcende a simples apreensão de informações. Trata-se de uma construção imersa em valores que permita a compreensão do individual e do coletivo, com duas dimensões que dialoguem entre si, e se forjem dialeticamente.
Assim, educadores, pais e adolescentes necessitam compreender que esforço, mérito e punição são mais do que simples palavras. Não são palavras que se aplicam a alunos em final de ano letivo, mas valores que poderão definir o futuro, inclusive a possibilidade de haver futuro! Parte da libertação que a educação poderá oferecer é a certeza de que é possível haver futuro, através da soma da diversidade de esforços.
O final do ano letivo para muitas crianças e adolescentes, é o momento de ganhar aquele brinquedo, fazer aquela viagem como recompensa pelo êxito de seu “esforço” nas rotinas de todo um ano, ou então de esparramar incontáveis justificativas pelo insucesso, apesar do “esforço”. Aos contemplados com a “punição” do insucesso a preocupação em justificar. Educadores, famílias e adolescentes, buscando elementos diversos para expressar culpas. Elementos de ordem médica, psicológica, mística surgem para justificar o óbvio. Não houve sintonia entre o que se ensinou, o que se aprendeu e o que realmente deve ser ensinado e aprendido.
O que se ensinou, em verdade se constitui numa repetição de enunciados que já eram conhecidos de nossos avós, com honrosas exceções. Pouco se problematiza, questiona e debate no contexto escolar. É preciso vencer conteúdos! E é bom que se diga que os educadores são induzidos a cometer este erro, por que por mais que se cobre uma educação inovadora, sabe-se que a aprovação em concursos, vestibulares, por exemplo, se dá principalmente pelo domínio dos tais enunciados.
O que se aprendeu, passa a ser materializado através de boletins, relatórios e sente-se que pretendem determinar a qualidade intelectual de crianças e adolescentes. As famílias não imaginam que seus filhos deveriam estar preparados para transformar a sociedade em que vivem, tornando-a includente e cooperativa. Em lugar de enunciados e conteúdos, valores e virtudes poderiam contribuir para a formação de sujeitos para esta nova sociedade. A maioria das crianças e adolescentes, até acreditam que seja possível e necessária esta transformação. Mas como nós educadores e pais também já tivemos este sonho, e este foi reprimido, acreditamos que devemos agir da mesma forma com eles.
Assim, o dito “esforço” corresponde a uma espécie de enquadramento, é “cair na real” como dizem. Diversidade, identidade, solidariedade e compaixão são considerados valores que enfraquecem o potencial competitivo do sujeito. E enfraquecem mesmo, pois estão diretamente ligados a cooperação, jamais a competição. O grande mérito está em ser competitivo, o melhor entre muitos. Haverá, naturalmente, um premiado e muitos punidos! O que assusta é exatamente isso: é natural que haja um vencedor e muitos derrotados!
O mérito está em ser o maior, e não o melhor! Ser o melhor não exclui, evidentemente a possibilidade de ser também o maior. Mas desta forma, para ser o melhor ( e o maior), é preciso saber partilhar, conviver, acolher e cooperar. É dar oportunidades iguais a quem é diferente. Em tempos em que a grande preocupação é com a sobrevivência do próprio planeta, incutir o espírito competitivo a aprová-los por isso, me parece a maior punição para eles e para o futuro.
O grande e verdadeiro esforço que nos resta empreender é o de libertar as futuras gerações daquilo que poderá aniquilá-las: a competição. A competição a que nos referimos, trata de um esforço em dominar a natureza, devastando florestas, solos e águas e cometendo verdadeiros genocídio contra índios, judeus e negros, para citar alguns exemplos.
Mas o que deve ser ensinado e aprendido? Há dúvidas quanto ao ensinar. Soa como se alguém pudesse transferir o que sabe. Mais do que isso, como se este saber, pudesse assumir a condição de verdade absoluta e que deva ser ensinado e aprendido sem qualquer mudança ou transformação. Em relação a aprender, é possível dizer que é um exercício que transcende a simples apreensão de informações. Trata-se de uma construção imersa em valores que permita a compreensão do individual e do coletivo, com duas dimensões que dialoguem entre si, e se forjem dialeticamente.
Assim, educadores, pais e adolescentes necessitam compreender que esforço, mérito e punição são mais do que simples palavras. Não são palavras que se aplicam a alunos em final de ano letivo, mas valores que poderão definir o futuro, inclusive a possibilidade de haver futuro! Parte da libertação que a educação poderá oferecer é a certeza de que é possível haver futuro, através da soma da diversidade de esforços.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Formação Virtual de Crianças
A presença da INTERNET e dos ambientes virtuais no cotidiano da humanidade é inegável. Transações bancárias, formação acadêmica, relacionamentos, comunicação, são apenas algumas atividades que podem ser concretizadas em qualquer tempo e em qualquer lugar do mundo, bastando um equipamento e um ponto de acesso a grande rede. E tudo isso pode ser feito por qualquer pessoa, independente de sua idade e de suas convicções. Por esta razão uma das grandes preocupações da atualidade é preparar nossas crianças e adolescentes para utilizar este recurso.
Por ser um espaço de circulação permanente e indiscriminado de pessoas a INTERNET é também um espaço de exposição. Nos ambientes físicos concretos é possível um controle maior, por serem mais limitados e por haver um contato presencial entre os envolvidos. Assim, era comum, os pais proibirem seus filhos de receber certos amigos em suas casas, ou de frequentar ambientes considerados impróprios. Mas em relação aos ambientes virtuais este controle é muito mais difícil. Sem sair de casa é possível trazer o mundo para dentro dela. A vizinhança já não são mais as pessoas a quem cumprimentamos e com quem conversamos naqueles minutos de folga ou caminhada pelo quarteirão onde moramos. A vizinhança é o mundo.
Se antes era preciso preparar nossas crianças a não aceitar alimentos e brinquedos de estranhos, agora é preciso ensiná-las e escolher o site mais adequado, a filtrar conteúdos. Algo muito mais complexo pela variedade de sites e conteúdos e principalmente pela falta de conhecimento dos pais sobre este novo mundo. Um mundo gigantesco e invisível. Mas, qual a possível solução para isso? Uma opção radical seria renunciar completamente à INTERNET, o que geraria um colapso, pois já não é possível imaginar o mundo real sem o virtual. Proibir o acesso de nossas crianças e adolescentes aos ambientes virtuais seria privá-los da possibilidade de se inserir verdadeiramente na sociedade real. Seria negar-lhes o direito de fazer parte do século XXI e depõe contra todas as concepções de inclusão social.
A solução me parece um tanto simples. Afinal, como aprendemos, em nossa infância a agir de forma correta, justa e digna? Quem nos ensinou a não aceitar presentes e agrados de estranhos? Certamente não foram livros, cartilhas ou tratados, mas o convívio familiar através do qual, diferentes valores serão apresentados e partilhados. Mais do que proibir, é preciso educar o ser humano a conviver. E hoje conviver significa também discernir conteúdos e ambientes.
O convívio, seja físico ou virtual, exige além de conhecimento, uma grande bagagem de valores, que podem e devem ser reforçados pela escola, mas que nascem no seio da família. O caráter intransferível da formação familiar é o que vai determinar a capacidade de conviver de forma saudável, seja num ambiente real ou virtual. Por esta razão, apostar na família ainda é uma forma de garantir que a formação real ou virtual possa consolidar valores farão de cada criança um sujeito livre, responsável e preparado para dizer não, não apenas para quem oferece um agrado, mas para quem atrai, mente, omite.
A escola tem seu papel nesta questão. Além de tratar de conceitos e conteúdos, poderá contribuir para que cada criança se torne um adulto capaz de discernir o certo e o errado. Para isso a escola deverá utilizar-se de valores éticos, para que cada ser humano possa perceber a melhor forma de agir. Assim escola e família, cumprirão o seu papel, e juntas formarão gerações capazes de conviver de forma respeitosa e solidária.
Texto publicado no Jornal do Médio Vale, na edição de 03.11.10.
Por ser um espaço de circulação permanente e indiscriminado de pessoas a INTERNET é também um espaço de exposição. Nos ambientes físicos concretos é possível um controle maior, por serem mais limitados e por haver um contato presencial entre os envolvidos. Assim, era comum, os pais proibirem seus filhos de receber certos amigos em suas casas, ou de frequentar ambientes considerados impróprios. Mas em relação aos ambientes virtuais este controle é muito mais difícil. Sem sair de casa é possível trazer o mundo para dentro dela. A vizinhança já não são mais as pessoas a quem cumprimentamos e com quem conversamos naqueles minutos de folga ou caminhada pelo quarteirão onde moramos. A vizinhança é o mundo.
Se antes era preciso preparar nossas crianças a não aceitar alimentos e brinquedos de estranhos, agora é preciso ensiná-las e escolher o site mais adequado, a filtrar conteúdos. Algo muito mais complexo pela variedade de sites e conteúdos e principalmente pela falta de conhecimento dos pais sobre este novo mundo. Um mundo gigantesco e invisível. Mas, qual a possível solução para isso? Uma opção radical seria renunciar completamente à INTERNET, o que geraria um colapso, pois já não é possível imaginar o mundo real sem o virtual. Proibir o acesso de nossas crianças e adolescentes aos ambientes virtuais seria privá-los da possibilidade de se inserir verdadeiramente na sociedade real. Seria negar-lhes o direito de fazer parte do século XXI e depõe contra todas as concepções de inclusão social.
A solução me parece um tanto simples. Afinal, como aprendemos, em nossa infância a agir de forma correta, justa e digna? Quem nos ensinou a não aceitar presentes e agrados de estranhos? Certamente não foram livros, cartilhas ou tratados, mas o convívio familiar através do qual, diferentes valores serão apresentados e partilhados. Mais do que proibir, é preciso educar o ser humano a conviver. E hoje conviver significa também discernir conteúdos e ambientes.
O convívio, seja físico ou virtual, exige além de conhecimento, uma grande bagagem de valores, que podem e devem ser reforçados pela escola, mas que nascem no seio da família. O caráter intransferível da formação familiar é o que vai determinar a capacidade de conviver de forma saudável, seja num ambiente real ou virtual. Por esta razão, apostar na família ainda é uma forma de garantir que a formação real ou virtual possa consolidar valores farão de cada criança um sujeito livre, responsável e preparado para dizer não, não apenas para quem oferece um agrado, mas para quem atrai, mente, omite.
A escola tem seu papel nesta questão. Além de tratar de conceitos e conteúdos, poderá contribuir para que cada criança se torne um adulto capaz de discernir o certo e o errado. Para isso a escola deverá utilizar-se de valores éticos, para que cada ser humano possa perceber a melhor forma de agir. Assim escola e família, cumprirão o seu papel, e juntas formarão gerações capazes de conviver de forma respeitosa e solidária.
Texto publicado no Jornal do Médio Vale, na edição de 03.11.10.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Ética e complexidade no uso das mídias na educação: cabeças bem feitas e menos cheias
Em nome da modernização de métodos e estratégias educativas, diferentes teorias e políticas públicas são articuladas. Para avaliar o real impacto destas políticas, são estabelecidas metas relacionadas ao rendimento individual e/ou coletivo dos educandos, aumento no índice de aprovação, redução dos índices de evasão, etc. Percebe-se, portanto, uma avaliação direcionada a estatísticas e métodos quantitativos. Mas há valores que transcendem aos que podem ser mensurados por estatísticas e gráficos. Ética e complexidade são valores imensuráveis por métodos quantitativos de avaliação; encontram-se e podem ser compreendidos partindo-se de análises qualitativas do processo educativo.
As discussões de valores como ética e complexidade na educação são tão diversas e complexas quanto as múltiplas formas de tentar compreende-las. Uma das discussões é a que expõe a necessidade de se discutir o que e como deve ser ensinado, para que haja um resultado efetivo na aprendizagem e na efetiva (trans)formação do educandos. Neste sentido, as mídias figuram como um recurso de grande impacto e relevância quando da percepção complexa que envolve o ato de aprender. A ato de educativo não se constitui em mera transferência de informações, mas na condução de um processo de (re)construção permanente de seres humanos.
Se ao longo de décadas, teorias buscaram a melhor maneira de assimilar e acumular saberes, hoje a demanda deposita-se sobre a necessidade de se estabelecer uma (trans)formação concreta de quem aprende, pelo saber. Em outras palavras, não se quer “cabeças bem cheias”, mas “cabeças bem feitas”. Mudanças urgem diante desta nova concepção nos diversos campos tais como: metodologias de ensino, estratégias de aprendizagem e de avaliação. As mídias poderão contribuir acumulando saberes, permitindo aos cérebros ocupar-se com aquilo que apenas o ser humano é capaz de fazer: (trans)formar-se de forma auto-eco-organizativa.
Neste sentido é preciso afirmar que a condição humana de educadores e da educandos transcende a soma de suas múltiplas características individuais e/ou coletivas, e para compreende-la há que se buscar uma percepção sensível desta multiplicidade. Para tal, é impreterível reconhecer o elevado nível de complexidade que envolve o seu desenvolvimento individual. Neste sentido as mídias, como espaço de produção, divulgação e acúmulo de saberes e conceitos são também um espaço para instigar a superação destes saberes e conceitos, através de discussões dialéticas e complexas. Temas tradicionalmente abordados em disciplinas escolares, agora poderão motivar discussões inter e transdisciplinares, possibilitando não apenas a divulgação de saberes e conceitos, mas a sua construção coletiva e comprometida.
Esta construção exige dos educadores, a compreensão de que não há saberes exclusivos, isolados em disciplinas. Ao contrário, os saberes interagem, se completam, se somam e por isso se auto-constroem. Esta interação se dá através do reconhecimento da diversidade de opiniões e saberes e do respeito as diferenças entre conceitos. Para tal exercita-se a postura ética que culmina com o convívio e aceitação das diferenças, transformando-as em instrumento de consolidação de uma nova forma de educar, comprometendo a todos na busca de um objetivo comum e coletivo. Este comprometimento consolida-se pela concepção ética de que não há saberes maiores e menores, mais e menos importantes, mas apenas diferentes, com sua, identidade, historicidade e contextualidade.
Este comprometimento nos sugere a conduta ética como parte de um processo cujos limites pouco conhecemos (por isso não afirmamos que verdadeiramente existam). A mesma ética é também instrumento inerente à formação novas cabeças, não apenas recheadas de informações, mas inconformadas, sensíveis e corajosas. Derivadas desta formação identificam-se atitudes, condutas e convicções que evidenciam seu compromisso com a (trans)formação humana estabelecendo gerações mais sensíveis e solidárias, as cabeças bem feitas. Tal conduta qualifica o ato educativo, pois além de atuar na formação de seu público, permite ao sujeito se auto-eco-organizar assumindo para si a autoria de sua própria existência.
O educador e a educadora, antes vistos como professor e professora responsáveis pela instrução formal da sociedade, agora assumem a responsabilidade de infundir hábitos sociais, de respeito ao próximo, de tolerância e aceitação da diversidade, de construção de seres humanos solidários e sensíveis. A cabeça estando menos cheia de informações e mais bem feita por sucessivas (trans)formações, estará mais atenta ao que de fato emana das necessidades dos seres humanos com os quais convive. Não se trata de diminuir o papel das mídias, mas ao contrário empreender a elas uma função de extrema importância à historicidade do saber e do conhecimento humano. Ela será co-responsável direta pela formação de seres humanos mais sensíveis em relação a sua condição.
* Texto publicado na Revista Gestão Universitária. Edição 250. (24.11.10)
** Texto publicado no site: http://www.abmeseduca.com/
As discussões de valores como ética e complexidade na educação são tão diversas e complexas quanto as múltiplas formas de tentar compreende-las. Uma das discussões é a que expõe a necessidade de se discutir o que e como deve ser ensinado, para que haja um resultado efetivo na aprendizagem e na efetiva (trans)formação do educandos. Neste sentido, as mídias figuram como um recurso de grande impacto e relevância quando da percepção complexa que envolve o ato de aprender. A ato de educativo não se constitui em mera transferência de informações, mas na condução de um processo de (re)construção permanente de seres humanos.
Se ao longo de décadas, teorias buscaram a melhor maneira de assimilar e acumular saberes, hoje a demanda deposita-se sobre a necessidade de se estabelecer uma (trans)formação concreta de quem aprende, pelo saber. Em outras palavras, não se quer “cabeças bem cheias”, mas “cabeças bem feitas”. Mudanças urgem diante desta nova concepção nos diversos campos tais como: metodologias de ensino, estratégias de aprendizagem e de avaliação. As mídias poderão contribuir acumulando saberes, permitindo aos cérebros ocupar-se com aquilo que apenas o ser humano é capaz de fazer: (trans)formar-se de forma auto-eco-organizativa.
Neste sentido é preciso afirmar que a condição humana de educadores e da educandos transcende a soma de suas múltiplas características individuais e/ou coletivas, e para compreende-la há que se buscar uma percepção sensível desta multiplicidade. Para tal, é impreterível reconhecer o elevado nível de complexidade que envolve o seu desenvolvimento individual. Neste sentido as mídias, como espaço de produção, divulgação e acúmulo de saberes e conceitos são também um espaço para instigar a superação destes saberes e conceitos, através de discussões dialéticas e complexas. Temas tradicionalmente abordados em disciplinas escolares, agora poderão motivar discussões inter e transdisciplinares, possibilitando não apenas a divulgação de saberes e conceitos, mas a sua construção coletiva e comprometida.
Esta construção exige dos educadores, a compreensão de que não há saberes exclusivos, isolados em disciplinas. Ao contrário, os saberes interagem, se completam, se somam e por isso se auto-constroem. Esta interação se dá através do reconhecimento da diversidade de opiniões e saberes e do respeito as diferenças entre conceitos. Para tal exercita-se a postura ética que culmina com o convívio e aceitação das diferenças, transformando-as em instrumento de consolidação de uma nova forma de educar, comprometendo a todos na busca de um objetivo comum e coletivo. Este comprometimento consolida-se pela concepção ética de que não há saberes maiores e menores, mais e menos importantes, mas apenas diferentes, com sua, identidade, historicidade e contextualidade.
Este comprometimento nos sugere a conduta ética como parte de um processo cujos limites pouco conhecemos (por isso não afirmamos que verdadeiramente existam). A mesma ética é também instrumento inerente à formação novas cabeças, não apenas recheadas de informações, mas inconformadas, sensíveis e corajosas. Derivadas desta formação identificam-se atitudes, condutas e convicções que evidenciam seu compromisso com a (trans)formação humana estabelecendo gerações mais sensíveis e solidárias, as cabeças bem feitas. Tal conduta qualifica o ato educativo, pois além de atuar na formação de seu público, permite ao sujeito se auto-eco-organizar assumindo para si a autoria de sua própria existência.
O educador e a educadora, antes vistos como professor e professora responsáveis pela instrução formal da sociedade, agora assumem a responsabilidade de infundir hábitos sociais, de respeito ao próximo, de tolerância e aceitação da diversidade, de construção de seres humanos solidários e sensíveis. A cabeça estando menos cheia de informações e mais bem feita por sucessivas (trans)formações, estará mais atenta ao que de fato emana das necessidades dos seres humanos com os quais convive. Não se trata de diminuir o papel das mídias, mas ao contrário empreender a elas uma função de extrema importância à historicidade do saber e do conhecimento humano. Ela será co-responsável direta pela formação de seres humanos mais sensíveis em relação a sua condição.
* Texto publicado na Revista Gestão Universitária. Edição 250. (24.11.10)
** Texto publicado no site: http://www.abmeseduca.com/
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Diversidade, intolerância, ignorância e arrogância.
O mundo pós-moderno revela constantemente uma face perversa da humanidade: a intolerância. A intolerância se constitui na incapacidade de aceitar que nenhum ser humano é igual ao outro. O intolerante, por sua vez, revela outra face obscura do ser humano: a ignorância. Esta baseia-se na falta de conhecimento ou discernimento acerca de um determinado tema. Do intolerante ignorante poderá surgir outro sujeito: o arrogante. Mas afinal, qual relação se estabelece entre estes três termos e a diversidade? Explico.
A mídia noticia com certa freqüência fatos ligados a prática de atos de desrespeito e intolerância cometidas por pessoas ou grupos que defendem ideologias ou opiniões já condenadas pela humanidade e pela história. Movimentos nazistas espalhados pelo mundo, defendem a erradicação de certas etnias; outros perseguem adeptos a credos ou seitas religiosas; outros praticam o desrespeito a diversidade política. Há quem se dê ao papel de não saber conviver com a diferença de gostos artísticos, culinários, etc.
Em outros tempos, conviver com a diversidade religiosa, artística e política era considerada uma virtude, mas quando a humanidade percebeu que nenhum ser humano é igual ao outro, países como o Brasil, estabeleceram leis que obrigam as pessoas a conviver respeitosamente com o diferente. Leis como os estatutos da criança e do adolescente, da igualdade racial e do idoso, impõe que estes grupos sejam tratados de forma digna por toda a sociedade. Assim, o intolerante não é apenas uma pessoa de poucas virtudes, mas alguém que destoa da lei e do bom senso que regem nossa sociedade.
A intolerância aos diferentes, não surge espontaneamente. Tem como berço a ignorância absoluta de quem se recusa a perceber que o mundo não se resume a si próprio. Pessoas desprovidas de humildade e bom senso manifestam suas opiniões como sendo verdades absolutas, únicas, contra as quais não aceitam qualquer contraponto. Assim a intolerância nascida em berço esplendido de ignorância, induz a arrogância.
A ignorância, sentimento medíocre que faz o seu portador, emitir opiniões e estimular atitudes preconceituosas, gera sofrimento, dor e até morte. O deplorável papel do sujeito intolerante-ignorante-arrogante caracterizou-se, através da história, por sua violência e profundo desrespeito à vida. Graças a este tipo de sujeito, num passado recente, indígenas foram mortos, judeus massacrados e negros escravizados.
O que se observa, através de manifestações sutis pela mídia, é que ainda convivemos com pessoas incapazes de aceitar o fato de que há quem pense diferente. Ao contrário, consideram os diferentes menores, medíocres, ordinários e até ridículos. Sua arrogância revestida de preconceitos os convence de que seu exemplo representa uma esperança de salvação para o resto da humanidade.
Pregar a tolerância e o convívio respeitoso entre os diferentes não é uma virtude de poucos, mas um dever coletivo. Nenhum ser humano é menor por não pensar conforme a maioria, por pertencer a uma determinada manifestação religiosa, por ser desta ou daquela origem étnica. O que embeleza o convívio e a existência de cada ser humano são as suas peculiaridades, as suas diferenças. Celebrar a diferença e procurar fazer diferente sempre que possível é pois, um ato de humanidade e um exercício de humildade.
A mídia noticia com certa freqüência fatos ligados a prática de atos de desrespeito e intolerância cometidas por pessoas ou grupos que defendem ideologias ou opiniões já condenadas pela humanidade e pela história. Movimentos nazistas espalhados pelo mundo, defendem a erradicação de certas etnias; outros perseguem adeptos a credos ou seitas religiosas; outros praticam o desrespeito a diversidade política. Há quem se dê ao papel de não saber conviver com a diferença de gostos artísticos, culinários, etc.
Em outros tempos, conviver com a diversidade religiosa, artística e política era considerada uma virtude, mas quando a humanidade percebeu que nenhum ser humano é igual ao outro, países como o Brasil, estabeleceram leis que obrigam as pessoas a conviver respeitosamente com o diferente. Leis como os estatutos da criança e do adolescente, da igualdade racial e do idoso, impõe que estes grupos sejam tratados de forma digna por toda a sociedade. Assim, o intolerante não é apenas uma pessoa de poucas virtudes, mas alguém que destoa da lei e do bom senso que regem nossa sociedade.
A intolerância aos diferentes, não surge espontaneamente. Tem como berço a ignorância absoluta de quem se recusa a perceber que o mundo não se resume a si próprio. Pessoas desprovidas de humildade e bom senso manifestam suas opiniões como sendo verdades absolutas, únicas, contra as quais não aceitam qualquer contraponto. Assim a intolerância nascida em berço esplendido de ignorância, induz a arrogância.
A ignorância, sentimento medíocre que faz o seu portador, emitir opiniões e estimular atitudes preconceituosas, gera sofrimento, dor e até morte. O deplorável papel do sujeito intolerante-ignorante-arrogante caracterizou-se, através da história, por sua violência e profundo desrespeito à vida. Graças a este tipo de sujeito, num passado recente, indígenas foram mortos, judeus massacrados e negros escravizados.
O que se observa, através de manifestações sutis pela mídia, é que ainda convivemos com pessoas incapazes de aceitar o fato de que há quem pense diferente. Ao contrário, consideram os diferentes menores, medíocres, ordinários e até ridículos. Sua arrogância revestida de preconceitos os convence de que seu exemplo representa uma esperança de salvação para o resto da humanidade.
Pregar a tolerância e o convívio respeitoso entre os diferentes não é uma virtude de poucos, mas um dever coletivo. Nenhum ser humano é menor por não pensar conforme a maioria, por pertencer a uma determinada manifestação religiosa, por ser desta ou daquela origem étnica. O que embeleza o convívio e a existência de cada ser humano são as suas peculiaridades, as suas diferenças. Celebrar a diferença e procurar fazer diferente sempre que possível é pois, um ato de humanidade e um exercício de humildade.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Educação de crianças e adolescentes
Muitos colegas educadores afirmam que crianças e adolescentes não gostam de educação, não são educados, etc Pessoalmente prefiro não acreditar nisso. Ao contrário, acredito sinceramente que não há educação sem crianças e adolescentes. Mas então o que estará acontecendo com eles? O que lhes causa tanto desprazer? A reflexão sobre o tema é profunda e não se esgota facilmente. Ao contrário, deve ser permanente para que a educação e sua relação com as pessoas se torne sempre mais significativa.
Enquanto a educação formal for apenas um repasse de conteúdos e os educadores, mediadores entre estes conteúdos e os educandos, o ensino será apenas um ritual. E convenhamos, rituais em que cada gesto é previsível, determinado e imutável tornam-se pouco atrativos à quem se vê descobrindo a intensidade e o prazer de estar vivo. Ler ou decorar um conteúdo, fazer exercícios de fixação e responder a uma prova nem sempre intensificam este prazer.
Significa então que não se pode exigir, cobrar e avaliar nossas crianças e adolescentes? Ao contrário, é preciso desafiá-los, expô-los a conflitos, chamá-los a discussão. Mais do que responder perguntas, é preciso que eles saibam compreender e resolver problemas. Para isso é preciso contar com sua criatividade, curiosidade, sinceridade e sensibilidade. Neste sentido a criança e o adolescente se sentem presentes no que ocorre numa sala de aula. Passam de expectadores a atores de um espetáculo que não termina como sinal de encerramento de uma aula.
Mas esta é a educação formal. Precisa ser refletida por profissionais, que estejam atentos e constantemente dispostos a se questionar, se perguntar sobre “Que educação queremos para nossas crianças e adolescentes?”. Ao educadores também cabe o prazer de estar em sala de aula, sentir-se autor de sua história e de sua participação na vida de crianças e adolescentes. um educador autônomo, sensível, ético e comprometido com a valorização da vida. Da sua vida e a de seus alunos.
Mas não podemos nos reportar apenas a educação formal num momento de discussão como esta. Para que a educação formal oferecida pela escola, seja vista como uma necessidade e como um desafio construtor de novos tempos, é preciso que a criança chegue a escola com outra concepção desta instituição. E tudo começa no momento em que os pais decidem inscrever os filhos na educação infantil. Estudiosos afirmam que este período de formação é fundamental para determinar o futuro do sujeito, seus valores, suas convicções e suas posturas.
Para muitos por necessidade ou por conveniência, cabe a educação infantil (creche) acolher a criança para que lá permaneça enquanto seus pais possam trabalham ou desenvolvam outras atividades. Para eles basta que a instituição ofereça cuidado, alimentação e atividades lúdicas. Esta mesma concepção parece continuar ao longo dos outros períodos de formação de crianças e adolescentes.
Desta forma se a família, como ocorre em muitos casos, inserir na formação de seus filhos a importância real da escola, e esta corresponder a esta expectativa crianças e adolescentes verão na educação uma grande fonte de alegria e prazerosidade. Assim estar numa sala de aula não será um sacrifício, um dever, mas um momento esperado, desejado e intensamente vivido. Por isso é sempre importante lembrar que crianças e adolescentes não são apenas alunos e freqüentadores de uma escola, mas filhos pertencentes a uma família.
* Texto publicado na edição de 05 de novembro de 2010 do Jornal de Médio Vale.
Enquanto a educação formal for apenas um repasse de conteúdos e os educadores, mediadores entre estes conteúdos e os educandos, o ensino será apenas um ritual. E convenhamos, rituais em que cada gesto é previsível, determinado e imutável tornam-se pouco atrativos à quem se vê descobrindo a intensidade e o prazer de estar vivo. Ler ou decorar um conteúdo, fazer exercícios de fixação e responder a uma prova nem sempre intensificam este prazer.
Significa então que não se pode exigir, cobrar e avaliar nossas crianças e adolescentes? Ao contrário, é preciso desafiá-los, expô-los a conflitos, chamá-los a discussão. Mais do que responder perguntas, é preciso que eles saibam compreender e resolver problemas. Para isso é preciso contar com sua criatividade, curiosidade, sinceridade e sensibilidade. Neste sentido a criança e o adolescente se sentem presentes no que ocorre numa sala de aula. Passam de expectadores a atores de um espetáculo que não termina como sinal de encerramento de uma aula.
Mas esta é a educação formal. Precisa ser refletida por profissionais, que estejam atentos e constantemente dispostos a se questionar, se perguntar sobre “Que educação queremos para nossas crianças e adolescentes?”. Ao educadores também cabe o prazer de estar em sala de aula, sentir-se autor de sua história e de sua participação na vida de crianças e adolescentes. um educador autônomo, sensível, ético e comprometido com a valorização da vida. Da sua vida e a de seus alunos.
Mas não podemos nos reportar apenas a educação formal num momento de discussão como esta. Para que a educação formal oferecida pela escola, seja vista como uma necessidade e como um desafio construtor de novos tempos, é preciso que a criança chegue a escola com outra concepção desta instituição. E tudo começa no momento em que os pais decidem inscrever os filhos na educação infantil. Estudiosos afirmam que este período de formação é fundamental para determinar o futuro do sujeito, seus valores, suas convicções e suas posturas.
Para muitos por necessidade ou por conveniência, cabe a educação infantil (creche) acolher a criança para que lá permaneça enquanto seus pais possam trabalham ou desenvolvam outras atividades. Para eles basta que a instituição ofereça cuidado, alimentação e atividades lúdicas. Esta mesma concepção parece continuar ao longo dos outros períodos de formação de crianças e adolescentes.
Desta forma se a família, como ocorre em muitos casos, inserir na formação de seus filhos a importância real da escola, e esta corresponder a esta expectativa crianças e adolescentes verão na educação uma grande fonte de alegria e prazerosidade. Assim estar numa sala de aula não será um sacrifício, um dever, mas um momento esperado, desejado e intensamente vivido. Por isso é sempre importante lembrar que crianças e adolescentes não são apenas alunos e freqüentadores de uma escola, mas filhos pertencentes a uma família.
* Texto publicado na edição de 05 de novembro de 2010 do Jornal de Médio Vale.
sábado, 23 de outubro de 2010
Analfabetismo e democracia
Um dos dramas mais vergonhosos que acomete parte da população brasileira é o fato de não saber ler ou escrever o próprio nome. O analfabetismo atinge a cifra dos 14 milhões de pessoas acima de 15 anos de idade. Outros 34 milhões de brasileiros sabem soletrar e desenhar algumas palavras mas não conhecem seu significado, caracterizando-se como analfabetos funcionais. Somados são cerca de 48 milhões brasileiros vivendo num outro mundo, sombrio, misterioso.
Se considerarmos o fato de que estes brasileiros estão na faixa etária em que é permitido votar, conclui-se que correspondem a cerca de 35,5% do eleitorado brasileiro. Assim mais de um terço dos votos está nas mãos de quem não conseguirá discutir com profundidade a melhor opção para o seu futuro num momento decisivo como ocorre em tempos de eleição.
Mais grave do que isso, são pessoas incapazes de se comunicar e de se fazer ouvir. Permanecem num silêncio ensurdecedor e são por isso, facilmente manipulados por estratégias de propaganda que os transformam em meros bonecos de ventríloquos. Preocupa o fato de que diante desta constatação não se vislumbram políticas públicas que acabem definitivamente com este problema.
Antes de questionar os motivos reais por que ninguém se compromete efetivamente na resolução deste problema vamos apresentar alguns números. Segundo o professor e senador Cristóvam Buarque, se adotássemos o Método Paulo Freire de alfabetização, cada pessoa poderia ser alfabetizada em cerca de 45 dias. Em relação a isso é preciso dizer que este método já foi elaborado e aprovado nos anos de 1960, mas foi abortado com a Revolução de 1964.
Segundo o professor Cristóvam cada aluno, para ser alfabetizado, custaria cerca de R$ 300,00. Considerando os 48 milhões de brasileiros que deveriam dispor do direito de serem alfabetizados seriam necessários R$ 10,2 bilhões. Parece um valor exorbitante, mas veremos que não é bem assim. Segundo a revista Exame, o governo federal arrecadou em 2009, cerca de R$ 698 bilhões. Assim, o valor necessário para erradicar o analfabetismo no Brasil corresponde a 1,46% do que é arrecadado num único ano (isto apenas na esfera federal).
Além disso, é preciso dizer que este gasto acorrerá apenas uma vez e em etapas. Assim, por exemplo, se um presidente da república quiser poderá utilizar cerca 0,4% da arrecadação anual ao longo de seu mandato e poderá entregar uma nação com toda a sua população lendo e escrevendo. Diante disto é preciso analisar com mais profundidade o problema. Manter esta legião de alienados serve aos interesses de quem? Será que há quem acredite que existem pessoas que não desejam ou não são capazes de aprender a ler e escrever? Usando e velha metáfora, por que nossos dirigentes preferem prometer o peixe pronto a se comprometer a ensinar as pessoas a pescar?
Enfim, a democracia será construída partindo de princípios e garantias elementares. Ler, escrever, comer, vestir e conviver em paz, são direitos inquestionáveis mas que foram negados ao longo de séculos de história. Assim como grandes tragédias comovem, a tragédia do analfabetismo deveria sensibilizar a nação. Os números mostram que reivindicar a erradicação do analfabetismo, não representa desejar o impossível. É apenas exigir que a nação do futuro seja construída sobre alicerces seguros e sólidos.
Enquanto algo elementar como saber ler e escrever for um sonho, uma utopia, não temos o direito de projetar o futuro. por mais aprazível que seja sonhar e por mais confortável que seja o “berço esplêndido” em que nos encontramos, é preciso acordar! Os séculos de dormência nos conduziram a um perigoso estado de passividade sobre o qual construímos nossa democracia. É preciso uma grande revolução.
A grande revolução democrática não comporta golpes políticos, perseguições ou imolações. Trata-se de uma revolução contra o conformismo, a estagnação e a aceitação passiva da negação de direitos. Se a matemática prova que acabar com o analfabetismo representa um investimento ínfimo, é preciso que sensibilidade, coragem e vontade política se juntem pela dignidade de todos os brasileiros e brasileiras.
*Publicado na edição de 29.10.10 do Jornal do Médio Vale
Se considerarmos o fato de que estes brasileiros estão na faixa etária em que é permitido votar, conclui-se que correspondem a cerca de 35,5% do eleitorado brasileiro. Assim mais de um terço dos votos está nas mãos de quem não conseguirá discutir com profundidade a melhor opção para o seu futuro num momento decisivo como ocorre em tempos de eleição.
Mais grave do que isso, são pessoas incapazes de se comunicar e de se fazer ouvir. Permanecem num silêncio ensurdecedor e são por isso, facilmente manipulados por estratégias de propaganda que os transformam em meros bonecos de ventríloquos. Preocupa o fato de que diante desta constatação não se vislumbram políticas públicas que acabem definitivamente com este problema.
Antes de questionar os motivos reais por que ninguém se compromete efetivamente na resolução deste problema vamos apresentar alguns números. Segundo o professor e senador Cristóvam Buarque, se adotássemos o Método Paulo Freire de alfabetização, cada pessoa poderia ser alfabetizada em cerca de 45 dias. Em relação a isso é preciso dizer que este método já foi elaborado e aprovado nos anos de 1960, mas foi abortado com a Revolução de 1964.
Segundo o professor Cristóvam cada aluno, para ser alfabetizado, custaria cerca de R$ 300,00. Considerando os 48 milhões de brasileiros que deveriam dispor do direito de serem alfabetizados seriam necessários R$ 10,2 bilhões. Parece um valor exorbitante, mas veremos que não é bem assim. Segundo a revista Exame, o governo federal arrecadou em 2009, cerca de R$ 698 bilhões. Assim, o valor necessário para erradicar o analfabetismo no Brasil corresponde a 1,46% do que é arrecadado num único ano (isto apenas na esfera federal).
Além disso, é preciso dizer que este gasto acorrerá apenas uma vez e em etapas. Assim, por exemplo, se um presidente da república quiser poderá utilizar cerca 0,4% da arrecadação anual ao longo de seu mandato e poderá entregar uma nação com toda a sua população lendo e escrevendo. Diante disto é preciso analisar com mais profundidade o problema. Manter esta legião de alienados serve aos interesses de quem? Será que há quem acredite que existem pessoas que não desejam ou não são capazes de aprender a ler e escrever? Usando e velha metáfora, por que nossos dirigentes preferem prometer o peixe pronto a se comprometer a ensinar as pessoas a pescar?
Enfim, a democracia será construída partindo de princípios e garantias elementares. Ler, escrever, comer, vestir e conviver em paz, são direitos inquestionáveis mas que foram negados ao longo de séculos de história. Assim como grandes tragédias comovem, a tragédia do analfabetismo deveria sensibilizar a nação. Os números mostram que reivindicar a erradicação do analfabetismo, não representa desejar o impossível. É apenas exigir que a nação do futuro seja construída sobre alicerces seguros e sólidos.
Enquanto algo elementar como saber ler e escrever for um sonho, uma utopia, não temos o direito de projetar o futuro. por mais aprazível que seja sonhar e por mais confortável que seja o “berço esplêndido” em que nos encontramos, é preciso acordar! Os séculos de dormência nos conduziram a um perigoso estado de passividade sobre o qual construímos nossa democracia. É preciso uma grande revolução.
A grande revolução democrática não comporta golpes políticos, perseguições ou imolações. Trata-se de uma revolução contra o conformismo, a estagnação e a aceitação passiva da negação de direitos. Se a matemática prova que acabar com o analfabetismo representa um investimento ínfimo, é preciso que sensibilidade, coragem e vontade política se juntem pela dignidade de todos os brasileiros e brasileiras.
*Publicado na edição de 29.10.10 do Jornal do Médio Vale
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Por um educador...
O 15 de outubro celebra formalmente o dia do professor. Não é de se estranhar, que o magistério tenha um dia para homenagear seus profissionais. Uma formalidade! Algo que se assemelha a tantas outras datas em que alguns oportunistas nos dizem que somos esperança, força e que fazemos a diferença. Algumas famílias que renunciaram a sua condição e dever de contribuir na formação de crianças e adolescentes apostam no profissional da educação, como um vocacionado a assumir a paternidade e a maternidade de seus filhos.
Em hipótese alguma poderemos assumir a condição de segunda família de qualquer ser humano. Família é uma só. Se ela não existir, não há quem a substitua. Pai e mãe são únicos e insubstituíveis. Esta sim é uma vocação intransferível. Cumpre-nos neste sentido o dever de fortalecer valores e princípios, para que nossos alunos sejam capazes de lutar para construir suas próprias famílias.
Mas é preciso dizer que o exercício desta profissão traz grandes experiências de vida. Experiências únicas. Ver uma criança desenhar as primeiras letras, identificar e compreender as primeiras frases. Contextualizar saberes, refletir sobre os sabres que a humanidade acumulou e participar da construção de outros. Enfim, experiências que se vivenciam participando ativamente de novas descobertas. Ao educador não cabe apenas o papel de mediador, mas de autor de uma nova forma de dar esperança às futuras gerações.
Mas dar esperança não é o suficiente. É preciso fazer com que os cidadãos que formamos se sintam capazes lutar por ela. Como dizia Paulo Freire, é preciso “esperançar”, ou seja, construir esperanças e fazer o que for possível para que estas se tornem uma realidade e fomentem outras.
O contato com centenas, e até milhares de pessoas, faz de nós educadores pessoas que necessitam assumir compromissos permanentes. Um compromisso com valores éticos, humanos e solidários para formar seres humanos sensíveis e indignados com o mal, com o erro e com o injusto. Afinal não podemos esquecer que mercenários, corruptos, ditadores e facínoras passaram por educadores, escolas e estes apresentaram saberes sem lhe dar uma formação completa. Por outro lado a escola e os educadores podem e tem feito do saber, instrumento de libertação da miséria e da violência, reconstruindo vidas.
Assim, o simbólico dia do professor, poderá servir para importantes reflexões sobre a real importância do educador contemporâneo. Um momento em que a sociedade, através de suas lideranças e seus pensadores poderá nos oferecer novas esperanças. Esperanças de dignidade e respeito. Congratulações aos colegas educadores!
*Publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 15.10.10
Em hipótese alguma poderemos assumir a condição de segunda família de qualquer ser humano. Família é uma só. Se ela não existir, não há quem a substitua. Pai e mãe são únicos e insubstituíveis. Esta sim é uma vocação intransferível. Cumpre-nos neste sentido o dever de fortalecer valores e princípios, para que nossos alunos sejam capazes de lutar para construir suas próprias famílias.
Mas é preciso dizer que o exercício desta profissão traz grandes experiências de vida. Experiências únicas. Ver uma criança desenhar as primeiras letras, identificar e compreender as primeiras frases. Contextualizar saberes, refletir sobre os sabres que a humanidade acumulou e participar da construção de outros. Enfim, experiências que se vivenciam participando ativamente de novas descobertas. Ao educador não cabe apenas o papel de mediador, mas de autor de uma nova forma de dar esperança às futuras gerações.
Mas dar esperança não é o suficiente. É preciso fazer com que os cidadãos que formamos se sintam capazes lutar por ela. Como dizia Paulo Freire, é preciso “esperançar”, ou seja, construir esperanças e fazer o que for possível para que estas se tornem uma realidade e fomentem outras.
O contato com centenas, e até milhares de pessoas, faz de nós educadores pessoas que necessitam assumir compromissos permanentes. Um compromisso com valores éticos, humanos e solidários para formar seres humanos sensíveis e indignados com o mal, com o erro e com o injusto. Afinal não podemos esquecer que mercenários, corruptos, ditadores e facínoras passaram por educadores, escolas e estes apresentaram saberes sem lhe dar uma formação completa. Por outro lado a escola e os educadores podem e tem feito do saber, instrumento de libertação da miséria e da violência, reconstruindo vidas.
Assim, o simbólico dia do professor, poderá servir para importantes reflexões sobre a real importância do educador contemporâneo. Um momento em que a sociedade, através de suas lideranças e seus pensadores poderá nos oferecer novas esperanças. Esperanças de dignidade e respeito. Congratulações aos colegas educadores!
*Publicado na edição do Jornal do Médio Vale em 15.10.10
sábado, 9 de outubro de 2010
Entre palhaços, ditadores e facínoras
A eleição do último dia 03 revelou, além dos resultados já esperados e descritos por pesquisas, algumas viradas surpreendentes, vitórias esmagadoras e um amadurecimento democrático privilegiado. Privilegiado por que estamos diante de um processo de consolidação democrática que nos faz melhores não apenas como eleitores mas como cidadãos. Dito isto é preciso dizer que um dos fatos de maior repercussão nacional e internacional acerca desta eleição foi a eleição do palhaço Tiririca.
De fato não me parece que este cidadão tenha conquistado uma legião de eleitores pelos seus feitos patrióticos, pelo seu passado político ou por ter apresentado propostas inovadoras e diferenciadas em relação aos demais candidatos. Não se pode dizer se foi um voto de protesto, de deboche ou de pura falta de opção por parte do eleitor paulista. Há quem o acuse de ter fraudado um documento que comprova sua capacidade de ler e escrever e se isto aconteceu, espera-se que justiça seja feita. Afinal falsificação de documentos é um crime seja qual for o motivo.
Mas sinceramente não vejo a eleição de um palhaço como um problema grave de nossa democracia. Em primeiro lugar por que a profissão de palhaço exercida eticamente é tão digna quanto qualquer outra. Em segundo lugar se há palhaços de quem devemos desconfiar, há também profissionais nas mais diferentes áreas manchando suas biografias. Prova disso é o resultado da tentativa de aplicação da “Lei da Ficha Limpa”.
Por falar nisso, o que leva legiões de eleitores a escolher pessoas já condenadas para ocupar cargos públicos? Será que ninguém disse a eles que a Lei da Ficha Limpa destina-se a barrar candidaturas de pessoas que estão em débito com a nação? Afinal, o que explica aceitar que uma pessoa legalmente impedida, possa assumir um elevado cargo público com o aval de milhares de outras pessoas? É preciso dizer, a título de informação, que se o amigo leitor desejar disputar um concurso público para qualquer função exige-se dele idoneidade e nenhum débito com a justiça, o que é absolutamente correto e justo.
O que surpreende também, é a tentativa internacional de desmoralizar a democracia brasileira quando surgem manchetes como: “Brasileiros vão às urnas eleger um palhaço”. Teriam moral para falar da eleição de um palhaço, quando recentemente elegeram alguns dos piores ditadores e facínoras dos nossos tempos? Ou se esquecem que algumas das mais sangrentas guerras de nossos tempos são comandadas por líderes eleitos pelo voto popular de muitas democracias mundo a fora? Sinceramente não acredito que a maioria dos homens e mulheres que vivem nestas democracias desejem a guerra, a violência e o terror. Portanto, penso que cometeram equívocos que o amadurecimento democrático haverá de ajudá-los a concertar.
A respeito da eleição do palhaço, não gostaria de afirmar que foi um equívoco ou uma precipitação, mas é bom que se diga, que apesar desta discussão, nossa democracia não apenas sobrevive, como se fortalece. Testemunhamos a vitória de muitas pessoas de bem, pessoas que de fato farão a diferença nos próximos anos e quem nos cabe cobrar ações que promovam qualidade de vida em nossas cidades. E se ainda cometemos erros, que nos permitam cometê-los, pois muito pior seria se não nos deixassem tentar acertar.
Quanto a aplicação da “Lei da Ficha Limpa”, espera-se que seja aplicada de forma correta, sem atropelos e com a devida observância dos mais refinados princípios legais para que não sejam cometidas injustiças. Espera-se dos tribunais superiores a retidão e a coerência costumeiras, para que a democracia e o exercício pleno da cidadania se consolidem a cada dia em nossa nação.
Confiante na justiça e na legalidade, acredito que nós eleitores merecemos respeito pelo que fizemos e atenção pela confiança que depositamos em homens e mulheres eleitos e na democracia de nosso país. Certamente muitos que nos criticam mundo a fora o fazem por que se recusam a aprender conosco.
De fato não me parece que este cidadão tenha conquistado uma legião de eleitores pelos seus feitos patrióticos, pelo seu passado político ou por ter apresentado propostas inovadoras e diferenciadas em relação aos demais candidatos. Não se pode dizer se foi um voto de protesto, de deboche ou de pura falta de opção por parte do eleitor paulista. Há quem o acuse de ter fraudado um documento que comprova sua capacidade de ler e escrever e se isto aconteceu, espera-se que justiça seja feita. Afinal falsificação de documentos é um crime seja qual for o motivo.
Mas sinceramente não vejo a eleição de um palhaço como um problema grave de nossa democracia. Em primeiro lugar por que a profissão de palhaço exercida eticamente é tão digna quanto qualquer outra. Em segundo lugar se há palhaços de quem devemos desconfiar, há também profissionais nas mais diferentes áreas manchando suas biografias. Prova disso é o resultado da tentativa de aplicação da “Lei da Ficha Limpa”.
Por falar nisso, o que leva legiões de eleitores a escolher pessoas já condenadas para ocupar cargos públicos? Será que ninguém disse a eles que a Lei da Ficha Limpa destina-se a barrar candidaturas de pessoas que estão em débito com a nação? Afinal, o que explica aceitar que uma pessoa legalmente impedida, possa assumir um elevado cargo público com o aval de milhares de outras pessoas? É preciso dizer, a título de informação, que se o amigo leitor desejar disputar um concurso público para qualquer função exige-se dele idoneidade e nenhum débito com a justiça, o que é absolutamente correto e justo.
O que surpreende também, é a tentativa internacional de desmoralizar a democracia brasileira quando surgem manchetes como: “Brasileiros vão às urnas eleger um palhaço”. Teriam moral para falar da eleição de um palhaço, quando recentemente elegeram alguns dos piores ditadores e facínoras dos nossos tempos? Ou se esquecem que algumas das mais sangrentas guerras de nossos tempos são comandadas por líderes eleitos pelo voto popular de muitas democracias mundo a fora? Sinceramente não acredito que a maioria dos homens e mulheres que vivem nestas democracias desejem a guerra, a violência e o terror. Portanto, penso que cometeram equívocos que o amadurecimento democrático haverá de ajudá-los a concertar.
A respeito da eleição do palhaço, não gostaria de afirmar que foi um equívoco ou uma precipitação, mas é bom que se diga, que apesar desta discussão, nossa democracia não apenas sobrevive, como se fortalece. Testemunhamos a vitória de muitas pessoas de bem, pessoas que de fato farão a diferença nos próximos anos e quem nos cabe cobrar ações que promovam qualidade de vida em nossas cidades. E se ainda cometemos erros, que nos permitam cometê-los, pois muito pior seria se não nos deixassem tentar acertar.
Quanto a aplicação da “Lei da Ficha Limpa”, espera-se que seja aplicada de forma correta, sem atropelos e com a devida observância dos mais refinados princípios legais para que não sejam cometidas injustiças. Espera-se dos tribunais superiores a retidão e a coerência costumeiras, para que a democracia e o exercício pleno da cidadania se consolidem a cada dia em nossa nação.
Confiante na justiça e na legalidade, acredito que nós eleitores merecemos respeito pelo que fizemos e atenção pela confiança que depositamos em homens e mulheres eleitos e na democracia de nosso país. Certamente muitos que nos criticam mundo a fora o fazem por que se recusam a aprender conosco.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Visita à EEB Frei Lucínio Korte: uma experiência interdisciplinar e interinstitucional
Um grupo de alunos da EEB Teófilo Nolasco de Almeida, acompanhados pelos professores Josimar Tais (história) e Nilton Bruno Tomelin (biologia) estiveram na EEB Frei Lucínio Korte, em Dr. Pedrinho, no último dia 23 de setembro. O objetivo da visita foi a apresentação de dois trabalhos que serão apresentados na Feira Regional de Matemática e Ciências, que irá ocorrer em Timbó no dia 30 de setembro.
Um dos trabalhos, tem por tema, a “Era Biônica” e trata da utilização de recursos tecnológicos para suprir membros amputados por acidentes, anomalias ou enfermidades. A tecnologia utilizada para a produção dos chamados membros biônicos permite que o usuário controle movimentos e execute tarefas cotidianas. Também há tecnologia que permite recuperar parte da capacidade visual e auditiva, proporcionando qualidade de vida e dignidade a pessoas vistas como deficientes.
O segundo trabalho tem como tema, o Crack, droga muito comum nos tempos atuais e que tem tido penetração constante entre os adolescentes. O tema assume relevância especial em função da necessidade de prevenir o consumo desta, que é uma das mais violentas e agressivas das drogas conhecidas. Mais do que simplesmente discutir o assunto, é preciso compreender o compromisso pessoal de cada jovem de se afastar de qualquer vício e de qualquer substância que possa inviabilizar sua qualidade de vida.
Do ponto de vista pedagógico, esta atividade permitiu um intercâmbio entre as duas escolas, além de servir como uma espécie de ensaio para a apresentação da feira, serviu para que pudessem expor novos conceitos em relação ao tema. Os alunos da EEB Frei Lucínio Korte, por sua vez demonstraram grande interesse pelos temas e acompanharam atentamente as apresentações.
Esta experiência interdisciplinar e interinstitucional oportunizou aos visitantes conhecerem a dinâmica da escola visita merecendo destaque a Rádio FLK. Esta rádio operada por alunos, professores e gestores da EEB Frei Lucínio Korte serve para divulgar notícias, eventos e músicas durante os intervalos de recreio e pela INTERNET em tempo real e integral.
Cabe também um agradecimento especial aos alunos Anderson, Daniela Larissa, Luciane, Priscila e Thaysa, pelo empenho e grande dedicação na organização dos trabalhos e apresentações dos temas propostos.
Agradecemos aos professores e a direção da EEB Frei Lucínio Korte pela recepção calorosa, de modo especial ao diretor professor Éder Fronza.
Um dos trabalhos, tem por tema, a “Era Biônica” e trata da utilização de recursos tecnológicos para suprir membros amputados por acidentes, anomalias ou enfermidades. A tecnologia utilizada para a produção dos chamados membros biônicos permite que o usuário controle movimentos e execute tarefas cotidianas. Também há tecnologia que permite recuperar parte da capacidade visual e auditiva, proporcionando qualidade de vida e dignidade a pessoas vistas como deficientes.
O segundo trabalho tem como tema, o Crack, droga muito comum nos tempos atuais e que tem tido penetração constante entre os adolescentes. O tema assume relevância especial em função da necessidade de prevenir o consumo desta, que é uma das mais violentas e agressivas das drogas conhecidas. Mais do que simplesmente discutir o assunto, é preciso compreender o compromisso pessoal de cada jovem de se afastar de qualquer vício e de qualquer substância que possa inviabilizar sua qualidade de vida.
Do ponto de vista pedagógico, esta atividade permitiu um intercâmbio entre as duas escolas, além de servir como uma espécie de ensaio para a apresentação da feira, serviu para que pudessem expor novos conceitos em relação ao tema. Os alunos da EEB Frei Lucínio Korte, por sua vez demonstraram grande interesse pelos temas e acompanharam atentamente as apresentações.
Esta experiência interdisciplinar e interinstitucional oportunizou aos visitantes conhecerem a dinâmica da escola visita merecendo destaque a Rádio FLK. Esta rádio operada por alunos, professores e gestores da EEB Frei Lucínio Korte serve para divulgar notícias, eventos e músicas durante os intervalos de recreio e pela INTERNET em tempo real e integral.
Cabe também um agradecimento especial aos alunos Anderson, Daniela Larissa, Luciane, Priscila e Thaysa, pelo empenho e grande dedicação na organização dos trabalhos e apresentações dos temas propostos.
Agradecemos aos professores e a direção da EEB Frei Lucínio Korte pela recepção calorosa, de modo especial ao diretor professor Éder Fronza.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Alunos realizam atividade na Câmara de Vereadores de Benedito Novo
Ao longo do mês de setembro, sob orientação do professor Nilton Bruno Tomelin, os alunos da terceira série do Ensino Médio da EEB Teófilo Nolasco de Almeida, participaram desenvolveram atividades na disciplina de Biologia, procurando identificar os principais problemas ligados a questão ambiental na cidade de Benedito Novo. Foram elaboradas sugestões de ações que poderão dirimir problemas nas áreas de turismo, saúde, saneamento básico, revitalização de espaços públicos e reaproveitamento de materiais recicláveis.
Para implementar as sugestões discutidas em sala de aula, na última segunda-feira dia 20, os alunos participaram da sessão da Câmara de Vereadores de Benedito Novo. Nesta ocasião os alunos, através de seus representantes apresentaram os resultados das discussões e dos debates ocorridos em sala de aula. A intenção dos alunos é que suas sugestões sejam debatidas e utilizadas pela câmara municipal de Benedito Novo com o intuito de promover ações que venham a beneficiar a comunidade.
A participação dos alunos das atividades da câmara municipal, permitiu conhecer a dinâmica do processo legislativo, as atividades dos vereadores, além de poderem exercer sua cidadania apontando não apenas problemas, mas também soluções. Cada aluno, pode perceber o quanto é necessário acompanhar a rotina da vida política de sua comunidade, pois é ali que as decisões mais importantes são tomadas.
Os vereadores, por sua vez, manifestaram satisfação em receber os alunos acolhendo-os e apresentado-lhes os encaminhamentos das sugestões apresentadas. Também manifestaram interesse em fortalecer contato com os alunos convidando-os a participar de outras reuniões, audiências públicas e sessões já programadas.
Do ponto de vista pedagógico, foi um momento rico em que os alunos puderam participar da vida política da cidade, demonstrando conhecer suas reais demandas. Mais importante do que isso, apresentaram sugestões de ações que poderão melhorar a sua vida e da comunidade. Foi um exercício de cidadania transcendendo os limites da sala de aula, exercendo democraticamente, seu direito de participar da tomada de decisões de interesse coletivo.
Para implementar as sugestões discutidas em sala de aula, na última segunda-feira dia 20, os alunos participaram da sessão da Câmara de Vereadores de Benedito Novo. Nesta ocasião os alunos, através de seus representantes apresentaram os resultados das discussões e dos debates ocorridos em sala de aula. A intenção dos alunos é que suas sugestões sejam debatidas e utilizadas pela câmara municipal de Benedito Novo com o intuito de promover ações que venham a beneficiar a comunidade.
A participação dos alunos das atividades da câmara municipal, permitiu conhecer a dinâmica do processo legislativo, as atividades dos vereadores, além de poderem exercer sua cidadania apontando não apenas problemas, mas também soluções. Cada aluno, pode perceber o quanto é necessário acompanhar a rotina da vida política de sua comunidade, pois é ali que as decisões mais importantes são tomadas.
Os vereadores, por sua vez, manifestaram satisfação em receber os alunos acolhendo-os e apresentado-lhes os encaminhamentos das sugestões apresentadas. Também manifestaram interesse em fortalecer contato com os alunos convidando-os a participar de outras reuniões, audiências públicas e sessões já programadas.
Do ponto de vista pedagógico, foi um momento rico em que os alunos puderam participar da vida política da cidade, demonstrando conhecer suas reais demandas. Mais importante do que isso, apresentaram sugestões de ações que poderão melhorar a sua vida e da comunidade. Foi um exercício de cidadania transcendendo os limites da sala de aula, exercendo democraticamente, seu direito de participar da tomada de decisões de interesse coletivo.
domingo, 19 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Estudantes de Benedito Novo realizam viagem de estudos à São Francisco do Sul
No dia 10 de junho os alunos das segundas séries do Ensino Médio da EEB Teófilo Nolasco de Almeida realizaram viagem de estudos à cidade de São Francisco do Sul. Os alunos foram acompanhados pelos professores Josimar Tais, de História e Nilton Bruno Tomelin de Biologia. Por ocasião da visita à histórica cidade, a terceira mais antiga do país, os estudantes conheceram pontos de destaque histórico e ambiental da cidade. Além do Museu Nacional do Mar e do Museu Histórico, os alunos conheceram o centro histórico de São Francisco do Sul, a Baía da Babitonga, a Praia da Enseada e o Parque do Acarai.
Nos museus puderam manter contato direto com maquetes e barcos em tamanho real utilizados ao longo de vários séculos de navegação, o que complementou o estudo introduzido em sala de aula referente às Grandes Navegações e sua relevância para o conhecimento e avanços do mundo a partir de então. Vários objetos expostos apresentaram aos alunos detalhes importantes e pitorescos da história local. Os exuberantes edifícios históricos revelam um passado de riqueza e intensa atividade econômica. Entre os edifícios visitados merecem destaque a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças e o Mercado Público Municipal.
A privilegiada natureza de São Francisco do Sul proporcionou aos estudantes a possibilidade de conhecer a formação vegetal e animal que envolve a Baía da Babitonga e de diversas praias locais. Merecem destaque a Lagoa do Acarai, Praias da Enseada e Grande, onde foi possível visualizar uma bela paisagem de dunas e restinga. Os estudantes também conheceram uma área de Sambaqui, palavra de origem tupi que significa “amontoado de conchas”, ou seja, uma enorme montanha formada por vestígios pré-históricos.
Para as disciplinas de História e Biologia há a possibilidade de diferentes abordagens interdisciplinares. Os conceitos de ambas se relacionam intimamente. Os problemas ambientais derivam de um processo histórico de depredação e de uso de recursos naturais de forma inadequada. Percebeu-se também a grande relação do mar e seus recursos com a economia da cidade. Em sala de aula, após a viagem, foram realizadas discussões em torno do que foi observado.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Em tempos de democracia...
E o Brasil, em breve volta as urnas! A democracia está viva, presente, nos convoca a refletir, enxergar e renovar nossas convicções, optar por algo novo, diferente! Ou então diante de acertos anteriores repetir para continuar! Por mais descrentes que os brasileiros estejam diante de alguns membros da vida pública e da política ninguém deseja renunciar ao direito de ir as urnas. Sãos os tempos de democracia!
Democracia que pode nos expor ao risco de errar, mas também de concertar o erro. Após o fim do regime militar tem sido possível a cada cidadão brasileiro votar e ser votado e por isso temos testemunhado diferentes figuras desfilando pelas urnas brasileiras: artistas, médicos, professores, advogados, jornalistas, jogadores de futebol, membros de famílias de oligarquias tradicionais da política e anônimos. Enfim, brasileiros a quem a lei garante o direito de pedir votos a outros brasileiros a quem cabe o direito de dar ou não seu voto.
Conforme as escolhas feitas, saberemos que futuro esperar ou não. Há quem diga que é uma “burrice” eleger alguém apenas por que seja membro de certo grupo social ou pertença a certa categoria. Como não me parece honroso usar este termo (burrice) prefiro a sutileza do termo ignorância. Ignorância tem a ver com falta de conhecimento e de pouca compreensão da realidade.
Prefiro também aplicá-lo de outra forma. Me parece sim, uma ignorância absurda escolher para comandar nossos destinos alguém que simplesmente carrega um determinado sobrenome ou certa “tradição”. Alguém que, por possuir mais recursos, pode apresentar-se melhor (mais bem mascarado) que outros. O surgimento de figuras caricatas no cenário político nacional, conquistando um contingente expressivo de eleitores, reflete também a falta de esperança do brasileiro diante de muitas frustrações, decepções e de certo nível de ignorância política.
Mas não é por termos um grande número de ignorantes que devemos condenar a democracia, mas ao contrário devemos utilizar a democracia para acabar com a ignorância. O exercício de libertação da ignorância é um dos mais belos da democracia. A experiência que teremos em outubro poderá restabelecer nossas esperanças, elevar nossas expectativas ou ainda cometer novos erros.
Mas devo confessar que prefiro correr o risco de errar tendo a certeza da ampla possibilidade de acerto do que simplesmente assistir aos desatinos do passado. Se hoje a já consagrada lei da “Ficha Limpa”, quando devidamente aplicada, tem nos poupado de alguns erros, podemos dizer que já estamos colhendo os bons frutos de acertos que só a democracia poderia nos possibilitar. Por hora, viva a democracia, a liberdade e o povo brasileiro!
*Publicado na edição de 19.10.10 do Jornal do Médio Vale
Democracia que pode nos expor ao risco de errar, mas também de concertar o erro. Após o fim do regime militar tem sido possível a cada cidadão brasileiro votar e ser votado e por isso temos testemunhado diferentes figuras desfilando pelas urnas brasileiras: artistas, médicos, professores, advogados, jornalistas, jogadores de futebol, membros de famílias de oligarquias tradicionais da política e anônimos. Enfim, brasileiros a quem a lei garante o direito de pedir votos a outros brasileiros a quem cabe o direito de dar ou não seu voto.
Conforme as escolhas feitas, saberemos que futuro esperar ou não. Há quem diga que é uma “burrice” eleger alguém apenas por que seja membro de certo grupo social ou pertença a certa categoria. Como não me parece honroso usar este termo (burrice) prefiro a sutileza do termo ignorância. Ignorância tem a ver com falta de conhecimento e de pouca compreensão da realidade.
Prefiro também aplicá-lo de outra forma. Me parece sim, uma ignorância absurda escolher para comandar nossos destinos alguém que simplesmente carrega um determinado sobrenome ou certa “tradição”. Alguém que, por possuir mais recursos, pode apresentar-se melhor (mais bem mascarado) que outros. O surgimento de figuras caricatas no cenário político nacional, conquistando um contingente expressivo de eleitores, reflete também a falta de esperança do brasileiro diante de muitas frustrações, decepções e de certo nível de ignorância política.
Mas não é por termos um grande número de ignorantes que devemos condenar a democracia, mas ao contrário devemos utilizar a democracia para acabar com a ignorância. O exercício de libertação da ignorância é um dos mais belos da democracia. A experiência que teremos em outubro poderá restabelecer nossas esperanças, elevar nossas expectativas ou ainda cometer novos erros.
Mas devo confessar que prefiro correr o risco de errar tendo a certeza da ampla possibilidade de acerto do que simplesmente assistir aos desatinos do passado. Se hoje a já consagrada lei da “Ficha Limpa”, quando devidamente aplicada, tem nos poupado de alguns erros, podemos dizer que já estamos colhendo os bons frutos de acertos que só a democracia poderia nos possibilitar. Por hora, viva a democracia, a liberdade e o povo brasileiro!
*Publicado na edição de 19.10.10 do Jornal do Médio Vale
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Políticas ambientais e a migração humana
Não há dúvidas de que o planeta pede socorro e faz nos impondo catástrofes e tragédias sempre mais freqüentes e mais intensas. Isto exige políticas ambientais sérias e transformadoras, com leis que imponham a todos novas posturas e uma formação humana sensível a esta realidade. Não basta tentar tornar sustentável, um modelo econômico e social que por si é responsável por todo o desequilíbrio que constatamos. O Vale do Itajaí foi vítima de inúmeras provas de que é preciso mudar, pensar diferente, estabelecer uma nova matriz teórica e prática de desenvolvimento, sob pena de num futuro não muito distante, tornar-se a região inviável a vida humana, tal qual conhecemos hoje.
Nestas últimas décadas temos testemunhado um crescente êxodo das pequenas cidades em direção às cidades pólo, por parte de uma significativa parcela da população, especialmente entre os jovens. Há uma tendência de urbanização da população concentrando-a em espaços reduzidos e com infraestrutura incapaz de absorver as necessidades desta população.
Pequenos agricultores, por exemplo, encurralados pela necessidade legítima de preservar recursos e fontes naturais passam a migrar para centros maiores em busca de condições melhores de sobrevivência. A falta de instrução, poucos recursos disponíveis e o grande inchaço do mercado de trabalho nas zonas urbanas empurra estas pessoas para as periferias das cidades maiores. Ali, problemas diversos se agigantam tornando inviável o estabelecimento dos mínimos níveis de qualidade de vida.
Aos que concebem a questão ambiental apenas como um problema ecológico tudo está resolvido. Mata, rios, córregos e nascentes preservados. Mas os que percebem a complexidade da questão concebem isto apenas como uma transferência de problemas. Considerando a questão ambiental como resultado de uma série de equívocos ecológicos, sociais e econômicos não se pode apenas pensar em leis que proíbam certas práticas consideradas predatórias. Há que se pensar em estabelecer um modelo legal e institucional, que combata a miséria, gere e distribua renda. Assim, os ideais ambientalistas não são apenas por um mundo mais verde, mas também por uma humanidade menos miserável, por um planeta mais vivo e por uma sociedade mais cooperativa.
O que se percebe em muitas das discussões em torno da questão ambiental, é uma busca incessante por culpados e aplicações de punições. Trata-se de uma postura míope diante da necessidade de refletir e agir em favor de soluções e novas condutas menos predatórias. Para isso são exigidas políticas públicas que compreendam a problemática ambiental em sua complexidade sem extremismos. Estas podem efetivamente contribuir para que as próximas gerações tenham o direito de existir e existir com dignidade.
Ambientalistas, produtores rurais, empresários e a população em geral necessitam cooperar coletivamente para garantir esta dignidade. Para isso precisam dialogar de forma madura, democrática e respeitosa, afinal todos somos filhos da mesma Terra. Dependemos dela e não o contrário, por isso precisamos adotar a humilde e honrosa condição de seus protetores. A Terra e o seu (nosso) futuro precisam de menos culpados e problemas e mais cidadãos atentos a soluções éticas, justas e dignas.
Nestas últimas décadas temos testemunhado um crescente êxodo das pequenas cidades em direção às cidades pólo, por parte de uma significativa parcela da população, especialmente entre os jovens. Há uma tendência de urbanização da população concentrando-a em espaços reduzidos e com infraestrutura incapaz de absorver as necessidades desta população.
Pequenos agricultores, por exemplo, encurralados pela necessidade legítima de preservar recursos e fontes naturais passam a migrar para centros maiores em busca de condições melhores de sobrevivência. A falta de instrução, poucos recursos disponíveis e o grande inchaço do mercado de trabalho nas zonas urbanas empurra estas pessoas para as periferias das cidades maiores. Ali, problemas diversos se agigantam tornando inviável o estabelecimento dos mínimos níveis de qualidade de vida.
Aos que concebem a questão ambiental apenas como um problema ecológico tudo está resolvido. Mata, rios, córregos e nascentes preservados. Mas os que percebem a complexidade da questão concebem isto apenas como uma transferência de problemas. Considerando a questão ambiental como resultado de uma série de equívocos ecológicos, sociais e econômicos não se pode apenas pensar em leis que proíbam certas práticas consideradas predatórias. Há que se pensar em estabelecer um modelo legal e institucional, que combata a miséria, gere e distribua renda. Assim, os ideais ambientalistas não são apenas por um mundo mais verde, mas também por uma humanidade menos miserável, por um planeta mais vivo e por uma sociedade mais cooperativa.
O que se percebe em muitas das discussões em torno da questão ambiental, é uma busca incessante por culpados e aplicações de punições. Trata-se de uma postura míope diante da necessidade de refletir e agir em favor de soluções e novas condutas menos predatórias. Para isso são exigidas políticas públicas que compreendam a problemática ambiental em sua complexidade sem extremismos. Estas podem efetivamente contribuir para que as próximas gerações tenham o direito de existir e existir com dignidade.
Ambientalistas, produtores rurais, empresários e a população em geral necessitam cooperar coletivamente para garantir esta dignidade. Para isso precisam dialogar de forma madura, democrática e respeitosa, afinal todos somos filhos da mesma Terra. Dependemos dela e não o contrário, por isso precisamos adotar a humilde e honrosa condição de seus protetores. A Terra e o seu (nosso) futuro precisam de menos culpados e problemas e mais cidadãos atentos a soluções éticas, justas e dignas.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Educação para o combate a miséria: uma estratégia para a sustentabilidade planetária
A caminhada histórica que conduziu a humanidade ao século XXI alinhou-se a diferentes paradigmas. Os mais recentes são a predação e a competitividade. O primeiro concebe e difunde a idéia de que a relação do homem com a natureza é de exploração e destruição percebendo-a inclusive como obstáculo ao desenvolvimento e ao progresso. O segundo reconhece que não há espaço para todos e assim, ascende social e economicamente aquele que se impõe com superioridade em relação aos outros. Coube a educação em todos os níveis, neste contexto, consolidar, difundir e dar sustentação a estes paradigmas ao longo dos últimos tempos.
Entretanto os frutos desta postura não tardaram a aparecer. Desastres ambientais e sociais tornam-se sempre mais evidentes e intensos fazendo vítimas em número cada vez maior. A predação e a competitividade geraram e concentraram renda produzindo uma cruel tradição de organização social de forma piramidal. Esta é constituída por uma ampla base de pobres e miseráveis e um ápice estreito em que se concentra um reduzido número de pessoas e a maior parte da renda.
Assim, num contexto predativo e competitivo, base e ápice desta pirâmide apostam na continuidade deste modelo. A base para sobreviver e o ápice para consolidar sua posição, gerando uma espécie de conformismo. A educação tem uma contribuição histórica impressa nesta estruturação, especialmente quando controlada por regimes elitistas, conservadores e reacionários. Por esta razão pode-se atribuir à educação a tarefa de estabelecer novos paradigmas alicerçados em valores éticos e solidários no sentido de estabelecer os paradigmas da proteção e da cooperação.
Pela proteção considera-se a possibilidade de explorar a natureza de forma equilibrada, utilizando-se o conhecimento em favor da otimização no uso de recursos renováveis e não-renováveis. Além da preocupação com o uso destes recursos há uma série de atitudes em relação a sua exploração para que a vida possa seguir nas mais diversas formas de expressão. Quanto a cooperação entende-se como princípio fundamental alimentado pelo inconformismo e pela capacidade permanente de indignação diante daquilo que não é justo e ético.
Uma das maiores causas de indignação que deve permear os adeptos da proteção e da cooperação é a miséria que condena, milhares de seres humanos. Entretanto, esta indignação deve representar uma mudança de atitudes, especialmente no campo educacional, através do qual será possível construir um futuro possível e por isso sustentável. Enquanto o direito de não passar fome for uma utopia para um grande contingente de seres humanos, não há sequer como sonhar com sustentabilidade. Mas por que esta utopia insiste em se estabelecer se do ponto de vista teórico vive-se num tempo de mudanças e transformações? O fato da proposta de transformação ter sido pensada num contexto de desenvolvimento pautado numa concepção capitalista mercadológica, que prima entre outras coisas pelo lucro, torna-se um tanto difícil assimilar e aplicar a teoria da sustentabilidade à prática das relações econômicas.
Assim há uma tentativa, pouco frutífera, de imprimir sustentabilidade a um modelo de desenvolvimento, que tem em sua essência além do lucro, a acumulação ilimitada e restrita de bens e recursos e a exploração do trabalho. Eis, outro grande espaço de ação da educação. Sensibilizar as pessoas para a inviabilidade do modelo ou padrão e para a construção coletiva de um novo paradigma econômico e social que busque a solidariedade, a cooperação e a paz planetária. Não se trata de inserir mais pessoas na seleta classe dos ricos, mas de promover um aumento e melhora da qualidade de vida de todos e todas.
Assim, a pregação pelo chamado desenvolvimento sustentável, torna-se inócua enquanto alguém no mundo não puder encerar seu dia com dignidade para si e para os seus. Combater a miséria revela-se como um dos desafios ecológicos do século XXI e para a consolidação da sustentabilidade como princípio vital. Se o século XX testemunhou uma incessante construção de superconceitos e invenções, o XXI tende a se voltar para a utilização destes como garantia de dignidade a todos os seres humanos. A sustentabilidade gera um desenvolvimento complexo, equânime e solidário. Assim pode-se dizer que se o século XX corresponde ao período tecnozóico da era moderna, o XXI certamente será o ecozóico.
Mas é importante dizer que apesar da sustentabilidade ter sua gênese no pensamento referente a preocupação ecológico-ambiental, não se restringe a este. Ao contrário, a sustentabilidade ambiental é apenas um dos elementos do tripé que estabelece um modelo sustentável de vida, que conta ainda com a sustentabilidade social e a econômica. Este tripé demanda uma educação que se apresente como instrumento de consolidação de práticas éticas e sustentáveis de geração e distribuição de renda, de respeito e tolerância aos diferentes e de combate a miséria.
Conviver com um modelo que gera miséria e fome e supor possível convertê-lo em sustentável sem mudar sua matriz teórica e prática transita entre o demagógico e o infame. A proposição desta mudança se dará por homens e mulheres (trans)formados por uma educação que lhe possibilite exercer dialeticamente sua indignação. Uma indignação que se volte contra princípios, pessoas e entidades que por atos ou omissões, preguem a tolerância ao que é injusto, imoral, opressor e desumano. Trata-se pois de uma educação tomada de coragem, conflitante, desafiadora. Uma educação voltada a interesses de defesa incondicional à vida planetária.
Texto Publicado na revista Gestão Universitária, na edição de 07.07.2010
Entretanto os frutos desta postura não tardaram a aparecer. Desastres ambientais e sociais tornam-se sempre mais evidentes e intensos fazendo vítimas em número cada vez maior. A predação e a competitividade geraram e concentraram renda produzindo uma cruel tradição de organização social de forma piramidal. Esta é constituída por uma ampla base de pobres e miseráveis e um ápice estreito em que se concentra um reduzido número de pessoas e a maior parte da renda.
Assim, num contexto predativo e competitivo, base e ápice desta pirâmide apostam na continuidade deste modelo. A base para sobreviver e o ápice para consolidar sua posição, gerando uma espécie de conformismo. A educação tem uma contribuição histórica impressa nesta estruturação, especialmente quando controlada por regimes elitistas, conservadores e reacionários. Por esta razão pode-se atribuir à educação a tarefa de estabelecer novos paradigmas alicerçados em valores éticos e solidários no sentido de estabelecer os paradigmas da proteção e da cooperação.
Pela proteção considera-se a possibilidade de explorar a natureza de forma equilibrada, utilizando-se o conhecimento em favor da otimização no uso de recursos renováveis e não-renováveis. Além da preocupação com o uso destes recursos há uma série de atitudes em relação a sua exploração para que a vida possa seguir nas mais diversas formas de expressão. Quanto a cooperação entende-se como princípio fundamental alimentado pelo inconformismo e pela capacidade permanente de indignação diante daquilo que não é justo e ético.
Uma das maiores causas de indignação que deve permear os adeptos da proteção e da cooperação é a miséria que condena, milhares de seres humanos. Entretanto, esta indignação deve representar uma mudança de atitudes, especialmente no campo educacional, através do qual será possível construir um futuro possível e por isso sustentável. Enquanto o direito de não passar fome for uma utopia para um grande contingente de seres humanos, não há sequer como sonhar com sustentabilidade. Mas por que esta utopia insiste em se estabelecer se do ponto de vista teórico vive-se num tempo de mudanças e transformações? O fato da proposta de transformação ter sido pensada num contexto de desenvolvimento pautado numa concepção capitalista mercadológica, que prima entre outras coisas pelo lucro, torna-se um tanto difícil assimilar e aplicar a teoria da sustentabilidade à prática das relações econômicas.
Assim há uma tentativa, pouco frutífera, de imprimir sustentabilidade a um modelo de desenvolvimento, que tem em sua essência além do lucro, a acumulação ilimitada e restrita de bens e recursos e a exploração do trabalho. Eis, outro grande espaço de ação da educação. Sensibilizar as pessoas para a inviabilidade do modelo ou padrão e para a construção coletiva de um novo paradigma econômico e social que busque a solidariedade, a cooperação e a paz planetária. Não se trata de inserir mais pessoas na seleta classe dos ricos, mas de promover um aumento e melhora da qualidade de vida de todos e todas.
Assim, a pregação pelo chamado desenvolvimento sustentável, torna-se inócua enquanto alguém no mundo não puder encerar seu dia com dignidade para si e para os seus. Combater a miséria revela-se como um dos desafios ecológicos do século XXI e para a consolidação da sustentabilidade como princípio vital. Se o século XX testemunhou uma incessante construção de superconceitos e invenções, o XXI tende a se voltar para a utilização destes como garantia de dignidade a todos os seres humanos. A sustentabilidade gera um desenvolvimento complexo, equânime e solidário. Assim pode-se dizer que se o século XX corresponde ao período tecnozóico da era moderna, o XXI certamente será o ecozóico.
Mas é importante dizer que apesar da sustentabilidade ter sua gênese no pensamento referente a preocupação ecológico-ambiental, não se restringe a este. Ao contrário, a sustentabilidade ambiental é apenas um dos elementos do tripé que estabelece um modelo sustentável de vida, que conta ainda com a sustentabilidade social e a econômica. Este tripé demanda uma educação que se apresente como instrumento de consolidação de práticas éticas e sustentáveis de geração e distribuição de renda, de respeito e tolerância aos diferentes e de combate a miséria.
Conviver com um modelo que gera miséria e fome e supor possível convertê-lo em sustentável sem mudar sua matriz teórica e prática transita entre o demagógico e o infame. A proposição desta mudança se dará por homens e mulheres (trans)formados por uma educação que lhe possibilite exercer dialeticamente sua indignação. Uma indignação que se volte contra princípios, pessoas e entidades que por atos ou omissões, preguem a tolerância ao que é injusto, imoral, opressor e desumano. Trata-se pois de uma educação tomada de coragem, conflitante, desafiadora. Uma educação voltada a interesses de defesa incondicional à vida planetária.
Texto Publicado na revista Gestão Universitária, na edição de 07.07.2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Burocracia e pedagogia na escola do século XXI
Há quem diga que se nossos avós, bisavós ou cidadãos medievais pudessem retornar à vida em pleno século XXI, um dos ambientes nos quais iria visualizar sua própria história seria a escola. Isto por que o formato, as cores e a arquitetura se repete ao longo dos séculos. Certamente isto não é de todo falso, mas o que deveria merecer preocupação é que não são apenas as estruturas físicas que se repetem. A mentalidade de determinados educadores e gestores denota o caráter burocrático, arcaico e até medieval da escola, o que certamente a torna parecida com a freqüentada pelos nossos avós.
O que causa maior preocupação é que nos tempos de nossos avós não havia meios alternativos para “modernizar” o processo educativo e quando havia não eram acessíveis a um número significativo de instituições e educadores. Ao contrário, em tempos pós-modernos, fruto de estudos, pesquisas e de reconhecimento do caráter dialético da educação, não se admite um profissional educador praticando uma conduta burocrática e previsível. A esterilidade implementada pela burocracia não admite uma relação dialética entre educando e educador, considerando esta uma prática que poderia comprometer a autoridade do educador e da própria escola.
A burocracia consolida a estagnação e engessa o caráter inovador da educação, expurgando a prática dialética da relação entre educando e educador. O decreto de impossibilidade de diálogo auto-eco-organizativo na relação educativa impede por sua vez a dinâmica pedagógica (re)construtora de saberes e valores. Do contrário se estabelece a pedagogia do repasse e a ação meramente mediadora do educador firmando o caráter burocrático, previsível e insosso da escola medieval do século XXI.
Reflexos desta prática são inúmeros: desprazer em estar na escola, violência e intolerância nas relações interpessoais, depredação de materiais, além de total descomprometimento com processo educativo, por parte da sociedade. Na visão de muitas pessoas, inclusive autoridades, a escola passa a ser, deste modo, apenas uma alternativa à rua, onde se supõe serão resolvidos apenas problemas de delinquência e marginalidade extrema. O caráter (trans)formador, neste modelo, não é percebido, até por que esta não é exatamente uma qualidade da escola burocrática.
A questão se estabelece não é a de se determinar culpados por esta realidade, mas ao contrário, identificar cada educador e cada instituição de ensino como responsáveis por uma verdadeira revolução. Desta culminará a efetiva desburocratização da educação e a consolidação de uma pedagogia dialética, viva, imprevisível, atraente, colorida e bonita. Mesmo em prédios de características físicas e arquitetônicas medievais, mentes pós-modernas, corajosas e solidárias, podem promover indivíduos sensíveis às demandas contemporâneas.
Não basta investimento financeiro, embora necessário, se o edifício humano da escola não se auto-desafiar. Há que se reconhecer a condição humana de quem freqüenta o espaço escolar e utilizá-lo como instrumento e caminho para contemporanizar práticas educativas e relação essencialmente humanas no mais humanos dos espaços.
Publicado na edição de 27.05.10 da Revista Gestão Universitária
O que causa maior preocupação é que nos tempos de nossos avós não havia meios alternativos para “modernizar” o processo educativo e quando havia não eram acessíveis a um número significativo de instituições e educadores. Ao contrário, em tempos pós-modernos, fruto de estudos, pesquisas e de reconhecimento do caráter dialético da educação, não se admite um profissional educador praticando uma conduta burocrática e previsível. A esterilidade implementada pela burocracia não admite uma relação dialética entre educando e educador, considerando esta uma prática que poderia comprometer a autoridade do educador e da própria escola.
A burocracia consolida a estagnação e engessa o caráter inovador da educação, expurgando a prática dialética da relação entre educando e educador. O decreto de impossibilidade de diálogo auto-eco-organizativo na relação educativa impede por sua vez a dinâmica pedagógica (re)construtora de saberes e valores. Do contrário se estabelece a pedagogia do repasse e a ação meramente mediadora do educador firmando o caráter burocrático, previsível e insosso da escola medieval do século XXI.
Reflexos desta prática são inúmeros: desprazer em estar na escola, violência e intolerância nas relações interpessoais, depredação de materiais, além de total descomprometimento com processo educativo, por parte da sociedade. Na visão de muitas pessoas, inclusive autoridades, a escola passa a ser, deste modo, apenas uma alternativa à rua, onde se supõe serão resolvidos apenas problemas de delinquência e marginalidade extrema. O caráter (trans)formador, neste modelo, não é percebido, até por que esta não é exatamente uma qualidade da escola burocrática.
A questão se estabelece não é a de se determinar culpados por esta realidade, mas ao contrário, identificar cada educador e cada instituição de ensino como responsáveis por uma verdadeira revolução. Desta culminará a efetiva desburocratização da educação e a consolidação de uma pedagogia dialética, viva, imprevisível, atraente, colorida e bonita. Mesmo em prédios de características físicas e arquitetônicas medievais, mentes pós-modernas, corajosas e solidárias, podem promover indivíduos sensíveis às demandas contemporâneas.
Não basta investimento financeiro, embora necessário, se o edifício humano da escola não se auto-desafiar. Há que se reconhecer a condição humana de quem freqüenta o espaço escolar e utilizá-lo como instrumento e caminho para contemporanizar práticas educativas e relação essencialmente humanas no mais humanos dos espaços.
Publicado na edição de 27.05.10 da Revista Gestão Universitária
quinta-feira, 25 de março de 2010
100 anos de Tancredo e 25 de democracia
Prof. Nilton Bruno Tomelin*
Há quem diga que os tempos atuais estejam testemunhando uma deterioração política de nosso país, pela carência de líderes ou por situações que incidem em corrupção ou quebra de princípios éticos, por parte de notáveis figuras do poder. Evidentemente não é possível contestar fatos notórios e evidentes, mas é preciso analisar a questão com maior profundidade.
Estamos completando 25 anos de consolidação democrática, o mais longo da história, o que demonstra que estamos vivendo um tempo único. A liberdade de escolher, denunciar e exigir nunca fora dada com tanta intensidade na história brasileira. Não estamos, obviamente, vivendo a experiência ideal de democracia, mas, neste sentido, estamos vivendo nosso melhor tempo. O voto tem sido a garantia que todo o cidadão brasileiro tem de poder lançar o país noutros rumos. O que falta é uma formação efetiva deste cidadão para adequá-lo a este novo momento, o que parece estar distante de se concretizar.
Mas esta é outra luta que é possível pela sólida democracia que temos e pela coragem e empenho da escola e da família, ainda não consolidadas na prática da formação das futuras gerações. A garantia da constante consolidação democrática passa necessariamente pela qualidade com que as futuras gerações são formadas e pelo compromisso ético, da atual geração para com elas. Temos assim, um ciclo em que democracia e cidadania se constroem e se consolidam mutuamente.
Mas estes 25 anos foram construídos a muitas mãos. Mãos de estudantes, artistas, trabalhadores, intelectuais e líderes populares, que antes de concebê-los puseram em risco e até entregaram sua vidas à causa. Em função de sua postura de enfrentamento à covardia da ditadura, alguns destes líderes simplesmente desapareceram, como se tivessem sido apagados da vida e da memória brasileira. Personagens ocultos de uma história pouco contada! Sua imolação, constrange e intimida, mas ao mesmo tempo reflete o sentimento de que é preciso defender o Estado democrático de todas as formas. Assim suas convicções e sua luta não perdem o sentido e permanecem vivas pela história a fora.
Mas outros personagens, muitos é bom que se diga, agregaram em torno de si, praticamente toda a nação, e a conduziram a passos firmes, rumo ao que parecia intransponível. O regime sucumbiu e os generais com suas armas e com o apoio da elite direitista não puderam resistir. É bom que se diga, que a consolidação do regime ditatorial se deu pela intensa participação da direita elitista encastelada junto aos generais e camuflada como uma poderosa aliança convertida a um partido político, a qual ainda hoje tem suas sementes espalhadas pelo país.
Surge também, durante a ditadura, um poderoso movimento de oposição pela democratização do país. O MDB tinha em seus quadros figuras excepcionais, que além de atrair a simpatia popular, empunhavam corajosamente bandeiras como liberdade, democracia e cidadania. É neste caldo histórico, que se vê surgir, a moda mineira, o estadista Tancredo Neves. Presente nos fatos mais importantes da política nacional da segunda metade do século XX, passou despercebido pela ditadura, que sequer o cassou.
Consolidou-se como alternativa viável a uma grande aventura. Inicialmente pela eleição direta, no famoso e inesquecível movimento “Diretas Já”. Como relembrou o Senador Pedro Simon, seu amigo pessoal, Tancredo era contrário a eleição indireta para presidente, mas aceitou participar dela, pois estava convicto de que aquela seria a última da história brasileira. Tancredo e os líderes de oposição não fizeram isto sozinhos, ao contrário foram instrumentos de uma grande mobilização nacional, como dissemos, construída a muitas mãos. Mas sua liderança exerceu grande influência sobre os rumos tomados.
Há quem diga que se Tancredo tivesse assumido a Presidência da República, a realidade seria outra, a história teria sido diferente e que até ele não seria lembrado como herói. O fato é que hoje, a geração que se formou neste quarto de século, não aceitaria a hipótese de não poder escolher seus líderes. Esta geração está aprendendo inclusive a exigir que as urnas lhe ofereçam opções mais adequadas aos seus propósitos.
A memória de Tancredo, celebrada neste ano, pela passagem de seu centenário de nascimento, mantém viva a chama da confiança na democracia, na beleza da mobilização popular. Se hoje a melodia do hino nacional orgulha e emociona a cada brasileiro, é por que a nação aprendeu o quanto ele significa. As homenagens à Tancredo são extensivas a milhares de anônimos, em especial aos que tombaram, para que sua memória seja um sinal de indignação diante do que não vai bem e de esperança em relação ao futuro de uma nação construída em alicerces democráticos, cidadãos e libertadores.
* Texto publicado no Jornal do Médio Vale em 17.03.10
Há quem diga que os tempos atuais estejam testemunhando uma deterioração política de nosso país, pela carência de líderes ou por situações que incidem em corrupção ou quebra de princípios éticos, por parte de notáveis figuras do poder. Evidentemente não é possível contestar fatos notórios e evidentes, mas é preciso analisar a questão com maior profundidade.
Estamos completando 25 anos de consolidação democrática, o mais longo da história, o que demonstra que estamos vivendo um tempo único. A liberdade de escolher, denunciar e exigir nunca fora dada com tanta intensidade na história brasileira. Não estamos, obviamente, vivendo a experiência ideal de democracia, mas, neste sentido, estamos vivendo nosso melhor tempo. O voto tem sido a garantia que todo o cidadão brasileiro tem de poder lançar o país noutros rumos. O que falta é uma formação efetiva deste cidadão para adequá-lo a este novo momento, o que parece estar distante de se concretizar.
Mas esta é outra luta que é possível pela sólida democracia que temos e pela coragem e empenho da escola e da família, ainda não consolidadas na prática da formação das futuras gerações. A garantia da constante consolidação democrática passa necessariamente pela qualidade com que as futuras gerações são formadas e pelo compromisso ético, da atual geração para com elas. Temos assim, um ciclo em que democracia e cidadania se constroem e se consolidam mutuamente.
Mas estes 25 anos foram construídos a muitas mãos. Mãos de estudantes, artistas, trabalhadores, intelectuais e líderes populares, que antes de concebê-los puseram em risco e até entregaram sua vidas à causa. Em função de sua postura de enfrentamento à covardia da ditadura, alguns destes líderes simplesmente desapareceram, como se tivessem sido apagados da vida e da memória brasileira. Personagens ocultos de uma história pouco contada! Sua imolação, constrange e intimida, mas ao mesmo tempo reflete o sentimento de que é preciso defender o Estado democrático de todas as formas. Assim suas convicções e sua luta não perdem o sentido e permanecem vivas pela história a fora.
Mas outros personagens, muitos é bom que se diga, agregaram em torno de si, praticamente toda a nação, e a conduziram a passos firmes, rumo ao que parecia intransponível. O regime sucumbiu e os generais com suas armas e com o apoio da elite direitista não puderam resistir. É bom que se diga, que a consolidação do regime ditatorial se deu pela intensa participação da direita elitista encastelada junto aos generais e camuflada como uma poderosa aliança convertida a um partido político, a qual ainda hoje tem suas sementes espalhadas pelo país.
Surge também, durante a ditadura, um poderoso movimento de oposição pela democratização do país. O MDB tinha em seus quadros figuras excepcionais, que além de atrair a simpatia popular, empunhavam corajosamente bandeiras como liberdade, democracia e cidadania. É neste caldo histórico, que se vê surgir, a moda mineira, o estadista Tancredo Neves. Presente nos fatos mais importantes da política nacional da segunda metade do século XX, passou despercebido pela ditadura, que sequer o cassou.
Consolidou-se como alternativa viável a uma grande aventura. Inicialmente pela eleição direta, no famoso e inesquecível movimento “Diretas Já”. Como relembrou o Senador Pedro Simon, seu amigo pessoal, Tancredo era contrário a eleição indireta para presidente, mas aceitou participar dela, pois estava convicto de que aquela seria a última da história brasileira. Tancredo e os líderes de oposição não fizeram isto sozinhos, ao contrário foram instrumentos de uma grande mobilização nacional, como dissemos, construída a muitas mãos. Mas sua liderança exerceu grande influência sobre os rumos tomados.
Há quem diga que se Tancredo tivesse assumido a Presidência da República, a realidade seria outra, a história teria sido diferente e que até ele não seria lembrado como herói. O fato é que hoje, a geração que se formou neste quarto de século, não aceitaria a hipótese de não poder escolher seus líderes. Esta geração está aprendendo inclusive a exigir que as urnas lhe ofereçam opções mais adequadas aos seus propósitos.
A memória de Tancredo, celebrada neste ano, pela passagem de seu centenário de nascimento, mantém viva a chama da confiança na democracia, na beleza da mobilização popular. Se hoje a melodia do hino nacional orgulha e emociona a cada brasileiro, é por que a nação aprendeu o quanto ele significa. As homenagens à Tancredo são extensivas a milhares de anônimos, em especial aos que tombaram, para que sua memória seja um sinal de indignação diante do que não vai bem e de esperança em relação ao futuro de uma nação construída em alicerces democráticos, cidadãos e libertadores.
* Texto publicado no Jornal do Médio Vale em 17.03.10
sábado, 13 de março de 2010
Enformados, Informados e (Trans)formados
Texto Publicado na Revista Gestão Universitária (Edição de Março de 2010)
O início de um ano letivo é sempre um tempo de surpresas, descobertas, novidades, incertezas. Para algumas crianças será a primeira oportunidade de pisar no chão de uma sala de aula, e para estas, estes sentimentos são ainda mais fluentes. Gera-se um clima de ansiedade, suspense, quase magia. Uma expectativa que se transfere também para a família, que está apresentando seu rebento a um novo mundo, a um novo lar. É algo realmente humano, este momento de mudança na vida de centenas de crianças.
Muitas outras, entretanto, retornarão a mesma rotina que freqüentam há anos. Nem sempre este retorno se reveste de bons sentimentos. Alguns chegam a afirmar que estão reiniciando a batalha, como se travassem uma verdadeira guerra contra aquilo que outrora se revestia de magia. Para muitos a magia se foi, o encantamento virou monotonia, o saber deixou a face da descoberta e ocupa a do fardo. Alguns retornam para repetir àquilo que não foram capazes de fazer no passado. Evidentemente, isto não exclui muitos educadores que somam décadas de trabalho e alguns dias de experiência. Aqueles que retornam para cumprir mais um passo em direção à aposentadoria.
Esta aridez, não é efetivamente o sentimento generalizado de educandos e educadores, mas arrasta o sonho, a magia de muitos pequeninos que vem sua esperança se esvaziar diante de tamanha sisudez. Surge a figura do “sistema” que dita regras que poucos sabem dizer da origem ou da sua implicação em favor da aprendizagem de crianças e adolescentes. O primeiro passo é, portanto, aparar arestas e colocar todos num formato parecido: enformar.
Como se sabe, de uma mesma fôrma, surgem objetos exatamente iguais. Sim, as crianças são objetos que, ao passar pela fôrma adquirem forma. A forma que o artista (educador) considera ideal. Se o artista for ousado, criativo e corajoso abandonará as fôrmas e se guiará por sua imaginação, por sua dialética e produzirá peças únicas, exclusivas, originais. Ao contrário, produzirá cópias frias de moldes arcaicos.
Após passar pela fôrma os objetos (crianças) serão devidamente decorados com o que estiver na moda. Moda esta, concebida pelo próprio artista, que se julga profundo conhecedor do belo. São as informações que aderem ao objeto sem necessariamente fazer parte dele. Estes adereços ajudam a facilitar a comercialização do objeto. Tornam-no apreciável aos olhos do mercado (de trabalho). O tempero necessário para que a apreciação atice a voracidade mercadológica, deve fazer com que os adereços atendam ao seu paladar. O tempero, que é o conhecimento permite que as crianças e adolescentes sejam informadas.
Mas o grande desafio está em preservar a esperança e a magia do primeiro dia em que cada criança pôs seus pés no chão de uma sala de aula. Tecnologias, materiais pedagógicos e estruturas físicas bem conservadas ajudam, mas não garantem o sucesso pedagógico diante do desafio. O ato educativo não é transferência, mediação ou condução. É antes de tudo um momento de intenso respeito e solidariedade em favor da vida manifestada em cada ser humano. Seres humanos, que a cada dia celebram um encontro único entre si e com o saber. E como em qualquer encontro, neste também deve haver interação, diálogo e os seus participantes sofrem grandes mudanças. Assim, ocorre na criança, no educador e no próprio saber, uma grande (trans)formação.
Como se vê, o início de um ano letivo pode ser o início de belas histórias de vida, transformando no presente, o futuro de uma geração. A esta esperança, educador algum deve renunciar e nenhuma criança pode ser privada. O primeiro e todos os dias letivos precisam ser dias de celebração da vida e de construção parceira e amorosa, de um bem-estar a que todo o ser tem direito.
O início de um ano letivo é sempre um tempo de surpresas, descobertas, novidades, incertezas. Para algumas crianças será a primeira oportunidade de pisar no chão de uma sala de aula, e para estas, estes sentimentos são ainda mais fluentes. Gera-se um clima de ansiedade, suspense, quase magia. Uma expectativa que se transfere também para a família, que está apresentando seu rebento a um novo mundo, a um novo lar. É algo realmente humano, este momento de mudança na vida de centenas de crianças.
Muitas outras, entretanto, retornarão a mesma rotina que freqüentam há anos. Nem sempre este retorno se reveste de bons sentimentos. Alguns chegam a afirmar que estão reiniciando a batalha, como se travassem uma verdadeira guerra contra aquilo que outrora se revestia de magia. Para muitos a magia se foi, o encantamento virou monotonia, o saber deixou a face da descoberta e ocupa a do fardo. Alguns retornam para repetir àquilo que não foram capazes de fazer no passado. Evidentemente, isto não exclui muitos educadores que somam décadas de trabalho e alguns dias de experiência. Aqueles que retornam para cumprir mais um passo em direção à aposentadoria.
Esta aridez, não é efetivamente o sentimento generalizado de educandos e educadores, mas arrasta o sonho, a magia de muitos pequeninos que vem sua esperança se esvaziar diante de tamanha sisudez. Surge a figura do “sistema” que dita regras que poucos sabem dizer da origem ou da sua implicação em favor da aprendizagem de crianças e adolescentes. O primeiro passo é, portanto, aparar arestas e colocar todos num formato parecido: enformar.
Como se sabe, de uma mesma fôrma, surgem objetos exatamente iguais. Sim, as crianças são objetos que, ao passar pela fôrma adquirem forma. A forma que o artista (educador) considera ideal. Se o artista for ousado, criativo e corajoso abandonará as fôrmas e se guiará por sua imaginação, por sua dialética e produzirá peças únicas, exclusivas, originais. Ao contrário, produzirá cópias frias de moldes arcaicos.
Após passar pela fôrma os objetos (crianças) serão devidamente decorados com o que estiver na moda. Moda esta, concebida pelo próprio artista, que se julga profundo conhecedor do belo. São as informações que aderem ao objeto sem necessariamente fazer parte dele. Estes adereços ajudam a facilitar a comercialização do objeto. Tornam-no apreciável aos olhos do mercado (de trabalho). O tempero necessário para que a apreciação atice a voracidade mercadológica, deve fazer com que os adereços atendam ao seu paladar. O tempero, que é o conhecimento permite que as crianças e adolescentes sejam informadas.
Mas o grande desafio está em preservar a esperança e a magia do primeiro dia em que cada criança pôs seus pés no chão de uma sala de aula. Tecnologias, materiais pedagógicos e estruturas físicas bem conservadas ajudam, mas não garantem o sucesso pedagógico diante do desafio. O ato educativo não é transferência, mediação ou condução. É antes de tudo um momento de intenso respeito e solidariedade em favor da vida manifestada em cada ser humano. Seres humanos, que a cada dia celebram um encontro único entre si e com o saber. E como em qualquer encontro, neste também deve haver interação, diálogo e os seus participantes sofrem grandes mudanças. Assim, ocorre na criança, no educador e no próprio saber, uma grande (trans)formação.
Como se vê, o início de um ano letivo pode ser o início de belas histórias de vida, transformando no presente, o futuro de uma geração. A esta esperança, educador algum deve renunciar e nenhuma criança pode ser privada. O primeiro e todos os dias letivos precisam ser dias de celebração da vida e de construção parceira e amorosa, de um bem-estar a que todo o ser tem direito.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Plano de ensino de ciências
PROFESSORES:
MORGANA BECKER HINSCHING
NILTON BRUNO TOMELIN.
Benedito Novo, fevereiro de 2010
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
O ensino como um todo traduz uma potencialidade criativa de promover uma ação efetiva em favor de uma (trans)formação antropo-social. Este propósito se torna ainda mais eminente no processo de discussão dos temas e conceitos relativos à disciplina de ciências. Esta disciplina caracteriza-se por despertar uma certa curiosidade “natural” derivada de conhecimentos do senso comum.
Há uma tendência em se imaginar popularmente que a ciência (disciplina) tem por “obrigação” explicar fenômenos. Isto facilita o processo por um aspecto, pois já há uma tendência a se buscar este conhecimento, e por outro aspecto gera uma responsabilidade ainda maior, pelo fato de tratar de tópicos, fenômenos e conceitos muito próximos da realidade cotidiana. As afirmativas anteriores, não tendem a supor que as outras áreas do saber não tenha as mesmas características citadas. O que se pretende é afirmar que tem-se um contexto muito particular, com o qual deve-se contar. Cabe ao educador e a educadora permitir que o saber seja tratado de forma próxima ao cotidiano do educando e da educanda. De acordo com FROTA-PESSOA, GEVERTZ e SILVA (1979, p. 62)
“Outro vicio das aulas tradicionais de ciências é que o professor se interpõe entre a natureza e o aluno, cuidando servir de interprete; mas consegue apenas funcionar como barreira que oculta ou deforma a realidade”.
Dito isto, cumpre-nos dizer que o ensino de ciências (assim como o ensino em geral) é por excelência uma atitude de comprometimento e reflexão sobre a condição do homem e da mulher no planeta. Não se trata meramente do trato de fenômenos naturais, de fundo ambientalista, mas numa compreensão ecológica da realidade em que vivemos. Esta tendência carrega consigo discussões de ordem social, política, econômica e antropológica, uma vez que estudos atuais vem percebendo que os problemas ambientais são amplamente multidisciplinares. Não cabe mais uma discussão compartimentalizada, mas um estudo transdisciplinar, envolvendo a complexidade e a ética do saber numa profundidade necessária e essencial a este propósito.
O Ensino de ciências no ensino fundamental não deve ser encarado como um complemento do que se trata em outras disciplinas, mas como uma proposta, em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais, antropológicas e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Assim contempla-se uma série de necessidades de toda a comunidade escolar. De acordo com D’AMBRÓSIO (1999, p. 15)
“... o professor deve subordinar sua disciplina, em particular os conteúdos, aos objetivos da educação e não subordinar a educação aos objetivos, à transmissão e aos avanços de sua disciplina. O aprendiz deve ser, como indivíduo, o determinante do conhecimento que lhe é transmitido”.
Isto não deve implicar, no entanto, numa renúncia à função da educadora e do educador, mas ao contrário, deve representar um passo decisivo em favor de uma educação impactante e comprometida. Uma outra expectativa criada diz respeito à necessidade de executar atividades experimentais no sentido de comprovar, testar e experimentar conceitos. Mas a experimentação não representa a compreensão de tal conceito, apenas permite uma fixação e conhecimento mais conforme afirma GURGEL (2000, p.20-1) quando diz que
“...não basta a aplicação de mecanismos mais amplos e completos para mudar e/ou inovar as práticas laboratoriais. É necessário ir além, sobretudo, com apoio das referências filosóficas e históricas da ciência, para entendermos o que se quer pesquisar,como, porque e, ainda, para que servirão os resultados da investigação. Esta dimensão vai possibilitar uma visão complexa, global (ou holística) dos problemas e ainda, uma ampliação da percepção critica sobre o método científico de alunos e professores frente às práticas experimentais da Física, porque o conhecimento cientifico não se constrói a partir do nada, ao contrário, ele apresenta um caráter social e histórico que deve ser levado em conta no processo ensino-aprendizagem”.
O resgate histórico de diferentes conceitos permitirá que se alcance um determinado grau de complexidade, que permite identificar razões para compreender o conhecimento tal qual temos hoje.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
5ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Identificação dos conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos;
• Conhecimento popular e conhecimento científico;
• O conhecimento científico como fruto de um processo histórico;
• Implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
• Identificação dos elementos transformadores de novos conceitos;
• Os seres vivos e o meio ambiente:
Relações de dependência;
Inter-relações e sobrevivência;
Intervenções ambientais;
• A terra e a vida:
Conceituação de vida;
Implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
Intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
Ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
Ecossistema: onde a vida acontece;
Ecossistema: um espaço de interação e transformação orgânica;
• Cadeias alimentares: a transferência de materia e energia num ambiente.
• As relações entre os seres vivos – Harmônicas e Desarmônicas .
2º Bimestre
• Alterações do ambiente:
Intervenção antrópica;
Fenômenos ecológicos “naturais”;
Processos de “acomodação” ambiental.
• Estudo do ar:
Poluição e suas modalidades;
Aplicações à física e à execução de atividades humanas;
Elemento fundamental para a respiração humana.
• Importância do solo
Utilização agrícola do solo;
Elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
A necessidades de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
Formas de proteção do solo e preservação de recursos.
• Importância da água:
Inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
Formas de poluição;
Principais fontes e locais de armazenamento;
Fenômenos climáticos relacionados à água.
• Reino das plantas:
Características exclusivas dos vegetais;
Diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
Relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
• Os grandes grupos vegetais:
Algas pluricelulares;
Briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
Gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
• Estudo da raiz:
Estruturas principais de uma raiz;
Diferentes tipos de raízes;
Utilidades fisiológicas das raízes;
Utilidades econômicas das raízes;
Utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo do caule:
Estruturas principais de um caule;
Diferentes tipos de caules;
Utilidades fisiológicas dos caules;
Importância da seiva para o vegetais;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da folha:
Estruturas principais de uma folha;
Diferentes tipos de folhas;
Utilidades fisiológicas das folhas;
Importância da fotossíntese para os vegetais;
Importância da fotossíntese para a vida no planeta;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da flor:
Estruturas principais de uma flor;
Diferentes tipos de flores;
Utilidades fisiológicas folhas;
Processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
Importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
Utilidades econômicas das flores;
• Estudo do fruto:
Estruturas principais de um fruto;
Diferentes tipos de frutos;
Utilidades fisiológicas dos frutos;
Formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
O fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
• Estudo da semente:
Estruturas principais de uma semente;
Diferentes tipos de sementes;
Utilidades fisiológicas sementes;
Utilidades econômicas das sementes;
Valores alimentares das sementes;
• Germinação como processo de formação de um novo vegetal;
• Os vegetais e o homem
• A distribuição da vida na biosfera
• Preservação da fauna e da flora
5ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Identificar os conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos dos próprios alunos;
- Diferenciar conhecimento popular e conhecimento científico;
- Compreender o conhecimento científico como fruto de um processo histórico de construção múltipla;
- Perceber as implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
- Identificar os elementos transformadores de novos conceitos;
- Determinar as relações entre os seres vivos e o meio ambiente;
- Identificar as relações de dependência entre os seres vivos;
- Perceber as inter-relações e sobrevivência;
- Reconhecer as principais intervenções ambientais;
- Compreender as relações entre a terra e a vida;
- Conceituar vida;
- Determinar as implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
- Reconhecer as intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
- Perceber a ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
- Reconhecer um ecossistema como sendo o local onde a vida acontece;
- Identificar um ecossistema como um espaço de interação e transformação orgânica;
- Compreender os fenômenos de cadeias alimentares: transferência de materia e energia num ambiente;
- Diferenciar as relações entre os seres vivos em harmônicas e desarmônicas;
2º Bimestre
- Perceber as principais alterações do ambiente:
- Reconhecer as principais formas de intervenção antrópica;
- Compreender os fenômenos ecológicos “naturais”;
- Reconhecer os processos de “acomodação” ambiental.
- Aprimorar o estudo do ar;
- Reconhecer as causas de poluição e suas modalidades;
- Perceber as aplicações à física e à execução de atividades humanas;
- Compreender o ar como elemento fundamental para a respiração humana.
- Identificar a importância do solo;
- Apontar a utilização agrícola do solo;
- Identificar os elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
- Esclarecer a necessidade de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
- Apontar as formas de proteção do solo e preservação de recursos.
- Reconhecer a importância da água;
- compreender a inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
- Identificar as mais variadas formas de poluição;
- Reconhecer as principais fontes e locais de armazenamento;
- Descrever os fenômenos climáticos relacionados à água.
- Conceituar reino das plantas;
- Enumerar as características exclusivas dos vegetais;
- Apontar as diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
- Descrever a relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
- Diferenciar os grandes grupos vegetais;
- Caracterizar algas pluricelulares;
- Compreender briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
- Diferenciar gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
- Caracterizar raiz;
- Identificar as estruturas principais de uma raiz;
- Diferenciar os tipos de raízes;
- Compreender as utilidades fisiológicas das raízes;
- Perceber as utilidades econômicas das raízes;
- Enunciar a utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa;
- Descrever o estudo do caule;
- Identificar as estruturas principais de um caule;
- Reconhecer os diferentes tipos de caules;
- Compreender as utilidades fisiológicas dos caules;
- Descrever a importância da seiva para o vegetais;
- Enumerar as utilidades econômicas dos caules;
- Compreender a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Enunciar o estudo da folha;
- Diferenciar as estruturas principais de uma folha;
- Reconhecer os diferentes tipos de folhas;
- Compreender as utilidades fisiológicas das folhas;
- Perceber a importância da fotossíntese para os vegetais;
- Compreender a importância da fotossíntese para a vida no planeta;
- Reconhecer as utilidades econômicas dos caules;
- Estabelecer a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Estabelecer o estudo da flor:
- Diferenciar as estruturas principais de uma flor;
- Diferenciar os tipos de flores;
- Reconhecer as utilidades fisiológicas folhas;
- Compreender os processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
- Identificar a importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
- Enunciar as utilidades econômicas das flores;
- Aprofundar o estudo do fruto;
- Reconhecer as estruturas principais de um fruto;
- Diferenciar os tipos de frutos;
- Estudar as utilidades fisiológicas dos frutos;
- Estabelecer a formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
- Compreender o fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
- Estabelecer o estudo da semente;
- Reconhecer as estruturas principais de uma semente;
- Identificar os diferentes tipos de sementes;
- Apontar as utilidades fisiológicas sementes;
- Enumerar as utilidades econômicas das sementes;
- Compreender os valores alimentares das sementes;
- Reconhecer a germinação como processo de formação de um novo vegetal;
- Estabelecer as relações entre os vegetais e o homem;
- Compreender a distribuição da vida na biosfera;
- Reconhecer as formas de preservação da fauna e da flora
6ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Conhecendo a diversidade da vida
• O papel do meio ambiente na diferenciação das espécies
• A integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies
• Reconhecer um ser vivo
• Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
• Características dos seres vivos
• A origem da vida
• Teorias e explicações sobre a possível origem da vida
• A evolução dos seres vivos
• Classificação dos seres vivos
2º Bimestre
• Os vírus, estrutura e características
• Doenças causadas por vírus
• Moneras, estrutura e características
• Doenças causadas por bactérias
• Utilidades econômicas das bactérias
• Protistas estrutura e características
• Doenças causadas por protozoários
• Fungos estrutura e características
• Doenças causadas por fungos
• Utilidades econômicas dos fungos
• Os invertebrados
• As principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva
• Poríferos – cnidários ou celenterados
• Características e estruturas dos poríferos, celenterados
• Vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos)
• Principais doenças causadas por vermes
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
• Moluscos, estruturas e características básicas
• Utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos
• Artrópodes – o maior grupo de seres vivos
• Principais grupos de artrópodes:
Insetos: características, estruturas e doenças causadas por insetos
Aracnídeos: características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos
Crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas
Miriápodes: características, estruturas.
• Equinodermos: características, estruturas
• Grupo dos Vertebrados: características, semelhanças e diferenças
• Peixes:
Condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
4º Bimestre
• Anfíbios:
Anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
• Répteis:
Crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras
Quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
Ofídios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos.
• Aves e suas características
• Aves – classificação:
Ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
Carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
• Mamíferos e suas características gerais
• Mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
6ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Conhecer a diversidade da vida;
- Compreender o papel do meio ambiente na diferenciação das espécies;
- Estabelecer a integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies;
- Reconhecer um ser vivo pelas suas características elementares;
- Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
- Identificar as características dos seres vivos;
- Conhecer as teorias sobre a origem da vida;
- Identificar as teorias e explicações sobre a possível origem da vida
- Compreender o processo de evolução dos seres vivos;
- Conhecer a forma e classificação dos seres vivos;
2º Bimestre
- Reconhecer os vírus pela estrutura e características;
- Identificar as doenças causadas por vírus;
- Conhecer os moneras pela estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por bactérias;
- Enumerar as utilidades econômicas das bactérias;
- Reconhecer os protistas pela estrutura e características;
- Caracterizar as doenças causadas por protozoários;
- Identificar os fungos, suas estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por fungos;
- Conhecer as utilidades econômicas dos fungos;
- Identificar o reino dos invertebrados;
- Reconhecer as principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva;
- Reconhecer os poríferos – cnidários ou celenterados;
- Perceber as características e estruturas dos poríferos, celenterados;
- Definir vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos);
- Compreender as principais doenças causadas por vermes;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
- Identificar os moluscos, suas estruturas e características básicas;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos;
- Caracterizar os artrópodes – o maior grupo de seres vivos;
- Identificar as principais grupos de artrópodes;
- Compreender os insetos, suas características, estruturas e doenças causadas por insetos;
- Reconhecer Aracnídeos por suas características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos;
- Identificar crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas;
- Conhecer os miriápodes: características, estruturas;
- Compreender os equinodermos: características, estruturas;
- Diferenciar o grupo dos vertebrados: características, semelhanças e diferenças;
- Caracterizar o grupo dos peixes:;
- Identificar condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Conhecer osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
4º Bimestre
- Caracterizar anfíbios;
- Identificar anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Compreender ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Perceber urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Caracterizar répteis;
- Identificar crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras;
- Reconhecer quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
- Diferenciar ofídios quanto a estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos;
- Identificar as aves e suas características;
- Classificar as aves;
- Identificar as ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Compreender carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Conhecer os mamíferos e suas características gerais;
- Caracterizar os mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
Obs: será realizada uma visita ao Zoológico de Pomerode conforme ANEXO I
7ª SÉRIE – CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Origem da vida segundo teorias científicas
• Formação do corpo na fase embrionária
• Fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital
• Divisão geral do corpo humano
• Constituição anatômica do nosso organismo
• As células e os tecidos
• Célula, sua constituição e funções vitais
• Estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções
• O microscópio
• Importância dos alimentos
2º Bimestre
• Digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
• Os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas
• Aparelho respiratório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
• Órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas
• Hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc
• Aparelho circulatório: coração, veias e artérias.
• Sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas
• Doenças do sistema circulatório
• Defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS
• Aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo.
3º Bimestre
• Funções de relação com o ambiente
• Os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente
• Locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção.
• Sistema muscular e seu papel na locomoção.
• Órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato.
• O sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos.
• Funções do cérebro, cerebelo e bulbo.
• Medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos.
• O sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos.
• Ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano.
• Hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários.
4º Bimestre
• Reprodução como fator de perpetuação da espécie
• Mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo
• O sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento
• Fecundação e desenvolvimento embrionário
• Desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar
• Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Métodos contraceptivos
• Síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação
• Doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
7ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Compreender a origem da vida segundo teorias científicas;
- Identificar a formação do corpo na fase embrionária;
- Conhecer as fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital;
- Estabelecer a divisão geral do corpo humano;
- Reconhecer a constituição anatômica do nosso organismo;
- Diferenciar as células e os tecidos;
- Estudar a célula, sua constituição e funções vitais;
- Identificar as estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções;
- Identificar a importância dos alimentos para a estruturação de células e tecidos;
2º Bimestre
- Conhecer a digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
- Caracterizar os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas;
- Compreender as estruturas do aparelho digestório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus;
- Identificar as funções dos órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas;
- Caracterizar hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc;
- Compreender os órgãos do aparelho circulatório: coração, veias e artérias;
- Caracterizar os elementos estruturantes do sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas;
- Identificar as doenças do sistema circulatório;
- Compreender as formas de defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS;
- Caracterizar o aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo;
3º Bimestre
- Conhecer as funções de relação com o ambiente;
- Identificar os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente;
- Reconhecer os meios de locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção;
- Identificar o sistema muscular e seu papel na locomoção;
- Compreender as características do órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato;
- Descrever o sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos;
- Conhecer as funções do cérebro, cerebelo e bulbo;
- Caracterizar a medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos;
- Compreender o sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos;
- Identificar a ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano;
- Caracterizar hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários;
4º Bimestre
- Perceber a reprodução como fator de perpetuação da espécie;
- Identificar mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo;
- Compreender sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento;
- Identificar a fecundação e desenvolvimento embrionário;
- Caracterizar o desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar;
- Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais;
- Identificar doenças sexualmente transmissíveis;
- Reconhecer métodos contraceptivos;
- Identificar síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação;
- Caracterizar doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
8ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• A matéria como elemento constituinte da matéria
• As propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas
• A origem do universo como forma de distribuição da matéria
• As transformações físicas e químicas da matéria
• Misturas e combinações da matéria
• Elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos.
• O átomo sua estrutura e sua identificação
• Modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling
• Históricos da tabela periódica dos elementos químicos
• Os elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres
2º Bimestre
• As ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos
• Ligação covalentes: normal e dativa
• Ligação iônica
• Formação das substâncias
• Distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling
• Casos especiais de ligações químicas
• Os processos de fracionamento de misturas
• Misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias
• As diferentes substâncias em nossa vida
• Fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem
3º Bimestre
• Estudo da física – histórico
• Implicações da física no cotidiano das pessoas
• Conceitos básicos da cinemática
• O movimento como forma de aplicação de conceitos físicos
• As modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica
• A velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos
• Cálculo da velocidade
• A aceleração como variante da velocidade
• Estudo do movimento
• Estudo das forças e suas unidades de medida
• Leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento
4º Bimestre
• Energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos
• Trabalho como resultado da aplicação das forças
• Potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes
• O calor como forma de energia
• Elementos transmissores e isolantes do calor
• O calor e sua aplicação no cotidiano humano
• O som como forma de aplicação da energia
• O som e sua aplicação no cotidiano
• A transmissão do som por meio de ondas
• A eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica.
• Formas de transmissão de eletricidade
• Materiais isolantes elétricos
• O magnetismo e sua importância para a vida na terra.
• A lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar
8ª SÉRIE – OBJETIVOS
1º Bimestre
- Caracterizar a matéria como elemento constituinte da matéria;
- Identificar as propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas;
- Compreender a origem do universo como forma de distribuição da matéria;
- Diferenciar as transformações físicas e químicas da matéria;
- Caracterizar misturas e combinações da matéria;
- Identificar os elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos;
- Reconhecer átomo sua estrutura e sua identificação;
- Diferenciar modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling;
- Compreender históricos da tabela periódica dos elementos químicos;
- Caracterizar elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres;
2º Bimestre
- Compreender as ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos;
- Caracterização de ligação covalente: normal e dativa;
- Conhecer ligação iônica;
- Reconhecer o processo de formação das substâncias;
- Compreender a distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling;
- Identificar casos especiais de ligações químicas;
- Reconhecer os processos de fracionamento de misturas;
- Diferenciar misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias;
- Compreender a função das diferentes substâncias em nossa vida;
- Compreender fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem;
3º Bimestre
- Enunciar o estudo da física – histórico;
- Compreender as implicações da física no cotidiano das pessoas;
- Identificar os conceitos básicos da cinemática;
- Compreender o movimento como forma de aplicação de conceitos físicos;
- Reconhecer as modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica ;
- Caracterizar a velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos;
- Compreender o cálculo da velocidade;
- Reconhecer a aceleração como variante da velocidade;
- Caracterização do movimento;
- Compreender as forças e suas unidades de medida;
- Identificar as leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento;
4º Bimestre
- Identificar a energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos;
- Compreender trabalho como resultado da aplicação das forças;
- Estabelecer a potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes;
- Compreender o calor como forma de energia;
- Diferenciar elementos transmissores e isolantes do calor;
- Reconhecer o calor e sua aplicação no cotidiano humano;
- Identificar o som como forma de aplicação da energia;
- Caracterizar som e sua aplicação no cotidiano;
- Identificar formas de transmissão do som por meio de ondas;
- Compreender a eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica;
- Conhecer formas de transmissão de eletricidade;
- Identificar materiais isolantes elétricos;
- Caracterizar p magnetismo e sua importância para a vida na terra;
- Compreender a lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar;
OBJETIVOS DOS CONTEÚDOS TRATADOS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Os conteúdos acima nomeados e distribuídos nas diferentes séries finais do Ensino Fundamental traduzem uma série de objetivos comuns que passaremos a relacionar:
1. Sensibilizar o educando e a educanda para a necessidade de se situar no ambiente como parte integrante deste;
2. Fazer do ensino de ciências, uma prática de defesa de valores éticos e planetários;
3. Identificar as implicações econômicas e ecológicas das diferentes ações do homem sobre os recursos provenientes da natureza;
4. Perceber a necessidade de se compreender conceitualmente os fenômenos inerentes aos processos e fenômenos naturais;
5. Fazer do conhecimento científico um instrumento de preservação da vida;
6. Compreender a ciência como uma das formas de conhecer e compreender os processos ocorridas na natureza;
7. Comprometer-se com a necessidade de promover ações em favor da preservação e conservação de seres vivos, fontes de matéria-prima e energia, como forma de garantir a sobrevivência da humanidade;
8. Identificar a diversidade como grande riqueza e garantia da perpetuação da vida no planeta;
9. Inserir o ser humano no contexto ambiental, não como mero usuário, mas como dependente e parte de um ciclo de vida dinâmico e contínuo;
10. Identificar possibilidades para que cada sujeito seja responsável pela vida nas mais diversas formas de manifestação;
11. Respeitar a biodiversidade e a dinâmica dos processos naturais;
12. Dinamizar discussões éticas, sociais e políticas que possam garantir à humanidade condições mínimas de adoção de novas estratégias para a utilização de recurso e fontes de recursos materiais e energéticos;
13. Compreender a multiplicidade de aplicações de conceitos e suas inter-relações possíveis no sentido de fazer da ciência um instrumento de (re)construção de paradigmas;
14. Identificar o processo educativo, como uma ação transdisciplinar, dinâmica, não-linear, ética e humana;
15. Conhecer mecanismos de mudança no perfil da vida como a evolução (biológica) e a dialética (filosófica), capazes de transformar conceitos e aplicações.
Há uma grande quantidade de outros objetivos, implicando na definição de certos conceitos e metodologias, porém, deseja-se esclarecer que os supra citados se aplicam de forma genérica a todos os conceitos relacionados bimestralmente para cada série.
Desta forma as circunstâncias, os fatos e as necessidades serão os ditames para a reformulação permanente e sensível deste planejamento, assim como dos aspectos avaliativas que discutiremos a seguir.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma DIAS SOBRINHO (2000 p. 80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
ANEXO I
Projeto Com-vivendo I
(Visita ao Zoológico de Pomerode)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo I deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos do conteúdos de ciências da 6ª série. Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza. Para tanto será organizada uma viagem de estudos ao Zoológico de Pomerode após a qual haverá a elaboração de atividades como cartazes, textos e outras formas de apresentação onde serão discutidos valores como ação humana e ética ecológica. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade sensibilizando-o para a preservação e recuperação ambiental.
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos como o da visita ao Zoológico de Pomerode, onde é possível identificar as diferentes formas de vida animal e sua relação com o meio ambiente. Assim o Projeto Com-vivendo I (Visita ao Zoológico de Pomerode) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- Diversidade animal.
- Relação entre os animais e o meio ambiente.
- Relação entre os animais e o ser humano.
- Ações de preservação e recuperação ambiental.
- Cuidados com animais em cativeiro.
- Valores éticos na relação homem-natureza.
3.5 Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto com temas na área ambiental.
- elaboração de cartaz referente a visita.
- debate sobre o que foi visto na visita.
ANEXO II
Projeto Com-vivendo II
(Visita a SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo II deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos dos conteúdos de ciências da 7ª série. Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza. Para tanto será organizada uma viagem de estudos ao Parque Ecológico a Santur e ao Parque UNIPRAIAS, na cidade de Balneário Camboriú, após a qual haverá a elaboração de atividades como cartazes, textos e outras formas de apresentação onde serão discutidos valores como ação humana e ética ecológica. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade sensibilizando-o para a preservação e recuperação ambiental.
Objetivo Geral
Oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos dos conteúdos de ciências da 7ª série.
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos como o da visita à cidade de Balneário Camboriú, onde é possível identificar as diferentes formas de vida animal e sua relação com o meio ambiente. Assim o Projeto Com-vivendo II (Visita a SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- Diversidade animal.
- Relação entre os animais e o meio ambiente.
- Relação entre os animais e o ser humano.
- Ações de preservação e recuperação ambiental.
- Cuidados com animais em cativeiro.
- Valores éticos na relação homem-natureza.
Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto com temas na área ambiental.
- elaboração de cartaz referente a visita.
- debate sobre o que foi visto na visita.
ANEXO III
Projeto Com-vivendo III
(Projeto para o dia do Meio Ambiente)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo III deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de implementar projetos de aplicação prática utilizando os conteúdos das próprias séries na disciplina de ciências alinhadas à problemática ambiental. A temática dos projetos será distribuída da seguinte forma:
- 5ª série: herbário, terrário, maquetes inditificando mata ciliar e matas nativas da região do Vale do Itajaí.
- 6ª série: edição de panfletos e materiais informativos sobre doenças causadas por agentes bióticos; minhocário; visitação ao Zoológico de Pomerode.
- 7ª série: identificação das principais ações antrópicas sobre o planeta, relação das doenças humanas e o meio ambiente; visitação ao Parque da SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS.
- 8ª série: explicar como funcionam processos químicos e físicos criados ou dominados pelo ser humano.
Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza.
Objetivo Geral
Oferecer oportunidades aos educandos e educandas de implementar projetos de aplicação prática utilizando os conteúdos das próprias séries na disciplina de ciências alinhadas à problemática ambiental.
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos ligados a questão ambiental aplicando-os no contextos dos alunos. Assim o Projeto Com-vivendo III (Projeto para o dia do meio ambiente) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- 5ª série: os recursos naturais e o reino plantae e suas formas ação no meio ambiente.
- 6ª série: vírus e os reinos monera, protista, fungi animalia e possíveis intervenções em relação ao meio ambiente.
- 7ª série: o corpo humano e implicações ambientais.
- 8ª série: sustâncias e fenômenos químicos e sua intervenção nos processos biológicos. Processos físicos e suas intervenções nos processos biológicos.
Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto de projeto com temas na área ambiental.
- aplicação do projeto na realidade vivida pelo aluno.
- debate sobre o que foi visto na visita.
MORGANA BECKER HINSCHING
NILTON BRUNO TOMELIN.
Benedito Novo, fevereiro de 2010
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
O ensino como um todo traduz uma potencialidade criativa de promover uma ação efetiva em favor de uma (trans)formação antropo-social. Este propósito se torna ainda mais eminente no processo de discussão dos temas e conceitos relativos à disciplina de ciências. Esta disciplina caracteriza-se por despertar uma certa curiosidade “natural” derivada de conhecimentos do senso comum.
Há uma tendência em se imaginar popularmente que a ciência (disciplina) tem por “obrigação” explicar fenômenos. Isto facilita o processo por um aspecto, pois já há uma tendência a se buscar este conhecimento, e por outro aspecto gera uma responsabilidade ainda maior, pelo fato de tratar de tópicos, fenômenos e conceitos muito próximos da realidade cotidiana. As afirmativas anteriores, não tendem a supor que as outras áreas do saber não tenha as mesmas características citadas. O que se pretende é afirmar que tem-se um contexto muito particular, com o qual deve-se contar. Cabe ao educador e a educadora permitir que o saber seja tratado de forma próxima ao cotidiano do educando e da educanda. De acordo com FROTA-PESSOA, GEVERTZ e SILVA (1979, p. 62)
“Outro vicio das aulas tradicionais de ciências é que o professor se interpõe entre a natureza e o aluno, cuidando servir de interprete; mas consegue apenas funcionar como barreira que oculta ou deforma a realidade”.
Dito isto, cumpre-nos dizer que o ensino de ciências (assim como o ensino em geral) é por excelência uma atitude de comprometimento e reflexão sobre a condição do homem e da mulher no planeta. Não se trata meramente do trato de fenômenos naturais, de fundo ambientalista, mas numa compreensão ecológica da realidade em que vivemos. Esta tendência carrega consigo discussões de ordem social, política, econômica e antropológica, uma vez que estudos atuais vem percebendo que os problemas ambientais são amplamente multidisciplinares. Não cabe mais uma discussão compartimentalizada, mas um estudo transdisciplinar, envolvendo a complexidade e a ética do saber numa profundidade necessária e essencial a este propósito.
O Ensino de ciências no ensino fundamental não deve ser encarado como um complemento do que se trata em outras disciplinas, mas como uma proposta, em que se quer desenvolver no indivíduo (discentes), importantes alterações de concepção e leitura de mundo:
Compreensão de sua inclusão no meio ecológico;
Análise de sua ação frente ao meio em que vive;
Implicações econômicas, sociais, antropológicas e culturais das ações desordenadas sobre o meio ambiente;
Capacitação do sujeito nos aspectos crítico, criativo e curioso, tornando agente de construção de novos conceitos;
Reconhecimento das implicações ideológicas e intencionais que se mascaram na seqüência dos conteúdos;
Compreensão do indivíduo numa totalidade, entendendo o homem como um ser bio-sócio-pscio-transcendente.
Assim contempla-se uma série de necessidades de toda a comunidade escolar. De acordo com D’AMBRÓSIO (1999, p. 15)
“... o professor deve subordinar sua disciplina, em particular os conteúdos, aos objetivos da educação e não subordinar a educação aos objetivos, à transmissão e aos avanços de sua disciplina. O aprendiz deve ser, como indivíduo, o determinante do conhecimento que lhe é transmitido”.
Isto não deve implicar, no entanto, numa renúncia à função da educadora e do educador, mas ao contrário, deve representar um passo decisivo em favor de uma educação impactante e comprometida. Uma outra expectativa criada diz respeito à necessidade de executar atividades experimentais no sentido de comprovar, testar e experimentar conceitos. Mas a experimentação não representa a compreensão de tal conceito, apenas permite uma fixação e conhecimento mais conforme afirma GURGEL (2000, p.20-1) quando diz que
“...não basta a aplicação de mecanismos mais amplos e completos para mudar e/ou inovar as práticas laboratoriais. É necessário ir além, sobretudo, com apoio das referências filosóficas e históricas da ciência, para entendermos o que se quer pesquisar,como, porque e, ainda, para que servirão os resultados da investigação. Esta dimensão vai possibilitar uma visão complexa, global (ou holística) dos problemas e ainda, uma ampliação da percepção critica sobre o método científico de alunos e professores frente às práticas experimentais da Física, porque o conhecimento cientifico não se constrói a partir do nada, ao contrário, ele apresenta um caráter social e histórico que deve ser levado em conta no processo ensino-aprendizagem”.
O resgate histórico de diferentes conceitos permitirá que se alcance um determinado grau de complexidade, que permite identificar razões para compreender o conhecimento tal qual temos hoje.
Uma forma importante e significativa de se buscar estes conceitos é a utilização das tecnologias no processo educativo. Assim é possível explorar diferentes universos e contextos não-físicos no sentido de garantir a compreensão da complexidade que envolve o universo humano e planetário. Segundo LEMOS (2006)
“O espaço do saber é criado a partir da expansão das mídias de comunicação e dos meios de transportes modernos (paradoxalmente existe um relação direta entre a locomoção e as mídias) e, principalmente com o nascimento de uma nova economia baseada na aceleração de trocas, na abolição de limites geográficos e com o surgimento do tempo real”.
Essa velocidade com que os acontecimentos se sucedem é fundamental para que a educação possa estabelecer um vinculo de interesses e curiosidades de tal envergadura que possa efetivamente ser vista como formadora de novos seres humanos.
5ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Identificação dos conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos;
• Conhecimento popular e conhecimento científico;
• O conhecimento científico como fruto de um processo histórico;
• Implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
• Identificação dos elementos transformadores de novos conceitos;
• Os seres vivos e o meio ambiente:
Relações de dependência;
Inter-relações e sobrevivência;
Intervenções ambientais;
• A terra e a vida:
Conceituação de vida;
Implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
Intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
Ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
Ecossistema: onde a vida acontece;
Ecossistema: um espaço de interação e transformação orgânica;
• Cadeias alimentares: a transferência de materia e energia num ambiente.
• As relações entre os seres vivos – Harmônicas e Desarmônicas .
2º Bimestre
• Alterações do ambiente:
Intervenção antrópica;
Fenômenos ecológicos “naturais”;
Processos de “acomodação” ambiental.
• Estudo do ar:
Poluição e suas modalidades;
Aplicações à física e à execução de atividades humanas;
Elemento fundamental para a respiração humana.
• Importância do solo
Utilização agrícola do solo;
Elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
A necessidades de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
Formas de proteção do solo e preservação de recursos.
• Importância da água:
Inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
Formas de poluição;
Principais fontes e locais de armazenamento;
Fenômenos climáticos relacionados à água.
• Reino das plantas:
Características exclusivas dos vegetais;
Diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
Relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
• Os grandes grupos vegetais:
Algas pluricelulares;
Briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
Gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
• Estudo da raiz:
Estruturas principais de uma raiz;
Diferentes tipos de raízes;
Utilidades fisiológicas das raízes;
Utilidades econômicas das raízes;
Utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo do caule:
Estruturas principais de um caule;
Diferentes tipos de caules;
Utilidades fisiológicas dos caules;
Importância da seiva para o vegetais;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da folha:
Estruturas principais de uma folha;
Diferentes tipos de folhas;
Utilidades fisiológicas das folhas;
Importância da fotossíntese para os vegetais;
Importância da fotossíntese para a vida no planeta;
Utilidades econômicas dos caules;
Utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa.
• Estudo da flor:
Estruturas principais de uma flor;
Diferentes tipos de flores;
Utilidades fisiológicas folhas;
Processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
Importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
Utilidades econômicas das flores;
• Estudo do fruto:
Estruturas principais de um fruto;
Diferentes tipos de frutos;
Utilidades fisiológicas dos frutos;
Formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
O fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
• Estudo da semente:
Estruturas principais de uma semente;
Diferentes tipos de sementes;
Utilidades fisiológicas sementes;
Utilidades econômicas das sementes;
Valores alimentares das sementes;
• Germinação como processo de formação de um novo vegetal;
• Os vegetais e o homem
• A distribuição da vida na biosfera
• Preservação da fauna e da flora
5ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Identificar os conhecimentos reais, imaginários, lendas e mitos dos próprios alunos;
- Diferenciar conhecimento popular e conhecimento científico;
- Compreender o conhecimento científico como fruto de um processo histórico de construção múltipla;
- Perceber as implicações planetárias acerca do conhecimento científico;
- Identificar os elementos transformadores de novos conceitos;
- Determinar as relações entre os seres vivos e o meio ambiente;
- Identificar as relações de dependência entre os seres vivos;
- Perceber as inter-relações e sobrevivência;
- Reconhecer as principais intervenções ambientais;
- Compreender as relações entre a terra e a vida;
- Conceituar vida;
- Determinar as implicações ecológicas do desenvolvimento dos diferentes tipos de vida;
- Reconhecer as intervenções ambientais e inter-relações ecológicas decorrrentes das diferentes formas de vida;
- Perceber a ecologia, a ciência que estuda o ambiente;
- Reconhecer um ecossistema como sendo o local onde a vida acontece;
- Identificar um ecossistema como um espaço de interação e transformação orgânica;
- Compreender os fenômenos de cadeias alimentares: transferência de materia e energia num ambiente;
- Diferenciar as relações entre os seres vivos em harmônicas e desarmônicas;
2º Bimestre
- Perceber as principais alterações do ambiente:
- Reconhecer as principais formas de intervenção antrópica;
- Compreender os fenômenos ecológicos “naturais”;
- Reconhecer os processos de “acomodação” ambiental.
- Aprimorar o estudo do ar;
- Reconhecer as causas de poluição e suas modalidades;
- Perceber as aplicações à física e à execução de atividades humanas;
- Compreender o ar como elemento fundamental para a respiração humana.
- Identificar a importância do solo;
- Apontar a utilização agrícola do solo;
- Identificar os elementos minerais presentes nos diferentes tipos de solos;
- Esclarecer a necessidade de se fazer análise do solo para melhorar o desempenho de determinadas culturas agrícolas;
- Apontar as formas de proteção do solo e preservação de recursos.
- Reconhecer a importância da água;
- compreender a inserção da água na composição bioquímica dos diferentes tipos de seres vivos;
- Identificar as mais variadas formas de poluição;
- Reconhecer as principais fontes e locais de armazenamento;
- Descrever os fenômenos climáticos relacionados à água.
- Conceituar reino das plantas;
- Enumerar as características exclusivas dos vegetais;
- Apontar as diferenças entre os diversos grupos de vegetais;
- Descrever a relação entre os diferentes grupos de seres vivos e os vegetais.
- Diferenciar os grandes grupos vegetais;
- Caracterizar algas pluricelulares;
- Compreender briófitas e pteridófitas, plantas sem flores;
- Diferenciar gimnospermas e angiospermas
3º Bimestre
- Caracterizar raiz;
- Identificar as estruturas principais de uma raiz;
- Diferenciar os tipos de raízes;
- Compreender as utilidades fisiológicas das raízes;
- Perceber as utilidades econômicas das raízes;
- Enunciar a utilização da raiz como elemento de reprodução vegetativa;
- Descrever o estudo do caule;
- Identificar as estruturas principais de um caule;
- Reconhecer os diferentes tipos de caules;
- Compreender as utilidades fisiológicas dos caules;
- Descrever a importância da seiva para o vegetais;
- Enumerar as utilidades econômicas dos caules;
- Compreender a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Enunciar o estudo da folha;
- Diferenciar as estruturas principais de uma folha;
- Reconhecer os diferentes tipos de folhas;
- Compreender as utilidades fisiológicas das folhas;
- Perceber a importância da fotossíntese para os vegetais;
- Compreender a importância da fotossíntese para a vida no planeta;
- Reconhecer as utilidades econômicas dos caules;
- Estabelecer a utilização do caule como elemento de reprodução vegetativa;
- Estabelecer o estudo da flor:
- Diferenciar as estruturas principais de uma flor;
- Diferenciar os tipos de flores;
- Reconhecer as utilidades fisiológicas folhas;
- Compreender os processos de polinização como forma de perpetuação das espécies vegetais;
- Identificar a importância do pólen e dos óvulos para a perpetuação dos vegetais;
- Enunciar as utilidades econômicas das flores;
- Aprofundar o estudo do fruto;
- Reconhecer as estruturas principais de um fruto;
- Diferenciar os tipos de frutos;
- Estudar as utilidades fisiológicas dos frutos;
- Estabelecer a formação da semente como forma de perpetuação da espécie;
- Compreender o fruto como reserva alimentar de diferentes tipos de novos vegetais;
4º Bimestre
- Estabelecer o estudo da semente;
- Reconhecer as estruturas principais de uma semente;
- Identificar os diferentes tipos de sementes;
- Apontar as utilidades fisiológicas sementes;
- Enumerar as utilidades econômicas das sementes;
- Compreender os valores alimentares das sementes;
- Reconhecer a germinação como processo de formação de um novo vegetal;
- Estabelecer as relações entre os vegetais e o homem;
- Compreender a distribuição da vida na biosfera;
- Reconhecer as formas de preservação da fauna e da flora
6ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Conhecendo a diversidade da vida
• O papel do meio ambiente na diferenciação das espécies
• A integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies
• Reconhecer um ser vivo
• Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
• Características dos seres vivos
• A origem da vida
• Teorias e explicações sobre a possível origem da vida
• A evolução dos seres vivos
• Classificação dos seres vivos
2º Bimestre
• Os vírus, estrutura e características
• Doenças causadas por vírus
• Moneras, estrutura e características
• Doenças causadas por bactérias
• Utilidades econômicas das bactérias
• Protistas estrutura e características
• Doenças causadas por protozoários
• Fungos estrutura e características
• Doenças causadas por fungos
• Utilidades econômicas dos fungos
• Os invertebrados
• As principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva
• Poríferos – cnidários ou celenterados
• Características e estruturas dos poríferos, celenterados
• Vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos)
• Principais doenças causadas por vermes
• Utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
• Moluscos, estruturas e características básicas
• Utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos
• Artrópodes – o maior grupo de seres vivos
• Principais grupos de artrópodes:
Insetos: características, estruturas e doenças causadas por insetos
Aracnídeos: características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos
Crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas
Miriápodes: características, estruturas.
• Equinodermos: características, estruturas
• Grupo dos Vertebrados: características, semelhanças e diferenças
• Peixes:
Condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
4º Bimestre
• Anfíbios:
Anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
Urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos.
• Répteis:
Crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras
Quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
Ofídios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos.
• Aves e suas características
• Aves – classificação:
Ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
Carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc.
• Mamíferos e suas características gerais
• Mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
6ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Conhecer a diversidade da vida;
- Compreender o papel do meio ambiente na diferenciação das espécies;
- Estabelecer a integração entre os seres vivos como instrumento de formação de novas espécies;
- Reconhecer um ser vivo pelas suas características elementares;
- Compreender semelhanças e diferenças entre os seres vivos
- Identificar as características dos seres vivos;
- Conhecer as teorias sobre a origem da vida;
- Identificar as teorias e explicações sobre a possível origem da vida
- Compreender o processo de evolução dos seres vivos;
- Conhecer a forma e classificação dos seres vivos;
2º Bimestre
- Reconhecer os vírus pela estrutura e características;
- Identificar as doenças causadas por vírus;
- Conhecer os moneras pela estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por bactérias;
- Enumerar as utilidades econômicas das bactérias;
- Reconhecer os protistas pela estrutura e características;
- Caracterizar as doenças causadas por protozoários;
- Identificar os fungos, suas estrutura e características;
- Compreender as doenças causadas por fungos;
- Conhecer as utilidades econômicas dos fungos;
- Identificar o reino dos invertebrados;
- Reconhecer as principais características dos invertebrados e seu papel na escala evolutiva;
- Reconhecer os poríferos – cnidários ou celenterados;
- Perceber as características e estruturas dos poríferos, celenterados;
- Definir vermes (Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos);
- Compreender as principais doenças causadas por vermes;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos vermes
3º Bimestre
- Identificar os moluscos, suas estruturas e características básicas;
- Reconhecer as utilidades econômicas e ecológicas dos moluscos;
- Caracterizar os artrópodes – o maior grupo de seres vivos;
- Identificar as principais grupos de artrópodes;
- Compreender os insetos, suas características, estruturas e doenças causadas por insetos;
- Reconhecer Aracnídeos por suas características, estruturas e doenças causadas por aracnídeos;
- Identificar crustáceos: características, estruturas e utilidades econômicas;
- Conhecer os miriápodes: características, estruturas;
- Compreender os equinodermos: características, estruturas;
- Diferenciar o grupo dos vertebrados: características, semelhanças e diferenças;
- Caracterizar o grupo dos peixes:;
- Identificar condrictes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Conhecer osteíctes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
4º Bimestre
- Caracterizar anfíbios;
- Identificar anuros: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Compreender ápodes: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Perceber urodélos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos;
- Caracterizar répteis;
- Identificar crocodilianos: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, ações predadoras;
- Reconhecer quelônios: estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, motivos de sua extinção;
- Diferenciar ofídios quanto a estruturas, características peculiares, habitats, hábitos e ralação com outros seres vivos, animais peçonhentos e produção de soros antiofídicos;
- Identificar as aves e suas características;
- Classificar as aves;
- Identificar as ratitas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Compreender carinatas: aves que não voam, suas características, sua importância econômica, etc;
- Conhecer os mamíferos e suas características gerais;
- Caracterizar os mamíferos – classificação: marsupiais, cetáceos, selênios, primatas, pecilodáctilos, artiodáctilos, etc.
Obs: será realizada uma visita ao Zoológico de Pomerode conforme ANEXO I
7ª SÉRIE – CONTEÚDOS
1º Bimestre
• Origem da vida segundo teorias científicas
• Formação do corpo na fase embrionária
• Fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital
• Divisão geral do corpo humano
• Constituição anatômica do nosso organismo
• As células e os tecidos
• Célula, sua constituição e funções vitais
• Estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções
• O microscópio
• Importância dos alimentos
2º Bimestre
• Digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
• Os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas
• Aparelho respiratório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
• Órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas
• Hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc
• Aparelho circulatório: coração, veias e artérias.
• Sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas
• Doenças do sistema circulatório
• Defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS
• Aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo.
3º Bimestre
• Funções de relação com o ambiente
• Os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente
• Locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção.
• Sistema muscular e seu papel na locomoção.
• Órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato.
• O sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos.
• Funções do cérebro, cerebelo e bulbo.
• Medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos.
• O sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos.
• Ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano.
• Hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários.
4º Bimestre
• Reprodução como fator de perpetuação da espécie
• Mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo
• O sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento
• Fecundação e desenvolvimento embrionário
• Desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar
• Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Métodos contraceptivos
• Síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação
• Doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
7ª SÉRIE - OBJETIVOS
1º Bimestre
- Compreender a origem da vida segundo teorias científicas;
- Identificar a formação do corpo na fase embrionária;
- Conhecer as fases do desenvolvimento: pré-natal e ciclo vital;
- Estabelecer a divisão geral do corpo humano;
- Reconhecer a constituição anatômica do nosso organismo;
- Diferenciar as células e os tecidos;
- Estudar a célula, sua constituição e funções vitais;
- Identificar as estruturas celulares (citoplasmáticas e nucleares), suas características e funções;
- Identificar a importância dos alimentos para a estruturação de células e tecidos;
2º Bimestre
- Conhecer a digestão e sua fisiologia: produção de sucos digestivos e movimentos peristálticos;
- Caracterizar os dentes: dentições, tipos de dentes, cuidados e estruturas;
- Compreender as estruturas do aparelho digestório: esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e ânus;
- Identificar as funções dos órgãos anexos: glândulas salivares, fígado e pâncreas;
- Caracterizar hepatite, pancreatite, gastroenterite, úlcera gástrica, etc;
- Compreender os órgãos do aparelho circulatório: coração, veias e artérias;
- Caracterizar os elementos estruturantes do sangue: funções e características das hemáceas, leucócitos, plasma e plaquetas;
- Identificar as doenças do sistema circulatório;
- Compreender as formas de defesas do nosso organismo: sistema imunológico, AIDS;
- Caracterizar o aparelho excretor: mecanismos de funcionamento da retirada dos diferentes tipos de impurezas do nosso corpo;
3º Bimestre
- Conhecer as funções de relação com o ambiente;
- Identificar os principais mecanismos de relação entre o ser humano com o meio ambiente;
- Reconhecer os meios de locomoções e ossos: estruturas químicas e mecanismos estruturais para a locomoção;
- Identificar o sistema muscular e seu papel na locomoção;
- Compreender as características do órgãos dos sentidos: órgãos e funcionamento da visão, audição, tato, paladar e olfato;
- Descrever o sistema nervoso e seus componentes: sistema nervoso central, sistema nervoso periféricos;
- Conhecer as funções do cérebro, cerebelo e bulbo;
- Caracterizar a medula espinhal, nervos e receptores dos sentidos;
- Compreender o sistema hormonal: composição de glândulas e hormônios produzidos;
- Identificar a ação hormonal no desenvolvimento do corpo humano;
- Caracterizar hereditariedade: transmissão de caracteres hereditários;
4º Bimestre
- Perceber a reprodução como fator de perpetuação da espécie;
- Identificar mecanismos naturais inerentes ao processo reprodutivo;
- Compreender sistema reprodutor: características, estruturas e sistema de funcionamento;
- Identificar a fecundação e desenvolvimento embrionário;
- Caracterizar o desenvolvimento do ser humano como ser em necessidade de se perpetuar;
- Fases da vida humana e sua associação aos fenômenos naturais;
- Identificar doenças sexualmente transmissíveis;
- Reconhecer métodos contraceptivos;
- Identificar síndromes associadas à problemas correlatos à fecundação;
- Caracterizar doenças geneticamente transmissíveis como diabetes, câncer e outras doenças.
8ª SÉRIE - CONTEÚDOS
1º Bimestre
• A matéria como elemento constituinte da matéria
• As propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas
• A origem do universo como forma de distribuição da matéria
• As transformações físicas e químicas da matéria
• Misturas e combinações da matéria
• Elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos.
• O átomo sua estrutura e sua identificação
• Modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling
• Históricos da tabela periódica dos elementos químicos
• Os elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres
2º Bimestre
• As ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos
• Ligação covalentes: normal e dativa
• Ligação iônica
• Formação das substâncias
• Distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling
• Casos especiais de ligações químicas
• Os processos de fracionamento de misturas
• Misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias
• As diferentes substâncias em nossa vida
• Fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem
3º Bimestre
• Estudo da física – histórico
• Implicações da física no cotidiano das pessoas
• Conceitos básicos da cinemática
• O movimento como forma de aplicação de conceitos físicos
• As modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica
• A velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos
• Cálculo da velocidade
• A aceleração como variante da velocidade
• Estudo do movimento
• Estudo das forças e suas unidades de medida
• Leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento
4º Bimestre
• Energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos
• Trabalho como resultado da aplicação das forças
• Potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes
• O calor como forma de energia
• Elementos transmissores e isolantes do calor
• O calor e sua aplicação no cotidiano humano
• O som como forma de aplicação da energia
• O som e sua aplicação no cotidiano
• A transmissão do som por meio de ondas
• A eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica.
• Formas de transmissão de eletricidade
• Materiais isolantes elétricos
• O magnetismo e sua importância para a vida na terra.
• A lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar
8ª SÉRIE – OBJETIVOS
1º Bimestre
- Caracterizar a matéria como elemento constituinte da matéria;
- Identificar as propriedades da matéria: físicas, químicas e organolépticas;
- Compreender a origem do universo como forma de distribuição da matéria;
- Diferenciar as transformações físicas e químicas da matéria;
- Caracterizar misturas e combinações da matéria;
- Identificar os elementos químicos mais importantes na composição dos seres vivos;
- Reconhecer átomo sua estrutura e sua identificação;
- Diferenciar modelos atômicos: Dalton, Rutherford e Bohr e Diagrama de Pauling;
- Compreender históricos da tabela periódica dos elementos químicos;
- Caracterizar elementos químicos – classificação em metais, semi-metais, não-metais e gases nobres;
2º Bimestre
- Compreender as ligações químicas como forma de estruturação de infinitos compostos;
- Caracterização de ligação covalente: normal e dativa;
- Conhecer ligação iônica;
- Reconhecer o processo de formação das substâncias;
- Compreender a distribuição eletrônica pelo diagrama de Pauling;
- Identificar casos especiais de ligações químicas;
- Reconhecer os processos de fracionamento de misturas;
- Diferenciar misturas e combinações como forma de geração de novas substâncias;
- Compreender a função das diferentes substâncias em nossa vida;
- Compreender fórmulas químicas como meio de representar uma substância e as ligações que a constituem;
3º Bimestre
- Enunciar o estudo da física – histórico;
- Compreender as implicações da física no cotidiano das pessoas;
- Identificar os conceitos básicos da cinemática;
- Compreender o movimento como forma de aplicação de conceitos físicos;
- Reconhecer as modalidades de movimento e suas implicações na vida econômica ;
- Caracterizar a velocidade como elemento básico da utilização dos movimentos;
- Compreender o cálculo da velocidade;
- Reconhecer a aceleração como variante da velocidade;
- Caracterização do movimento;
- Compreender as forças e suas unidades de medida;
- Identificar as leis de Newton como teorização dos conceitos de força e movimento;
4º Bimestre
- Identificar a energia como manifestação da aplicação das forças sobre os corpos;
- Compreender trabalho como resultado da aplicação das forças;
- Estabelecer a potência como variável das forças e dos trabalhos resultantes;
- Compreender o calor como forma de energia;
- Diferenciar elementos transmissores e isolantes do calor;
- Reconhecer o calor e sua aplicação no cotidiano humano;
- Identificar o som como forma de aplicação da energia;
- Caracterizar som e sua aplicação no cotidiano;
- Identificar formas de transmissão do som por meio de ondas;
- Compreender a eletricidade, sua origem e aplicação na vida econômica;
- Conhecer formas de transmissão de eletricidade;
- Identificar materiais isolantes elétricos;
- Caracterizar p magnetismo e sua importância para a vida na terra;
- Compreender a lei de Gravidade e sua implicação em relação ao funcionamento do Sistema Solar;
OBJETIVOS DOS CONTEÚDOS TRATADOS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Os conteúdos acima nomeados e distribuídos nas diferentes séries finais do Ensino Fundamental traduzem uma série de objetivos comuns que passaremos a relacionar:
1. Sensibilizar o educando e a educanda para a necessidade de se situar no ambiente como parte integrante deste;
2. Fazer do ensino de ciências, uma prática de defesa de valores éticos e planetários;
3. Identificar as implicações econômicas e ecológicas das diferentes ações do homem sobre os recursos provenientes da natureza;
4. Perceber a necessidade de se compreender conceitualmente os fenômenos inerentes aos processos e fenômenos naturais;
5. Fazer do conhecimento científico um instrumento de preservação da vida;
6. Compreender a ciência como uma das formas de conhecer e compreender os processos ocorridas na natureza;
7. Comprometer-se com a necessidade de promover ações em favor da preservação e conservação de seres vivos, fontes de matéria-prima e energia, como forma de garantir a sobrevivência da humanidade;
8. Identificar a diversidade como grande riqueza e garantia da perpetuação da vida no planeta;
9. Inserir o ser humano no contexto ambiental, não como mero usuário, mas como dependente e parte de um ciclo de vida dinâmico e contínuo;
10. Identificar possibilidades para que cada sujeito seja responsável pela vida nas mais diversas formas de manifestação;
11. Respeitar a biodiversidade e a dinâmica dos processos naturais;
12. Dinamizar discussões éticas, sociais e políticas que possam garantir à humanidade condições mínimas de adoção de novas estratégias para a utilização de recurso e fontes de recursos materiais e energéticos;
13. Compreender a multiplicidade de aplicações de conceitos e suas inter-relações possíveis no sentido de fazer da ciência um instrumento de (re)construção de paradigmas;
14. Identificar o processo educativo, como uma ação transdisciplinar, dinâmica, não-linear, ética e humana;
15. Conhecer mecanismos de mudança no perfil da vida como a evolução (biológica) e a dialética (filosófica), capazes de transformar conceitos e aplicações.
Há uma grande quantidade de outros objetivos, implicando na definição de certos conceitos e metodologias, porém, deseja-se esclarecer que os supra citados se aplicam de forma genérica a todos os conceitos relacionados bimestralmente para cada série.
Desta forma as circunstâncias, os fatos e as necessidades serão os ditames para a reformulação permanente e sensível deste planejamento, assim como dos aspectos avaliativas que discutiremos a seguir.
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que a avaliação se torne parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma DIAS SOBRINHO (2000 p. 80) “é não só possível como também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e positivista, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora tratem da educação superior pode-se dizer que esta á uma excelente regra que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para que não precisemos medicar.
A avaliação em Ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma constante e se constituirá dos seguintes elementos:
Uso de vídeos, DVDs de conteúdo didático (TV Escola);
Utilização da sala de informática e dos recursos de software e hardware disponíveis;
Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático;
Elaboração de esquemas-resumo e gráficos representativos;
Organização de trabalhos entregues on-line ou de forma magnética
Elaboração e explicação oral de trabalhos;
Correlação interdisciplinar em determinados assuntos;
Provas escritas.
OBRAS RECOMENDADAS
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna. 1995.
BRITO, Elis Avancini & FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, uma abordagem evolutiva e ecológica. São Paulo: Moderna. 1997.
GUYTON, Arthur. Fisiologia humana. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 12ª edição. São Paulo: Companhia editora nacional. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, José. Histologia básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999.
MARCONCES, Ayrton. Biologia. São Paulo: Atual, 1999.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática. 2000.
RAVEN, Peter et al. Biologia vegetal. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998.
SOARES, José Luis. Biologia. São Paulo: Scipione. 1999.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
____________. Ecologia, mundialização e espiritualidade: a emergência de um novo paradigma. 2ª edição. São Paulo: Ática. 1996.
BRÜGGER, Paulo. Educação ou adestramento ambiental? 2ª edição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
CAIRNCROSS, Francês. Meio ambiente: custos e benefícios. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Nobel, 1992.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
DIAS SOBRINHO, José. A avaliação da educação superior. Petrópolis: Vozes. 2000.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição. Campinas, SP: Papirus. 1999.
FROTA-PESSOA, Oswaldo, GEVERTZ, Rachel, SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. 3ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução: Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990.
GURGEL, Célia Margutti do Amaral. A experimentação em sala de aula e a construção do conhecimento pelo aluno. In: O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de praticas experimentais. Piracicaba (SP): UNIMEP/USP/VITAE, 2000.
LEMOS André L.M. As estruturas antropológicas do cyberespaço. Dispnível em: http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/estrcy1.html. Acessado em: 28/02/06 as 15h
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. 2ª edição revisada. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004.
ANEXO I
Projeto Com-vivendo I
(Visita ao Zoológico de Pomerode)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo I deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos do conteúdos de ciências da 6ª série. Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza. Para tanto será organizada uma viagem de estudos ao Zoológico de Pomerode após a qual haverá a elaboração de atividades como cartazes, textos e outras formas de apresentação onde serão discutidos valores como ação humana e ética ecológica. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade sensibilizando-o para a preservação e recuperação ambiental.
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos como o da visita ao Zoológico de Pomerode, onde é possível identificar as diferentes formas de vida animal e sua relação com o meio ambiente. Assim o Projeto Com-vivendo I (Visita ao Zoológico de Pomerode) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- Diversidade animal.
- Relação entre os animais e o meio ambiente.
- Relação entre os animais e o ser humano.
- Ações de preservação e recuperação ambiental.
- Cuidados com animais em cativeiro.
- Valores éticos na relação homem-natureza.
3.5 Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto com temas na área ambiental.
- elaboração de cartaz referente a visita.
- debate sobre o que foi visto na visita.
ANEXO II
Projeto Com-vivendo II
(Visita a SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo II deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos dos conteúdos de ciências da 7ª série. Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza. Para tanto será organizada uma viagem de estudos ao Parque Ecológico a Santur e ao Parque UNIPRAIAS, na cidade de Balneário Camboriú, após a qual haverá a elaboração de atividades como cartazes, textos e outras formas de apresentação onde serão discutidos valores como ação humana e ética ecológica. Após conhecer estes conceitos o educando é conduzido a buscar junto a sua realidade sensibilizando-o para a preservação e recuperação ambiental.
Objetivo Geral
Oferecer oportunidades aos educandos e educandas de identificar elementos teóricas e metodológicos dos conteúdos de ciências da 7ª série.
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos como o da visita à cidade de Balneário Camboriú, onde é possível identificar as diferentes formas de vida animal e sua relação com o meio ambiente. Assim o Projeto Com-vivendo II (Visita a SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- Diversidade animal.
- Relação entre os animais e o meio ambiente.
- Relação entre os animais e o ser humano.
- Ações de preservação e recuperação ambiental.
- Cuidados com animais em cativeiro.
- Valores éticos na relação homem-natureza.
Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto com temas na área ambiental.
- elaboração de cartaz referente a visita.
- debate sobre o que foi visto na visita.
ANEXO III
Projeto Com-vivendo III
(Projeto para o dia do Meio Ambiente)
Benedito Novo
Fevereiro, 2010
Introdução
O projeto Projeto Com-vivendo III deseja oferecer oportunidades aos educandos e educandas de implementar projetos de aplicação prática utilizando os conteúdos das próprias séries na disciplina de ciências alinhadas à problemática ambiental. A temática dos projetos será distribuída da seguinte forma:
- 5ª série: herbário, terrário, maquetes inditificando mata ciliar e matas nativas da região do Vale do Itajaí.
- 6ª série: edição de panfletos e materiais informativos sobre doenças causadas por agentes bióticos; minhocário; visitação ao Zoológico de Pomerode.
- 7ª série: identificação das principais ações antrópicas sobre o planeta, relação das doenças humanas e o meio ambiente; visitação ao Parque da SANTUR e ao Parque UNIPRAIAS.
- 8ª série: explicar como funcionam processos químicos e físicos criados ou dominados pelo ser humano.
Partindo de sua realidade pessoal e social serão produzidos e executadas ações que possam reduzir o impacto ambiental produzido pela sua existência e de sua família junto a natureza.
Objetivo Geral
Oferecer oportunidades aos educandos e educandas de implementar projetos de aplicação prática utilizando os conteúdos das próprias séries na disciplina de ciências alinhadas à problemática ambiental.
Objetivos Específicos
- Identificação de situação-problema no contexto vivido pelo educando;
- Compreensão dos danos ambientais considerando aspectos operacionais e legais;
- Identificar a relação entre concepções ecológicas e a sobrevivência humana;
- Perceber a relação constante entre gestão de fontes e recursos naturais e sustentabilidade;
- Compreender os limites do processo de utilização de fontes e recursos naturais e a sobrevivência planetária;
- Construir coletivamente possíveis caminhos para soluções eficientes, eficazes e efetivas no sentido de garantir a sobrivência da empresa ou organização e do planeta;
- Vislumbrar a sustentabilidade como compromisso econômico, social, político, humano e ético.
Justificativa
.
O debate atual sobre desenvolvimento transcende os limites dos conceitos restritos a questões ligadas a produção e consumo de bens e serviços. Fruto desta transcendência temos discussões ligadas ao convívio harmônico entre os diferentes tipos de seres vivos, incluindo o ser humano. Partindo deste debate parte-se para a execução de projetos ligados a questão ambiental aplicando-os no contextos dos alunos. Assim o Projeto Com-vivendo III (Projeto para o dia do meio ambiente) implementará junto a realidade de cada educando considerando aspectos sociais, econômicos, legais e éticos.
Conteúdos
- 5ª série: os recursos naturais e o reino plantae e suas formas ação no meio ambiente.
- 6ª série: vírus e os reinos monera, protista, fungi animalia e possíveis intervenções em relação ao meio ambiente.
- 7ª série: o corpo humano e implicações ambientais.
- 8ª série: sustâncias e fenômenos químicos e sua intervenção nos processos biológicos. Processos físicos e suas intervenções nos processos biológicos.
Avaliação
O educando será avaliado da seguinte forma:
- elaboração de texto de projeto com temas na área ambiental.
- aplicação do projeto na realidade vivida pelo aluno.
- debate sobre o que foi visto na visita.
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Quem sou eu
- Nilton Bruno Tomelin
- Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
- Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.
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